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Métodos Projetivos Gráficos

H.T.P

Andréa Vistué
CRP06/38208-1
Métodos Projetivos
• A expressão Métodos Projetivos, foi utilizada por L.K. Frank (1939), ao comparar três
técnicas utilizadas em avaliação psicologica

• Teste de Associação de palavras de C. G. Jung (1904 primeiro método de comprovação


da existência do Inconsciente). Em 1900 Freud publicou “A interpretação dos Sonhos”,
onde demonstrou o método de análise dos conteúdos Inconscientes, o método de
associação de palavras. Jung leu a obra e ficou muito impressionado. Em 1901, passou a
trabalhar como psiquiatra no Hospital Psiquiátrico Bürgolzli, e resolveu aplicar o método de
Freud nos internos, e desenvolveu um instrumento através de palavras estímulos, que
eram associadas livremente. Jung anotava as associações verbais, o tempo de reação e
as eventuais alterações físicas (ruborização, gagueira, lacrimejamento, franzir da testa,
etc.). Através da analise do material obtido, Jung entendia a gênese afetiva da doença
mental. Assim Jung chegou a formulação dos Complexos afetivos.

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Métodos Projetivos
• O T.A.T. - Teste de Apercepção Temática, de Morgan e Murray (1935). Constituído de 31
pranchas onde encontram-se desenhos, gravuras e e fotografias, todas em preto e branco.
Há pranchas para homens, mulheres, rapazes, moças, homens e mulheres, mulheres e
moças, homens e rapazes e algumas são aplicadas para todos os casos, sendo apenas
marcadas com o número. A 16 Prancha é uma prancha em branco e foi criada objetivando
buscar a imagem ideal que o indivíduo tem de si. Através das imagens contidas nas
pranchas, o cliente é estimulado a contar estórias através de suas associações. Os
autores do teste partem do princípio que através dos estímulos ambíguos, o indivíduo
tende a aperceber e contar histórias que contem elementos subjetivos.

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Conceito de Apercepção
• Conceito de apercepção: chamamos de apercepção a condição de incluir conteúdos
subjetivos, advindos de suas experiências, fragmentos de sua história de vida, ou seja, a
imagem interna que tem de determinado objeto. Ao internalizarmos, trazemos para dentro
de nossa psique o objeto e parte das experiências que temos com ele, como sentimentos
e sensações. As histórias são analisadas e delas temos uma análise da personalidade do
indivíduo.

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C.A.T. Teste de Apercepção Temática Infantil

• A versão infantil seria o CAT, criado por Bellak (1949), usado para crianças de 3
à 10 anos, composto de dez pranchas monocromáticas, com desenhos de
animais em situações próprias as temáticas infantis.

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Teste de Rorschach
• O Método de Rorschach (1920) foi criado pelo psiquiatra suíço Hermam
Rorschach, e foi também chamado de teste de borrões de tinta. Ao ser
apresentado a cada prancha, o psicólogo pede ao cliente que diga o que vê na
imagem e que contorne com o dedo onde viu. O aplicador anota o tempo, as
percepções e localizações. O material é comparado com os resultados de outras
pessoas e os elementos percebidos são classificados em categorias e os
resultados são analisados, chegando a compreensão da personalidade e
aspectos psicopatológicos.

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Métodos Projetivos
• Os métodos Projetivos são instrumentos de avaliação de personalidade, cujos
estímulos pouco estruturados ou ambíguos, por eles oferecidos, permitem que
sejam projetados conteúdos psíquicos inconscientes, através dos quais temos
acesso e podemos analisar a personalidade do indivíduo.

• Os desenhos tem sido utilizados no contexto clínico psicoterápico, há muitos


anos e há cerca de cinqüenta, sob a forma de instrumento projetivo, o HTP.

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Projeção
• Os métodos Projetivos são baseados no conceito de Projeção, descrito
inicialmente por Sigmund Freud, como sendo um mecanismo de defesa arcáico,
através do qual, atribuímos ao outro características nossas, reprimidas as quais
não aceitamos. Assim tendemos a atribuir os aspectos inconscientes ao mundo
externo.
• Segundo Freud, a projeção de percepções interiores para o exterior, que
interfere em nossas percepções sensoriais, com tamanha intensidade, que
tende a determinar a forma como vemos e interpretamos o mundo a nossa volta.
É o mecanismo através do qual o indivíduo atribui características e sentimentos
que foram por ele reprimidas e encontram-se em seu campo inconsciente, aos
objetos externos. Como resultado desse mecanismo, os conteúdos antes
apenas reprimidos no inconsciente, passam a ser vividos e experimentados
através do contato com o outro.

