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Bases Biológicas da Intuição

Bia C. Rossi
Bases Biológicas da Intuição | Bia C. Rossi

“A mente intuitiva é um dom sagrado e a mente racional


um servo fiel. Nós criamos uma sociedade que honra o
servo e esquece o dom.” Albert Einstein

Se você está animado ou curioso para saber o que esse ebook vai
trazer, pode apostar que dentro de você existe um chamado, uma busca
para uma descoberta mais profunda de si mesmo. Aquele mergulho que
traz a sensação de tocar, integrar, ser a essência de vida que pulsa. Esse
lugar é vivenciado pela intuição.

A intuição é o “GPS” mais poderoso do universo. É o nosso GPS


interno porque vai te colocar em contato com você mesmo e vai te lembrar
quem você é!

E eu te digo que a intuição não é algo místico ou exclusivo para


poucos. Nossos sistemas biológico e energético possuem uma fisiologia
particular responsável pela apreensão de conhecimentos diretos, vindos da
vontade do ser, do inconsciente pessoal e coletivo. Todos temos um corpo
intuitivo!

E se você está buscando:

 Conhecer quais são as estruturas e os processos fisiológicos que


nosso corpo utiliza para intuir;
 Entender como funciona a sua intuição e porque se sente
desconectado dela;

Seja recebido de braços abertos!

Nas próximas páginas você vai iniciar uma jornada de despertar.


Nesse texto, que eu preparei com todo carinho, eu trago um breve resumo
dos fundamentos da Biologia da Intuição, um projeto que visa estudar os
processos biológicos associados à capacidade de acessar informações por
processos inconscientes. Ou seja, entender como a intuição acontece no
corpo!
* Este ebook, bem como o conteúdo dele está protegido por leis de direitos autorais. Todos os
direitos sobre eles são reservados.

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Sumário

Você ouve a sua intuição? ....................................................................................................................3


De “onde vem” a informação?..............................................................................................................6
A “captação” das informações: da informação ao DNA .......................................................................9
Como saber se é intuição ou “coisa da minha cabeça”? ....................................................................10
EXERCÍCIOS PRÁTICOS.........................................................................................................................12
A intuição como um sentido do novo milênio. ...................................................................................15
Como surgiu isso tudo?.......................................................................................................................16
Referências Bibliográficas: ..................................................................................................................18

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Você ouve a sua intuição?


Já aconteceu com você de pensar em alguém e logo depois tocar o
telefone e ser a pessoa que você estava pensando? Ou ter um insight de
rever aquele trabalho sem motivo aparente e descobrir que tinha algo
importante para corrigir?

Muitas vezes nos aparecem respostas ou direcionamentos do


caminho a seguir que não sabemos racionalmente de onde vieram. E por
não saber, temos receio, dificuldade de confiar e a pergunta que mais ouço
é: como saber se algo que sinto ou percebo é intuição ou algo que criei na
minha mente?

E respondo com outra pergunta: você sabe o que é intuição? Antes


de saber como reconhecer a sua intuição é necessário saber o que é.

As respostas são muitas. A palavra intuição vem do latim intuere,


formada pela junção “in” (dentro) e “tuere” (olhar para). Por esse olhar,
intuição seria habilidade de olhar para dentro.

Eu imagino que dentro de você deve estar gritando a pergunta:


como “olhar para dentro” pode me fazer perceber antecipadamente quem
vai me telefonar? (ou mandar uma mensagem no whattsApp, nos dias de
hoje).

Carl Gustav Jung, no seu livro A Natureza da Psique diz que ”a


intuição é uma capacidade de acessar, um insight. Decorre de um processo
inconsciente; é uma percepção, uma apreensão, um entendimento da
situação, de maneira não racional. ”

Nós vivemos num momento da história que eu chamo de “era da


razão”, onde o entendimento intelectual, a prova de fatos, fundamenta o
que é de conhecimento verdadeiro. A “prova científica” se faz necessária
para um conhecimento ser considerado válido. Na maioria das escolas,
aprende - se a pensar dessa maneira, onde os fatos nos mostram as
respostas. No entanto, percebemos que existe algo a mais, sentimos que

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existe uma capacidade inerente de, muitas vezes, saber as respostas de


uma maneira não lógica.

