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Universidade Paulista UNIP

Técnicas Projetivas – Resenha Crítica texto de Jurema Alcides Cunha

Julia Sabatin Guimarães – D167AI-2


PS4A28

PSICODIAGNÓSTICO – V
Desenho da Casa, Árvore e Pessoa (HTP)
Jurema Alcides Cunha

São José do Rio Preto – SP


2021
Existe muito simbolismo dentro do teste HTP, para fazer uma boa aplicação o
psicólogo precisa estar atento e ter uma sensibilidade aguçada, cada minuto do teste é de
extrema importância pois o desenho por si só não nos dá total entendimento, é necessário
observar as reações do sujeito bem como as suas devidas respostas das perguntas, vamos
entender melhor como funciona a aplicação do teste e o que é necessário para realizá-lo.
A administração do teste é feita pelo psicólogo que a aplica, por isso que é importante
que o psicólogo esteja presente em todo o momento que o teste é aplicado para que ele possa
perceber como o indivíduo reage durante o período em que está desenhando. O psicólogo
entrega o sujeito três folhas de papel em branco, lápis e borracha. Ao receber os papéis, o
psicólogo solicita ao sujeito que ele desenhe uma casa, uma árvore e uma pessoa em cada
papel. Para o desenho da casa será entregue a folha horizontalmente e verticalmente para o
desenho da árvore e da pessoa.
Após a finalização da aplicação do teste é feita a fase do questionário de perguntas,
neste momento é sugerido que o sujeito fale sobre a casa, a árvore e a pessoa que desenhou,
assim o psicólogo conseguirá entender a história daquele desenho e os motivos de cada traço
feito pelo sujeito. Esse processo é feito por Hammer tanto de forma acromática quanto de
forma cromática para poder aprofundar camadas da personalidade do sujeito. Deve-se
registrar as reações do sujeito às instruções que podem envolver indícios de ansiedade,
resistência, desconfiança ou pelo contrário, de cooperação ou de aceitação passiva de tarefa.
Deve-se anotar o tempo de reação e os comportamentos verbais e não-verbais. Caso o
sujeito demonstre alguma reação o psicólogo precisa dizer para o sujeito não se preocupar
com a produção artística pois não é o objetivo do teste. Os três desenhos proporcionam
simultaneamente informações em diferentes níveis de personalidade.
A casa representa o lar e suas implicações, subtende-se o clima da vida doméstica e as
inter-relações familiares tanto na época atual como na infância, existe uma tendência para
expressar suas relações com pais e irmãos enquanto pessoas casadas terá uma reflexão de suas
relações adultas com os demais membros da casa. Assim a casa envolve a percepção da
família, seja uma ótica atual, passada ou num futuro idealizado, mas também de acordo com
os aspectos do ego que tem tal percepção que também podem representar um autorretrato.
O desenho da pessoa representa o grau de ajustamento do sujeito em um nível
psicossocial, enquanto a árvore investiga os sentimentos e auto atitudes duradouras e
profundas. A árvore é o desenho menos suscetível a mudanças em situações em que é
aplicado novamente o teste posteriormente.
Na análise do desenho em primeiro lugar é essencial identificar a impressão geral que
causa. Pressupondo-se que a casa, a árvore e a pessoa tenham sido selecionadas por terem
uma relação simbólica para o sujeito, sendo possíveis temas passados de sua vida passada ou
por se associarem com aspectos mais profundos de sua personalidade, algo de muito pessoal
que é projetado ao desenho.
A posição e o tamanho são muito importantes, eventualmente, caso o indivíduo
desenhe mais árvores ou outros objetos significa que representa mais de uma imagem
parental. A omissão de partes essenciais na representação da casa ou da árvore pode-se
associar com deterioração intelectual, como o exemplo abaixo:
Em casos em que existe no sujeito uma disfunção cerebral, foram observadas muitas
rasuras e piora no desempenho de cada tentativa de representar o conceito, a qualidade da
linha está comprometida, há problemas de organização espacial e o desenho é muito defasado.
Existem traços depressivos e hipomaníacos são identificados traços caracterizados
como casas simples, vazia, feitos de forma pobre, com portas abertas, árvores desprotegidas,
desvitalizadas, a figura humana é frágil, sugerindo impotência, ênfase na cabeça e uma figura
simétrica relacionada com controle obsessivo. Os desenhos apresentam uma defasagem nos
traços.
O teste consegue demonstrar de uma forma lúdica o que o sujeito sente, assim
conseguimos entender o que está atrapalhando seu desenvolvimento para poder ajudá-lo.

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