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AS NEUROCIÊNCIAS E SUAS ÁREAS: INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

NEUROPSICOLÓGICA I

Professora Elisangela Toth


Ms. em Avaliação Psicológica e neuropsicóloga
Bem
Vindos!!!
A avaliação Neuropsicológica é uma atividade que emerge no
campo da neuropsicologia e que consiste em um método para
investigar as funções cognitivas e o comportamento,
relacionando-os com o funcionamento normal ou deficitário do
sistema nervoso central (SNC).

Com vistas a possibilitar o diagnóstico, a determinação da


natureza ou etiologia dos sintomas, a gravidade das sequelas, o
prognóstico, a evolução do caso e oferecer bases para a
Reabilitação Neuropsicológica.
Sempre pense na
Correlação:

Estrutura - Função

A Neuropsicologia deriva do método anátomo-


clínico, que consiste nos levantamentos dos sinais e
sintomas clínicos.
Diferenças entre Avaliação Psicológica e Avaliação Neuropsicológica

Avaliação Psicológica
Consiste em um processo dinâmico e sistemático de conhecimento a
respeito do funcionamento psicológico, gerado à partir demandas e perguntas
específicas, de maneira a orientar ações e decisões futuras (Primi, 2010).

Os usos e as aplicações são, na atualidade, os mais variados, incluindo contexto de


Clínica (Psicodiagnóstico), escolar, hospitalar, organizacional, jurídico, esportivo e
de trânsito, sendo essencial o conhecimento aprofundado dos métodos, das
pesquisas, das teorias e da legislação pertinente à condução da avaliação
psicológica em cada contexto.
Avaliação Neuropsicológica
Já a Avaliação Neuropsicológica é uma atividade que emerge do campo da
neuropsicologia e que consiste em um método para investigar as funções cognitivas,
visando um diagnóstico ou detecção precoce de sintomas de transtornos do
neurodesenvolvimento, doenças neurodegenerativas, traumatismos, acidentes
vasculares, déficits cognitivos derivados de infecções virais, síndromes genéticas,
transtornos de aprendizagem, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Dessa maneira, possibilitando a elaboração de programas de reabilitação,


acompanhamento de procedimentos cirúrgicos que possam resultar em alterações do
SNC.
Modelo Nomotético e Idiográfico

Modelo Nomotético Modelo Idiográfico

Tem o enfoque no O diagnóstico cognitivo-


desempenho dos pacientes neuropsicológico serve-se dos dados
individuais em diversos testes da história clínica, de observações do
neuropsicológicos é comportamento e de resultados de
comparado a um referencial testes neuropsicológicos para definir
normativo populacional. o perfil de funções comprometidas e
(modelo psicométrico) preservadas.
Cuidados
Psicométricos

Erros e Limitações no
uso da Psicometria
O que não se deve fazer:

Entregar um relatório Mas sim, no juízo


neuropsicológico ancorado na relação
repleto de escores lógica entre a história
dos testes. e os testes.
Limitações no uso da Psicometria

Pacientes querem O interesse é pela


receber a anamnese, síntese e
interpretação dos resultados e
resultados. aconselhamento.
Limitações no uso da Psicometria

A família tem interesse no prognóstico: “o que eu posso


esperar do meu filho em médio e longo prazo”?

Quais trilhas do desenvolvimento estão fechadas, e quais


permanecem abertas?

O que é preciso fazer para potencializar o


desenvolvimento?
Limitações no uso da
Psicometria

O médico deseja o diagnóstico nosológico

• Qual é a doença ou localização da lesão?

• Há necessidade de tratamento cirúrgico


ou medicamentoso?
Professores e profissionais de
reabilitação incorporam o
resultado da avalição
Limitações no uso
da Psicometria
Na avaliação neuropsicológica há a
formulação de intervenções aceitáveis
pelos clientes e ao custo eficientes
Limitações no uso da Psicometria

A confiança
Ausência de testes
excessiva ou
validados e
exclusiva na
normatizados
psicometria
dificulta o exercício
acarreta o risco da
da neuropsicologia,
ilusão dos
entretanto:
números.
Dicas Importantes
• Avaliação é realizada de forma quantitativa e qualitativa
• Investigação do perfil neuropsicológico
• Os testes padronizados para Neuropsicologia – NÃO PSICOLÓGICOS
• Comparação do desempenho nos diferentes testes
• Entrevistas, questionários, escalas, observação em contexto clínico e em
situações ecológicas e instrumentos formais
• É aconselhável o uso de instrumentos revestidos de validade/fidedignidade
• O profissional deve utilizar um linguajar compreensível ao paciente, evitando o
uso abusivo de termos técnicos.
• O paciente, caso utilize algum artefato compensatório, como óculos e aparelho
de audição, deve levá-lo para a avaliação neuropsicológica
• ANOTAR SEMPRE A MEDICAÇÃO, IR BUSCAR DADOS SOBRE ESTA ANTES DE
AVALIAR PACIENTE
Graficamente falando, faça imagens
compreensíveis (e tabelas também!)
Os gráficos e tabelas devem ser altamente compreendidos por
quem acessa. Se o gráfico é um instrumento que utiliza a métrica de
média e desvio-padrão, ele não pode conter a média do desempenho
como se fosse um ponto de corte.