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Projeção
• Depois de Freud, Jung ampliou o conceito, entendendo que não apenas os
conteúdos reprimidos no inconsciente, mas também características que
idealizamos, ou que gostaríamos muito de ter em nossa personalidade, são
atribuídas ao mundo externo. Como exemplo, temos os ídolos.
• Uma vez que o conceito de inconsciente para Jung compreende não apenas os
conteúdos reprimidos, mas ainda elementos que jamais passaram pelo campo
consciente, e embora se originem de percepções, jamais passaram pelo campo
consciente, dada sua baixa carga energética; e a terceira categoria de
conteúdos inconscientes seriam os conteúdos coletivos, ou seja, os arquétipos,
que encontram-se no inconsciente coletivo, que são comuns à toda
humanidade, independente de tempo e espaço.

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Impulso Criativo
• Assim, ao solicitarmos que uma pessoa faça um desenho, ela tem a liberdade
de colocar no papel elementos relativamente inconscientes.
• Quanto menos estruturada for a atividade proposta, maior a liberdade do
indivíduo projetar-se, pois não cria barreiras defensivas conscientes, pelo fato
da tarefa não ser compreendida como sendo ameaçadora à consciência e ao
ego.
• Sabemos que o desenhar faz parte do impulso criativo da Alma, que exige
expressão e realização. Assim desde os primórdios da humanidade, desenhar,
pintar e esculpir estiveram presentes. Temos registros artísticos que datam de
45.000 anos, as estatuetas femininas chamadas de Vênus do Paleolítico.

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Arte Paleolítica
• Estatuetas: Vênus do Paleolítico

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Pinturas Rupestres
• Outra importante forma artística, encontrada em diferentes regiões do mundo, são as mãos
em negativo, impressas nos tetos e paredes das cavernas, pelo homem primitivo
simbolizam, o encantamento do homem com a descoberta da própria capacidade de
transformar o mundo com as próprias mãos.
• Podemos pensar no momento em que a Alma se viu expressa.
• Ao desenvolver a postura ereta, o homem fortaleceu a musculatura da perna e liberou as
mãos, que passaram a tocar e transformar o mundo.
• Erich Neumann, autor pós-junguiano, da escola desenvolvimentista, ao estudar o
desenvolvimento infantil, observou a importância, em termos de desenvolvimento da
autonomia, o momento em que a criança consegue lançar sua mão em direção a um
objeto, por ela desejado, e ter êxito, conseguindo tocá-lo. Neumann chamou de período
fálico mágico.
• Assim entendemos a semelhança entre o desenvolvimento psíquico individual e o coletivo.

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Pinturas das Mãos

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Pinturas das Cavernas
• As pinturas das cavernas, feitas nas paredes e tetos das cavernas pelo homem do
Período Paleolítico Superior, há cerca de 25 mil anos, tem como principal temática, o
simbolismo animal. As imagens possuem como característica o abdômen
hiperdesenvolvido, cabeça e patas pequenas.
• Tais imagens nos remetem ao feminino e ao período de desenvolvimento da humanidade
chamado de matriarcado, em que a mulher era o centro cultural em termos religiosos e
político.
• Talvez, dada a psique marcada por um tipo de funcionamento não linear, onde não existia
noção de causa e efeito. Assim, a gravidez, o nascimento e o aleitamento, bem como o
sangramento mensal, conferiram ao feminino um poder maior, por guardar em si o
controle sobre vida e morte.
• Na caverna de Lascaux, datada de 20.000, temos alguns elementos como oposições e
confronto. Assim como encontramos em sua parte mais profunda uma figura animal

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Caverna de Lascaux
• Pintura Paleolítica: Protagonismo Animal
Caverna de Lascaux – Sul da França

15
Arte das Cavernas Neolíticas
• Já na arte das cavernas Neolítica, realizada há cerca de 10.000 anos, temos o humano
como tema central, assim como a simplificação dos traços, a tendência as figuras
retilíneas, presentes nas estátuas neolíticas e figuras que marcam o início da escrita
iconográfica.
• O patriarcado se sobrepôs ao matriarcado, assim no Neolítico o masculino assume o
centro em todos os planos: cultural, religioso e político. Os grupos humanos deixaram de
ser nômades, surge então a propriedade privada, as cercas, a monogamia, a domesticação
de animais e a agricultura.
• Em termos psíquicos, ocorre a separação do sistema em inconsciente e consciente,
surgem os opostos e a tenção entre opostos. Assim, na arte neolítica, encontramos
símbolos que ressaltam a relação com a verticalidade, mas em seu pólo superior, ao
contrario do Paleolítico. Deste modo, encontramos imagem de pássaros, de figuras
humanas com máscara de pássaro e outros elementos que expressam elevação.

