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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA E NECESSIDADES
ESPECIAIS
Deficiência intelectual

• De acordo com o Decreto nº 5.296, a


deficiência mental, atualmente denominada
deficiência intelectual, refere-se ao
"funcionamento intelectual
significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e
limitações associadas a duas ou mais áreas
de habilidades adaptativas.”. (BRASIL, 2004).
Deficiência Intelectual
• As áreas de habilidades adaptativas são:
comunicação, autocuidados, vida doméstica,
habilidades sociais/interpessoais, uso de
recursos comunitários, autossuficiência,
habilidades acadêmicas, trabalho, lazer e
segurança.
Características
• Dificuldades para resolver problemas, compreender
ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo
e os valores monetários), estabelecer relações sociais,
compreender e obedecer a regras, e realizar atividades
cotidianas - como, por exemplo, as ações de
autocuidado.
Causas e fatores de risco
• Um dos desafios no diagnóstico da Deficiência
Intelectual é estabelecer claramente a origem ou
identificar a causa da Deficiência. Em cerca de
40% dos casos, não é possível determinar
exatamente qual a causa. No entanto, sabe-se
que existem fatores de risco que podem levar à
Deficiência e estes fatores são multifatoriais,
compostos de quatro categorias: biomédicos,
sociais, comportamentais e educacionais.
Causas e fatores de risco
• Fatores Biomédicos: se relacionam aos processos biológicos.
Os principais são:
• Distúrbios cromossômicos e genéticos;
• Síndromes genéticas;
• Distúrbios metabólicos;
• Doenças maternas;
• Prematuridade;
• Distúrbios Neonatais;
• Lesão ao nascimento;
• Lesão cerebral traumática;
• Distúrbios convulsivos, etc.
• Fatores Sociais: se relacionam com a interação social
e familiar, como estimulação e resposta do adulto. Os
principais fatores sociais são:
• Má-nutrição materna;
• Violência doméstica;
• Falta de acesso ao cuidado pré-natal;
• Falta de acesso aos cuidados no nascimento;
• Falta de estimulação adequada;
Causas e fatores de risco
• Fatores Comportamentais: se relacionam a
comportamentos potencialmente causais, os
principais são:
• Uso de álcool na gestação;
• Uso de substancias psicoativas pelos pais.
Causas e fatores de risco
• Fatores educacionais: se relacionam à
disponibilidade de apoios educacionais que
promovem o desenvolvimento intelectual, tais
como:
• Diagnóstico tardio;
• Serviços educacionais inadequados;
• Falta de encaminhamento para estimulação
precoce, etc.
Diagnóstico
• A deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-
se, observando duas coisas (ALMEIDA, 2010):
• Funcionamento cognitivo ou intelectual: capacidade
do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver
problemas, encontrar um sentido no mundo.
• Funcionamento ou comportamento adaptativo:
competência necessária para viver com autonomia e
independência na comunidade em que se insere.
Incidência

• Segundo a
Organização Mundial
de Saúde (OMS), cerca
de 5% da população
mundial tem alguma
deficiência intelectual.
Tratamento
• A pessoa com deficiência intelectual tem, como
qualquer outra, dificuldades e habilidades. Seu
tratamento consiste em reforçar e favorecer o
desenvolvimento dessas habilidades e
proporcionar o apoio necessário às suas
dificuldades
• Transtornos como o autismo, também costumam
causar limitações cognitivas. Algumas pessoas com
Paralisia Cerebral também podem ter alguma
deficiência intelectual associada.
• Dentre as causas da deficiência intelectual, encontram-
se os fatores biomédicos ou genéticos que podem
resultar em condições como a Síndrome de Down.
Síndrome de Down
• A Síndrome de Down é uma
condição genética causada por
uma deficiência cromossômica,
pela ocorrência de três (trissomia)
cromossomos 21. Uma condição
genética conhecida há mais de
um século, descrita por John
Langdon Down e que constitui
uma das causas mais frequentes
de deficiência intelectual.
Síndrome de Down
• As características deste síndrome incluem:
deficiência intelectual, hipotonia global (criança
com os músculos mais “molinhos”,
principalmente quando bebês), dismorfias como
baixa implantação das orelhas, baixa estatura,
com tendência à obesidade, alteração nas
pregas das mãos e pés, dentre outras.
Como lidar?
• Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma
pessoa com deficiência intelectual.
• Trate-as com respeito e consideração. Se for
uma criança, trate-a como criança. Se for
adolescente, trate-a como adolescente. Se for
uma pessoa adulta, trate-a como tal.
Como lidar?
• Não as ignore.
Cumprimente e
despeça-se delas
normalmente, como
faria com qualquer
pessoa.
• Dê atenção a elas,
converse e vai ver
como será divertido.
Seja natural, diga
palavras amistosas
Impactos nas relações familiares
• A existência de uma criança com deficiência muitas vezes representa
uma ruptura para os pais;
• A reação dos pais é organizada em cinco estágios:
1. Reação de choque. As primeiras imagens que os pais formam da
criança são baseadas nos significados anteriormente atribuídos à
deficiência.
2. Negação da síndrome. Os pais tentam acreditar num possível erro
de diagnóstico, associando traços da síndrome a traços familiares.
Essa fase pode ajudar no primeiro momento, levando os pais a
tratar a criança de forma mais natural, mas quando se prolonga,
compromete o relacionamento com a criança real.
Impactos nas relações familiares
• Reação emocional intensa: tristeza pela perda do
bebê imaginado, raiva, ansiedade, insegurança,
impotência;
• Redução da ansiedade e da insegurança:
começa a existir uma possibilidade de ligação
afetiva;
• Reorganização da família com a criança com
SD: ressignificação da deficiência.
Intervenção familiar
• Ajudar a enfrentar a educação da
criança após o choque inicial;
• Motivar os pais a propiciar
estimulação sensorial, motora e
comunicativa precoce;
• Ensinar aos pais a adotar uma
atitude mais relaxada e recíproca.
• Proporcionar boas orientações aos
pais com respeito à interação com
a criança;
• Conhecer a organização e
estruturação da vida cotidiana
familiar.
• Conscientizar as famílias para que
vejam como um fato natural pedir
ajuda aos profissionais;
Atividades que propiciam o
desenvolvimento dos
processos mentais
QUEBRA-CABEÇA

OBJETIVO: Desenvolver a atenção, a


concentração, a percepção, a discriminação
visual e a relação parte/todo
DOMINÓ

OBJETIVO: Desenvolver o
pensamento lógico, a atenção, a
concentração e a identificação de
semelhanças e diferenças.
BINGO DE ANIMAIS

OBJETIVO: Desenvolver a atenção, a


concentração, a discriminação visual e a
identificação de animais
BINGO DE LETRAS
OBJETIVO: Desenvolver a atenção, a
percepção visual e a leitura e escrita
MEMÓRIA
OBJETIVO: Desenvolver a atenção, a
percepção visual e a memória.

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