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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

APOSTILA DIDÁTICA PARA USO SUPERVISIONADO


NA DISCIPLINA DE TÉCNICAS PROJETIVAS

CASA – ÁRVORE – PESSOA

TÉCNICA PROJETIVA DE DESENHO

H–T–P

- 2021-

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MATERIAL EXCLUSIVO PARA APRENDIZADO. VEDADO PARA DEMAIS FINALIDADES.
PROIBIDA DIVULGAÇÃO A PÚBLICO LEIGO E/OU EM MÍDIAS ELETRÔNICAS.
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
APOSTILA H-T-P

ATENÇÃO:

Esta apostila só poderá ser usada com a exclusiva


finalidade de aprendizagem. Ela servirá apenas para
ilustrar as aulas de Técnicas Projetivas do Curso de
Psicologia, uma vez que as informações estão
condensadas para este objetivo.
A interpretação do H T P (técnica projetiva de desenho)
só poderá ser realizada por meio do manual: H-T-P
Manual e Guia de Interpretação – comercializado pela
VETOR Editora e vendido exclusivamente para
psicólogos.

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CASA – ÁRVORE - PESSOA

(House – Tree – Person | H-T-P)

TÉCNICA PROJETIVA DE DESENHO

Por mais de 50 anos, os clínicos têm usado a técnica projetiva de desenho a Casa-
Árvore-Pessoa para obter informações sobre como uma pessoa experiência sua
individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar, estimula a projeção de
elementos da personalidade e de áreas de conflito, dentro da situação terapêutica,
permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o
estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva.

Descrição Geral
O H-T-P é uma abordagem à personalidade e foi planejado para incluir no mínimo as
duas primeiras fases.
1ª) Tarefa não verbal, criativa e quase completamente não estruturada, consiste em
convidar o indivíduo a fazer um desenho a mão livre acromático (lápis preto), de
uma casa, de uma árvore e de uma pessoa; pode-se solicitar um desenho
adicional de uma pessoa do sexo oposto à que foi primeiramente desenhada.
2ª) Tarefa verbal, constituída por um inquérito posterior ao desenho, que envolve
fazer uma série de perguntas relativas às associações do indivíduo sobre aspectos
de cada desenho; alguns autores solicitam uma história para cada um dos
desenhos.
3ª) Nessa fase, o indivíduo desenha novamente uma casa, uma árvore e uma
pessoa (ou duas pessoas), dessa vez usando crayons (giz de cera).
4ª) São feitas perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos (ou efetuados os
inquéritos correspondentes).

IMPORTANTE:
Na prática clínica, objetivando reduzir o tempo de testagem e/ou não cansar
demasiadamente o sujeito, convencionou-se efetuar-se a aplicação de modo
híbrido: aplica-se apenas uma sequência de desenhos (casa, árvore e
pessoa(s)), ofertando ao sujeito o lápis grafite e uma caixa de lápis de cor,
contendo ao menos 12 cores.

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Objetivos e Aplicações Clínicas


1. Possibilita ao clínico o acesso às reações do indivíduo a uma situação
consideravelmente não estruturada;
2. A capacidade do cliente e do clínico de permanecerem em contato e de
articularem experiências sob essas circunstâncias é um importante indicador
prognóstico;
3. Os desenhos também estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e
confiança entre o examinador e o cliente.
4. Para propósitos diagnósticos, fornece informações, que, quando relacionadas à
entrevista e a outros instrumentos de avaliação, podem revelar conflitos e
interesse gerais do indivíduo, bem como aspectos do ambiente que ele ache
problemático.
5. Na psicoterapia em andamento, os desenhos podem refletir mudanças globais no
estado psicológico de um indivíduo.

População
1. O uso do H-T-P é mais adequado para indivíduos acima de 8 anos de idade.
2. É mais comumente aplicado em crianças.
3. A natureza atraente da tarefa de desenhar torna o uso do H-T-P especialmente
adequado nas situações onde a comunicação verbal direta de materiais conflitivos
é improvável por causa de obstáculos nas capacidades verbal e motivacional.

Procedimentos de Aplicação
1. O H-T-P é aplicado geralmente em uma situação face a face, como parte de uma
avaliação inicial ou de uma intervenção psicoterapêutica em andamento de um
determinado indivíduo.
2. Os desenhos devem ser aplicados na seguinte ordem:
a) CASA – Folha apresentada na posição horizontal
b) ÁRVORE – Folha apresentada na posição vertical
c) PESSOA – Folha apresentada na posição vertical
d) PESSOA DO SEXO OPOSTO – Folha apresentada na posição vertical

Situação e Tempo de aplicação


1. O sujeito deve sentar-se em frente a uma mesa, em uma posição confortável para
desenhar.
2. A aplicação requer de 30 a 90 minutos, dependendo do número de desenhos
solicitados pelo examinador, porém não há limite de tempo para a execução dos
desenhos.
3. No mínimo, devem ser pedidos três desenhos e feito um inquérito/história posterior
ao desenho de cada um deles.

