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ETEC FERNANDO PRESTES

PROF THIAGO TADEU FERREIRA DE OLIVEIRA

TÉCNICAS DE REDAÇÃO: DOCUMENTOS


TÉCNICOS
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
REVISÃO GRAMATICAL

SOROCABA
2009

1
1. Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre uso de termos estrangeiros no
Brasil] para que palavras como "shopping center", "delivery" e "drive-through" sejam
proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra
o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo
idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a
preservação da soberania nacional, a saber:

− Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do
território nacional;

- Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural
em sentenças como "Me vê um chopps e dois pastel";

- Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e


nenhum dono de banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";

− Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais


como "casar-me-ei" ou "ver-se-ão".
(PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. "O Estado de S. Paulo", São Paulo,
8/04/2001.)
No texto acima, o autor
a) revela-se preconceituoso em relação a certos registros lingüísticos ao propor medidas
que os controlem.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e
socioculturais da língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e
nominal pelo falante brasileiro.
d) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve
ser protegida contra deturpações de uso.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar
corretamente os pronomes.

2. Brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
− Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval
(Oswald de Andrade)

Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como
uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar
que a visão apresentada pelo texto é
a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto
parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.
b) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo
positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.

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c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil
como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.
d) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando
em anarquia e falta de seriedade.
e) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras - portugueses, negros e índios -
pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.

3- Dos recursos lingüísticos presentes nos quadrinhos, o que contribui de modo mais
decisivo para o efeito de humor é a:
a) pergunta que está subentendida no primeiro quadrinho.
b) primeira fala do primeiro quadrinho.
c) falta de sentido do diálogo entre candidato e cabo eleitoral.
d) utilização de “Fulano”, “Beltrano” e “Sicrano” como nomes próprios.
e) ambigüidade que ocorre no uso da expressão “pelas costas”.

4) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das
avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que
estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista,
que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o
ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que
era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem
para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.

5) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos
beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no
chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja
discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o
transgressor.

Estrutura do relatório
Conforme o tipo de relatório, este tem uma estrutura específica. Vejamos as partes que
comumente compõem diversos tipos de relatórios (forma e conteúdo):
Capa: contendo o título do relatório, o nome do autor, o nome da instituição ou da empresa
pela qual se executou a atividade, objeto do relatório, o local onde foi escrito e a data
(geralmente mês e ano ou só ano).
Modelo:
ETEc Fernando Prestes - Ensino Técnico Profissionalizante
Relatório Semestral das Atividades do Grêmio Estudantil
Responsável: Hipócrita Medeiro
Cargo: Presidente
3
Araçatuba 2000
Obs. A apresentação geral (tamanho e tipo das letras, margens, espaços) é variável.
Folha de rosto – incluindo os dados bibliográficos essenciais do relatório: título (e
subtítulo, se houver), autor(es), editor (se houver), local e data da edição (se for o caso).
Obs. A folha de rosto é dispensável, se o relatório não se destina à publicação.
Sumário – índice dos tópicos tratados, com a indicação das páginas.
Introdução – declarando-se o propósito do relatório, ou seja, dizendo-se porquê e/ou para
que ele foi redigido. Dependendo do tipo de relatório, contém: a indicação de quem; o que
determinou a tarefa, a pesquisa ou a investigação; o método adotado; o equipamento usado; as
pessoas envolvidas ou colaboradores.
Desenvolvimento – relatando-se pormenorizadamente os procedimentos realizados e os
fatos ocorridos ou apurados, com a indicação de data(s), local(is), método(s) adotado(s),
pessoas/equipamentos envolvidos, julgamento dos fatos ou considerações sobre os fenômenos
observados. Em geral, é dividido em tópicos e subtópicos específicos que devem ser intitulados.
Conclusão – contendo as considerações finais a respeito da tarefa, da pesquisa ou da
investigação, tais como: retomada das conclusões parciais (de cada tópico), interpretação e
crítica dos fatos apurados, recomendação de providências cabíveis, sugestões.
Fecho – incluindo o local, a data e a assinatura do autor.
Anexos – contendo tabelas, dados estatísticos, gráficos, ilustrações, documentos
comprobatórios, etc. que não se incluem diretamente no desenvolvimento.
2. Tipos de relatórios
Odacir Beltrão, em seu livro Correspondências (16ª edição, são Paulo, Atlas, 1981)
enumera, entre outros, os seguintes tipos de relatórios:
Relatório de gestão anual – elaborado em período regulares (em geral, um ano civil, fiscal,
financeiro); nas empresas, é exigido por lei o estatuto, sendo destinado aos sócios acionistas ou
à população (empresas estatais).
Relatório de inquérito (policial, administrativo, etc.) – elaborado, eventualmente, para
fins de investigação, de estudo de normas de procedimento, de relato de visita.
Relatório parcial – elaboração para abranger uma fração de exercício ou de gestão (mensal,
trimestral, semestral).
Relatório de rotina – elaborado em função da rotina de trabalho de gerência, chefia e
equivalentes.
Relatório de pesquisa – elaborado por profissional técnico ou científico, ao final da
pesquisa (laboratório, campo, gabinete).
Relatório científico – elaborado por pesquisadores científicos, em função de atividades
acadêmicas ou para divulgação em revistas cientí-ficas.
Modalidades de redação no relatório
Normalmente, num relatório, são usadas as três modalidades de redação: a descrição (de
objetos, de procedimentos, de fenômenos), a narração (de fatos ou ocorrências) e a dissertação
(explanação didática, argumentação).
É evidente que a redação deve ser clara, coerente e pautar-se pelo uso da norma culta
escrita.
A linguagem usada normalmente é formal, mas há exemplos de relatórios em que a
criatividade estilística rompe a rotina e o estereótipo, como o que foi escrito por Graciliano
Ramos, quando era prefeito de Palmeira dos Índios (1928) e do qual transcrevemos um
fragmento:
Exmo. Sr. Governador:
Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeiras dos Índios
em 1928.
Não foram muitos, que os nossos recursos são exíguos. Assim minguados, entretanto, quase
insensíveis ao observador afastado, que desconheça as condições em que o Município se
achava, muito me custaram.
COMEÇOS
O PRINCIPAL, o que sem demora iniciei, o de que dependiam todos os outros, segundo
creio, foi estabelecer alguma ordem na administração.
Havia em Palmeira inúmeros prefeitos: os cobradores de impostos, o comandante do
destacamento, os soldados, outros que desejassem administrar. Cada pedaço do Município tinha
a sua administração particular, com prefeitos, coronéis e prefeitos inspetores de quarteirões. Os
fiscais, esses, resolviam questões de polícia e advogavam.