Toda vez que trabalhar como uma média, ela deverá ser
acompanhada de seu desvio padrão. (seja para percentil, escore T,
escore Z).
NEUROPSICOMETRIA

Métrica das Escalas de Inteligência


Estatísticas Paramétricas nas
escalas de Inteligência
(distribuição normal).
• Nas medidas cognitivas de Inteligência, temos 95% da população
oscilando até dois desvios para cima e para baixo da média. Por fim,
teremos apenas 5% oscilando mais de dois desvios (2,5% para baixo e
2,5% para cima).

• QI = Média 100, DP = 15
• Ponto Ponderado = Média 10, DP = 3
Classificações do QI s
Curva normal de uma amostra
paramétrica com possibilidade de
conversão entre os escores
O que é um Teste Padrão Ouro?

São testes que melhor medem a função Neural em questão, e


estão presentes na maioria dos artigos e pesquisas como referência na
medição de determinada função.

• Ex: Wisc, Wais, Wisconsin, Son-R


O que fazer quando não se tem normas de uma
determinado instrumento?????
• Situação 1. O instrumento tem sua versão em português (brasileiro),
possui estudo psicométrico, mas não possui normas para a faixa do seu
cliente (ou para nenhuma outra).

• Pode-se investigar estudos sobre o instrumento com amostras


comparativas, ou seja grupo-controle comparado a um grupo clínico em
um artigo) que seja próxima ao seu cliente, você poderá ter uma ideia do
que seria um desempenho médio esperado. (Interpretação Qualitativa –
estimativa).
• Situação 2. O instrumento não tem versão em português (brasileiro), não
possui estudo psicométrico e não possui normas para a faixa do seu
cliente.

Alerta Vermelho!!! Esse instrumento será 100% de uso qualitativo,


voltado para hipóteses de funcionamento cognitivo com base nos
modelos, para enriquecer ou tirar dúvidas de algumas habilidades que não
possuem instrumentos. Essas tarefas só devem ser usadas sobre forte
embasamento teórico para que seus resultados possam ser interpretados à
luz dos modelos, não de normas.
• Situação 3. O instrumento não tem versão em português (brasileiro),
não possui estudo psicométrico e não possui normas para a faixa do seu
cliente.

• Alerta Vermelho Máximo!!! Mais do que nunca, esse instrumento


precisa ser usado tendo em mente seu papel qualitativo e fortemente
embasado em modelos teóricos, sendo o desempenho do cliente
interpretado sempre de maneira qualitativa. É nesse setor também que
entram situações em que somos convidados a criar tarefas de forma
qualitativa para tirar dúvidas de onde, no modelo teórico, ocorre a falha
apresentada pelo cliente.
A entrevista
Neuropsicológica
• Sugestões de tópicos centrais para
nortear a entrevista clínica.

• Identificação: Cadastro correto do


paciente, de seus cuidadores, do
profissional, se for o caso, ou da
instituição que realizou o
encaminhamento; realização do
registro da pessoa a quem o laudo
ou relatório será encaminhado.
• Motivo da Consulta: A solicitação que deve ser atendida com o exame
neuropsicológico, em que contexto ela foi solicitada, quais os sintomas ou
características do paciente levaram-no ao encaminhamento.

• História da Progressão de Sintomas: cognitivos, sensoriais, motores,


comunicacionais, comportamentais ou funcionais. Classificar como esses
sintomas surgiram e se desenvolveram em que contextos, como comprometem
ou limitam a adaptação do sujeito à vida.

• Verificar histórico de tratamento farmacológico ou não, e o sucesso dessas


intervenções.
• Histórico do desenvolvimento: gravidez, parto, história neonatal,
desenvolvimento sensorial, da linguagem, motor, intelectual e social.

• História da Saúde em Geral: Principais doenças ou outros transtornos ao


longo da vida, bem como o tipo de tratamento.

• História Familiar: Ocorrência de doenças ou transtornos comuns na família


do indivíduo, sobretudo parentes de primeiro grau (ex. doenças
cardiovasculares, acidente vascular encefálico, transtornos psiquiátricos,
transtornos de aprendizagem.
Vida Escolar: Escola atual, anos de escolaridade no caso de idoso,
desempenho acadêmico, histórico de alfabetização, se precisou de ajuda
especial, intervenções extraclasse, comportamento escolar, motivação para os
estudos, adaptação social no contexto escolar.