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Material para aplicação


1. Vários lápis pretos nº 2, apontador, lápis de cor.
2. Borracha: em posse do aplicador e fora da vista do examinando; caso ele solicite e
o aplicador não consiga demovê-lo da ideia, entregar a borracha, anotar a parte do
desenho que foi apagada e, em seguida, voltar a borracha para a posse do
aplicador.

Instruções
a) CASA: “Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar o tipo de
casa que quiser. Faça o melhor que puder e pode levar o tempo que precisar.
Apenas faça o melhor possível”.
b) ÁRVORE: “Eu quero que você desenhe uma árvore da melhor maneira que puder”.
c) PESSOA: “Eu quero que você desenhe uma pessoa da melhor maneira que puder”
d) PESSOA DO SEXO OPOSTO: “Eu quero que você desenhe uma pessoa do sexo
oposto ao desenho que você desenhou anteriormente da melhor maneira que
puder”

Inquérito Posterior ao Desenho


1. Uma vez que o desenho acromático esteja completo, é essencial dar ao indivíduo
uma oportunidade de definir, descrever e interpretar cada desenho e para
expressar pensamentos, ideias, sentimentos ou memórias associadas.
2. O principal objetivo, entretanto, é compreender o sujeito extraindo o maior número
possível de informações sobre o conteúdo e o contexto de cada desenho. Detalhes
que forem adicionados durante o inquérito também devem ser identificados.
3. O inquérito deve ser realizado após a realização de cada desenho.

Inquérito CASA
1. De que esta casa é feita?
2. Esta é a sua própria casa? De quem ela é?
3. Você gostaria que essa casa fosse sua? Por que? (caso não seja do sujeito)
4. Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você
escolheria para você? Por que?
5. Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por que?
6. Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe?
7. Quando você olha para esta casa, você tem a impressão de que ela está acima,
abaixo ou no mesmo nível do que você?
8. Em que esta casa faz você pensar ou lembrar?
9. É um tipo de casa feliz, amigável?

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10. O que nela lhe dá essa impressão?


11. Como está o tempo nesse desenho? (período do dia e do ano; céu; temperatura)
12. De que tipo de tempo você gosta?
13. De quem esta casa o faz lembrar? Por que?
14. Do que esta casa mais precisa? Por que?
15. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da
casa), quem seria?
16. A que parte da casa esta chaminé está ligada?

Inquérito ÁRVORE
17. Que tipo de árvore é esta?
18. Onde esta árvore realmente está localizada? (a localização deve ser definida, por
ex., se o sujeito diz na floresta, deve-se perguntar o que é uma floresta)
19. Mais ou menos qual a idade desta árvore?
20. Esta árvore está viva?
21. O que nela lhe dá a impressão de que ela está viva?
22. O que provocou a sua morte? (se não estiver viva)
23. Ela voltará a viver?
24. Alguma parte da árvore está morta? Qual parte? O que você acha que causou a
sua morte? Há quanto tempo ela está morta?
25. Para você esta árvore lhe parece mais um homem ou uma mulher?
26. O que nela lhe dá essa impressão?
27. Quando você olha para esta árvore, você tem a impressão de que ela está acima,
abaixo ou no mesmo nível do que você gosta?
28. Como está o tempo nesse desenho? (período do dia e do ano; céu; temperatura)
29. Há algum vento soprando? Mostre-me em que direção ele está soprando. Que tipo
de vento é esse?
30. O que esta árvore faz você lembrar?
31. Esta árvore é saudável? O que nela lhe dá essa impressão?
32. Esta árvore é forte? O que nela lhe dá essa impressão?
33. Do que esta árvore mais precisa? Por que?
34. Alguém já machucou esta árvore? Como?
35. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da
árvore), quem seria?

Inquérito PESSOA
36. Esta pessoa é um homem ou uma mulher? (menino ou menina?)
37. Quantos anos ele (a) tem?

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38. Quem é ele (a)?


39. Ele (a) é um parente, um amigo ou o que?
40. Em quem você estava pensando enquanto estava desenhando?
41. O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isso?
42. O que ele (a) está pensando?
43. Como ele (a) se sente? Por que?
44. Em que a pessoa faz você pensar ou lembrar?
45. Esta pessoa está bem?
46. O que nele (a) lhe dá essa impressão?
47. Esta pessoa está feliz?
48. O que nele (a) lhe dá essa impressão?
49. A maioria das pessoas é assim? Por que?
50. Você acha que gostaria dessa pessoa?
51. Por que?
52. Como está o tempo nesse desenho? (período do dia e do ano; céu; temperatura)
53. De quem essa pessoa o faz lembrar? Por que?
54. Do que essa pessoa mais precisa? Por que?
55. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto desenhado separado da
pessoa), quem seria?