Essa “era da razão”, embora imperando, está em fase de mudança e


transição. Já vemos uma crescente valorização de conhecimentos, antes
considerados místicos, como os estudos do inconsciente, o ser humano
energético, base das medicinas orientais e a espiritualidade, originando
disso terapias que estão trazendo resultados espetaculares na saúde e bem
estar.

A grande maioria dessas terapias olham o indivíduo como um ser


integrado, inconsciente e consciente, matéria e energia, corpo e mente. E a
intuição, como um sentido que percebe as nuances profundas, é alicerce
fundamental no processo terapêutico.

E a própria ciência vem se debruçando para compreender como


ocorre essa capacidade de entendimento, percepção não racional, que
podemos chamar de intuição. E é apaixonante o que essas pesquisas nos
revelam! Existe sabedoria biológica por trás dessa capacidade. Da mesma
maneira que sabemos que o estômago produz ácidos para a digestão
estamos descobrindo o que acontece com nossa fisiologia que permite
reconhecer a intensão de uma pessoa que se aproxima sem conhece-la,
por exemplo.

Considero os estudos profundos do inconsciente de Carl Gustav Jung,


fundador da Psicologia Analítica um “divisor de águas” que permitiu essa
conversa entre razão e o que era chamado de misticismo. Ele ampliou a
ideia do inconsciente. Além da mente consciente e inconsciente individual,
existe o inconsciente coletivo, que conecta as instâncias inconscientes
individuais sem tempo e espaço, agrupando o conhecimento universal.

A física, com os estudos da quântica, também fundamenta essa ideia.


Amit Goswami diz que a que consciência está em tudo, numa molécula ou
partícula, logo as informações do todo podem estão registradas numa
pequena parte e podem ser acessadas.

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O conhecimento do funcionamento do cérebro também nos permite


saber como oscilam as ondas cerebrais e geram diferentes percepções da
realidade, como adquirimos comportamentos automáticos e habilidades
que fazemos sem pensar, de maneira intuitiva.

Estudos do coração demonstram que ele é o nosso centro intuitivo! O


coração é o centro eletromagnético do corpo, emanando 5 mil vezes mais
eletromagnetismo que o cérebro e seis vezes mais eletricidade, gerando
um campo eletromagnético de até 3 metros de tamanho ao redor do
corpo! Cerca de 60 a 65% de suas células são neurais, exatamente como os
neurônios cerebrais. Esse complexo neuronal é gerador de uma inteligência
própria, particular, que proporciona um saber intuitivo, direto que constitui
parte essencial da nossa inteligência global.

Nossas células possuem sistemas extremamente rápidos e eficientes


de comunicação, independentemente da transmissão via impulso nervoso,
como a comunicação, por exemplo, por ressonância molecular, em que as
moléculas interagem como se fossem ondas de rádio.

“As frequências emitidas por qualquer molécula individual no corpo


podem conter informação sistêmica ou coletiva, em praticamente todos os
processos que ocorrem no interior do organismo” James Oschman

Nesse processo de buscar entender como acontece no corpo a


percepção sutil, irracional, surgiu a Biologia da Intuição, um projeto de
pesquisa que visa estudar os processos biológicos associados à capacidade
de acessar informações por processos inconscientes e de maneira não
racional. Ou seja, entender como a intuição acontece no corpo!

Com isso, a Biologia da Intuição vem desmistificar a intuição!

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De “onde vem” a informação?


A ciência hoje nos mostra que temos um corpo intuitivo com
estruturas celulares, processos fisiológicos que permite com que façamos
leituras do meio, do nosso mundo interno, do inconsciente pessoal e
coletivo.

E o que seriam o meio, o mundo interno, o inconsciente pessoal e


coletivo de onde estão sendo captadas as informações?

Segundo Jung nascemos inteiramente nesse inconsciente pessoal e


coletivo. No processo de crescimento vamos estruturando o ego e criando
as personas para interagirmos com o mundo. Biologicamente, vamos
desenvolvendo conexões neuronais para aprender e nos adaptar ao esse
mundo, criando programações, crenças que vão configurar as nossas
verdades.

Figura1: Representação esquemática do indivíduo e sua relação com os níveis de consciência

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Nesse processo, vamos “ao encontro” do mundo racional,


intelectual, que diz que 2 + 2 é 4 e que devemos pensar para tomar
decisões. Esse é o ego que nos faz ter a ilusão de que estamos
desconectados daquele “lugar primeiro”, de integração com o inconsciente
e o meio. Na verdade, não estamos. Estamos convencidos pelo ego de que
estamos desconectados.

