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Psicodiagnóstico nos

diferentes contextos:
psicologia clínica e
serviços de saúde
Antes do SUS

– Até começo sec XX – caridade-filantropia X tratamento


particular

– Após movimentos sindicais – apenas pra quem contribuía


com a previdência social

– Centrado no modelo médico hospitalar – saúde =


ausência de doença

– Parcela limitada da população tinha acesso (30 milhões


de brasileiros)
Após SUS
– Atenção integral e universal a saúde
como direito do cidadão

– Sistema participativo

– Promoção, proteção, recuperação e


reabilitação de saúde

– Conceito de saúde mudou = qualidade


de vida

– 152 milhões de pessoas tem no SUS o


seu único acesso a serviços de saúde
SERVICOS DA REDE
REDEde Atenção Psicossocial
ATENÇÃO PRIMÁRIA

– Promoção e prevenção - saúde

– A Atenção Primária é constituída por:

– Unidades Básicas de Saúde (UBS) (conhecido como postinho de saúde!)


– Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
– Equipe de Saúde da Família (ESF)
– Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
Hierarquização

Organizar os serviços de saúde por níveis


Estratégia Saúde da Família

– Médico especialista em saúde da família


– Enfermeiro especialista em saúde da família
– Agente comunitário de saúde (vínculo com até 750 pessoas)
– Técnico de enfermagem
– Cirurgião dentista
– Técnico de saúde bucal

* A maioria das equipes estão sobrecarregadas


Outras ações de atenção básica
– Programa Saúde na Escola – articular secretarias de saúde e educação

– Programa Academias da Saúde – polo para realização de inúmeras


ações de promoção de saúde dentro do seu território

ATENÇÃO BÁSICA EXTRAVASA O AMBIENTE DO POSTO DE SAÚDE

(escola, campos, parques e outras áreas que fazem parte do hall do


município)
Núcleos de Apoio à Saúde da Família
NASFs
– Equipes multiprofissionais que vão trabalhar de maneira articulada com
os profissionais da Saúde da Família

– Olhar mais integral pra tratamento e ações de promoção e prevenção de


saúde

– Mais de 30 categorias profissionais (psicólogo, assistente social,


fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, especialidades
médicas, etc) – depende do município e demandas
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA - SUS

– Quem é o usuário?
– Qual sua história de vida?
– Qual sua dinâmica familiar? E social?
– Qual impacto da doença na sua vida? Seu enfrentamento?
UBS

– Deve-se focar em instrumentos de rastreio e de baixo custo que permita o


levantamento de hipóteses diagnósticas

– Guia prático do matriciamento de saúde sugere: Mini exame do estado mental


(MEEM), Triagem de Álcool e outras drogas (ASSIST); SRQ- 20 (Sofrimento
Mental); WHO-5 (depressão); WONCA (estado funcional)

– Se necessário aprofundar, encaminhar ao NASF ou CAPS


INSTRUMENTOS NÃO RESTRITOS
IDOSOS
– Bateria breve de rastreio cognitivo
– Exame cognitivo de Addenbrooke
(ACE-R)
– Bateria de Avaliação Frontal (BAF)
– MEEM
– Teste do Desenho do Relógio
– Inventário de Depressão Geriátrica
– Inventário de Ansiedade Geriátrica
– Questionário de mudança
https://www.geronlab.com/instrumentos-de- cognitiva – QMC22
avaliaccedilatildeo.html
INSTRUMENTOS NÃO RESTRITOS
IDOSOS
– Bateria de Avaliação de Síndromes
Disexecutivas (BADS)
– Questionário de Falhas Cognitivas
– Questionário de Atividades Funcionais
(Pfeffer)
– Questionário de Memória Prospectiva
e Retrospectiva (PRMQ)
– Escala de Avaliação de Demência
– Escala Geral de Atividades de Vida
Diária
– Bateria de Avaliação de Memória
https://www.geronlab.com/instrumentos-de- Semântica (BAMS)
avaliaccedilatildeo.html
Centro de Atenção Psicossocial
Avaliação e Projeto Terapêutico Singular (PTS)

Conjunto de propostas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou


coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe disciplinar, com
Apoio Matricial se necessário.