Avaliação das Respostas


a) As respostas dadas durante o inquérito devem ser avaliadas de acordo com
diversas dimensões.
b) Uma pessoa média, bem ajustada vê a casa ocupada por um ser vivo e vê a
árvore e a pessoa vivas.
c) Respostas ao inquérito que descrevem a casa temporariamente desocupada ou
deserta, a árvore morrendo ou morta e a pessoa doente, morrendo ou morta
parecem revelar um desajustamento emocional.
d) Muitas vezes, objetos aparentemente irrelevantes desenhados ao redor do tema
do desenho representam membros da família ou pessoas com as quais o indivíduo
está intimamente ligado na vida diária. A sua relação especial com o objeto
desenhado pode ser paralela à proximidade ou distância destas relações pessoais.
Estes detalhes devem ser sempre investigados.

ASPECTOS DE INTERPRETAÇÃO

1. PROPORÇÃO (TAMANHO DA FIGURA EM RELAÇÃO À PÁGINA)


Exprime a relação dinâmica do indivíduo com seu ambiente; como está reagindo
às pressões do mesmo: se com sentimentos de inadequação e inferioridade, em
um extremo, se com fantasias compensatórias de supervalorização, em outro.
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As relações de proporção expressas pelo indivíduo em seus desenhos


frequentemente revelam os valores atribuídos pelo indivíduo aos objetos, situações
e pessoas.
Relações proporcionais nos desenhos também fornecem um índice grosseiro da
capacidade do indivíduo para atribuir valores objetivos aos elementos da realidade
e realizar julgamentos com facilidade e flexibilidade.
a) Muito grande (folha toda ou quase): evidência de agressividade e descarga
motora. Quando exagerado, saindo do papel = sugere sentimento de constrição
por parte do ambiente, com fantasia compensatória;
b) Grande (2/3 e metade folha): necessidade de expansão, domínio do meio com
maior valorização de si;
c) Médio (1/3, 1/4, 1/6 e 1/8 da folha): adequação ao meio ambiente.
d) Pequeno (1/16 e 1/32 da folha): inferioridade, inibição, comportamento
emocionalmente dependente e ansioso.
e) Muito pequeno (1/64 e 1/128 da folha): sentimento de inadequação, e mesmo
rejeição pelo ambiente; insegurança, retraimento, tendência ao isolamento e
depressão.

2. LOCALIZAÇÃO NA FOLHA SEGUNDO ODETE L. VAN KOLCH

4º QUADRANTE 1º QUADRANTE
- Passividade
- Atividade de Expectativa diante da
vida - Contato Ativo com a Realidade
- Inibição, reserva, nostalgia - Rebelião e Ataque (criar, fazer)
- Desejo de retornar ao passado - Projetos para o Futuro
e/ou permanecer absorto em
fantasia
3º QUADRANTE 2º QUADRANTE
- Conflitos
- Força dos desejos, impulsos e
- Egoísmo
instintos
- Regressão
- Obstinação e teimosia
- Fixação em Estágio Primitivo

a) Parte superior da Folha: Espiritualismo, Misticismo, Energia; Objetivos muito Altos,


possivelmente inatingíveis; Satisfação na Fantasia; “estar no ar”;
b) Parte inferior da Folha: Materialismo; Fixação à Terra e ao Inconsciente; Orientação
para o Concreto; Insegurança e Inadequação com Depressão;
c) Lado Esquerdo da Folha: Introversão, Egoísmo, Predomínio da Afetividade, do
Passado e do Esquecido, Comportamento Compulsivo;
d) Lado Direito da Folha: Extroversão, Altruísmo, Atividade, Socialização, Relação com
o Futuro, Progresso;

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e) Central (no meio da página): rigidez, comum em crianças pequenas. Quando o


desenho se localizar ao redor do ponto médio geométrico exato da página, o indivíduo
geralmente é rígido para compensar a ansiedade e insegurança.