4
Para que semelhante anomalia desaparecesse lutei com tenacidade e encontrei obstáculos
dentro da Prefeitura e fora dela - dentro, uma resistência mole, suave, de algodão em rama; fora,
uma campanha sorna, oblíqua, carregada de bílis. Pensavam uns que tudo ia bem nas mãos de
Nosso Senhor, que administra melhor do que todos nós; outros me davam três meses para levar
um tiro.
Dos funcionários que encontrei em janeiro do ano passado restam poucos: saíram os que
faziam política e os que não faziam coisa nenhuma. Os atuais não se metem onde não são
necessários, cumprem as suas obrigações e, sobretudo, não se enganam em contas. Devo muito
a eles.
Não sei se a administração do Município é boa ou ruim. Talvez pudesse ser pior.
ILUMINAÇÃO
A iluminação da cidade custou 8:921$800. Se é muito, a culpa não é minha: é de quem fez o
contrato com a empresa fornecedora de luz.
OBRAS PÚBLICAS
Gastei com obras públicas 2:908$350, que serviram para construir um muro no edifício da
Prefeitura, aumentar e pintar o açougue público, arranjar outro açougue para gado miúdo,
reparar as ruas esburacadas, desviar as águas que, em épocas de trovoadas, inundavam a cidade,
melhorar o curral do matadouro e comprar ferramentas. Adquiri picaretas, pás, enxadas,
martelos, marrões, marretas, carros para aterro, aço para brocas, alavancas etc. Montei uma
pequena oficina para consertar os utensílios estragados.
EVENTUAIS
Houve 1:069$700 de despesas eventuais: feitio e conserto de medidas, materiais para
aferição, placas. 724$000 foram-se para uniformizar as medidas pertencentes ao Município. Os
litros aqui tinham mil e quatrocentos gramas. Em algumas aldeias subiam, em outras desciam.
Os negociantes de cal usavam caixões de querosene e caixões de sabão, a que arrancavam
tábuas, para enganar o comprador. Fui descaradamente roubado em compras de cal para os
trabalhos públicos.
CEMITÉRIO
No cemitério enterrei 189$000 – pagamento ao coveiro e conservação. (in Viventes de
Alagoas, Graciliano Ramos)
Reprodução do material de Redação do Curso Universitário
Universitário

A carta comercial
(Modelo moderno )

Uma empresa não é moderna se continuar com sua "comunicação dirigida escrita" (CDE)
nos moldes antigos. As grandes empresas já possuem o "Manual de Redação", para que haja
uniformidade na comunicação escrita.
Para Enéas Barros, "não se pode insistir na velha tecla, segundo a qual a carta comercial é
mero veículo de informação, simples atividade-meio, sem qualquer outra implicação no mundo
dos negócios (...) Ela faz parte integrante de todo um sistema de comunicação, com o seu
emissor, com sua mensagem e com seu receptor. Está, conseqüentemente, sujeita a toda a
engrenagem, a todos os dispositivos, a todos os requisitos indispensáveis à comunicação para
propagar, agrupar, propor negócios e criar imagem". A carta comercial pode ser remetida pelo
correio ou telefax.
Chappel e Read elencam alguns fatores de influência da carta comercial:
1. resposta imediata indica que a firma é eficiente;
2. se a carta for bom definida, o destinatário se disporá a pensar que está lidando com uma
organização metódica;
3. se o leitor compreender o que está escrito, ele será grato, fazendo seu pedido à companhia
do autor da carta
A carta comercial corre dois riscos:
1. como todo texto escrito, ele é irrecorrível, não dá para harmonizar ou explicar como na
comunicação oral, pelo telefone, por exemplo;
2. o volume de correspondência recebida nas empresas é grande, a carta pode ser mal lida,
mal interpretada e motiva nova carta como resposta, ampliando a burocracia empresarial. Por
isso, para os grandes negócios, clientes especiais, prefere-se a conversa por telefone.

5
Se você estiver com vontade de se aprofundar no assunto ou ter uma visão mais moderna da
comunicação escrita em sua empresa, recomendo a leitura do livro lançado em 1995
"Comunicação Dirigida e Escrita na Empresa", de Cleuza G. Gimenes Cesca, pela Summus
Editorial,
Reproduzo aqui um modelo tradicional de carta comercial com comentários para cada item.
Alguns deles constam do livro "Comunicação Dirigida e Escrita na Empresa", de Cleuza G.
Gimenes Cesca, Summus Editorial:

MODELO ANTIGO

TIMBRE
Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47 - ..........

Porto Alegre, 6 de novembro de 1996.

A (1)
Fernando de Barros & Cia. Ltda.
Av. Rio Branco, 123 - conj. 7
Rio de Janeiro - RJ (2)

Prezados Senhores: (3)

(4)............................Em resposta (5) à solicitação feita pelo escritório de V.Sas., representado,


em nossa cidade, pelo Sr. Marcelo Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez (10) (6)
caixas dos medicamentos pedidos.

(4)............................Outrossim (7), comunicamos que a duplicata no. 0860133, no Banco da


Amizade S.A., emitida por V.Sas, em 3 de outubro do corrente ano, já foi encaminhada, em 29
de outubro (8) p.p. (9) ao Departamento de Cobrança, para as providências cabíveis (10).

(4)............................Sem mais que se apresenta no momento (11), subscrevemo-nos (12)

Atenciosamente

_______________________________ (13)
Tiago Almeida
Diretor

Comentários sobre o modelo antigo


1. Elimina-se a preposição "A", desnecessária no caso.
2. Elimina-se o endereço do destinatário, uma vez que ele consta do envelope.
3. Suprimem-se os dois pontos na invocação.
4. Não é necessário marcar o parágrafo. Basta deixar espaço duplo vertical, indicando-o.
5. Retirar a expressão "em resposta", porque o destinatário sabe que se está respondendo a
algo.
6. Suprime-se o número 10, uma vez que a palavra dez já está mencionada.
7. Expressão desnecessária.
8. A data em que o título foi encaminhado é um dado desnecessário.
9. Dispensa-se a expressão próximo passado, porém dentro do próprio mês, é aconselhável.
10. "...para providências cabíveis..." é uma expressão desnecessária, considerada como tapa-
margem. A margem direita da carta comercial não precisa ser uniforme.
11. Um fecho óbvio como este é desnecessário, pois, se houvesse algo mais, seria
acrescentado à carta. Há secretárias que consideram pouco caso do emissor a falta do fecho.
12. Expressão desnecessária, porque está implícita no final.
13. Não se usa mais a pauta para a assinatura do remetente.
6
MODELO NOVO

A carta ficaria assim:

TIMBRE
Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47 ......

Porto Alegre, 6 de novembro de 1995. (A)

Fernando de Barros & Cia. Ltda. (B)

Prezados senhores (C)

À solicitação feita pelo escritório de V.Sas., representado, em nossa cidade, pelo Sr. Marcelo
Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez caixas dos medicamentos pedidos.

Comunicamos que a duplicata no. 086013 foi encaminhada ao Departamento de Cobrança.(D)

Atenciosamente(E)

Tiago Almeida (F)


Diretor

Estrutura da carta comercial


a) local e data
b) destinatário
c) vocativo
d) contexto ou assunto
e) despedida
f) assinatura

Propostas de redação
Elabore duas cartas comerciais, usando os seguintes dados:
1. Ferreira & Cia. Ltda. solicita a Irmãos Pires Ltda. o envio, com a máxima urgência, de
mercadorias, conforme relação anexa. Agradece atendimento.
2. Silveira & Cia. comunica a Francisco Camargo a inauguração de uma nova agência.
Convida-o para a inauguração e coquetel. Agradece a presença.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL
O ARTIGO, O ADJETIVO, O NUMERAL E O PRONOME ADJETIVO CONCORDAM EM
GÊNERO E NÚMERO COM O SUBSTANTIVO A QUE SE REFEREM.

AQUELES DOIS JORNAIS PUBLICARAM AS NOTÍCIAS TRÁGICAS.

CONCORDÂNCIA DOS ADJETIVOS E DOS PRONOMES ADJETIVOS :


ANEXO:

O LIVRO SEGUE ANEXO.


AS DUPLICATAS SEGUEM ANEXAS.

INCLUSO:
A FOTOGRAFIA SEGUE INCLUSA.
OS DOCUMENTOS SEGUEM INCLUSOS.

OBRIGADO:
ELE RESPONDEU: MUITO OBRIGADO.
ELA DISSE: MUITO OBRIGADA.

MESMO:
ELE MESMO CONSTRUIU A CASA.
ELAS MESMAS RESOLVERAM O PROBLEMA.

PRÓPRIO:
ELA PRÓPRIA ENTREGOU O DOCUMENTO.
ELES PRÓPRIOS RECEBERAM O PRÊMIO.

MEIO:
TOMOU MEIA GARRAFA DE VINHO DEPOIS DE BEBER MEIO LITRO DE LEITE.