Ocorre em toda a Rede de Atenção à Saúde

https://www.youtube.com/watch?v=2HWhXb6q
3GA
Projeto Terapêutico
Centro de Singular (PTS)
Atenção Psicossocial

l Acolhimento
l Anamnese ampliada
l Definição de hipóteses diagnósticas (biopsicossocial)

l Formulação do PTS com participação do usuário

l Referencia Técnica como catalisadora do processo.


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Atenção secundária

Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio


diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência.

A atenção secundária é constituído por:

– SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel as Urgência)


– Unidades de Pronto Atendimento (UPA, AMA, AME)
– Atendimento de média e alta complexidade feito nos hospitais
– Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS)
– etc
texto
Atenção terciária l a co n
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Possib r
la
hospita

– O modelo técnico-científco de atenção à saúde, que privilegia o hospital como


ambiente para a prática de cuidados, contribuiu para que a atenção terciária
permanecesse no imaginário popular como nível de atenção à saúde de maior
importância. Com efeito, é comum ver a mídia em geral destacar novíssimas
tecnologias e até mesmo técnicas experimentais como sendo soluções para os
problemas de saúde. Liga-se a imagem do hospital bem equipado à de
eficiência do sistema da saúde.
Conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização. Procedimentos que envolvem alta
tecnologia e/ou alto custo, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto de alto risco,
traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal crônica), otologia (para o
tratamento de doenças no aparelho auditivo).

Envolve ainda a assistência em cirurgia reparadora (de mutilações, traumas ou queimaduras graves), cirurgia
bariátrica, cirurgia reprodutiva, reprodução assistida, genética clínica, terapia nutricional, distrofia
muscular progressiva, osteogênese imperfeita (doença genética que provoca a fragilidade dos ossos) e
fibrose cística (doença genética que acomete vários órgãos do corpo causando deficiências progressivas).

Procedimentos ambulatoriais de alta complexidade estão a quimioterapia, a radioterapia, a hemoterapia, a


ressonância magnética e a medicina nuclear, além do fornecimento de medicamentos excepcionais, tais
como próteses ósseas, marca-passos, stents cardíacos etc.
Contextos de clínica - consultório

– Décadas anteriores – crise: planos de saúde, falta de


instrumentos normatizados, falta de formação adequada

– Atualmente: constante crescimento

– Em avaliação clínica: independente da abordagem teórica


o psicólogo vai usar avaliação psicológica!!!
Etapas

– Começa com pedido (quem solicitou)


– Identificar objetivos da avaliação
– Escolher métodos e técnicas (observações, testes,
entrevistas, escalas)
– Análise dos resultados
– Elaboração do laudo
Referências Complementares

l Brasil. Ministério da Saúde (2002). Portaria nº 336. Estabelece as modalidades de serviços dos
Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde.
l Brasil. Ministério da Saúde (2012). Portaria nº 130. Estabelece as modalidades de serviços dos
Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde.
l Cruz, M. S. (2012). Reflexões sobre a relação entre a personalidade bordeline e as adicções.
Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
l Gigliotti, A., & Bessa, M. A. (2004). Síndrome de Dependência do Álcool: critérios diagnósticos.
Revista Brasileira de Psiquiatral, São Paulo, v.26, Supl. I, p.11-13.
l Machado, L; Boarini, M L; (2013). Políticas Sobre Drogas no Brasil: a Estratégia de Redução de
Danos. Psicologia Ciência e Profissão, 33, 580-595.

l Marlatt, G. A., & Bueno (1999), D. Redução de danos: estratégias práticas para lidar com
comportamentos de alto risco. Artes Médicas, São Paulo.
l Masur, J., & Carlini, E. (1993). Drogas: subsídios para uma discussão. Brasiliense.
l Silveira Filho, D. X. (1995). Drogas: uma compreensão psicodinâmica das farmacodependências.
Casa do Psicólogo, São Paulo.

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