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3. QUALIDADE DA LINHA
O tipo da linha e a consistência do traçado indicam a manifestação de energia,
vitalidade, decisão, iniciativa, em um extremo e de emotividade, insegurança, falta
de confiança em si, ansiedade, em outro.

a) Muito Forte:
- Quando usados em todo o desenho: tensão emocional.
- Usados em detalhe específico: deve-se presumir uma fixação no objeto
desenhado.
b) Muito Leve:
- Traçados extremamente leves usados em todo o desenho: indicam um
sentimento de inadequação, indecisão ou sensibilidade artística.
c) Normal: Bom tônus, equilíbrio emocional e mental.
d) Traço contínuo: decisão, rapidez, energia, esforço dirigido, autoafirmação.
e) Traço de avanços e recuos: emotividade, ansiedade, falta de confiança em si,
timidez, insegurança, hesitação ao encontrar novas situações, mas também
sentido artístico, intuição, sensibilidade.
f) Traço interrompido: incerteza, indecisão, temor e angústia.
g) Traço trêmulo: medo, insegurança, sensibilidade; e se presente em todo o
desenho = intoxicação do eixo nervoso por alcoolismo ou fadiga extrema.

4. TRANSPARÊNCIA
a) Os indivíduos que apresentam um desenho em que um objeto, que normalmente
estaria coberto por alguma coisa esteja ainda visível cometem uma falha grave no
teste de realidade. Uma vez que as transparências implicam em uma falha na
função crítica, presume-se que elas indiquem nos desenhos dos indivíduos sem
deficiência mental a extensão em que a organização da personalidade está
rompida por fatores funcionais, orgânicos ou ambos.
b) Transparência presente nos desenhos: pobre orientação para a realidade. Não
incomum em crianças.

5. MOVIMENTO
A presença do movimento denota iniciativa, criatividade, inteligência, autonomia e
autoafirmação.
a) Movimento dado em figuras humanas: iniciativa, energia, vitalidade, pró-
atividade.
b) Movimento dado em fenômenos da natureza: denota atitude mais passiva em
relação ao meio externo, sentimentos de impotência.

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6. SIMETRIA
a) Simetria excessiva: rigidez, fragilidade.

7. DETALHES
7A) Detalhes Essenciais:
I) A ausência de apenas um detalhe essencial deve ser vista como significativa.
II) Indivíduos com lesão cerebral, retraídos ou deprimidos tendem a desenhar o
mínimo de detalhes para cada desenho.
a) CASA: parede, telhado, porta, janela, chaminé (comumente omitida por crianças
pequenas).
b) ÁRVORE: Tronco e pelo menos um galho.
c) PESSOA: Cabeça, tronco, braços, pernas, traços faciais. Omissões de partes do
corpo são comuns em crianças pequenas.

7B) Detalhes Não Essenciais


I) O uso limitado de detalhes não essenciais indica bom contato com a realidade
e uma interação sensível, provavelmente bem equilibrada com o ambiente.
II) Os obsessivo-compulsivos tendem a desenhar um maior número de detalhes
deste tipo.
a) CASA: ênfase em cortinas; calhas; venezianas; etc.
b) ÁRVORE: ênfase na casca da árvore, folhas soltas, raízes omitidas, trepadeiras,
frutas etc.
c) PESSOA: roupas, genitais desenhados, pés etc.

7C) Detalhes irrelevantes


a) CASA: nuvens, sombras, montanhas, degraus e caminhos longos ou estreitos,
arbustos excessivos etc.
b) ÁRVORE: nuvens, sombras, arbustos excessivos etc.
c) PESSOA: bengalas, espadas, armas etc.

7D) Detalhes Bizarros:


a) Órgãos internos vistos por meio da roupa ou pele e parede transparente de forma
que se observem os objetos dentro da casa, sugerem desordem emocional.
b) Em crianças pequenas, não apresentam significado patológico.

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CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA CASA

1. Paredes
As paredes simbolizam a capacidade de auto sustentação, integração e controle
dos impulsos. Representam por hipótese o ego do sujeito, indicando sua força,
fraqueza ou deterioração.

a) Paredes menores que o teto ou corpo da casa pequeno e teto grande : tendência a
buscar satisfação na fantasia e na atividade imaginativa.
b) Paredes maiores que o teto ou corpo da casa grande e o teto pequeno: menor
valorização da fantasia, tendência à objetividade, maior controle racional sobre a
vida instintiva, com comportamento mais prático e voltado para a realidade
concreta.
c) Ausência de paredes: contato pobre com a realidade.

2. Telhado
Quando a casa é considerada um autorretrato do indivíduo, o telhado representa
as áreas do pensamento e da fantasia, os impulsos e as tentativas de controle, e
de forma rudimentar o ego do indivíduo.
a) Telhado grande em relação ao resto da casa: o indivíduo pode dedicar muito
tempo procurando satisfação na fantasia.
b) Telhado de tamanho adequado: equilíbrio entre a fantasia e a realidade, interação
equilibrada com o ambiente.
c) Ausência de telhado: constrição, tendência para o pensamento mais concreto,
repressão da vida de fantasia, vulnerabilidade.