BASTANTE:
BASTANTES ALUNOS PARTICIPARAM DA REUNIÃO.

A PORTA ESTAVA MEIO FECHADA.

LUCIANA ANDAVA MEIO ABORRECIDA.

ELES FALARAM BASTANTE.

ERAM ALUNAS BASTANTE SIMPÁTICAS.

ELAS CHEGARAM BASTANTE CEDO.

HAVIA MENOS PESSOAS INTERESSADAS NO CARGO.


HAVIA MENOS CANDIDATOS INTERESSADOS NO CARGO.

POUCO / MUITO:
POUCAS PESSOAS TINHAM MUITOS MOTIVOS.

ELES ESTUDARAM POUCO.

ERAM ALUNAS MUITO SIMPÁTICAS.

CARO:
COMPRARAM LIVROS CAROS.

OS LIVROS CUSTARAM CARO.


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BARATO:
ERAM MERCADORIAS BARATAS.

PAGARAM BARATO AQUELES LIVROS.

LONGE:
ANDAVAM POR LONGES TERRAS.

ELAS MORAM LONGE.

É BOM/ É NECESSÁRIO / É PROIBIDO


ÁGUA É BOM.

CHUVA É NECESSÁRIO.

BEBIDA ALCOÓLICA É PROIBIDO PARA MENORES.

A ÁGUA É BOA.

A CHUVA É NECESSÁRIA.

AS BEBIDAS ALCOÓLICAS SÃO PROIBIDAS PARA MENORES.

CONCORDÂNCIA IDEOLÓGICA:

OS LUSÍADAS É UM POEMA ÉPICO.

A POLUÍDA SÃO PAULO NECESSITAVA DE CHUVA.

OS PROFESSORES REIVINDICAMOS MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO.

6. A concordância nominal está de acordo com a norma padrão em:

a) As hortaliças estão meio amareladas, mas temos de consumi-las.


b) Ela mesmo confeccionou lindíssimas fantasias para o baile das bruxas.
c) Aqueles casos de febre nas aves asiáticas ficaram bastantes complicados.
d) É proibida entrada de pessoas estranhas naquele recinto, depois das 14 horas.

7. "A partir da eleição deste ano, a votação portando a bandeira do partido ou


estampando a camiseta com o nome e o número do candidato está .......... pela Justiça
Eleitoral. As novas regras, em razão da minirreforma eleitoral .......... pelo TSE,
deixaram a campanha mais rígida e .......... resultar em cidades mais limpas."
Assinale a alternativa que contemple as formas adequadas para completar as lacunas.
a) proibida - aprovada - vão
b) proibido - aprovado - vão
c) proibido - aprovada - vai
d) proibida - aprovadas - vão
e) proibida - aprovado – vai

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8. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

Nós...... providenciamos os papéis, que enviamos ...... às procurações, como instrumentos ......
para os fins desejados.

a) Mesmas/ anexas/ bastante


b) Mesmos/ anexo/bastante
c) Mesmas/anexo/bastantes
d) Mesmos/ anexos/bastantes
e) Mesmos/anexos/bastante

9. O item em que ocorre concordância nominal inaceitável é:

a. Era uma arvore cujas folhas e frutos bem diziam de sua utilidade.
b. Vinha com bolsos e mãos cheios de dinheiro.
c. Ela sempre anda meia assustada.
d. Envio-lhe anexa a declaração de bens.
e. Elas próprias assim o queriam.

10.“Para estudar as mudanças da moda feminina ao longo do tempo, a pesquisadora


escolheu fotografias principalmente em jornais e revistas antigas”.

a. Do ponto de vista da flexão, com qual substantivo o adjetivo antigas está


concordando?

b. De acordo com a regra de concordância nominal aplicável ao caso, a que


substantivo(s) o leitor deve associar a característica expressa pelo adjetivo?

c.Se o adjetivo assumisse a forma de masculino e de plural, a concordância também


estaria correta? Por quê?

d. Reescreva o final da frase dada, posicionando o adjetivo antes dos substantivos e


refazendo a concordância nominal.

e. Mude a posição do adjetivo, de modo que ele expresse uma característica apenas
do primeiro substantivo.

f. Por que, embora a frase dada esteja gramaticalmente correta, seria recomendável
introduzir nela a alteração proposta em C?

Considere a frase para responder às questões 11 a 13:

“ Com o dinheiro que ganhou na loteria, ela comprou uma fazenda e um carro caros.”

11. Indique a que substantivo (s) o adjetivo está atribuindo a característica e justifique
por que ele concorda no masculino e no plural.

12. Se o adjetivo da frase fosse substituído por importado, a concordância se manteria


gramaticalmente correta, mas geraria um pequeno problema ligado à informação lógica
da frase. Comente-o:

10
13. Empregando o adjetivo importado e alterando a ordem dos termos da frase,
reescreva-a de modo a eliminar a possibilidade de leitura inadequada a que se refere o
item b.

CONCORDÂNCIA VERBAL
I sujeito simples:
A) regra geral:

Nós nunca discordamos de você.


Sumia na estrada poeirenta a última boiada da fazenda.

B) verbo + pronome se:

Divulgaram-se os planos.
Os planos foram divulgados.

Não se confiava nos planos.


Precisa-se de motoristas experientes.

C) a maior parte de, grande número de, uma porção de, + nome no plural:
A maioria dos pássaros fugiu/fugiram do viveiro.

D) mais de, menos de, cerca de, perto de, + numeral:


Mais de um interessado enviou currículo à empresa.
Mais de cem interessados enviaram currículos.
Perto de vinte alunos faltaram à prova.
Mais de um vereador se acusaram mutuamente.

E) pronomes de tratamento
Vossa excelência enganou seus eleitores.
Vossa excelência enganastes seus eleitores.

F) pronomes relativos que e quem:


foram os professores que pediram as explicações.
Fui eu que pedi as explicações.

Foram os funcionários quem reivindicou o aumento.


Foram os funcionários quem reivindicaram o aumento.

G) nome próprio que só tem plural:


Os Estados Unidos não aceitaram o acordo comercial.
O Amazonas impressiona pelo seu grande volume de água.
Canoas localiza-se no rio grande do sul.

IIconcordância do verbo com o sujeito composto:


a) Sujeito composto posicionado antes do verbo:

O carro e o ônibus caíram no rio.


Dias quentes e temporais repentinos caracterizam o verão.

A paz e a tranqüilidade reinava/reinavam naquele lugar.


A angústia, a inquietação, o desespero o dominou/ dominaram.

A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteria.


(tudo, nada, ninguém ou alguém)

b) Sujeito composto posicionado depois do verbo:

Caiu/ caíram no rio o carro e o ônibus.

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c) Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes:

Você, seu amigo e eu nunca aceitaríamos esse acordo.

Tu e teu amigo ficareis/ficarão aqui até domingo?

d) Núcleos do sujeito ligados por ou:

Marcos ou Cláudio se casará com Simone. (exclusão)

A beleza ou a verdade sempre o emocionam.

Um ou outro erro seria corrigido.

IIICONCORDÂNCIA COM O VERBO SER:

a) Sujeito e predicativo são nomes de coisas:

Nossas vidas eram/era uma verdadeira festa.

b) Quando o sujeito e o predicativo designam pessoas:


(a concordância é feita obrigatoriamente com a palavra que designa pessoa)

Os amigos de infância eram sua grande alegria.


O problema da empresa são os funcionários desmotivados.

c) Verbo ser indicando horas distâncias e datas:

Agora são seis horas da tarde.

Quando ele chegou, já era uma e vinte.

Daqui à cidade são quinze quilômetros.

Hoje é dia 19 de setembro.


Hoje é 19 de setembro.
Hoje são 19 de setembro.

d) Expressões é muito, é pouco, é demais

Dois mil reais foi pouco para pagar a dívida.


