Jogo do Rabisco

Teste das Garatujas

Falando Sobre Rabiscos

O Jogo do Rabisco
Fundamentação da Técnica
• Tenta reproduzir o aparecimento
do espaço transicional entre
analista e paciente.

• Mais importante do que as

regras de aplicação do jogo, é a
presença viva e real do analista
enquanto pessoa, capaz de
brincar.

• Para que o jogo possa acontecer,

é necessário que haja
confiabilidade.
Fundamentação da Técnica
• Tenta reproduzir o aparecimento
do espaço transicional entre
analista e paciente.

• Mais importante do que as

regras de aplicação do jogo, é a
presença viva e real do analista
enquanto pessoa, capaz de
brincar.

• Para que o jogo possa acontecer,

é necessário que haja
confiabilidade.
O Jogo do Rabisco como Oportunidade de Brincar
• O Brincar não é um meio de expressão de algo que pode vir a se tornar
terapêutico quando comunicado e devidamente interpretado.

• O Brincar é terapêutico em si-mesmo.

• Não pressupõe a necessidade de ser interpretado.

• AS INTERPRETAÇÕES PARA WINNICOTT:

Importância do quando interpretar.

Advertência: Componente intelectual da interpretação.
Instruções para Aplicação
Contra-Indicações
• Crianças menores de 05 anos.

• Crianças autistas

• Crianças com algum problema orgânico que as impeça de desenhar.

Material necessário

• Lápis
• Borracha
• Papel (podem ser folhas de diferentes tamanhos)
Instruções de Aplicação
• “Vamos jogar alguma coisa. Sei o que gostaria de jogar e vou lhe
mostrar.” Há uma mesa entre a criança e eu, com papel e dois lápis.
Primeiro apanho um pouco de papel e rasgo as folhas ao meio, dando
a impressão de que o que estamos fazendo não é freneticamente
importante, e então começo a explicar. Digo: “Este jogo que gosto de
jogar não tem regras. Pego apenas o meu lápis e faço assim...” e
provavelmente aperto os olhos e faço um rabisco às cegas. Prossigo
com a explicação e digo: Mostre-me se se parece com alguma coisa a
você ou se pode transformá-lo em algo; depois faça o mesmo comigo
e verei se posso fazer algo com o seu rabisco (WINNICOTT, 1994, p.
232).
Instruções de Aplicação

• “Fecharei meus olhos e farei um risco a esmo no papel; você o

transformará em alguma coisa e depois será sua vez e você fará o
mesmo e eu transformarei seu traço em alguma coisa” (WINNICOTT,
1984, p. 20).
Teste das Garatujas
Garatujas
• Grafismo muito primitivo: anterior a comunicação social.

• Liberdade do traçado: livre-curso para aspectos menos elaborados,

menos socializados, tendências mais primitivas.

• É sempre uma manifestação espontânea.

Base para Interpretação - Grafologia
• HIPÓTESE: A escrita de um indivíduo expressa, não somente os traços
particulares de sua inteligência e seu caráter, mas a sua personalidade
profunda.

• Nos rabiscos ocorre o mesmo que com a escrita.

• Louis Corman: Aplicação das técnicas de análise grafológica aos

rabiscos: Amplitude dos traços, a força, a forma, a direção, a
localização, a rapidez, o ritmo e a harmonia – partindo em seguida,
para um modelo de interpretação original.
Instruções de Aplicação
Material necessário
• Lápis preto No. 02

• Folhas de papel sulfite (o manual não detalha questões relacionadas

ao tamanho da folha).
Instruções de Aplicação
1) Peça ao examinando que escreva seu nome no centro da folha.

- Caso ele pergunte se escreve somente o seu primeiro nome ou o

nome completo, diga-lhe que ele é livre para escolher.
- Para pessoas que não sabem escrever: Peça que desenhem um
bonequinho no centro da folha e diga: este bonequinho é você.

Centrar os rabiscos em relação ao Eu do sujeito.

Instruções de Aplicação
2) Apenas diga ao analisando: rabisque esta folha.

Em caso de adultos ou crianças maiores que se surpreendam com a

tarefa: “Imagine que você volte à infância, a idade em que não sabia
escrever e rabisque esta folha, como gostava de fazer naquela idade”.

Em caso de sujeitos muito tensos, acrescentar: “E abandonado-se

completamente à sua fantasia”.
Instruções de Aplicação
3) Repita os procedimentos de aplicação, lembrando que o examinando
deve produzir 2 garatujas em sequência.

Em relação às 2 gratujas, deve-se observar:

- Se a 2ª reproduz o mesmo traçado da primeira – inibição habitual.

- Se a 2ª possui traçados mais amplos que a primeira – diminuição da
inibição inicial.
Outros pontos a se observar
• Por onde o sujeito inicia o seu traçado.

• Direção progressiva (da esquerda para a direita) ou regressiva (da

direita para a esquerda)

• Posição ascendente ou descendente.

• Qual zona da folha é preenchida primeiro.

Outros pontos a se observar
• Reações Afetivas:

- Garatujas Amplas: disposição alegre e prazer em exteriorizar suas

pulsões.