3. Porta
A porta indica o local de passagem entre dois estados, entre dois mundos, entre o
conhecido e o desconhecido, entre o interior e o exterior e simboliza o contato, o
relacionamento e a interação com o ambiente, a acessibilidade.
a) Portas muito pequenas em relação às janelas e a casa em geral: retratam os
sentimentos de inadequação do indivíduo e relutância em fazer contatos.
b) Portas muito grandes: sugerem grande dependência dos outros.
c) Ênfase no revestimento, porta com fechadura e/ou dobradiça ou olho mágico:
sugerem uma sensibilidade defensiva, medo do perigo externo.
d) Ausência de porta: inacessibilidade, isolamento.
e) Porta aberta: necessidade interna de receber calor emocional do exterior e de
expressar acessibilidade (quando existem pessoas morando na casa). Quando a
casa é vazia (não existe ninguém morando), a porta aberta indica sentimento de
extrema vulnerabilidade, carência afetiva, necessidade de reforço emocional de
fora e falta de adequação das defesas do ego.
f) Porta aberta e um caminho à vista: pessoa equilibrada ou que procura novos
caminhos.
g) Porta fechada: autodefesa e defesa contra o mundo.
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h) Porta bem acima da linha que representa o chão da casa, sem que apareçam
degraus: isolamento do meio ambiente e tentativa de se conservar inacessível nas
relações interpessoais; os contatos são unicamente segundo as próprias
conveniências.

4. Janela
É o meio secundário de interação com o ambiente. Representa uma maneira de
comunicação menos direta e menos imediata com o mesmo. Enquanto abertura
para o ar e para a luz, a janela simboliza a receptividade.
a) Janela com grades, vidraças fechadas e /ou fechadas com trinco: medo defensivo
do perigo externo, desejo de proteção e/ou defesa contra os impulsos ou estímulos
externos, isolamento, barreira nos contatos sociais.
b) Venezianas, sombreamento e cortinas na janela que não estão completamente
fechadas: indicam uma interação com o ambiente conscientemente controlada,
que é acompanhada por alguma ansiedade. Se os três forem usados, o indivíduo é
provavelmente muito defensivo.
c) Janelas fechadas com persianas ou cortinas: retraimento, cautela nas trocas
interpessoais e relutância em interagir com os outros.
d) Ausência de janela: retraimento.
e) Janela aberta: controle do ego pobre.
f) Janela com florzinhas: otimismo, interesse pela aparência, preocupação com o
exterior, vaidade.
g) Janela no telhado (sótão): dificuldade de contato direto, contato vivido mais na
base da fantasia e na imaginação, riqueza de vivência interior e tato por meio de
um meio mais intelectualizado.
h) Janela fechada e porta aberta: dificuldade de se mostrar no contato interpessoal,
conflitos e medo de rejeição.
i) Janela fechada e porta fechada: isolamento emocional e afastamento do contato
interpessoal.
j) Janela aberta e porta fechada ou pequena: timidez ou receio no contato afetivo e
interação mais controlada com os outros.
k) Janela aberta e porta aberta: extroversão, necessidade de contato afetivo,
dependência.

5. Chaminé
Em pessoas bem ajustadas, a chaminé via de regra representa apenas um detalhe
à representação da casa. Detalhe este que atualmente não é essencial no nosso
meio devido à propagação do aquecimento elétrico, ao clima tropical e de poucas
casas possuírem lareira.
Para alguns adultos a chaminé pode representar um símbolo fálico ou indicar o
nível de maturidade sensual (emerge do corpo da casa) embora isso não seja
obrigatório em todos os desenhos, pois também simboliza afeto, tensão interior ou
no lar.

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a) Chaminé muito grande: em crianças – necessidade de chamar atenção e de ser


vista, notado. Em adultos – preocupação a respeito das questões sexuais com
necessidade de demonstrar virilidade, tendências exibicionistas e sentimentos
compensatórios para inadequação fálica.
b) Chaminé desenhada com facilidade e sem distorções ou ênfases, ou proporcional
a casa: implica que o indivíduo tem uma maturidade e equilíbrio sensual
satisfatório. Pode indicar ainda calor no lar, bom ajustamento familiar e pessoal.
c) Antenas ou outros símbolos fálicos: indícios de fantasias sexuais ou comunicação
com o mundo externo.

6. Fumaça
Simboliza a respiração e, portanto, a expressão da vida dentro da casa.
Sentimentos de pressões ambientais podem ser expressos simbolicamente por
fumaça que, em vez de sair da chaminé em direção ao céu, desvia para um lado,
indicando que o vento está soprando. A magnitude da pressão pode ser expressa
pelo grau de desvio da fumaça de um curso direto ou quase direto para cima.
a) Abundância de fumaça, em negrito, densa e/ou exagerada: indica considerável
tensão interna, presumivelmente ocasionada por relações insatisfatórias com
aqueles com quem o indivíduo vive.
b) Fumaça em novelo: conflitos internos e externos ou esforço para extravasar
energia intelectual (comum em pessoas que veem o lar como um lugar de
conflitos, turbulência e inquietação).