Quero aqui fazer um parêntese, o ego é muito importante e


necessário para vivermos nesse mundo material, mas pela nossa própria
cultura na “era da razão”, fomos ensinados a crer que ele é a totalidade,
que o cérebro e os pensamentos devem ser os principais a serem
considerados, mas na verdade são partes.

Assim, vivenciar a intuição é lembrar desse “lugar primeiro”, é ser


mais pertencente a si mesmo, o meio e ao mundo. Muitos chamam a
intuição de sexto sentido. Eu digo que ela é mais o primeiro sentido, aquele
de pertencimento e integração que vai fazer a captação desse universo
inconsciente, só que agora tendo um ego programado com um universo de
informações que vieram do meio, dos pais, das experiências vividas que
filtra essas informações.

A busca pelo desenvolvimento da intuição vem do desejo profundo


de clareza e de ir ao encontro da parte mais profunda de nós e lá, nesse
“lugar” encontramos o todo, o coletivo.

Assim, o meio interno pode ser dito como o nosso self, ou o eu


maior.

O meio externo, são as informações externas vindas de meios físicos,


de outras pessoas, como sentir alguém que passa ao lado e perceber a
emoção que ele está sentindo, ou ter percepções sutis de um ambiente. É
aqui que o ego e a persona têm o seu papel, que fazem a interação
primeira com o meio.

O nosso consciente, é a parte capaz de refletir, é o estado de


atenção. Enquanto o consciente é capaz de sonhar, fazer planos, analisar o
passado, projetar o futuro, o inconsciente está ocupado em administrar

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com eficiência o comportamento exigido no momento. Ele está


percebendo quem passa ao lado, ouvindo os sons externos enquanto
estamos focados numa leitura, por exemplo.

“A mente inconsciente é capaz de processar cerca de 20 milhões de


estímulos ambientais por segundo, enquanto somente 40 estímulos são
interpretados pela mente consciente no mesmo segundo.” Bruce Lipton

O inconsciente pessoal representa uma grande parte de nós. Uma


figura muito famosa para demonstrar essa relação é a do iceberg, onde
uma pequena parte representa o consciente e a grande parte, submersa,

escondida está o inconsciente.

Segundo Jung: “O inconsciente retrata um estado de coisas


extremamente fluido: tudo o que eu sei, mas em que não estou pensando
no momento; tudo aquilo de que um dia eu estava consciente, mas de
atualmente estou esquecido; tudo o que meus sentidos percebem, mas
minha mente consciente não considera; tudo o que sinto, penso, recordo,
desejo e faço involuntariamente e sem prestar atenção; todas as coisas
futuras que se formam dentro de mim e somente mais tarde chegarão à
consciência; tudo isto são conteúdos do inconsciente”. C. G. Jung

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O inconsciente coletivo representa a junção das vivências e


conhecimentos de toda humanidade ao lingo da história:

“…o inconsciente contém, não só componentes de ordem pessoal,


mas também impessoal, coletiva, sob a forma de categorias herdadas ou
arquétipos. Já propus a hipótese de que o inconsciente, em seus níveis
mais profundos, possui conteúdos coletivos em estado relativamente ativo,
por isso o designei inconsciente coletivo”. C. G. JUNG. Estudos sobre
Psicologia Analítica. Petrópolis, Editora Vozes: 1978

A “captação” das informações: da informação ao DNA


Vamos olhar agora a recepção das informações pelo corpo. Vou
procurar aqui fazer um resumo de maneira bem simplificada focando na
ideia do processo.

Seja a informação vinda da vontade do self, a sensação ao passar por


alguém ou uma informação de um inconsciente, o coração é o centro. As
filosofias e medicinas orientais dizem há milênios que o coração é o centro
governante.

O coração possui uma estrutura anatômica em forma de vórtice,


geometria capaz de criar um campo particular que pode captar informações
sem limites de tempo e espaço! Ele é como uma poderosa antena! Figura 1

** figura do artigo de James Oschmann. 2015 v2, i2

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Logo, uma informação “captada”, seja pelo campo eletromagnético,


seja pelos sentidos, pelos diferentes receptores neuronais, ou “vinda” do
self, será percebida pelo coração e encaminhada para corpo, cérebro, outros
sistemas, até as células, as quais também a repassam por ressonância. (Não
necessariamente nessa ordem, quero considerar aqui que o coração está
sempre ciente.)