16
Arte das Cavernas Neolíticas

• O falos passa a ser o centro cultural, sendo representado nas pinturas e esculturas, tanto
pela presença do órgão sexual masculino, como nas formas retilíneas, quanto nos
Megalitos, encontrados em várias localidades.
• No Brasil temos na Paraíba, o Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, temos um
importante conjunto de obras.
• Encontramos na Arte neolítica brasileira registros da imagem da afetividade, da interação
entre duas figuras. Essas imagens nos falam de nossas raízes culturais profundas pré-
coloniais, cuja expressão amorosa, erótica no sentido relacional, configurou-se
posteriormente pelo multiculturalismo existente em nosso país. A capacidade de aceitar e
relacionar-se com o outro, de empatizar e conviver com o diferente.(Vistué, A., 2017)

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Estatuetas
• Estátuas Neolíticas
Caracterizada pelas formas retas

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Pinturas Neolíticas
• Neolítico: Protagonismo Humano

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Pinturas Neolíticas

Pintura neolítica com formas de


serpentes e "orantes“. (Neolítico
Antigo, 5.000-4.500 a.C). Pla de
Petrarcos, Alicante

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Pinturas Neolíticas

Pássaros e m vôo representam a conexão com


o celestial, espiritual, ou seja, o masculino em
oposição ao terreno e materno. Ao retratar um
pássaro, entendemos que esse elemento natural
atraiu a atenção consciente do homem primitivo
e assim, ao desenhar esse elemento, o homem
primitivo pode internalizar seu simbolismo,
levando-o a um outro nível de consciência.

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Megalítos
• Megalítos do Período Neolítico

O Stonehenge Foi construído em várias


etapas: o primeiro monumento foi um
monumento de henge precoce,
construído há cerca de 5.000 anos, e o
único círculo de pedra foi erguido no
final do período neolítico em torno de
2500 aC.

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Monolítos
• Monolito do Período Neolítico

O "Menhir du Champ Dolent",


megalito neolítico na Bretanha
Oriental, na França. 2900 - 1800 aC.

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Histórico das Técnicas Projetivas Gráficas
• Histórico das Técnicas Projetivas Gráficas
• Os testes de desenhos surgiram através da prática da psicanálise em atendimento infantil.
Constatou-se que o ato de desenhar é uma atividade cotidiana, seja nas escolas, ou durante as
brincadeiras.
• Desenhando e pintando, as crianças foram demonstrando aos profissionais sensíveis e atentos,
que ao desenhar, a criança expressava sua auto-imagem e seu mundo interno. Assim, por
exemplo, crianças com problemas físicos, reproduziam em seus desenhos ênfase ou omissão de
sua deficiência. Crianças com deficiência auditiva, desenham ênfase ou omissão das orelhas;
crianças com dificuldades de locomoção, tendem a desenhar pessoas sentadas ou deitadas, as
que sofreram uma cirurgia, tendem a rasurar ou reforças a parte do desenho, que corresponde a
parte operada, etc.
• Do mesmo modo, observa-se que os aspectos subjetivos também são expressos nos desenhos.
Assim, crianças com auto-estima rebaixada, como as que vivem em ambientes abusivos, e/ou
extremamente coercitivos, tendem a sentir-se inferiorizadas e a desenhar figuras muito pequenas,
crianças abusadas sexualmente, tendem a enfatizar a região sexual, bem como ao desenhar
adultos, o fazem com mãos em forma de garras, dentes enfatizados e extremamente grandes.
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Características das Técnicas Projetivas
• Características das técnicas projetivas
• As técnicas projetivas buscam acessar a personalidade total do paciente,
permitindo assim traçar um perfil e o levantamento de hipóteses diagnósticas.
Desse modo, permite delinear as estratégias e encaminhamentos quando
esses se fazem necessários.
• A simplicidade da técnica, torna-a de fácil aplicação, e nos permite acessar
aspectos profundos da personalidade, os quais são menos perceptíveis
através do discurso verbal, pois ao falarmos, tendemos a filtrar, ou camuflar
aspectos que não desejamos expor.
• Permite ainda que esse conhecimento profundo se dê em pouco tempo.
• Diminuição do risco de ocorrências iatrogênicas no trabalho analítico, ou
seja, a utilização dessa técnica reduz a possibilidade de ações e
interpretações inadequadas, e consequentemente diminui o risco de erros
interpretativos.
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Método de Validade
• Método de validade: Avalia o grau de confiabilidade dos resultados
encontrados através do instrumento.
• Dado caráter subjetivo expresso pelos desenhos, é necessária a existência
de um método que validade as interpretações feitas, para os desenhos. O
método de validade das técnicas projetivas, é o Método de Consistência
Interna. Trata-se de estabelecer comparações entre os aspectos
interpretados dos desenhos, a história de vida e as observações do
comportamento e do modo como se relaciona com o profissional que está
fazendo o psicodiagnóstico.

