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PRINCIPAIS

ASPECTOS
ANAMNESE
DA
OBSERVAÇÃO DO PACIENTE AVALIAÇÃO
BATERIA DE AVALIAÇÃO
PERGUNTAS QUE PRECISAM SER NEUROPSICOLÓGICA
RESPONDIDAS

@priscilaselingardi.neuropsi
Conteúdo

Introdução

Enfoques principais da Avaliação

Anamnese

O primeiro contato com o paciente

Objetivos

O diagnóstico em Avaliação
Neuropsicológica
Introdução

Resumir a prática neuropsicológica à aplicação e interpretação de testes é

uma grave distorção que infelizmente observamos com muita frequência.

Assim, o intuito deste ebook é despertar a consciência de que a avaliação

neuropsicológica vai muito além da aplicação e mensuração de testes

cognitivos.

O diagnóstico neuropsicológico deve estar embasado num sistema de

estrutura-função, onde se entende que para cada estrutura cerebral existe

uma função cognitiva, e que este sistema deve servir como base referencial e

interpretativo dos testes cognitivos.


Enfoques principais da Avaliação

A avaliação neuropsicológica tem dois enfoques muitos importantes:

1. Comparar o desempenho dos testes neuropsicológicos do paciente com

um referencial normativo populacional.

É preciso que a classificação do desempenho em cada teste cognitivo seja

baseada em tabelas normatizadas adequadas para a população à qual o

paciente está inserido. Para tanto, escolher instrumentos que contenham

tabelas estratificadas quanto à idade e escolaridade será sempre a melhor

escolha.
Enfoques principais da Avaliação
2. Mensurar e observar o comportamento do sujeito com base em um

referencial teórico e comportamental.

Para que se possa compreender melhor os resultados dos testes

cognitivos, é preciso entender não só o meio em que o paciente está inserido

mas também como se deu o desenvolvimento da queixa. Por isso, a avaliação

neuropsicológica começa no primeiro contato com a família e paciente. Neste

momento se deve coletar todas as informações a fim de entender como se

deu o desenvolvimento do quadro e também observar como o paciente se

comporta durante a consulta. É importante que as hipóteses levantadas a

partir da observação e informações coletadas, se apoiem em referenciais

teóricos sobre perfil patológico e comportamental.


Anamnese

A anamnese bem como a observação do paciente oferecerão subsídios para

o levantamento das primeiras hipóteses diagnósticas que serão confirmadas

ou não a partir dos resultados dos testes cognitivos e escalas de humor,

comportamento e funcionalidade.
Anamnese

É importante que a anamnese seja minuciosa e que leve em consideração

aspectos do neurodesenvolvimento (em se tratando de crianças), grau de

instrução, atividades desenvolvidas ao longo da vida, lazer, trabalho (no caso

de adultos e idosos) e aspectos sociais. É preciso verificar ainda, como se deu

o desenvolvimento do quadro (se abrupto ou insidioso), histórico de saúde do

paciente e da família, eventos marcantes ao longo da vida e que possam ter

impactado questões emocionais, assim como exames de imagem, caso já

tenham sido feitos.


Primeiro contato com o paciente

O primeiro contato com o paciente consiste em um momento muito importante

para a avaliação, pois é nesse momento que é preciso verificar alguns

quesitos importantes que auxiliarão na escolha dos instrumentos que serão

utilizados.

Para tanto é preciso verificar seu nível de consciência e atenção, atitude e

autocrítica quanto às próprias dificuldades, capacidade de compreensão e

comunicação de ideias, além de orientação no tempo e espaço.

Instrumentos que possuem tabelas estratificadas quanto à idade e

escolaridade são escolhas melhores pois permitem análise mais fidedigna.


Primeiro contato com o paciente
Aproveite para checar se o paciente possui baixa acuidade auditiva e/ou

visual. Caso faça uso de lentes corretivas ou aparelho auditivo, é

imprescindível que ele esteja com eles em todas as sessões de avaliação,

não sendo possível realizar a aplicação dos testes cognitivos, que exijam

essas capacidades, sem o uso dos mesmos.

Escolher instrumentos que tenham informações ou estímulos gráficos muito

reduzidos se ele tem baixa acuidade visual por exemplo, podem se tornar um

viés na avaliação, confundindo os resultados. O mesmo cuidado deve se ter

quanto a acuidade auditiva. Um teste de Dígitos pode não ser o melhor

instrumento para verificar memória operacional em pacientes com audição

reduzida.
Objetivos
Reduzir o campo de busca já que o perfil neuropsicológico pode ajudar a

descartar algumas hipóteses e direcionar o processo diagnóstico

Diminuir custos com outros exames, além de diminuição de riscos com

exames mais invasivos, direcionando o processo diagnóstico

Confirmação ou não da hipótese diagnóstica

Compreensão do nível de comprometimento e do impacto deste na vida do

paciente

Orientar a família sobre como adaptar-se às dificuldades do paciente

Embasar a construção de programas de reabilitação neuropsicológica


O diagnóstico em
Avaliação Neuropsicológica

O que é preciso saber acerca do diagnóstico após a avaliação:

Diagnóstico Funcional:

- descrição de sinais e sintomas.

Ser capaz de descrever de forma clara e objetiva, os sinais apontados pela

família e os sintomas observados.

- Funções comprometidas x preservadas

Identificar funções preservadas e comprometidas.


O diagnóstico em
Avaliação Neuropsicológica

Diagnóstico Nosológico:

- Correlacionar o perfil cognitivo com uma etiologia, prognóstico e

resposta ao tratamento.

Ser capaz de associar o perfil neuropsicológico com algum quadro já

estabelecido pela literatura a partir da sua etiologia (causa), como se dará seu

desenvolvimento (prognóstico) e se a resposta ao tratamento acarretará em

melhora, estabilização ou redução da velocidade de sua progressão.


O diagnóstico em
Avaliação Neuropsicológica

Diagnóstico Ecológico:

- Avaliar qual o impacto do transtorno sobre o funcionamento psicossocial do

indivíduo, em termos de suas percepções sobre a qualidade de vida,

participação familiar, social, profissional e acadêmica.


O diagnóstico em
Avaliação Neuropsicológica

Diagnóstico Topográfico:

- Localizar as lesões de acordo com referencial anatomo-funcional.

- Identificar se o comprometimento é cortical ou subcortical

- Localizar a região (anterior / posterior)

- Localizar o hemisfério (direito / esquerdo)

-Traçar o perfil neuropsicológico


Priscila Selingardi
Sobre mim

Psicóloga há 20 anos, com especialização em


Psicologia do Trânsito (2009) e Neuropsicologia
(2011).
Foi monitora do curso de especialização em
Neuropsicologia - INESP durante dois anos e há 9
atua como colaboradora e pesquisadora da FM-
USP.
Concluiu Mestrado em Ciências (2018) com ênfase
em Neuropsicologia no Departamento de
Neurologia-FM/USP e atualmente desenvolve
pesquisa de Doutorado na área de Neuropsicologia
do Envelhecimento no Grupo de Neurologia
Cognitiva e do Comportamento na mesma
instituição.
Vamos
manter
contato!

@priselingardi.neuropsi

priscilaselingardi@gmail.com

(19) 9.9986-8468

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