Nas células, as membranas fazem o papel de receptoras. Elas contêm


canais onde passam micronutrientes e também fótons de luz que carregam
uma informação para o interior da célula. Dentro da célula, essas
informações são convertidas numa linguagem biológica que vai informar ao
DNA o que é para ser feito – ativação de gens - como um hormônio, ou um
pigmento na pele, por exemplo.

Como saber se é intuição ou “coisa da minha cabeça”?


Essa é a pergunta que mais ouço desde que iniciei os meus trabalhos
com intuição: Como saber se uma informação é intuição ou “coisa da minha
cabeça”?

Primeiramente, temos que entender que a intuição não vai trazer


informações da mesma maneira que o conhecimento racional, uma
informação articulada, onde se entendem os porquês das coisas. A intuição
é sentida e para que tenhamos clareza dessa linguagem, precisamos dar ao
coração o seu “lugar de direito”.

A linguagem do coração é pelo sentir. Você já teve momentos na vida


de que tomou uma decisão certeira e aquilo veio do fundo da sua alma,
sem conflitos. Nesse momento, coração e cérebro estavam alinhados. Mas
nem sempre temos essa clareza

A grande chave não é abandonar a informação racional, deixar de


lado as “coisas da minha cabeça”, mas fazer com que a informação racional,
aquilo que eu estou pensando, esteja alinhada às mensagens do coração.

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Como alinhar os campos do cérebro e coração? É necessário um


esforço consciente para que “o coração fale mais alto”, o que é o estado
natural dele. Nosso corpo já está programado para isso. Ele é o nosso
maior oscilador biológico e tem a capacidade de influenciar a vibração de
todo o sistema.

É um processo que tem o mesmo princípio dos relógios de pêndulo


em sincronia. Sabe quando vários relógios de pêndulos são colocados
juntos num mesmo lugar?

Depois de um tempo, todos estão no mesmo ritmo e quem


determina esse ritmo é o maior pêndulo! É isso que acontece no nosso
corpo. Naturalmente, quando acalmamos, dormimos, as ondas do cérebro
e coração sincronizam-se, nosso corpo acalma-se e nos sentimos bem.

Quando começamos a pensar freneticamente, mergulhamos nas


milhares de informações, temos pensamentos dissonantes, como raiva, e
nem nos damos conta que essas emoções estão acontecendo e tomando
conta de nós e essa sincronia vai pelos ares e se não fizermos um esforço
consciente para retomar ao estado original, essa “bagunça” se acumula,
gerando falta de clareza e até doenças.

Ao queremos dar sempre explicações, dando grande “poder” à nossa


razão, acima do coração, e assim, nossas crenças podem influenciar na
informação vinda do coração.

“Se o coração enviar um claro sinal, intuitivo com a sensação “ Não


faça isso”, o cérebro pode resistir vigorosamente, exigindo saber: Por que?
Como? Quando? Tamanha persistência acaba por interromper o sinal do
coração.” (Childre and Martin - Hearth Math)

“Pôr o coração e a mente em sincronia aumenta a coerência entre o


coração e o cérebro, permitindo agir no auge dos nossos níveis de
desempenho. Quando, porém, estamos fora de sincronia, há uma redução
da nossa percepção geral e usamos menos as capacidades que já temos.
Pense no coração como um transmissor de rádio que trabalha 24 horas por
dia. A qualidade da transmissão depende de cada pensamento e

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sentimento que temos. Quando os nossos pensamentos estão confusos,


caóticos, a transmissão fica cheia de estática. Não podemos receber o que é
transmitido. Em termos de percepção, podemos simplesmente nos dar
conta de que nos sentimos irritadiços ou distraídos, mas essa “estática” tem
um impacto em todos os subsistemas do nosso corpo, alcançando o próprio
nível celular” (Childre and Martin - Hearth Math)

Trabalhar pela manifestação da intuição é se permitir o contato


íntimo com a “voz” do coração, assim, ter maior clareza sobre as decisões,
maior potencial de autoregulação do sistema biológico e energético e com
isso, melhor saúde, bem estar, sentimento de que está seguindo o seu
caminho e ainda ajudar aos que estão ao redor.