7. Acessórios no desenho da Casa


a) Quando aparecem acessórios no desenho da casa, estes devem ser
analisados de acordo com o conjunto dos desenhos.
b) Detalhes bem organizados na maioria das vezes indicam boa relação com o
meio externo e maior possibilidade de a ansiedade ser bem canalizada e
controlada.
c) Por outro lado, alguns indivíduos revelam diretamente a sua falta de segurança
ao circundar ou apoiar sua casa com arbustos, árvores e outros detalhes que
não estão relacionados com a instrução dada. Indica que quanto maior a
quantidade desses detalhes, mais intenso é o sentimento de insegurança ou a
falta de proteção.

8. Tipos de casas
Ao analisar a casa como um todo, observa-se que, além de o sujeito mostrar como
se relaciona com o meio, pode por meio de o desenho expor todos os seus sonhos
e fantasias de realização, assim como a precariedade de sua vida.

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CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA ÁRVORE

1. Tronco
O tronco parece representar o sentimento básico de poder do indivíduo e a força
interior do sujeito, o que significa, em terminologia psicanalítica, a “Força do Ego”,
a área básica do autoconceito.
a) O tronco desenhado facilmente: interação bem equilibrada com o ambiente.
b) O tronco é desenhado com linhas muito pesadas e consistentes: refletem a
presença de ansiedade.
c) Cicatrizes desenhadas no tronco: devem ser investigadas durante o Inquérito
Posterior ao Desenho. Possível trauma.
d) Tronco com base larga: dependência.
e) Tronco longo: regressão, inadequação.
f) Tronco com base estreita: dificuldade de controle.

2. Galhos
Os galhos, por seu tamanho e posição em relação ao tronco e à página, parecem
indicar os recursos de obtenção de satisfação do indivíduo.
a) Galhos reforçados: sugerem um sentimento de inadequação na busca de
satisfação.
b) Simetria absoluta na estrutura dos galhos: implica sentimento de ambivalência e
incapacidade em aceitar dominância para qualquer forma de ação.

3. Folhas
A folhagem é frequentemente desenhada empregando sombreamento e, às vezes,
com detalhe cuidadoso; um sistema de galhos e a casca da árvore são comuns.
As folhas podem ser cosméticas ou funcionais. Como enfeites (cosméticas), elas
decoram e cobrem o esqueleto da árvore. Funcionalmente, elas servem para
estabelecer o contato mais imediato e direto com o ambiente.
a) Folha de tamanho exagerado: imaturidade, desejo de mascarar sentimentos de
inadequação básicos com uma capa de ajustamento superficial.
b) Folhas miúdas e numerosas: minuciosidade, preocupação com detalhes, tendência
à rigidez.
c) Folhas caindo: sentimentos de impotência, desvitalização, depressão.

4. Copa
A copa representa o ponto de contato da árvore com o ambiente; campo de
expressão da árvore; zona de relação recíproca entre o de dentro e o de fora; zona
de assimilação, de respiração; portanto, plano de realização da personalidade,
contato com os outros, comportamento em relação à realidade.
a) Copa achatada ou apoiada na borda da folha: forte pressão do ambiente, inibição,
obediência, sentimento de inferioridade.
b) Copa pequena até aos 9 ou 10 anos, é normal; além dessa idade indica:
infantilidade, imaturidade, regressão neurótica.
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c) Copa grande: fantasia, vaidade, narcisismo, entusiasmo, exibição.


d) Ausência de copa, copa incompleta ou dificuldade em completá-la: dificuldade nas
relações pessoais, indefinição e dificuldade para achar soluções adequadas.
e) Copa pendendo aos lados dos troncos: Cansaço, depressão, falta de energia,
passividade, indecisão, apatia.
f) Linha separando a copa do tronco: Indica dificuldade em canalizar a energia para
realização.

5. Raiz
A estrutura da raiz para a maioria dos indivíduos parece representar, em um nível
superficial, a fonte de satisfação elementar e a estabilidade das forças da
personalidade. Em um nível mais profundo, a estrutura da raiz representa impulsos
básicos.
a) Linha de terra, debaixo da qual fica subentendida a raiz: também indica equilíbrio,
maturidade.
b) Raízes visíveis: indício de desenvolvimento incompleto. Imaturidade, mas não
relacionada diretamente com nível intelectual. Primitivismo. Vida instintiva.

