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3.

Avaliação psicológica

A avaliação psicológica trata-se de um conjunto de recursos a nível


teórico e metodológico que auxiliam o psicólogo no estudo da personalidade e
de outras funções cognitivas do ser humano . Logo, pode-se compreender a
avaliação psicológica como um corpo organizado de estratégias e instrumentos
disponíveis ao psicólogo para a concretização de suas investigações. No
processo de avaliação neuropsicológica deve se atentar às particularidades do
indivíduo de forma que a partir da anamnese aquele paciente seja tratado
como um sujeito único, com peculiaridades e necessidades individuais. Sendo
assim, os exames, tarefas, testes psicológicos e estratégias usadas tem que
ser focalizados no paciente, só assim será possível fazer uma avaliação
neuropsicológica de qualidade e que consiga abarcar tanto as limitações
quanto às competências do indivíduo. Cada caso deve ser analisado a partir de
hipóteses fundamentadas e as perspectivas adequadas, deixando de lado
ideias preconcebidas sobre o paciente ou sobre a possível patologia que ele
venha a apresentar .
A avaliação neuropsicológica tem seis objetivos principais, sendo estes o
de diagnóstico de comprometimentos cognitivos, orientação a cuidados
adequados para o paciente, identificação das necessidades de tratamento em
termos de pontos fortes e fracos a serem explorados, avaliação da eficácia das
intervenções realizadas com o paciente, pesquisa e resposta a questões
forenses quando convocada ao contexto jurídico . Além destes objetivos
específicos, o que distingue a avaliação neuropsicológica de outras
intervenções, como avaliação psicológica, é o conceito de Cut-Off (ponto de
corte), isto é, não basta dizer se os resultados do paciente para determinado
teste está abaixo ou acima da média para a população normal, mas até que
ponto os resultados permitem identificar o comprometimento cognitivo para
alguma função específica

3.1 Avaliação Neuropsicológica Infantil


As crianças geralmente chegam aos centros de referência em
diagnóstico e tratamento apresentando dificuldades não características da
idade, observadas pelos pais, professores ou outros profissionais que a
acompanhem no dia a dia. Dentre essas dificuldades podem ser citadas:
dificuldade de aprendizagem (leitura e cálculo), dificuldade de interação com
outras crianças, comportamento considerado inadequado em ambientes
escolares, o não acompanhamento da turma em sala de aula, entre outros  .As
crianças e adolescentes atendidos nesses centros apresentam, em sua
maioria, como expressão da patologia, problemas comportamentais, atrasos no
desenvolvimento neuropsicomotor e dificuldades de aprendizagem. Tais
aspectos podem ser investigados através do processo de avaliação
neuropsicológica, em que uma gama de técnicas e instrumentos será utilizada
para o levantamento de uma hipótese diagnóstica, já que a avaliação é sempre
um corte transversal: avaliação pontual naquele momento do desenvolvimento
da criança

3.2 Avaliação Neuropsicológica em Adultos

A indicação para avaliação neuropsicológica em adultos é mais comum


para quadros demenciais, lesão cerebral traumática ou outras condições
clínicas que afetam o funcionamento cognitivo normal. Por meio da avaliação é
possível diminuir dúvidas sobre a tomada de decisão diagnóstica, além de
fornecer planejamento de estratégias de manejo individualizadas para
pacientes com algum tipo de comprometimento cognitivo

3.3 Avaliação Neuropsicológica em Idosos

Há diversas fontes de lesões, doenças e exposições a substâncias


tóxicas que podem resultar em afetação no cérebro de um idoso, sendo
traumáticos a ponto de desenvolverem delírios, alucinações, alterações
frequentes de humor e personalidade . O diagnóstico de transtorno
neurocognitivo leve é aplicado quando o indivíduo apresenta níveis moderados
de declínio cognitivo, apesar disso, tais declínios não são graves a ponto de
interferir em sua capacidade de ter uma vida independente.
4. Avaliação Psicológica Direcionada a Pessoa com Deficiência

A avaliação psicológica é uma atividade amplamente realizada pelos


profissionais da psicologia e consiste em uma coleta e interpretação de dados
a respeito do paciente. Esses dados são obtidos por meio de técnicas e
procedimentos cientificamente reconhecidos, tais como entrevista, análise de
documentos, observação de comportamento, testes psicológicos, dentre
outros. Após a coleta dos dados por meio desses instrumentos, cabe ao
psicólogo integrar as informações, interpretando-as à luz de um referencial
teórico, que permitirá elaborar uma descrição das características do sujeito
avaliado.
Uma técnica utilizada para a realização de avaliação psicológica com a
população deficiente, é a avaliação assistida, que se caracteriza por “uma
interação ativa, investida, consciente, deliberada e intencional entre os dois
indivíduos da situação de avaliação: o examinador e o examinando”. Nesse tipo
de avaliação, utiliza-se técnicas de observação e de mediação, favorecendo o
processo de aprendizagem, e não apenas a mera testagem ou mensuração de
construtos psicológicos.
A avaliação psicológica e do neurodesenvolvimento na infância
usualmente pressupõe a participação das famílias e outros cuidadores de
referência. No contexto de atuação a partir do qual as reflexões deste trabalho
foram delineadas, os pais participam ativamente do processo de avaliação e
estimulação do desenvolvimento, desde sua etapa inicial.
No entanto, a realidade mostra que a maior parte dos cursos de
Psicologia, tanto ao nível de graduação quanto de pós-graduação não oferece
capacitação nenhuma nessa área. O número restrito de disciplinas que
abordam a educação especial nos cursos de graduação (usualmente
Psicologia do Excepcional, de caráter teórico, com carga horária bastante
reduzida e usualmente oferecida apenas no currículo para obtenção do diploma
de psicólogo, excluída, portanto, da formação para bacharelado e licenciatura),
aliada à ausência de oportunidades de estágio nessa área, presente na maior
parte dos cursos, tem impedido a formação de profissionais qualificados.
São raros os cursos de graduação que, em algum momento da
formação, abordam a educação especial em suas disciplinas, bem como o
número de professores e pesquisadores dedicados à temática na psicologia
ainda é muito limitado. Alie-se a esse quadro o fato de que, nas poucas
oportunidades em que a temática da educação especial é abordada nos
cursos, o que se nota, na prática, é que muito se fala acerca as necessidades
educacionais especiais dos alunos com deficiência física ou mental, atrasos
consideráveis em relação à idade, alunos com rendimento escolar baixo ou
ainda transtornos específicos de aprendizagem, relevando, a um segundo
plano, outros perfis de indivíduos com necessidades especiais, podendo-se
citar, como exemplo, o aluno com altas habilidades/superdotação (MAIA;
AMARAL,

Referências

 Malloy-Diniz, D. L. F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2010). Avaliação


Neuropsicológica. Porto.

Aluna Cleuma Sousa dos santos


Matricula:01492955

Avaliação Psicológica direcionada a Pessoas com Deficiência:


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