EXERCÍCIOS PRÁTICOS
Algumas pessoas nascem com facilidade de identificar notas
musicais, quanto outras “treinam o ouvido” e adquirem essa capacidade,
ou seja, elas afinam o sentido para essa percepção. De maneira semelhante
acontece com a intuição. É possível treinar nossa percepção intuitiva.

Treinar envolve um auto estudo aprofundado. Não vamos adquirir


nenhuma habilidade nova, mas sim perceber como essa habilidade, que já
existe, se manifesta. E assim, poder estar mais conectado e atento à esses
momentos. Um segundo passo será refiná-la.

Como perceber as manifestações da minha intuição:

1ª Parte: Faça uma lista de eventos na sua vida.


De um lado da tabela, coloque as decisões mais importantes,
certeira, as melhores decisões da sua vida. Do outro lado da tabela,
coloque aqueles fatos ou decisões que você lembra e pensa: nossa,
não faria isso nunca mais. Aquelas decisões ou fatos que, só de
lembrar gera aquela “sensação desagradável”.
Chamei de decisões positivas e negativas

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DECISÕES POSITIVAS DECISÕES NEGATIVAS

2º.: Identificando como o corpo sente as decisões


Escolha uma decisão de cada lado da tabela, a mais impactante para você.

Feche os olhos, respire fundo algumas vezes.

1) Lembre-se da decisão positiva escolhida. Vá na memória e


identifique a sensação de ter tomado essa decisão. Observe seu
peito, seu corpo.
2) Volte a presença do aqui e agora. Fique por alguns segundos.

3) Repita o item 1 acima, lembrando da decisão negativa escolhida.

É muito importante observar as sensações no corpo.

Após a observação das memórias, DESCREVA as sensações das


duas decisões:
A) Qual a sensação de cada uma delas?
B) Em qual delas seu corpo contraiu, em qual expandiu?

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No exercício, você deve ter observado uma diferença muito


significativa de sentimento nas duas decisões positivas. Mesmo que tenha
tido dificuldade de descrever as sensações, o importante é perceber as
diferenças.
As decisões positivas, geralmente são expansivas, o peito fica
aberto, o rosto alegre. As decisões negativas trazem sentimentos de
contração. Você pode ter até franzido a testa ou fechado os ombros
quando esteve na memória.

Nós vivemos num mundo dual: inspiração e expiração, contração


e expansão, sim e não, positivo e negativo.
Ao perceber e identificar a diferença das sensações opostas no
corpo, você está percebendo as sensações das manifestações corpóreas
intuitivas das respostas SIM ou NÃO.
Guarde bem essas sensações, elas te dizem quando tomar ou não
uma decisão. O tempo todo nosso corpo está expressando-as, nos guiando
no caminho.

Nas suas decisões diárias, pergunte: devo seguir esse


caminho agora? E observe seu corpo.

Veja que eu não perguntei “vou para a direita ou esquerda?”, eu


perguntei: “vou para aquele caminho agora?”
As sensações nos dão respostas “Sim” ou “Não” e a habilidade de
fazer perguntas é um exercício fundamental para ouvir as respostas
intuitivas do corpo!
Claro que você poderá ouvir “direita” ou “esquerda”, mas isso
será uma interpretação instantânea da resposta.
Treinando primeiro esse exercício você vai se familiarizar com a
linguagem do seu corpo, o que será um passo importante para diferenciar
o que é intuição das “coisas da sua cabeça” que não estão alinhadas com o
seu coração.
Agora, é começar a se divertir!

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A intuição como um sentido do novo milênio.


Nós estamos nos encaminhando para um tempo em que nossa
intuição “falará” cada vez mais alto. Porque ela já existe como capacidade
inerente a cada um de nós.

Eu percebo e você também deve estar percebendo que cada vez


mais nasce dentro das pessoas um o chamado para aprender a confiar na
intuição.

Como quando aprendemos um conceito novo, é necessário entender


como se processa e vivenciar a intuição para podermos acreditar que é real
e que devemos aprender a dar voz à nossa intuição, tanto quanto a razão.

Estudar os fenômenos biológicos por trás da intuição para mim foi


como desvelar um universo maravilhoso e desconhecido. Eu senti como um
chamado e comecei ministrando palestras, áudios reflexivos e cada vez
mais pessoas chegam querendo saber mais.

