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CURSO DE INTRODUÇÃO

A PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

Profª Dra. Kátia Maria Pacheco Saraiva


Katiasaraiva2011@gmail.com
OBJETIVOS :

 Identificar a importância de se estudar o


envelhecimento dentro do campo da psicologia.
 Refletir sobre as transformações biopsicossociais da
pessoa no seu processo de envelhecimento.
 Conhecer as principais teorias psicológicas do
Envelhecimento.
 Discutir o desenvolvimento biopsicossocial do idoso
frente às transformações do mundo contemporâneo.
PROGRAMA:
 I – Aspectos Gerais do Envelhecimento/Desenvolvimento Humano.
 1.1- O Envelhecimento: é um processo pessoal?
1.2- Envelhecimento da homogeneidade para heterogeneidade das vivências.

 II – Teorias Psicológicas do Envelhecimento.

2.1- Teorias que pensam o envelhecimento em termos de mudança ordenada


2.2- Teorias que pensam o envelhecimento em termos de um processo contínuo de mudanças
psicossociais.
2.3- Teorias que pensam o envelhecimento enquanto um processo dialético.

 III- Reflexões sobre o desenvolvimento biopsicossocial do idoso frente às


transformações do mundo contemporâneo.
O fenômeno da longevidade

 A Longevidade que significa duração


da vida é um fenômeno recente ,
acelerado e mundial.

 Crescente aumento do número de


idosos que chegam aos 100 anos.
O fenômeno da longevidade
 A Esperança de vida aumenta de forma notável nos países
desenvolvidos graças à melhoria das condições de vida, do
avanço científico e da qualidade da medicina.

 A esperança de vida de uma sociedade também se refere


ao tempo médio de vida das pessoas que vivem em
determinada região geográfica.

 O primeiro país do mundo a ter a quantidade de idosos (60


anos e mais) maior do que a quantidade de jovens com
menos de 15 anos foi a Suécia, em 1975.
O mundo envelhece (ONU-2017)
O mundo envelhece (ONU-2017)
Panorama do Envelhecimento
BRASIL: Transição Demográfica
Últimos 50 anos:

 Queda da taxa de mortalidade


Queda da taxa de natalidade

Processo rápido e intenso, resultando em:


Defasagem Estrutural
NO BRASIL
Panorama do Envelhecimento no Brasil

Tendência de crescimento:

 Em 2018 proporção de idosos é de 9,2% - (19,2 milhões).


 Em 2060, um quarto da população - 25,5% (58,2 milhões).

OMS prevê para 2025:


 Brasil a 6ª população idosa do mundo

34 milhões de idosos
Fonte: IBGE, 2018
MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS

ESPERANÇA DE VIDA NO BRASIL


1998 = 69,7 ANOS
2008 = 72,9 ANOS
2018 = 79,7 ANOS ( Santa Catarina)

Para 2060 :

Entre os homens será de 81,5 anos.


Entre as mulheres será de 87,6 anos.

Fonte: IBGE, 2018.


O FENÔMENO DEMOGRÁFICO DO ENVELHECIMENTO
Expectativa de vida no Brasil em anos

1950 1980 2001 2020


43,33 anos 63,5 anos 68,9 anos 75,40 anos
Velho (s)– uma pessoa
Velhice (s)– uma etapa
Envelhecimento (S)– um processo

Dona Olga
O ENVELHECIMENTO NÃO É VELHICE.

O ENVELHECIMENTO É COMO UMA VIAGEM


NÃO SE REDUZ A UMA ETAPA.

O ENVELHECIMENTO É UM PROCESSO QUE


SE INSCREVE NO TEMPO.
Envelhecemos todos iguais ?

62 anos 91 anos
“ A velhice é o que acontece às pessoas
que ficam velhas; impossível encerrar essa
pluralidade de experiências num conceito ,
ou mesmo numa noção.”
(Simone Beauvoir, 1990, p. 345)
O ENVELHECER
OU
O ENVELHESER ?

Velhice Objetiva- cronológica, física ...

Velhice Subjetiva- tempo de experiências;


identidades – ENVELHESER
Somos sempre o velho de alguém
 “NÃO EXISTE ESSA COISA CHAMADA UM BEBÊ” ( D.
W. Winnicott)
Analogamente poderíamos dizer:
 “NÃO EXISTE ESSA COISA CHAMADA VELHO” (

Kátia Saraiva)

 Não existe alguém sem o seu entorno e sem que


esteja inscrito na história de vida de alguém. Somos
feitos de pai, mãe e dos pais e mães dos nossos pais
e assim por diante.
.
“ A velhice não tem nada a ver com idade
cronológica. É um estado de espírito. Há velhos de
vinte anos, como jovens há jovens de oitenta. Trata-
se de uma questão de generosidade de
sentimentos, mas também de uma maneira de
conservar em si suficiente cumplicidade com a
criança que fomos”.
( Mannoni, 1991)
A construção social das idades
 Processo de “cronologização” das etapas do ciclo de
vida,- significa a institucionalização do curso de vida na
família, no trabalho e nas políticas públicas.

 Na sociedade recente o curso de vida foi institucionalizado,


sendo o Estado um dos reguladores de regras sociais por
meio das indicações das idades cronológicas ideais para a
escolarização, direitos sociais e políticos, mercado de
trabalho, aposentadoria entre outros.
Um pouco de história ...
Na Idade Média
Construção das
Gerações na Modernidade

Sec. XVIII: a “invenção” da infância lugar para


colocar as crianças - Surgimento das escolas.
XIX/XX: Construção social da adolescência.
Séc. XX: a “invenção” da Meia Idade e da
Velhice.
IDADE(S)
 Idade Biológica

 Idade Cronológica

 Idade Social

 Idade Psicológica
Envelhecimento(s)
Bem sucedido: baixo risco de doenças, de incapacidades, funcionamento mental e
físico excelente, envolvimento ativo com a vida.
Primário, usual, normal ou senescência: afeta a todos por força de mecanismos
genéticos, é progressivo, seu resultado é a diminuição na capacidade de adaptação,
não é doença. Influenciado por estilo de vida, questões sociais, personalidade.
Secundário, patológico, senilidade: alterações ocasionadas por doenças associadas
ao envelhecimento que não se confundem com as mudanças normais desse processo.
TEORIA DO CAPITAL HUMANO
 CAPITAL INICIAL DE SAÚDE.
 CAPITAL DE SAÚDE.

 CONDIÇÕES ECONÔMICAS

 CAPITAL PSICOLÓGICO

 AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA

ENVELHECIMENTO
BEM-SUCEDIDO
CAPITAL PSICOLÓGICO
 AUTONOMIA – LOCUS CONTROLE
 AUTO-ESTIMA
 ALTRUÍSMO
 HUMOR
 HABILIDADE COGNITIVA
 RESILIÊNCIA
 SUBLIMAÇÃO
Obrigada!

katiasaraiva2011@gmail.com

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