Vinte toneladas é muito peso para esse caminhão.
Seis metros de tecido seria demais para fazer o vestido?

Iv concordância dos verbos impessoais:

a) Verbo haver:

Antigamente havia poucos carros nas ruas.


Aqui nunca houve nem haverá brigas.

Na reunião devia/ podia/ vai haver umas vinte pessoas.

Antigamente existiam poucas escolas particulares.


Antigamente deviam existir poucas escolas particulares.

Se te maltratarem, eles se haverão comigo.


Os acusados houveram o perdão do juiz.

12
b) Verbo fazer:
Já faz muitos anos eu não se fabrica essa peça.
Amanhã fará dez anos que me casei.

Domingo vai fazer três semanas que chegamos.

CONCORDÂNCIA COM SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:

QUANDO UM ÚNICO ADJETIVO ESTIVER SE REFERINDO A MAIS DE UM


SUBSTANTIVO, A CONCORDÂNCIA SERÁ FEITA DA SEGUINTE FORMA:

a) SE O ADJETIVO VIER ANTEPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE,


DEVERÁ CONCORDAR COM O SUBSTANTIVO MAIS PRÓXIMO:

ESCOLHESTE PÉSSIMA HORA E LUGAR PARA FALAR.

ESCOLHESTE PÉSSIMO LUGAR E HORA PARA FALAR.

ESTAVAM APREENSIVOS A TORCIDA E OS JOGADORES.

b) SE O ADJETIVO VIER POSPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE, A


CONCORDÂNCIA PODERÁ SER FEITA OU COM O SUBSTANTIVO MAIS
PRÓXIMO, OU NO PLURAL COM AMBOS OS SUBSTANTIVOS.

ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADO.

ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADOS.

AGUARDAVA OCASIÃO E MOMENTO OPORTUNOS.

14- No grupo, .... os trabalhos.


a) Sou eu que coordena
b) É eu que coordena
c) É eu quem coordena
d) É eu quem coordeno
e) Sou eu que coordeno.

15- Assinale a alternativa que completa as frases:


I – Grande parte dos alunos ...... hoje.
II – Não serão vocês quem ......o problema.
III – Os Estado Unidos...... da reunião.

a) Faltou – resolverão – participará


b) Faltaram – resolverá – participará
c) Faltaram – resolverá – participarão
d) Faltou – resolverá – participarão
e) Alternativas C e D são corretas.

16. "A Polícia Federal investiga os suspeitos de terem ajudado na fuga para o Paraguai e a
Argentina. A polícia desses países não puderam prendê-los porque o governo brasileiro não fez
o pedido formal de captura."
(Adaptado de "O Estado de São Paulo", 22/08/93)

a) No segundo período, há uma infração às normas de concordância. Reescreva-o de maneira


correta.

b) Indique a causa provável dessa infração.

13
17. Reescreva o texto a seguir de acordo com o padrão culto da língua:
“Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá
presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar
totalmente”.

18. FELIZ ANIVERSÁRIO


A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram de Olaria estavam muito
bem vestidos porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana. A
nora de Olaria apareceu de azul-marinho, com enfeites de paetês e um drapejado
disfarçando a barriga sem cinta. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os
irmãos. Mas mandara sua mulher para que nem todos os laços fossem cortados - e esta
vinha com o seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles,
acompanhada dos três filhos: duas meninas já de peito nascendo, infantilizadas com
babados cor-de-rosa e anáguas engomadas, e o menino acovardado pelo terno novo e
pela gravata.
Tendo Zilda - a filha com quem a aniversariante morava - disposto cadeiras
unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai dançar, a nora de Olaria,
depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das cadeiras e
emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição ultrajada. "Vim para não deixar de
vir", dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. As duas mocinhas de cor-de-
rosa e o menino, amarelos e de cabelo penteado, não sabiam bem que atitude tomar e
ficaram de pé ao lado da mãe, impressionados com seu vestido azul-marinho e com os
paetês.
Depois veio a nora de Ipanema com dois netos e a babá. O marido viria depois.
E como Zilda - a única mulher entre os seis irmãos homens e a única que, estava
decidido já havia anos, tinha espaço e tempo para alojar a aniversariante -, e como Zilda
estava na cozinha a ultimar com a empregada os croquetes e sanduíches, ficaram: a nora
de Olaria empertigada com seus filhos de coração inquieto ao lado; a nora de Ipanema
na fila oposta das cadeiras fingindo ocupar-se com o bebê para não encarar a
concunhada de Olaria; a babá ociosa e uniformizada, com a boca aberta.
E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos.
LISPECTOR, Clarice. "Laços de família". Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, pp. 59-60.

(I) E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos.
(II) Fazia um ano que o filho de Olaria não aparecia nas festas familiares.
Embora o verbo FAZER tenha sido flexionado na 3ª pessoa do singular nos dois
períodos acima, a concordância se deu em cada um dos casos por razões distintas.
Identifique-as.

19. Considere estas duas frases:


1. O comércio entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai quadruplicaram nos
últimos anos – e faz negócios melhores quem se comunica melhor.
Revista Veja, 9/9/1998
2. O péssimo estado de conservação de muitas rodovias brasileiras causam
prejuízos de milhões de reais ao país.
Frase noticiário de TV.
Ambas apresentam o mesmo problema de uso da norma culta.
a) Aponte-os nas duas frases.

b) Reescreva as passagens incorretas, adequando-as à norma culta.

c) Faça uma hipótese para explicar, em cada frase, o que poderia ter levado o
redator a cometer o erro.

14
20. Nas frases a seguir, a concordância verbal está de acordo com a norma culta.
Leia-as, observando o verbo em destaque.

a) O silencio, a paz, ea quietude do lugar acalmava-lhe o espírito.


b) O abandono, a pobreza, a miséria absoluta continua matando milhares
de crianças brasileiras.
c) Não obteve asilo político nos países vizinhos o ex-ditador e seus
colaboradores.
d) O respeito dos vizinhos, o bem-estar material, a presença dos amigos,
nada o prendia àquele lugar.

1) Em todas essas frases, o sujeito é composto; o verbo no entanto, está no


singular. Explique em cada caso, por que a concordância verbal está
correta.

2) Somente uma das frases ficaria incorreta se o verbo fosse empregado no


plural. Identifique-a e justifique sua resposta.

ERROS FATAIS NO CURRÍCULO


(Geraldo J Cozar )

Se o seu currículo é a ¨chave¨ que detém a possibilidade de introduzir um profissional no