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Objetivos do H.T.P
• Objetivos do H.T.P.
• Permitir ao Psicólogo uma metodologia capaz de acessar a personalidade
total do indivíduo (estrutura e dinâmica);
• Possibilita avaliar o processo analítico, se a aplicação for refeita em um prazo
mínimo de seis meses, observando-se as alterações presentes entro a
primeira e segunda aplicação do método;
• Estabelecimento de rapport: o caráter lúdico do instrumento, bem como a
devolutiva dos aspectos encontrados, permitem o estabelecimento de vínculo
de empatia e de segurança na relação cliente-terapeuta.

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Técnica de Aplicação do H.T.P - Material
• Material necessário:
• Cronômetro ( para mensurar o tempo de execução)
• Folhas de papel sufite branco de tamanho A4
• Vários lápis número 2
• Borracha
• Lápis de cor (azul, verde, vermelho, laranja, amarelo, roxo, marrom e preto)
• Folhas de inquérito

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H.T.P - Técnica de Aplicação
• Técnica de aplicação:
• Entrega-se a primeira folha para o sujeito no sentido horizontal e pede-se que ele
desenhe uma casa do modo como quiser, podendo demorar o tempo que quiser.
• O aplicador deve ter em mãos papel e caneta, para poder anotar os dados relevantes
observados durante a aplicação. (verbalizações, comportamento não verbal, pausas,
ordem dos detalhes desenhados, uso da borracha, etc)
• Ao término do desenho da casa, entrega-se a segunda folha, no sentido vertical do
papel e pede que ele desenhe uma árvore.
• Ao termino da árvore, entregar uma folha no sentido vertical e pede que desenhe uma
pessoa o mais completa possível. Assim que ele terminar, entregar uma nova folha e
pedir que desenhe uma pessoa do sexo oposto a primeira desenhada.
• Após o término dos desenhos, dizemos ao paciente, que iremos fazer perguntas
referentes aos seus desenhos e que iremos anotar as respostas.
29
H.T.P - Técnica de Aplicação
• A capacidade de apreensão dos elementos presentes nos desenhos dependerá
diretamente na experiência clínica do avaliador, bem como em seu processo de
análise pessoal, que permitirá perceber quais conteúdos pertencem ou não a si
mesmo. Dada subjetividade presente na tarefa, há imensa possibilidade de que
o indivíduo avaliador, projete os próprios conteúdos no indivíduo avaliado, o que
invalidaria totalmente a análise realizada.
• Outro aspecto fundamental, é o conhecimento teórico sobre personalidade e
psicopatologia, bem como sobre o campo simbólico.

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H.T.P - Técnica de Aplicação
A Temática do desenho e a reação frente a ela
• A relação do indivíduo frente a cada desenho, é influenciada pelo aspecto simbólico contido no tema
proposto. Cada tema carrega em si um potencial simbólico e assim, o indivíduo tende a reagir
influenciado pelas associações que o desenho lhe sugere.

• O desenho da casa normalmente traz associações com o lar e a família de origem, tendendo a ser o
tema causador de mais regressão por parte d indivíduo, e por vezes evocando desenhos mais infantis.

• Já o desenho da árvore representa os aspectos mais profundos da personalidade, o chamado Self, ou


si mesmo, ou seja aquilo que de fato somos. Observamos uma tendência a expansão e aumento do
tamanho em relação aos outros, por tratar de aspectos menos conscientes e menos sujeitos ao externo.

• Já o desenho da pessoa, normalmente encontramos maior resistência, não apenas por sua maior
complexidade, mas também por ser o corpo representante da auto imagem e auto estima do indivíduo,
sendo comumente um elemento conflitivo. Em paralelo, temos no desenho da pessoa, os elementos
marcantes da relação com o outro.

31
H.T.P - Técnica de Aplicação
Tempo de execução dos desenhos
• O tempo em que se executa os desenhos também merece nossa atenção. O tempo médio para
execução dos desenhos varia entre 2 e 30minutos.

• De modo geral, os indivíduos que fazem o desenho rapidamente, aparentemente o fazem para
livrarem-se da tarefa e não se exporem, sendo uma resposta defensiva.

• No outro pólo, temos os indivíduos que demoram para executar o desenho; por vezes trata-se
de indivíduos mais detalhistas. Desenhos muito detalhados são indicativos de comportamentos
obsessivos, que tendem a reprimir sua instintividade, pelo temos da perda de controle. Assim ao
desenharem os detalhes, tentam esconder-se por traz dos mesmos.

• Segundo observou-se, indivíduos que demoram mais que trinta segundos para iniciar o
desenho, tendem a apresentar transtornos mentais, sendo indicativo de conflito emocional.

32
H.T.P - Técnica de Aplicação
Pausas

• Chamamos de pausa, os eventuais momentos durante a execução de um desenho, em


que o indivíduo para de desenhar e depois de um tempo, retoma o desenhar. Essas
pausas também indicam conflitos e cabe observar em que momento as pausas foram
executadas, ou seja, qual era o detalhe sendo desenhado, quando ocorreu a pausa, ou se
relaciona ao último aspecto desenhado, ou ao próximo que irá desenhar. Geralmente
indicando conflito no aspecto simbolizado por aquele detalhe.