- Garatujas inibidas: muita seriedade e disposição de ânimo

melancólica.
Interpretação
Evolução da Personalidade
• 02 a 03 anos: Pré-Garatujas: Movimentos realizados de maneira impulsiva.

- Garatujas em forma de flechas, lançadas em todas as direções. Forte

agressividade.

- Garatujas em forma de círculos. Caráter doce e conciliador. Quando estas

formas permanecem em pessoas de mais idade, isto pode ser indicativo de
deficiência intelectual.

- Falta de união entre as diferentes partes do traçado: Bruscos impulsos,

carência de vínculos associativos entre a motricidade e o pensamento.
Evolução da Personalidade
• Garatujas sádico-anais: Alta energia, podendo chegar inclusive a
rasgar a página. Numerosas linhas traçadas com violência. Expressão
livre de sua impulsividade. “Manipula o lápis como uma arma
ofensiva”.

• Garatujas semelhantes à pinturas ou borrões de tinta.

 Garatujas negras:
Agressividade maciça e reação
depressiva imediata.
O Estágio Objetal: Garatujas de Sublimação
• Fase Edipiana (03 a 04 anos)

- Traçados mais delicados, menos enegrecidos, mais finos, menos vigorosos, se estendem
por toda a página. São contínuos e sem rupturas.

- Preponderância de linhas curvas sobre as linhas retas.

- Defesa por isolamento: contato com a realidade externa.

- Traçado é mais aberto: deixa zonas brancas intactas na página (ideal: equilíbrio).

- Passam livremente por cima do nome, porém, sem cobri-lo.

Garatujas Centrais
• Indício de proibição sobre a expansão vital, essa expansão que nos
permite projetarmos sobre o mundo que nos rodeia. É também
indício de que toda a força está empenhada no conflito entre o Id e o
Ego, e daí que não está mais disponível para a ação exterior.

- Garatujas de borrão: Tipo sádico-anal e o nome se encontra

encoberto por uma grande mancha negra. Indica violento conflito
interior (que compromete todas as forças vitais do indivíduo), no qual o
Id ataca o Ideal de Eu. Reação de culpabilidade depressiva, inibição,
falta de confiança em si-mesmo, reações episódicas de cólera contra os
pais, seguidas de reações depressivas.
Garatujas debaixo do nome
• Zona inferior da folha: Meio protetor, zona materna. A zona branca (superior,
paterna) representa um campo proibido. Assim, a garatuja na zona inferior
representa uma tentativa de se refugiar num meio protetor, porque carece das
forças necessárias para a expansão.

• Garatujas de fixação materna.

• Garatujas sádico-anais: dependência e agressividade em relação a mãe.

• Formas arrendondadas: forma de comportamento mais suave e menos agressivo.

• Sintomas de dúvida e escrúpulo.

Garatujas de Formação Reativa
• No conflito entre as pulsões e o Eu, este último, a fim de garantir um
recalque mais completo e durável, desenvolve na consciência, as
tendências exatamente opostas às tendências recalcadas.

• Nas garatujas, os traçados já não expressam tanto as tendências

pulsionais, porém, a força das tendências reacionais. O sujeito não
consegue ser espontâneo na tarefa, demonstrando resistência ao ato
de rabiscar ou escrevendo séries de letras ou cifras, tenta escrever, ou
fazer um desenho decorativo simetricamente traçado.
Garatujas de Formação Reativa
• São abertos: como as garatujas de sublimação e são localizados em uma zona limitada da
folha.

• Traçado regular e unidirecional.

• Traçado de pouca amplitude.

• A linha reta é mais frequente que a curva.

• A linha reta é curta.

• Não passam em cima do nome.

Garatujas de Isolamento
• O Isolamento:

• Mecanismo de defesa, presente, sobretudo, na Neurose Obsessiva,

para prevenir contra o retorno das pulsões de destrutividade
investidas na relação ambivalente com o objeto amado.

• A defesa implica num rompimento do contato, mantendo uma

relação a meia distância com os objetos, desenvolvendo formações
reativas.
Garatujas de Isolamento
1) O traçado se desenvolve sem que as linhas se cortem umas às
outras, ou, pelo menos, os pontos de união são muito mais raros
que em desenhos de sublimação.

2) O traçado é menos contínuo que nas garatujas de sublimação,

porém, há frequentes soluções de continuidade, erguendo-se o
lápis para continuar o traço um pouco mais distante ou em outra
zona da página.
Garatujas de Isolamento e o Nome
• Garatujas separadas do nome por uma área branca ou porque o traçado se detém a uma
certa distância, ou porque o sujeito rodeou o seu nome de um contorno protetor
retangular, ovoide e etc...

• Quando o sujeito traça um contorno um tanto distanciado do seu nome, deixando em

torno deste um espaço em branco, está demarcando uma zona onde as pulsões
[principalmente, as agressivas] não têm o direito de manifestar-se.

• É como se eu estivesse emanando uma força contrária para manter as pulsões agressivas
e eróticas à distância.

• Quanto mais longe do nome estão as garatujas que formam o contorno, mais forte a
defesa do eu e mais vigorosa a luta para se livrar dessas pulsões.