mercado de trabalho, apresentá - lo com erros pode pode ser o caminho mais curto para fechar
as portas na contratação.
Se você, colega ex-aluno, está passando por essa fase de colocação ou de recolocação, atente
para essas 25 dicas mais citadas por especialistas de empresas ou consultorias de RH para não
cometer deslizes:
1. Fotos inadequadas. O encaminhamento de fotos é desnecessário. Cadidatos tem deslizado
bastante enviando fotos em situação de lazer, com a família e até em trajes intimos ou pose
sensuais.
2. Atentado à gramática. Erros de português passam imagem de desleixo. A dica é fazer uma
revisão rigorosa e, se for preciso, pedir ajuda para alguém mais apto.
3. Páginas demais. De 40 segundos a um minuto é o tempo médio par ler um currículo.
Documentos com mais de 3 páginas não serão lidos completamente.
4. Supercompactação. ¨Dar um jeito de por tudo em uma página¨ também é prejudicial.
Currículo extenso só é bem recebido na área acadêmica.
5. Referências. Citar referências é inadequado. Se preciso, o recrutador entrará em contato com
seu antigo empregador, por seus próprios meios.
6. RG, CPF, ... São absolutamente desnecessários. Há ainda quem anexe cópias de documentos,
o que é ainda mais dispensável.
7. Cursos inúteis. Cursos que não estão relacionados com a posição pretendida pelo candidato
não tem razão para serem mencionadas no currículo.
8. Turista. Uma viagem só agrega valor se mencionada no currículo caso constitua vivências
internacionais.
9. Frases de efeito. Jargões e frases de efeito tem causado arrepios nos recrutadore e há quem
faça isso.
10. Autógrafo. Assinar currículo ainda existe em 40% dos documentos. Mas reconhecer firma
em cartório é pura perda de tempo e de dinheiro.
11. Hobbies e arte. Hobbies não devem ser incluídos.
12. Salário. Remuneração é assunto para ser discutido em entrevista e não para ser estampado
no currículo. Uma saída seria mencionar a faixa salarial atual.
13. ¨Tecniquês¨. Engenheiros são recordistas em abuso da linguagem técnica. O recrutados pode
não ser um técnico.
14. Língua afiada. Há quem aproveite o currículo para falar mal do antigo empregador. Isso
revela falhas de posturas inadmissíveis.
15
15. Pinóquio. Mentira no currículo tem hora certa para ir por água abaixo: na entrevista. É
gravíssimo o cadidato ser ¨pego na mentira¨.
16. Portunhol fluente. Conhecimento de idiomas pedem especificação de nível ( noções, básico,
intermediário, fluente ). è melhor não se arriscar.
17. Visual para ¨abalar¨. Layout e fontes modernas não fazem um currículo diferente. Cores
berrantes também incomodam.
18. Histórico sem fim. O certo é por apenas a formação universitária e especializações
posteriores. Não precisa o nome de todas as escolas, desde o Jardim da Infância.
19. ¨Conheça me mais¨. O currículo é um documento para fins profissionais. Usar esse espaço
para transmitir detalhes de habilidades pessoais não é adequado.
20. Sem objetivo. Objetivos muito amplo podem diminuir suas chances. Outro erro é mencionar
um cargo que só existe na empresa onde você trabalhou.
21. Pessoas verbais. Conjugar verbos na primeira pessoa do plural é um erro muito comum. É
melhor usar a primeira pessoa do singular.
22. Túnel do tempo. Enviar um curriculo desatualizado pode trazer prejuízos. Atualização
constante é a regra básica para manter a eficiência do curriculo. Nem pensar em incluir novos
dados manuscritos.
23. Loucos por anexos. Se não bastasse o currículo, há quem goste de encaminhar anexos, para
dar mais ¨volume¨. A lixeira, ou a lata de lixo, é seu destino certo.
24. Mais do mesmo. Informações repetitivas reduzem a concentração de quem lê. Se as palavras
são idênticas, perde - se espaços para incluir dados relevantes.
25. Cartas e bilhetes. Cartas de apresentação, só quando for pedida.

Correio eletrônico na comunicação oficial

O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal
forma de comunicação para transmissão de documentos.

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem
incompatível com uma comunicação oficial.

O campo Assunto do formulário de correio eletrônico da mensagem deve ser preenchido de


modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato


Rich text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre
seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de Confirmação de leitura. Caso não seja
disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. (do
Manual de Redação da Presidência da República, edição 2002)

16
Atividades de Intertextualidade

Jorge Vercilo Jota Quest Banda Fatale


“Fênix” “O Vento” “Lembranças”
Composição: Flávio Venturini /
Jorge Vercilo
Voe por todo mar, e volte aqui... No silêncio das cinco ele acorda
Eu! Prisioneiro meu, Descobri Voe por todo mar, e volte aqui... e tudo parece já tão distante,
no brêu Pro meu peito. A tristeza de ter que deixar tudo
Uma constelação... Se você foi, vou te esperar aquilo que viveu pra trás,
Céus! Conheci os céus pelos Com pensamento que só fica em Lembranças...
olhos seus você Com o sonho na estrada, o corpo
Véu de contemplação... Aquele dia, um algo mais cansado o tempo parece parar,
Deus! Condenado eu fui a forjar Algo que eu não poderia prever. E uma névoa seguindo seus
o amor no aço do rancor E a Você passou perto de mim passos, faz parecer sempre o
transpor as leis mesquinhas dos Sem que eu pudesse entender mesmo lugar,
mortais... Levou os meus sentidos todos Vai meu irmão! Não deixe o
Vou! Entre a redenção e o pra você destino pra trás!
esplendor de por você viver... Mudou a minha vida e mais Não vá... Dizer que seu sonho
Sim! quis sair de mim e esquecer Pedi ao vento pra trazer você termine aqui,
quem sou e respirar por ti e aqui O tempo vai te mostrar, um novo
assim transpor as leis Morando nos meus sonhos e na caminho pra te guiar.
mesquinhas dos mortais... minha memória Seja lá quem escreva os
Agoniza virgem Fênix o amor Pedi ao vento pra trazer você pra caminhos, deixa o final pra que
entre cinzas, arco- íris, esplendor mim você o faça.
por viver às juras de satisfazer o Vento traz você de novo Não se prenda ao presente viva o
ego mortal... Vento faz do meu mundo novo futuro e não olhe pra trás.
E voe por todo o mar e volte Lembranças...
Coisa pequenina Centelha divina aqui... Não vá... Dizer que seu sonho
Renasceu das cinzas Onde foi E voe por todo mar, e volte termine aqui,
ruína Pássaro ferido Hoje é aqui... O tempo vai te mostrar, um novo
paraíso... Pro meu peito..... caminho pra te guiar.
Luz da minha vida Pedra de Vai! Buscar um pouco mais!
alquimia Tudo o que eu queria Do que a vida trás!
Renascer das cinzas... Esperar é a fraqueza de todos
E eu! Quando o frio vem Nos mortais!
aquecer o coração Quando a Que deixam de viver por não
noite faz nascer A luz da acreditar....!
escuridão E a dor revela a mais Uooou...Dai!! Ao sol um novo
Esplêndida emoção... O amor! lar!
Ao céu um novo mar! À vida a
alegria de não se entregar!
Que um dia você vai, sem medo
acordar...
Em um mundo onde a estrela é
você!

17
Chico Buarque Victor e Léo Novo Tom
“História De Uma Gata” “Vida boa” “Como duvidar?”

Moro num lugar " As ondas do mar quebrando em


Me alimentaram
Numa casinha inocente do sertão uma praia,
Me acariciaram o veludo azul do céu bordado de
Me aliciaram De fogo baixo aceso no
fogão,fogão à lenha ai ai estrelas,
Me acostumaram cores diluídas em uma floresta,
O meu mundo era o apartamento cachoeira soando como grande
Tenho tudo aqui
Detefon, almofada e trato orquestra .
Umas vaquinha leiteira,um burro
Todo dia filé-mignon As lágrimas do orvalho
bão
Ou mesmo um bom filé... de desenhadas em uma rosa,
Uma baixada ribeira,um violão e
gato umas galinha ai ai a lua iluminando uma estrada de
Me diziam em casa, não tome terra,
vento Tenho no quintal uns pé de fruta o gosto açucarado de um favo de
Mas é duro ficar na sua e de flor mel,
Quando à luz da lua E no meu peito por amor,plantei o amanhecer pintado em tom
Tantos gatos pela rua alguém(plantei alguém) pastel.
Toda a noite vão cantando assim Como duvidar de um Deus tão
Nós, gatos, já nascemos pobres Refrão poderoso de um ser tão detalhista
Porém, já nascemos livres Que vida boa ô ô ô que pintou o mundo com suas
Senhor, senhora ou senhorio Que vida boa mãos?
Felino, não reconhecerás Sapo caiu na lagoa,sou eu no Como duvidar de um ser que me
De manhã eu voltei pra casa caminho do meu sertão faz respirar?
Fui barrada na portaria Comanda os planetas e se
Sem filé e sem almofada Vez e outra vou importa com as palavras que eu
Por causa da cantoria Na venda do vilarejo pra falar.
comprar como duvidar?
Mas agora o meu dia-a-dia
Sal grosso,cravo e outras coisa A grandiosidade de uma
É no meio da gataria
que fartá,marvada pinga ai ai montanha.
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata O trabalho árduo em um
Numa louca serenata Pego o meu burrão
Faço na estrada a poeira levantar formigueiro,
Que de noite sai cantando assim um arco-íris rasgando o céu
Nós, gatos, já nascemos pobres Qualquer tristeza que for não vai
passar do mata-burro ai ai cinzento,
Porém, já nascemos livres dunas esculpidas pelo sopro do
Senhor, senhora ou senhorio vento,
Galopando vou
Felino, não reconhecerás o sol se escondendo no horizonte
Depois da curva tem alguém
Que chamo sempre de meu distante,
bem,a me esperar(a me esperar) a poesia existente em um
nascimento,
a brisa balançando uma rede na
varanda,
o som de crianças brincando de
ciranda.
Como duvidar de um Deus tão
poderoso de um ser tão detalhista
que pintou o mundo com suas
mãos?
Como duvidar de um ser que me
faz respirar?
Comanda os planetas e se
importa com as palavras que eu
falar.
Como duvidar?”