33
Análise do Desenho
• Antes de adentrarmos nos protocolos de avaliação do instrumento, onde cada elemento
será avaliado isoladamente, desenvolvi como pratica a realização de uma forma subjetiva
de avaliação, que consiste em observar qual a impressão que o desenho me sugere. Para
isso, tenho por prática dispor o conjunto de desenhos no chão, na sequência em que
foram realizados, e então passo a observá-los de modo geral.

• Outra importante forma que utilizo, bem como peço para que meus supervisionados
façam, é o que chamo de dramatização do desenho da figura humana. Após a observação
cuidadosa do desenho da figura humana, faz-se a representação da mesma fisicamente.
Encostando na parede, e “imitando” a figura humana desenhada, permanecendo assim
imóvel e em silêncio, deixando-se invadir pelos sentimentos e sensações assim evocados.
Uma espécie de estátua vida imóvel, onde experimentamos “estar no outro”, de forma
que possamos vivenciar o desenho.

34
Análise de Desenhos
• Quando feito em grupo, a tridimensionalidade permitida pelo corpo, tem a
propriedade de permitir ampliar a compreensão, diferente do mundo do
desenho, que é bidimensional. Nos relacionamos e apreendemos o mundo real
em seu aspecto tridimensional, assim essa experiência permite a experiência de
observação mais completa e ampla.
• Outra forma de compreensão dos desenhos que faço habitualmente, é dispô-los
no chão, na ordem em que foram feitos e olhá-los enquanto conjunto.
Colocando-os no chão, eu os vejo com o distanciamento necessário, e nesse
momento, me levanto e caminho ao redor dos desenhos, vendo por diferentes
ângulos e estando atenta as sensações, sentimentos, pensamentos e imagens
que o desenho evoca em mim.

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Interpretação de H.T.P.
• Classificação: uso do protocolo
• O Protocolo de Interpretação do H.T.P. é instrumento que possibilita ao
clínico observar os aspectos mais relevantes do desenho, permitindo a
interpretação clínica. Através da análise dos desenhos, levantamos as
hipóteses interpretativas sobre o significado clínico dos desenhos do cliente.
• As interpretações dos desenhos somam-se as observações realizadas
durante a aplicação do HTP, seja o comportamento não verbal (incluindo
mudanças fisionômicas) , seja a forma como estabelece contato com o
psicólogo (transferência), seja a expressão verbal (além da fala, comentários
feitos durante a execução do desenho, respostas aos questionários e
eventuais mudanças no tom de voz, demora para responder algo,
gaguejamentos, etc.). A soma desses elementos nos permitem levantar
interpretações adequadas e hipóteses diagnósticas.
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Competências para Análise de Desenhos

• A capacidade de apreensão dos elementos presentes nos desenhos


dependerá diretamente na experiência clínica do avaliador, bem como
em seu processo de análise pessoal, que permitirá perceber quais
conteúdos pertencem ou não a si mesmo. Dada subjetividade presente
na tarefa, há imensa possibilidade de que o indivíduo avaliador projete
os próprios conteúdos no indivíduo avaliado, o que invalidaria totalmente
a análise realizada.
• Outro aspecto fundamental, é o conhecimento teórico sobre
personalidade e psicopatologia, bem como sobre o campo simbólico.

