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Interpretação do Desenho da

Casa.
Perspectiva
Observador

Casa desenhada como se o observador


estivesse acima, olhando para baixo
(visão de pássaro): Indivíduos que
basicamente rejeitam a situação familiar e
os valores pertinentes a ela.

Combinam um sentimento
compensatório de superioridade com
uma revolta contra os valores tradicionais
ensinados em casa.
Perspectiva

Casa desenhada como se o observador


estivesse abaixo, olhando para cima (visão
de lagarta): Indivíduos que se sentem
rejeitados e inferiores nas relações
familiares. Sentimentos de perda de valor,
baixa auto-estima e inadequação. A
felicidade na situação familiar é
considerada como algo dificilmente
atingível.

Observador
Perspectiva

Casa desenhada como algo longe,


distante do observador: É empregada
por dois grupos de sujeitos:

a) Aqueles que transmitem uma


situação familiar com a qual o
sujeito se sente incapaz de lidar.
b) Aqueles que projetam sua
autoimagem na casa, revelando
sentimentos de afastamento e
inacessibilidade.

Revela a idéia de que sentimentos de conforto são inatingíveis na relação com as


pessoas com quem convive.
Perspectiva

Representação em “Perfil Absoluto”


(Apenas um lado visível ao observador.
A frente da casa está voltada de costas,
tornando-se invisível ao observador):
Sujeitos oposicionistas, retraídos, ou
inacessíveis em termos interpessoais.
Perspectiva

Casa vista dos fundos (principalmente se


não houver indicação de portas ou
janelas): Retraimento e tendências
oposicionistas. Esquizofrenia paranóide em
estágio pré-psicótico.
Fumaça: Tensão e conflitos
internos Chaminé: “Calor psicólogico”.
Sensibilidade.

Telhado: Simboliza a área de fantasia da


vida. O telhado é equiparado à vida
mental. Assim, uma situação na qual a
fantasia distorce o funcionamento mental
de uma pessoa é expresso em termos de
deterioração do telhado do indivíduo.

Janelas: formas secundárias de


interação com o ambiente.

Paredes: Grau de força do ego e da


personalidade.

Portas: Contato com o ambiente.

Linha de solo: Grau de contato com a


Acessórios: realidade.
Mecanismos
de defesa
Telhado
O Tamanho do telhado indica o grau em que o indivíduo devota seu tempo à
fantasia e em que medida ele se volta a esta área para obter satisfação.

a) Excessivamente grande (ultrapassa ou esconde o restante da casa): É desenhado


por pacientes imersos na fantasia e afastados do contato interpessoal manifesto.

Ocasionalmente, pacientes esquizofrênicos ou esquizóides desenham o telhado e,


depois, colocam a porta e a janela no interior do mesmo, de forma que o que é
produzido é essencialmente uma casa que é toda telhado.

b) Ausência de Telhado ou telhado representado por uma linha única: Ocorre no


outro extremo do contínuum da fantasia. Desenhado por indivíduos incapazes de
fantasiar e devanear de qualquer outra forma. Pode indicar repressão, deficiência
intelectual. Normalmente ocorre em personalidades com orientação concreta.
Telhado
• Telhado reforçado por uma linha forte e grossa
(quando isso não ocorre em outras áreas do desenho):
Característico de indivíduos que estão tentndo se
defender da ameaça de perda do controle da fantasia.
Inidica temor de que os impulsos expressos pela
fantasia se expandam para o comportamento manifesto
ou distorçam a percepção da realidade.

Sua maior incidência é em desenhos pré-psicóticos,


embora também ocorra em indivíduos ansiosos.
Paredes
• Desabando: Desintegração do Ego.
• Reforçadas: Frequente em pacientes psicóticos que estão
empregando um esforço consciente, hipervigilante,
constante e intenso para manter o ego intacto.
• Contorno retratado por linha frágil e inadequado:
Sentimento de colapso emocional iminente e fraco controle
do ego, apenas sem o emprego de defesas compensatórias.
• Paredes transparentes: Adultos – Falha no teste de
realidade, regressão. Aparece em desenhos de pessoas
com deficiência intelectual e psicóticos.
Porta
• Tamanho diminuto (relação às janelas e ao tamanho da casa): Relutância em
estabelecer contato com o ambiente, fastamento das trocas interpessoais e
inibição na capacidade de estabelecer relações sociais. Timidez.

• Porta colocada muito acima da linha do solo, à qual não se tem acesso
através de degraus: Tentativa de manter inacessível a sua personalidade.
Tendência a estabelecer contato com outras pessoas do mundo externo
apenas em seus próprios termos.

• Porta exageradamente grande: Extrema dependência em relação aos outros.

• Porta aberta: Necessidade de reforço emocional vindo de fora.

• Ênfase na fechadura ou maçaneta: Sensibilidade defensiva. Tendências


paranóides.
Janela
• Ênfase nas fechaduras: temor exagerado de perigo externo.

• Cortinas ou persianas em janelas fechadas: Necessidade de retraimento


ou relutância em interagir com os outros.

• Persianas, cortinas ou folhas em janelas abertas: Interação controlada


com o ambiente.

• Janelas completamente nuas: Interação com o ambiente de forma direta e


crua.

• Reforço no contorno das janelas (sem ocorrer em outras partes do


desenho): Fixações orais ou caráter oral.
Janelas
• Tamanho: Normalmente a janela da sala é a maior de todas
e a do banheiro é a menor. Desvios nessa regra indicam forte
necessidade emocional em ação. Nítido desagrado a respeito
das interações sociais.

• Importância atribuída a janela do banheiro: Severo treino de


higiene. Culpa masturbatória e sintomas de lavagem
compulsiva das mãos.

• Janelas em alturas diferentes nas paredes: dificuldade de


organização interna. Traços esquizofrênicos.
Chaminé
• Pode ser desenhada por motivos sócioculturais.

• Representa “calor psicológico” ou sensibilidade.

• Preocupações sexuais.

• Regressão.

ANALISAR SEMPRE O CONTEXTO, A HISTÓRIA DE VIDA E O


QUESTIONÁRIO.
Fumaça

• Densa e Exagerada: Tensão interna do sujeito.


Conflito e turbulência emocional na situação
familiar. Pode representar as duas coisas ou a
interação entre ambos.
Linha de Solo
• Quanto mais tênue, fendida, ou ausente a
linha de solo, mais se verifica tendências de
insegurança (principalmente se estiver na
base do papel) e frágil contato com a
realidade (podendo indicar aspectos
psicóticos ou refúgio na fantasia, idealização
excessiva ou regressão).
Acessórios
• Arbustos, árvores e plantas: Insegurança.

• Caminho bem proporcionado que leva diretamente à porta: Controle e tato no contato
com os outros.

• Caminho longo e sinuoso: Reserva nas relações interpessoais, porém, que


posteriormente se animam em estabelecer relações com os demais.

• Caminho excessivamente largo na parte voltada ao observador e que vai em linha reta
até a porta, mas cuja largura diminui tanto que chega a ser menor que a da porta:
Tentativa de encobrir desejo básico de permanecer distante através do emprego de
afabilidade superficial.

• Cercas ou muros ao redor da casa: Manobras defensivas, fechamento ao contato social


imediato.

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