21. Após ouvir as músicas, identifique os trechos em que foram


utilizadas a linguagem conotativa e a linguagem denotativa presentes
18
em cada uma delas. Indique se existe alguma relação de
intertextualidade entre as letras das músicas.

INSTRUÇÃO: As questões de números 2 e 3 se baseiam no soneto Solar Encantado,


do poeta parnasiano Vitor Silva (1865-1922), num fragmento de uma reportagem da
revista Casa Cláudia (abril/1999) e na letra do samba Saudosa Maloca, de Adoniran
Barbosa (1910-1982).

Solar Encantado

Encerrado no horror de uma lenda sombria


Ouve-se à noite, em torno, um clamor lamentoso,
Piam aves de agouro, estruge a ventania,
E brilhando no chão por sobre a selva fria.

Dentro um luxo funéreo. O silêncio por tudo...


Apenas, alta noite, uma sombra de leve
Agita-se tremer nas trevas de veludo...
Ouve-se, acaso, então, vaguíssimo suspiro.
E na sala, espalhando um clarão cor de neve,
Resvala como um sopro o vulto de um vampiro.
SILVA, Vítor. In: Ramos, P.E. da Silva. Poesia parnasiana –
antologia . São Paulo: Melhoramentos,1967, p,245

A Alma do Apartamento Mora na Varanda

No terraço de 128m2 , a família torna sol, recebe amigos para festas e curte a vista dos Jardins, em São
Paulo. Os espaços generosos deste apartamento dos anos 50 recebem luz e brisa constantes graças às
grandes janelas.
Os aromas desse apartamento de 445m2 denunciam que ele vive os primeiros dias: o ar recende a pintura
fresca. Basta apurar o olfato para também descobrir a predileção do dono da casa por charutos, lírios e
velas, espalhados pelos ambientes sociais. Sobre o fundo branco do piso e dos sofás, surgem os toques de
cores vivas nas paredes e nos objetos. “Percebi que a personalidade do meu cliente é forte. Não tinha nada
a ver usar tons suaves”, diz Nessa César, a profissional escolhida para fazer a decoração.
Quando o dia está bonito, sair para a varanda é expor-se a um banho de sol, pois o piso claro reflete a luz.
O espaço resgata um pedaço do Mediterrâneo, com móveis brancos e paredes azuis. “Parece a Grécia”,
diz a filha do proprietário. Ele, um publicitário carioca que adora sol e festa, acredita que a alma do
apartamento está ali.
MEDEIROS, Edson G. & PATRÍCIO, Patrícia. A alma do
apartamento mora na varanda. In: Casa Cláudia, São Paulo, Editora
Abril, n 4, ano 23. abril/99, p.69-70.

Saudosa Maloca

Se o sinhô não tá çembrado


dá licença de contá
que aqui onde agora está
esse edifício arto
era uma casa véia
um palacete assobradado.
Foi ali, “seu” moço
que eu, Mato Grosso e o Joca
construímos nossa maloca
Mas um dia
__ nóis nem pode se alembrá__,
veio os homens c'as ferramentas,
que o dono mando derrubá.

Peguemos todas nossas coisas


e fumos pro meio da rua
apreciá a demolição
que tristeza que nós sentia
cada tauba que caía
doía no coração
19
Mato Grosso quis brigá
mais em cima eu falei:
Os homens tá c'o a razão,
Nóis arranja outro lugá
Só se conformemos quando o Joca falô:
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
E hoje nóis pega paia na grama dos jardim
e prá esquecer nóis cantemo assim:
Saudosa maloca, maloca querida, dim, dim
donde nóis passemos dias feliz de nossa vida.
BARBOSA , Adoniran. In: Demônios da Garoa – Trem das 11.
CD 903179209-2. Continental – Warner Music Brasil, 1995.

22. Os três textos apresentados focalizam o tema casa ou habitação, mas o fazem sob
diferentes perspectivas econômicas, sociais, temporais e afetivas. Releia-os com
atenção e a seguir,
a) Indique a palavra que, em cada texto, melhor caracteriza o tipo de habitação focalizada;
b) Tomando por base a resposta anterior e os elementos contextuais, relacione o tipo de
habitação à classe social a que pertencem ou pertenciam os respectivos moradores.

23. A letra de Saudosa Maloca pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição e elementos do uso popular
ao uso culto. Uma destas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira
pessoa “se” em lugar de “nos”, diferentemente do que prescreve a norma culta (o poeta
emprega se conformemos em vez de nos conformamos; se alembrá em vez de nos
lembrar). Considerando este comentário,

a) descreva e exemplifique o que ocorre, na linguagem artística do compositor, com o _r final e


com o -lh medial das palavras, em relação ao uso oral culto;

b) estabeleça as diferenças que apresentam, em relação ao uso culto, as seguintes formas verbais
da primeira pessoa do plural do presente do indicativo empregadas pelo compositor:
“pode”(verso11), “arranja”(verso23) e “pega”(verso26).

24. Você habitualmente usa e reconhece vários níveis de linguagem, associados a diferentes
falantes, estilos e contextos. Você sabe também que às vezes o falante utiliza um estilo que não
é seu, para produzir efeitos específicos, que é o que faz o maestro Júlio Medaglia na carta
abaixo:

Massa!
“Pô, Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome num pedaço aqui na Sampa,
quem sabe tu te anima e acha aí um point pra botá o nome de Magdalena Tagliaferro, Cláudio
Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, João de Souza Lima, Armando
Belardi e Radamés Gnatalli. Esses caras não foi cruner de banda a la 'Trogloditas do Sucesso',
mas se a tua moçada não manjar quem eles foi, dá um look aí na enciclopédia Britânica ou no
Groves Internacional e tu vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles.”

Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do Rio de Janeiro


(São Paulo,SP) (Painel do leitor, Folha de S. Paulo,04/10/90)

a) Que grupo social pode ser identificado por este estilo? Transcreva as marcas lingüísticas
características desse grupo presentes no texto.

b) Em que campo da cultura deram contribuição importante os nomes mencionados na carta e


que passagem(ens) do texto permite(m) afirmar isso?

c) O texto contém uma crítica implícita. Qual é e a que é dirigida?