A maioria dos estudos estão em difícil acesso devido a linguagem


científica, e a Biologia da Intuição traz uma linguagem simples e acessível
para que todos os que queiram possam entender, sem necessidade de
conhecimento prévio e assim consigam perceber como a Intuição se
manifesta e como torna-la cada vez mais parte do nosso dia a dia.

Acredito que vivenciar a intuição é o grande desafio e o próximo


passo da humanidade. Não de uma forma mística, mas como parte
integrante do ser, capaz de perceber o meio, o próximo. Eu sinto minhas
decisões alinhadas com o mais íntimo do meu ser quando ouço meu
coração, quando abro caminho para minha intuição transcender as
limitações da razão. É o que busco a cada dia, reconhecer – me.

A Intuição é o nosso GPS interno, numa instância mais profunda, é


um convite a um mergulho a lugares desconhecidos de nós mesmos!

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Como surgiu isso tudo?


Minha jornada me impulsionou a mergulhar nesse universo, que me
fascina cada dia mais. Eu sou bióloga de formação, Mestre em Biologia
funcional, apaixonada pelos microssistemas celulares e bioquímica.

Desde meus 19 anos atuei voluntariamente em escolas filosóficas


que buscam o entendimento de grandes mestres da humanidade e quando
eu me tornei mãe fui entender mais profundamente o funcionamento do
corpo como um todo para ter autonomia para lidar com a saúde do meu
filho.

Mas eu sabia que a ciência me trazia somente uma faceta do que


somos realmente. Então fui estudar práticas naturais e energéticas, quando
busquei especialização em Medicina chinesa, Cromoterapia e conheci o
Bodytalk, prática terapêutica bioinformacional, alicerçada nos conceitos da
física quântica na qual me aprofundei.

Entendi como matéria e energia são facetas da mesma coisa. O corpo,


a mente, consciente, o inconsciente, as dores, alegrias, memórias intensas
estão integradas num mesmo sistema dinâmico que somos nós, imerso
num grande inconsciente coletivo.

Na busca de entender as fronteiras do consciente, inconsciente, ego,


sombras, me apaixonei pela Psicologia Junguiana e, eu e meu esposo, já
especialista em Psicologia Junguiana e Arteterapia, fundamos o Jung na
Prática, um portal para aplicação do conhecimento junguiano no dia a dia,
para autoconhecimento e para potencializar a prática profissional.

Essa trajetória me levou a entender que existe sabedoria biológica


por trás da intuição.

A Biologia da Intuição vem mostrar que a intuição é real, parte de


todos nós. É uma habilidade que todos temos e pode ser vivenciada e
acurada. Essa jornada eu vejo trilhando, como um chamado interno, do
coração e eu convido a experimentar essa fascinante aventura. Topa
embarcar nessa jornada?

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Vamos lá, serei a sua companheira nessa viagem. Esse ebook é sua
primeira parada.

Me conta a sua experiência com esse ebook e com o exercício!


Comenta lá no link da publicação:

O próximo passo é nos conectarmos. Essas são as minhas redes


sociais onde eu estou postando vários insights sobre Intuição.

Facebook: Bia C. Rossi (facebook.com/biologiadaintuicao)


Instagram: @biac.rossi

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Referências Bibliográficas:
CHILDRE and MARTIN, H. A Solução Hearth Math, Editora Cultrix, 1999

GOSWAMI, A. Criatividade para o Século 21. Aleph Editora 2012

GREGG BRADEN. Matriz viva. Documentário

JUNG. C. G A Natureza da Psique. Petrópolis, 6ª ed. Editora Vozes: 1971,

JUNG. C. G. Estudos sobre Psicologia Analítica. Petrópolis, Editora Vozes:


1978

LIPTON, B. H. Biologia da Crença. Butterfly editora. São Paulo, 2017

MORAES, R.J Inconsciente sem Fronteiras. Editora Santuário, 195.

OSCHMAN, J.L. and OSCHMAN, N.H. The Hearth as a Bi-directional Scalar


Field Antenna. Nature´s Own Research Association, v.2, issue 2, 2015

OSCHMAN, J.L. and OSCHMAN, N.H. Vortical Structure of Light and Space:
Biological Implications, Nature´s Own Research Association, v.2, issue 1
2015

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