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Elementos Interpretativos do Desenho
• Aspectos gerais do desenho
• Atitude
• A atitude do indivíduo para com o H.T.P. nos permite observar o modo como ele reage
diante das situações. Podemos considerar aqui, algumas diferentes possibilidades,
levando em conta, que cada indivíduo é único e que a realidade é interpretada
subjetivamente, ou seja, o modo como uma pessoa vive os fatos, é interpretado de
acordo com sua história de vida, o tipo de ambiente ao qual está habituado e o tipo de
relação que estabelece com o mesmo.
• Cabe ressaltar, que a auto-percepção é fator fundamental para determinar a forma
como nos relacionamos com o ambiente e com o outro. Assim, a auto-imagem se
compõe inicialmente através do olhar externo a nosso respeito. A forma como fomos
vistos pelo ambiente e fundamenentalmente pelos agentes de maternagem, aos
poucos vai formando uma imagem a nosso respeito. A esse aspecto subjetivo, que foi
internalizado a partir da relação com o outro, soma-se a imagem corporal. Que é o
conjunto de experiências corporais e de sensações que tivemos durante nossa vida. 38
Elementos Interpretativos do Desenho
• Desse modo, entendemos que muitas vezes, a imagem que o individuo tem de si é
distorcida, por compor-se das percepções distorcidas, e muitas vezes projetivas, que o
outro tem a nosso respeito. Muitas pessoas que buscam psicoterapia, chegam ao analista
profundamente feridos e marcados por uma auto estima negativa, por terem introjetado as
projeções negativas que recebeu do ambiente.
• O sentimento de segurança determina o grau de confiabilidade na vida.
• Tais elementos, marcarão a forma como o indivíduo se relacionará com o mundo externo e
com o outro de forma particular. O psicólogo avaliador representa no ambiente de
testagem, ou no setting terapêutico, Assim, o modo como o indivíduo responde a atividade
demonstra o modo como ele se percebe, percebe o outro e como se relaciona com o
mundo a sua volta.
• Podemos pensar em duas formas opostas de reação a tarefa proposta: de um lado temos
a atitude de aceitação total, em que o sujeito corresponde a tarefa de forma afirmativa e
passiva, seguindo os passos propostos pelo aplicador; no outro oposto, temos a rejeição a
tarefa e a negação em realizá-la.
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A Temática do Desenho e a Reação Frente a Ela
• A reação do indivíduo frente a cada desenho, é influenciada pelo aspecto simbólico
contido no tema proposto. Cada tema carrega em si um potencial simbólico e assim, o
indivíduo tende a reagir influenciado pelas associações que o desenho lhe sugere.
• O desenho da casa normalmente traz associações com o lar e a família de origem,
tendendo a ser o tema causador de mais regressão por parte d indivíduo, e por vezes
evocando desenhos mais infantis.
• Já o desenho da árvore representa os aspectos mais profundos da personalidade, o
chamado Self, ou si mesmo, ou seja aquilo que de fato somos. Observamos uma
tendência a expansão e aumento do tamanho em relação aos outros, por tratar de
aspectos menos conscientes e menos sujeitos ao externo.
• O desenho da pessoa, normalmente encontramos maior resistência, não apenas por sua
maior complexidade, mas também por ser o corpo representante da auto imagem e auto
estima do indivíduo, sendo comumente um elemento conflitivo. Em paralelo, temos no
desenho da pessoa, os elementos marcantes da relação com o outro.

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Tempo de Execussão do Desenho
• Tempo de execução dos desenhos

• O tempo em que o cliente executa os desenhos também merece nossa atenção. O


tempo médio para execução dos desenhos varia entre 2 e 30 minutos.
• De modo geral, os indivíduos que fazem o desenho rapidamente, aparentemente o
fazem para livrarem-se da tarefa e não se exporem, sendo uma resposta defensiva.
• No outro pólo, temos os indivíduos que demoram para executar o desenho; por vezes
trata-se de indivíduos mais detalhistas. Desenhos muito detalhados são indicativos de
comportamentos obsessivos, que tendem a reprimir sua instintividade, pelo temor da
perda de controle. Assim ao desenharem os detalhes, tentam esconder-se por traz dos
mesmos.
• Segundo observou-se, indivíduos que demoram mais que trinta segundos para iniciar o
desenho, tendem a apresentar transtornos mentais, sendo indicativo de conflito
emocional.
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Pausas
• Chamamos de pausa, os eventuais momentos durante a execução de
um desenho, em que o indivíduo para de desenhar e depois de um
tempo, retoma o desenhar. Essas pausas também indicam conflitos e
cabe observar em que momento as pausas foram executadas, ou seja,
qual era o detalhe sendo desenhado, quando ocorreu a pausa, ou se
relaciona ao último aspecto desenhado, ou ao próximo que irá desenhar.
Geralmente indicando conflito no aspecto simbolizado por aquele
detalhe.

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Categorias Interpretativas
A análise dos desenhos consiste em duas categorias:

• Aspectos Expressivos: esses aspectos são comuns a todos os


desenhos e nos permite entender a relação que o indivíduo tem com o
ambiente. (tamanho, localização, pressão, simetria e tipo de traço)

• Aspectos de Conteúdo: referem-se aos conteúdos específicos de cada


desenho, onde os elementos analisados nos dirão sobre a dinâmica
emocional do indivíduo.

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Mudança da Posição da Folha

• Se o cliente altera a posição da folha, pode indicar tendência à rebeldia,


insujeição, transgressão de regras, atitude desafiadora e dificuldade em
lidar com figuras de autoridade.

• No outro extremo, o cliente que não altera a posição de nenhuma das


folhas, pode indicar excessiva passividade e subserviência.