25. A coluna "Painel" do jornal "Folha de S. Paulo" publicou a seguinte nota:

20
LITERALMENTE
Desde a divulgação da pesquisa Data-Folha mostrando que 79% não sabem que
Fernando Henrique é o novo ministro da Fazenda, seus adversários no Congresso
criaram um novo apelido para ele: "Ilustre desconhecido."
("Folha de S. Paulo", 31.05.93 )

a) Quais os sentidos da expressão "Ilustre desconhecido" quando usada habitualmente


em relação a alguém, e como apelido de Fernando Henrique Cardoso?

b) Uma dessas duas interpretações de "Ilustre desconhecido", resulta num paradoxo*.


Diga qual é essa interpretação e justifique.

c) O título "Literalmente" é adequado à nota? Por quê?


(*paradoxo = contra-senso, contradição )
26. Para responder às questões a seguir, leia o trecho extraído de "Gabriela, cravo e
canela", obra de Jorge Amado.

O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou no bar, soltou um bafo
pesado de álcool na cara de Nacib e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de
Ilhéus". Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cumprira Nacib,
na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça de graça aos marinheiros. Passou o
dedo indicador no polegar, a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro
sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dourada.
No balcão colocou a nórdica mãe-d'água, Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe
fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo de
peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com
aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com
ela, mais tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e
canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma tolice de feira. Tomou da garrafa de
cachaça, encheu um copo grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em
sueco, emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no bolso a sereia dourada,
sorrindo. Gabriela riria contente, diria a gemer: "precisava não, moço bonito ..." E aqui
termina a história de Nacib e Gabriela, quando renasce a chama do amor de uma brasa
dormida nas cinzas do peito.

No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangeira, buscando, por meio da


comparação, estabelecer equivalências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo
de comparação é
a) Passou o dedo indicador no polegar ...
b) ... servira cachaça de graça aos marinheiros.
c) No balcão colocou a nórdica mãe-d'água ...
d) ... e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de Ilhéus".
e) Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível.

27- A oração "Vasculhou os bolsos o loiro sueco", com a substituição do complemento


verbal por um pronome oblíquo, equivale a
a) Vasculhou-o os bolsos.
b) Vasculhou-se o loiro sueco.
c) Vasculhou-lhe os bolsos.
d) Vasculhou-lhes o loiro sueco.
e) Vasculhou-os o loiro sueco.

21
28- Na fala da mulher, substituindo "é mais barato" por "é preferível" e adequando a
frase à norma culta, obtém-se:
a) É preferível comprar sapato toda semana a abastecer o carro.
b) É preferível comprar sapato toda semana do que abastecer o carro.
c) É preferível comprar sapato toda semana que abastecer o carro.
d) É preferível comprar sapato toda semana de que abastecer o carro.
e) É preferível comprar sapato toda semana ante a abastecer o carro.

29- As informações da charge, presentes nas falas de ambas as personagens, permitem


afirmar que
a) o marido mora longe do trabalho.
b) os sapatos são muito caros.
c) o marido não sabe economizar sapato.
d) o preço do combustível está muito alto.
e) a família tem muita despesa com sapatos.

Não permita Deus que eu morra


Sem que ainda vote em você;
Sem que, Rosa amigo, toda
Quinta-feira que Deus dê,
Tome chá na Academia
Ao lado de vosmecê,
Rosa dos seus e dos outros,
Rosa da gente e do mundo,
Rosa de intensa poesia
De fino olor sem segundo;
Rosa do Rio e da Rua,
Rosa do sertão profundo
(Manuel Bandeira, "Estrela da Vida Inteira".)
30- Observe os versos: "Tome chá na Academia / Ao lado de vosmecê,"
a) De que Academia se trata?
b) "Vosmecê" é uma variante de que pronome? Dê alguma outra variante desse mesmo
pronome, de uso comum na língua falada do Brasil.

AUTO-ESTIMA "Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pelas outras pessoas, fiz para me
olhar no espelho e me sentir bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o
silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pagou e ele é meu." C. S., 17,
sobre cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha.
("Folha de S. Paulo", 03.08.2004.)

31- Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos em português, responda:

22
a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse presente na expressão "como se
o peito fosse meu mesmo"?
b) E como pode ser definido o sentido de posse na expressão "E é: meu pai pagou e ele
é meu"?

32. Observe o pronome de tratamento usado por Mafalda para dirigir-se a Manolito. Imagine
o diálogo que antecedeu àquele registrado nos quadrinhos e analise os possíveis enunciados
da professora se empregasse, de acordo com a norma culta, o mesmo pronome de
tratamento que Mafalda usa para falar com Manolito.

I. Manolito, vais indo bem em Matemática.


II. Fico espantada com a tua rapidez para fazer contas.
III. Eu lhe dou os parabéns pelo seu desempenho em Matemática.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

33. Tendo em vista a charge de Fausto, considere as seguintes afirmativas:

23
1. O efeito de humor é obtido, dentre outras coisas, pela recuperação do sentido literal da
frase do último quadrinho.
2. A expressão "trem-bala" constitui uma metáfora: veloz como uma bala. Fausto associa, à
já metaforizada expressão, um novo sentido.
3. O mico retratado no último quadrinho simboliza a vergonha do povo brasileiro diante dos
infortúnios.
4. O desenho do Congresso Nacional no último quadro permite associar as figuras humanas
retratadas nesse quadro com os políticos brasileiros, que se revoltam com os escândalos
divulgados nos últimos meses.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.

Como fazer ata


É um documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências , deliberações,
resoluções e decisões de reuniões ou assembléias.
Deve ser redigida de tal maneira que não seja possível qualquer modificação posterior. Para
evitar isso deve ser escrita:
- sem parágrafos ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);
- sem abreviaturas de palavras ou expressões;
- números escritos por extenso;
- sem rasuras nem emendas;
- sem uso de corretivo
- com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;
- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões.
Se o relator cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa digo, como neste
exemplo: “Aos vinte dias do mês de março, digo, de abril, de mil novecentos e noventa e seis...”
Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo: “Em tempo:
Onde se lê março, leia-se abril”.
Modelo de ata
Data, horário, local e objetivos
Aos quatorze dias do mês de outubro de mil novecentos e noventa e seis, com início às vinte
horas, no salão de festas da Escola Estadual Duque de Caxias, sita na Avenida Tocantins,
número duzentos e doze, Porto alegre, realizou-se uma reunião de todos os alunos da oitava
série da escola, com o objetivo de preparar as festividades de conclusão do primeiro grau.
O presidente, a secretária da reunião e as pessoas presentes
A reunião foi presidida pelo líder da oitava série A, José Luís Lousada, tendo como
secretária a líder da oitava série B, Andréia Passos. Contou com a participação de oitenta e dois
alunos, dos professores conselheiros das três turmas e da vice-diretora, Fabíola Barreto.
Relato da reunião propriamente dita.
Inicialmente, José Luís Lousado solicitou à vice-diretora que comunicasse as providências
administrativas e o andamento legal referente ao término do primeiro grau. Foi esclarecido que
os alunos de oitava série encerrariam o ano e fariam as recuperações juntamente com os demais
alunos da escola, e que a direção pensava oferecer um coquetel no encerramento do ano letivo
para alunos e professores da oitava série, ocasião em que os alunos receberiam o histórico
escolar. A data para isso deveria ser escolhida nesta reunião. Após ouvir variadas sugestões e
opiniões, o presidente da reunião solicitou que fossem votados dois itens: a escolha da data e se
a entrega dos históricos escolares teria a presença dos pais, com homenagem a alguns
professores. Alguns alunos inscreveram-se para defender diferentes pontos de vista sobre a
conveniência ou não de se realizar uma reunião formal no encerramento do primeiro grau. Após
debatidas as idéias apresentadas, José Luís Lousado encaminhou a votação, que obteve o
seguinte resultado: cerimônia formal para entrega dos históricos escolares e posterior coquetel:
cinqüenta e sete votos favoráveis e vinte e cinco contra; entrega informal com coquetel; vinte e
cinco votos favoráveis e cinqüenta e sete contra. Em seguida, apreciadas as datas sugeridas, foi
escolhido por unanimidade, o dia quinze dezembro para a realização do evento, com início às
vinte horas.
Encerramento
24
Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, que vai assinada por mim, Andréia
Passos, secretária, pelo presidente da reunião, pela vice-diretora e pelos professores e alunos
presentes.
Como fazer ofício

É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre chefias e


com o público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao serviço público.
Seu conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para a
introdução e para o fecho do que propriamente para o conteúdo. Como, geralmente, é dirigido a
autoridade, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige.