6. Flores e frutos
a) As flores são a produção mais delicada da árvore, nos falam da aparência, da
estética, do enfeite, da graciosidade e da beleza. Simbolicamente pode sugerir
uma necessidade de revestir-se de boa aparência (máscara), preocupação com a
fantasia e com a beleza.
b) Os frutos simbolizam o rendimento da árvore, a sua utilidade, o desejo de
realização e produtividade.

7. Idade atribuída à árvore


A idade que o indivíduo dá à sua árvore simboliza o nível de maturidade
psicossexual, e o adequado é que seja próxima a idade dele. Geralmente as
pessoas prendem-se a uma faixa etária de maior satisfação ou fixam-se em
vivências traumáticas.
a) Idade próxima à do paciente: bom nível de maturidade psicossexual.
b) Idade aquém a idade do paciente: imaturidade ou vivencias traumáticas.
c) Idade muita além da idade do paciente: vivências depressivas e inadequadas para
a idade e necessidade de crescer logo.

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO DESENHO DA PESSOA

1. Cabeça
Geralmente é desenhada em primeiro lugar. É a parte do corpo mais exposta e
considerada o centro do poder intelectual, racional, social e do controle dos
impulsos corporais.
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a) Cabeça grande: valorização da inteligência, ênfase na fantasia como fonte de


satisfação, aspirações intelectuais, compensação por sentimentos de inferioridade
e introspecção.
b) Cabeça pequena: sentimento de menosvalia, inferioridade, inadequação com
crítica.

2. Cabelo
O cabelo é a expressão do que está vivo e crescendo. Simboliza vitalidade,
virilidade, força, sensualidade e sexualidade.
a) Cabelo bem cuidado e/ou bem penteado: interesse pela aparência social,
desinibição, facilidade em mover-se no ambiente e bom equilíbrio psicossexual.
b) Cabelo desordenado: infantilidade, sensibilidade primitiva ou discordância entre as
limitações e as convenções de ordem social; em alguns adultos sugere confusão
relacionada com fantasias sexuais.

3. Olhos
Simboliza o contato com o mundo exterior, a percepção da realidade, a
discriminação perceptiva do ambiente e o controle. Grande parte da comunicação
social concentra-se nos olhos; “Os olhos são o espelho da alma” e podem tanto
expressar amor e compaixão como hostilidade e desprezo.
a) Omissão dos olhos: Imaturidade afetiva – psicossocial. Egocentrismo. Pode ser
dissimulação de uma atitude imatura para responder a um estímulo exterior. Pode
ser problema patológico.
b) Olhos representados por um ponto: Podem ser meio imaturo de enfrentar a vida.
Aspecto regressivo na maturidade afetiva.
c) Olhos bem trabalhados: indício de feminilidade, sensualidade.
d) Olhos fechados ou semifechados: estado de dependência ou passividade frente ao
meio, recusa do meio.

4. Sobrancelhas
As sobrancelhas sugerem atitudes de arrogância, dúvida, como de autoritarismo.
a) Sobrancelhas levantadas: livre expressão, arrogância, desdém ou dúvida.
b) Sobrancelhas em traços finos: fina sensibilidade.
c) Sobrancelha peluda e farta: sensualidade primitiva.

5. Nariz
Essencialmente, o nariz é possuidor de simbolismo sexual.
a) Nariz grande: virilidade. Sexo em grande escala. Desenhado por homem, pode ser
mecanismo de compensação – homens frios.
b) Nariz curto pequeno: temor de castração. Consciência de debilidade sexual.

6. Boca
A boca é o órgão receptor das mais primitivas sensações de prazer ou desprazer e
é a zona de fixação precoce, com efeito, pela vida afora (satisfação da libido oral).
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Representa a assimilação de novas ideias e a nutrição, permite a comunicação, o


intercâmbio social, dar e receber afetos, agredir, maltratar, ferir, etc.
a) Boca grande: relaciona-se a uma ambição, desejo de inter-relação social;
necessidade física; ambicioso.
b) Dentes na boca: agressividade oral.
c) Boca aberta: passividade oral ou desejo de receber.

7. Queixo
Simboliza força, autoridade, autoafirmação e determinação – “pessoa de queixo
duro”. Trata-se de um símbolo sexual.
a) Queixo quadrado: afirmação social ou sexual, teimosia, firmeza, decisão e símbolo
masculino.
b) Queixo redondo: delicadeza e feminilidade.
c) Queixo muito pequeno: sentimento de inferioridade e inadequação ou dificuldades
sexuais.
d) Queixo grande: tendências agressivas e, se for muito exagerado, pode significar
sentimentos compensatórios de fraqueza e indecisão.

8. Orelhas
a) Omissão: é comum.
b) Ênfase na orelha: resistência à autoridade.
c) Orelhas muito grandes: sensibilidade à crítica e desejo de aprovação social.