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O Papel
• O papel sufite, utilizado como padrão nos testes de desenho, para garantir a medida
padrão (A4). O papel determina um espaço onde o desenho permanecerá. Assim, o papel
funciona como um agente limitador e protetor, como uma moldura, que mantém o desenho
fixo.
• Essa percepção é arquetípica e foi observada pelos etnólogos do sec. XVIII, ao estudarem
os índios norte-americanos. Os índios associaram a diminuição dos rebanhos de bisões,
com o fato dos estudiosos os terem desenhado em seus cadernos. Para aqueles índios,
quando se retrata algo, aprisiona-se a alma do animal retratado.
• O mesmo fenômeno se presentifica muitas vezes, no desenho de esquizofrênicos, e de
crianças muito pequenas. Ambos tendem a desenhar e depois fazer espessas molduras
as redor da folha, do desenho ou ainda reforçando os contornos do próprio desenho,
como forma de garantir que o mesmo permaneça preso no papel, ou que não se misture
ou dissolva no mesmo.
• Assim, o papel funciona como o lugar seguro e em branco, onde posso retratar meu
mundo interno e assim, relacionar-me com ele sem receio.
45
Tamanho do Desenho
• Aspectos de Conteúdo
• Tamanho
• A folha (sufite A4) representa o ambiente e o desenho é a auto-representação do
indivíduo.
• Assim, ao desenhar em um papel, o indivíduo demonstrará como se relaciona com o
ambiente, como reage frente as pressões ambientais, em um extremo, com sentimento
de inadequação e inferioridade ou com fantasias de grandeza.
• O tamanho do desenho avalia a auto-estima, forma como lida com a própria
agressividade e tendência à somatização.
• Ex.: Pesquisas demonstram que desenhos de mulheres negras, são muito pequenos.

Muito Grande Grande Médio Pequeno Muito pequeno


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Tamanho do Desenho
Tamanho do Desenho

• Muito Grandes
– O desenho muito grande é aquele que ocupa toda a folha do papel, e algumas vezes
fica incompleto por falta de espaço. Esse tipo de desenho revela sentimentos de
hostilidade com relação ao ambiente, que tende a ser visto como opressor e coercitivo.
– Assim, se o indivíduo se sente oprimido pelo ambiente, tende a vê-lo como agressivo e
isso pode mobilizar sentimentos agressivos com relação ao ambiente, ocasionando
tendência a ter atitude combativa, geralmente incompreendida pelo ambiente, que
reage de forma defensiva, reforçando o ciclo, levando ao desenvolvimento de defesas
narcísicas, como forma de buscar a auto-afirmação.
– Desse modo, o tamanho exagerado, pode indicar compensação do real sentimento de
inferioridade e de depressão.

47
Tamanho do Desenho
• Médio
– O desenho médio ocupa de 1/3 a 2/3 do papel.
– Indica uma auto estima adequada, boa capacidade de interação com o ambiente, bom
nível de agressividade e energia.

• Muito Pequeno
– Indica sentimentos de inadequação, inferioridade e depressão. Dificuldade de reagir às
pressões do ambiente, tendendo a constrição e a voltar a agressividade mobilizada
para si, tendendo a somatização e a crises depressivas.
– A baixa estima é comum à vários perfis, como exemplo temos: mulheres negras,
indivíduos que sofreram abusos e que vivem em ambientes hostis, etc Em nossa
cultura, os desenhos de mulheres tendem a ser menores.

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Localização do Desenho
Localização
• A localização nos permite perceber de que modo o indivíduo se posiciona na vida, como
busca satisfazer suas necessidades e de que modo lida com as frustrações.
• Há dois esquemas básicos de interpretação, o primeiro considera as metades: superior,
inferior, direita e esquerda.
• O segundo método é avaliar a localização, dividimos a folha em quadrantes, que são
nomeados em sentido horário, iniciando no canto superior direito.

49
Localização do Desenho
• Metade superior
Nos fala de indivíduos cujo predomínio é a fantasia e a subjetividade, tendendo ao
afastamento do real e do ambiente.

• Metade inferior
Indivíduos mais orientados para os aspectos concretos, para a realidade objetiva e
dependência emocional do ambiente (uso da margem da folha como apoio).

• Metade esquerda
Nos fala de indivíduos regressivos, presos ao passado, imaturos, dependentes
emocionalmente e que tendem a ter dificuldade de postergar a satisfação das
necessidades, com consequente baixa tolerância a frustração.

• Metade direita
Indício claro de maturidade, capacidade estratégica, que conseguem planejar e
executar planos para atingir suas metas. Boa capacidade de tolerar as frustrações e de
postergar a satisfação dos desejos.
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Localização do Desenho
• Primeiro quadrante (canto superior direito)
Individuo com alto grau de subjetividade, com aspirações elevadas, de difícil execução,
desse modo, tendem a esperar saídas e soluções mágicas, como ganhar na loteria.
• Segundo quadrante
Pessoas que tem boa capacidade de planejar estrategicamente e mobilizar os recursos
internos necessários, para buscar a satisfação de seus desejos. Geralmente são pessoas bem
orientadas para o trabalho, e para o futuro.
• Terceiro quadrante
Indício de imaturidade e dependencia emocional, à buscar no ambiente e no outro, a
satisfação de seus desejos, tendem ao imediatismo e a demonstrações de imaturidade, quando
não conseguem o que desejam e culpabilizam o outro por seus fracassos.
• Quarto quadrante
Indivíduos com desejos elevados e irrealizáveis, que são imediatistas e buscam na
subjetividade, que é elevada, um refugio para suas frustrações. Buscam no sagrado a
realização do que querem.
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Pressão do Desenho
• Pressão
• A padronização do uso do lápis número 2, se faz necessária para podermos avaliar o
nível de pressão.
• Avalia o nível de energia psíquica do indivíduo.
• Fraca: baixo nível energético, tendência á depressão e a somatização.
• Média: Nível energético adequado, capacidade de estabelecer trocas com o ambiente.
• Forte: alto nível de agressividade voltada ao externo.
• Muito forte, criando relevo no papel, indica falta de sensibilidade de vida.