O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão para a
empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a carta comercial.

Beltrão afirma que as entidades civis, comerciais e religiosas não expedem ofício. Parece-
nos que ele está considerando a possibilidade dessas instituições terem que se dirigir ao serviço
público; pois, se isso ocorrer, necessariamente terão que elaborar uma correspondência chamada
ofício.

Para Enéas de Barros, “embora ofício, em geral, seja quase sempre exclusivo da
correspondência emitida pelos órgãos públicos estatais (ministérios, departamentos, serviços,
autarquias, prefeituras), muitas empresas privadas se têm valido desse documento,
principalmente em suas relações com alqueles órgãos, subordinando-se, também, à forma
estabelecida oficialmente para tal espécie de correspondência.”

Para o prof. Raphael Pugliese, “ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à


carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por
uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou , ainda, por instituição particular ou
pessoa a uma repartição pública.”

O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado, apresenta o


ofício com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em todo o serviço público
federal brasileiro, poderá todavia servir de parâmetro para a empresa privada. Segundo esse
manual, as formas vocativas foram modificadas, assim ficando:

Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por
exemplo:

- Excelentíssimo Senhor Presidente da República.

- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.

- Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo,
como:

- Senhor Senador.

- Senhor Juiz.

- Senhor Ministro.

- Senhor Governador.

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades trata das por


Vossa Excelência terá a seguinte forma:

25
- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Ministro da Justiça

70.064 - Brasília/DF

- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Senador Federal

70.160 - Brasília/DF

- Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10ª Vara Civil

Rua X, nº 14

01010 - São Paulo/SP

Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do
tratamento DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob a
alegação de que a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo
desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o


vocativo adequado: Senhor (cargo).

O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim:

Para chefes do poder e demais autoridades:

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Presidente do Congresso Nacional

Brasília/DF

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Secretário Geral da Presidência

Brasília/DF

Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa Senhoria,
elimina-se o Ilustríssimo Senhor, ficando:

26
Ao Senhor

Fulano de Tal

Cargo

Guararapes/SP

Em vez de:

Ilmo. Sr.

Fulano de Tal

Cargo

São Paulo/SP

É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer, c como a
forma vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores, bispos. A empresa
privada que procura formas de tornar sempre mais ágil sua correspondência já adotou o sistema
bloco-compacto para a estética também do ofício, que comprovadamente reduz o tempo da sua
elaboração.

São públicos dessa comunicação dirigida escrita o interno, externo e misto para a empresa
pública. Para a empresa privada, somente o público externo é atingido com este tipo de
comunicação.

Modelo

Indústria Gimenes S/A.

Campinas - Jundiaí - Curitiba - Videira - Presidente Prudente

Campinas, 17 de novembro de 1996.

Of. nº 15/96

Senhor Prefeito

Dentro da programação de comemoração do aniversário de nossa empresa, estaremos


inaugurando, no próximo dia 7 de junho, às 17h, a “Creche Criança Sadia”, localizada na rua
Emílio Rios, 245; reivindicação antiga de nossos funcionários, que agora é concretizada.

Gostaríamos de contar com a presença de V.Exª para descerrar a placa e falar aos
participantes sobre a importância da criação de creches nas empresas, pois sabemos que essa é,
também, uma das prioridades de seu governo.

Atenciosamente

Diretoria Geral

(assinatura)

Excelentíssimo Senhor

Paulo Soares Martins Dias


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Prefeito Municipal de Campinas

Proposta de redação

Redija ofício dirigido ao Prefeito de sua cidade, convidando-o para inaguração das novas
dependências de sua empresa

Requerimento

É um documento no qual o interessado, depois de se identificar e se qualificar, faz sua


solicitação à autoridade competente. Só é usado ao se dirigir ao serviço público.

Possui características próprias, como: após o vocativo, deixam-se aproximadamente dez


linhas ou espaços e o corpo, espaço destinado ao despacho da autoridade competente,
finalizando com pedido de deferimento à solicitação, data, após exposição." (Cleuza G.
Gimenes Cesca, in Comunicacão Dirigida na Empresa.)

Há teóricos, como Teobaldo de Andrade, que defendem a dispensa do pedido de


deferimento, argumentam que ninguém faz uma solicitação para pedir indeferimento: "Nestes
termos, pede deferimento" ou "N. termos, p. deferimento" ou "N.T./P.D./ ou "N.T./A.D."

O requerimento é um instrumento do cidadão, nele se faz a solicitação de um direito que a


pessoa, grupo de pessoas ou empresa considera tê-lo. Não há necessidade de ser datilografado,
pode ser manuscrito.

O famoso abaixo-assinado, muito usado pelo povo e por organismos populares, é um


requerimento de caráter coletivo. Como nele vão muitas assinaturas, o espaçamento entre as
partes do requerimento pode ser menor. Mas, cuidado! Não assine nada em branco, exija que o
texto do abaixo assinado esteja expresso na folha em que você for colocar sua assinatura.

Antigamente ele era feito em papel almaço (com ou sem pauta), sua redação era uma
iniciativa do requerente, por isso o cidadão semiletrado pagava uma taxa a um escritório para
redigi-lo. Hoje, com o programa de desburocratização, as repartições fornecem modelos e até
formulários a serem preenchidos.

Modelo 1:

Exmo. Sr. Secretário de Esportes da Prefeitura Municipal de Campinas.

(10 espaços)

Indústria ABC, localizada na rua Acácia nº 500, Bairro São João, nesta cidade, inscrita no
C.G.C. 48.784.943/0001-08 e Inscrição Estadual nº 244.152.262, vem requerer a V.Exa. a
cessão do Centro Esportivo do Jardim Santo Antônio para a realização do 1º Campeonato
Esportivo Interno de seus funcionários, nos dias 16 e 17 de março próximo, das 8 às 18 horas,
em virtude de não possuir espaço físico adequado.

(3 espaços)

Nestes termos,

pede deferimento.*

(3 espaços)

Campinas, 13 de fevereiro de 2000.

28
(3 espaços)

Assinatura

* "Nestes termos, pede deferimento" pode ser eliminado.

Modelo 2

Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Araçatuba

(10 espaços)

Nós, abaixo-assinados, moradores do Conjunto Habitacional Hilda Mandarino, vimos


requerer de V.Exa. o asfaltamento das ruas do conjunto habitacional com urgência, pois em dias
secos a poeira invade as casas, prejudicando a saúde das pessoas, e em dias chuvosos, suas vias
públicas ficam intransitáveis, até para os ônibus da TUA.

(2 espaços)

Nestes termos,

pedimos deferimento.*

Araçatuba, 7 de março de 2000

(2 espaços)

Assinatura:

Endereço:

Assinatura:

Endereço:

(sucessivamente)

* "Nestes termos, pedimos deferimento" pode ser eliminado.

Proposta de redação

Faça um requerimento dirigido ao prefeito de sua cidade solicitando revisão em seu carnê de
IPTU, pois você não concorda com os critérios estabelecidos.

http://recantodasletras.uol.com.br/arquivos/1410520.doc

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Bibliografia:

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?
op=redacao/correspondencias/index acessado em 29/01/2009

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