9. Bigode e/ou barba


Simboliza na esfera da sexualidade a luta pela virilidade, principalmente entre
aqueles que têm fortes sentimentos de inadequação sexual ou dúvidas sobre a
masculinidade.

10. Pescoço
O pescoço simboliza a comunicação da alma com o corpo, a zona de conflito entre
o controle das emoções, dos sentimentos e dos impulsos corporais. Constitui a
conexão entre o corpo (impulsos e sentimentos) e a cabeça (pensamento e
controle). Controla a organização corporal e serve como ligação entre os impulsos
instintivos do corpo e o controle exercido pelo cérebro.
a) Omissão: Dificuldade maior de controle entre os aspectos intelectuais e os
impulsos do corpo. Dificuldade de coordenação dos impulsos sexuais e
agressivos.
b) Pescoço fino e comprido: Mecanismo de compensação. Pessoa de controle rígido.
Moralismo.

11. Ombros
Simbolizam a força, poder físico, autoridade, autoafirmação, autonomia e domínio
sobre o ambiente.
a) Exagerados: Mecanismo de compensação. Autocrítica. Impulso de poder físico.
b) Ombros estreitos em relação ao corpo: depressão, sentimento de menos valia.
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12. Braços
Braços e mãos relacionam-se ao desenvolvimento do eu e à sua adaptação social,
ou inter-relação com o ambiente. A extensão, direção e influência das linhas dos
braços relacionam-se com o grau e espontaneidade da pessoa no ambiente.
a) Braços para trás: Falta de confiança. Insegurança de sua participação no meio
ambiente.
b) Braços muito longos: ambição por alguma aquisição ou proeza, dependendo de
outros traços.
c) Braços finos: indício de introversão. Não reage aos impulsos interiores, dificuldade
física ou psíquica.

13. Mãos
a) Ausência: Falta de confiança nos contatos sociais, na produtividade, ou em ambos.
b) Mão maior em relação às outras partes do corpo: ambição em todos os sentidos.
Sentimento de menos valia.
c) Mãos fechadas: Dificuldade nas relações sociais, repressão, agressividade,
fantasia dessa agressividade.
d) Mão em bolacha: com problemas de agressividade.
e) Mão aberta: necessidade de afeto e inter-relação.

14. Dedos
a) Em alfinetes: agressividade.
b) Quando retocados, apagados: personalidade reprimida, agressividade reprimida,
impulsividade.

15. Pernas
Pernas e pés são fontes de conflitos e dificuldades. A recusa em completar o
desenho, além da cintura, ou usar poucas linhas para completá-lo indica
perturbação sexual.
a) Pernas longas: Necessidade de autoafirmação social, locomoção, ambição, fuga
do meio ambiente ou desajuste ao ambiente.
b) Pernas curtas: situação de fato ou problema somático. Em negrito: conflito.

16. Pés
Indicam a segurança geral do indivíduo, em caminhar no meio ambiente.
a) Omissão dos pés ou pernas: cerceamento, dificuldade de contato. Sentimento de
menos valia.
b) Pés, um para um lado e outro para o outro lado: indecisão, ambivalência de
comportamento, atitudes pessoais.
c) Várias tentativas: Censura à figura humana, à figura projetada: dissimulação de
conflito, oposição.
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17. Tronco
Representa a sede da vida instintiva e emocional.
a) Arredondado: indica feminilidade.
b) Ênfase no tronco: preocupação com o poder físico.
c) Anguloso: agressividade, masculinidade.

18. Roupas e Acessórios


A roupa teria surgido por necessidade de proteção, pudor e socialização.
a) Salto de sapato marcado, alto e em negrito: indica problema sexual. Problema de
masturbação, narcisismo com ambivalência sexual.
b) Cinto: exagero de controle.
c) Cigarro, cachimbo, revólver, bengala, guarda-chuva: símbolos que dão ênfase à
virilidade.
d) Chapéu: proteção – correlação com o telhado da casa

19. Paisagem como tema de fundo no desenho da figura humana: tendência a sonho,
indolência, fantasia, afetividade e capacidade de observação.

20. Acréscimo de outra figura: solidão, necessidade de companhia afetiva real ou


sensação de incompetência (comum nas crianças criadas em instituições ou
famílias grandes com provação cultural).

_______________________________

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

BUCK, J. H.T.P: casa-árvore-pessoa – técnica projetiva de desenho: manual e guia


de interpretação. São Paulo: Vetor, 2003.

RETONDO, M.F.N.G. Manual prático de avaliação do HTP (casa-árvore-pessoa) e


família. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

VAN KOLCK, O.L. Testes projetivos gráficos no diagnóstico psicológico. São Paulo:
E.P.U., 1984.
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ANEXOS

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