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Simetria do Desenho
• Simetria

Para classificarmos a simetria, traçamos um eixo vertical no centro do desenho


e avaliamos o quanta um lado é maior, menor ou igual ao outro.

O critério de normalidade baseia-se na natureza, onde há sempre uma pequena


diferença entre os lados.

Avalia o controle dos impulsos e impulsividade, podendo ser normal — um lado


um pouco diferente do outro; ausente; bilateral — um lado é absolutamente igual
ao outro,assimétrico — a diferença é discrepante.

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Simetria do Desenho
• Normal: Estrutura egóica capaz de realizar a adequação da impulsividade.
• Ausente: Ego frágil, domínio da impulsividade, incapaz de mediar o
controle da impulsividade. Ausência de crivos, ou seja, não pensa ou
seleciona para poder agir e desse modo tende a atuação. não pensa nas
consequências, e dependendo do grau de impulsividade ela tem
dificuldades de convívio com outras pessoas. E uma pessoa imatura,
arrisca muito a vida, há exposição excessiva.
• Bilateral: Rigidez no controle dos impulsos, tendência a apresentar
transtorno obsessivo compulsivo. Essa pessoa provavelmente sente seu
caos interior e tenta mantém o controle excessivo no mundo externo, como
forma compensatória. Ha grande desgaste energético, na tentiva de
organização.
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Detalhes do Desenho
• Detalhes
O detalhamento do desenho, avalia o nível de energia psíquico, a forma como o indivíduo lida com a
agressividade e o comportamento emocional.

Para cada tipo de desenho, temos detalhes essenciais e detalhes acessórios.

Casa: parede, porta, janela e telhado.

Árvore: tronco, linha de solo, copa.

Pessoa: cabeça, tronco e membros.

Ausência de detalhes: nível energético rebaixado, tendência depressiva.

Excesso de detalhes: controle repressivo da impulsidade, tendência obcessivo-compulsiva.

Adequado: pessoa que lida com os impulsos de forma coerente, havendo negociação interna.

Há ainda o mecanismo chamado de "Spliting" que ocorre quando a sujeito, por exempla, desenha a
casa e "coloca" no espaço externo da casa, vários objetos de forma desordenada, o que é indicio de
patologia e deve ser avaliado como "Spliting". 55
Traços do Desenho
• Traço:
O tipo de traço avalia o comportamento emocional do sujeito.
Para avaliarmos o tipo de traço, precisamos observar como o sujeito desenha,
pais muitas vezes não a possível diferenciar um traço do outro, apenas
observando o desenho ja realizado.
Tipos de traços: Longo ou continuo, predominância do traço reto,
predominância do traço curvo ou circular.

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Traços do Desenho
• Traço Longo: (feito de uma Única vez) sugere segurança e assertividade diante
dos fatos, tendo foco em suas ações e agressividade dirigida . Revela que não
há hesitação e sim capacidade criativa desenvolvida.
• Traço curto: (tipo de trago cujo o movimento do braço é de avanços e recuos)
sugere insegurança e realização das necessidades vividas e efetuadas com
muita dificuldade. Revela, também pouca assertiva e não agressiva.
• Predomínio do traço reto: trago reto mas contínua, revela um comportamento
voltado para o aspecto mais masculino, ou seja, mais dirigido, mais racional.
• Predominância do traço curvo: revela comportamento voltado para a aspecto
feminino, tendendo ao passivo, sensível, frágil, e possibilidade de "jogo de
cintura" maior.

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Bibliografia sugerida:

• ANZIEU, Didier. Os métodos Projetivos. Rio de Janeiro, Ed. Campos,


1989. Cap. 1,5,6 e 7.
• HAMMER, Emanuel F. Aplicações Clínicas dos Desenhos Projetivos.
São Paulo, Casa do Psicólogo, 1991.
• BUCK, John N. H-T-P: casa-árvore-pessoa, técnicas projetivas de desenho:
Guia de interpretação. São Paulo, Vetor, 2009.
• VISTUÉ, A. O Simbolismo da Arte das Cavernas: uma abordagem junguiana.

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