Vida Profissional: Atividades que desempenha ou desempenhou, como os


sintomas interferem na sua vida profissional, processos ou ambientes
específicos em que essa dificuldade ocorre.

Vida Social: Aspectos da vida social afetados pelos sintomas, relacionamento


familiar, amigos, subordinados, figuras de autoridade, mudanças sociais que
ocorreram antes, durante, ou depois do início dos sintomas, empatia,
adequação social.
Memória: Esquecimentos cotidianos, como perda de objetos e compromissos (memória
prospectiva), déficits no aprendizado de um conteúdo novo, desorientação espacial e temporal
(memória episódica), comprometimento de hábitos ou funcionalidade.( Ex. Avalia-se a
funcionalidade no idoso, tem escalas próprias para isso).;

Linguagem: Anomia, dislexia, dificuldades em localizar palavras, sensação de “ter a palavra na


ponta da Língua”, parafasias semânticas ou fonêmicas, dificuldades de compreensão de ordens
simples, ou complexas, dificuldades de articulações das palavras. (Ex. Idosos, TEA, lesões
cerebrais, quadros psiquiátricos com intensidade de surtos psicóticos e medicações)
• Habilidades Visuoespaciais: episódios de apagãos, dificuldades em montar
desenhos ou diagramas, dificuldades de percepção visual (agnosia),
desorientação espacial.

• Apraxias: de vestir, de gestos (reflexiva), ideatória, da marcha, de rostos.

• Atenção e Velocidade de Processamento: desatenção, apatia, lentidão


psicomotora, impulsividade atencional, baixa responsividade.

• Funções Executivas: Comportamento perseverativo e estereotipado,


dificuldade na resolução de problemas e autorregulação, impulsividade,
dificuldades na percepção e na compreensão de emoções e regras sociais.
Sintomas característicos dos grupos de
transtornos mentais com Base no DSM – 5
• Transtornos do Neurodesenvolvimento
• Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos
• Transtorno bipolar e transtornos relacionados
• Transtornos depressivos
• Transtornos de Ansiedade
• Transtornos obsessivos- compulsivos e relacionados
• Transtornos relacionados à traumas e a estressores
• Transtornos dissociativos
• Transtornos somáticos e transtornos relacionados.
• Transtornos alimentares
• Transtornos de eliminação
• Transtornos do sono-vígilia
• Disfunções sexuais
• Disforia de gênero
• Transtorno disruptivos a substâncias e transtornos aditivos
• Transtornos da personalidade (histriônico, paranóide ou esquizóide,
personalidade esquizotípica, antissocial, borderline, narcisista,
personalidade evitativa, dependente.
• Transtornos parafílicos
Quais as novas Nomenclaturas?

Quais principais mudanças


houveram da Cid 10 para a Cid 11?
A seleção dos testes deve oferecer um panorama das funções cognitivas,
favorecendo um exame eficiente para permitir ao examinador formar um
diagnóstico dos prejuízos cognitivos, de forma que o resultado final forneça um
perfil neuropsicológico do paciente. Sendo assim, o PROTOCOLO deve abranger:

- Atenção: seletiva, sustentada, alternada, dividida


- Flexibilidade cognitiva (Funções Executivas)
- A avaliação é realizada de forma global: resultado dos testes, exames de
imagem, laudos de Memória: curto e longo prazo, verbal e visual
- Processos intelectuais: raciocínio, abstração, pensamento
- Funções visuais: percepção, discriminação
- Organização visuoespacial e visuo-construtiva
- Linguagem (nomeação e compreensão)
- Habilidades acadêmicas
- Funções motoras: movimentos, lateralidade
- Avaliação do estado de humor
E...
• Personalidade e aspectos psicoafetivos
• Cognição Numérica
• Habilidades Sociais
• Cognição Social
Avaliação Neuropsicológica Infantil
Na avaliação neuropsicológica infantil é válido a Aplicação de
Instrumentos neuropsicológicos, que avaliem áreas do funcionamento
cerebral, que inclua:
▪ atenção
▪ funções executivas
▪ memória
▪ linguagem
▪ funcionamento sensório-perceptivo
▪ habilidades visuo-espaciais
▪ habilidades motoras finas
▪ habilidades intelectuais
▪ desempenho acadêmico e
▪ funcionamento comportamental e emocional
Avaliação Neuropsicológica Infantil de Crianças
Pré-escolares
O neuropsicólogo deve
considerar o padrão de
desenvolvimento da criança,
traçar o perfil neuropsicológico da A identificação dos pontos
criança, identificar funções fortes (funcionamento
comprometidas e as preservadas preservado) e dos pontos
que precisam ser trabalhados
(funções comprometidas)
possibilita o planejamento da
reabilitação
Avaliação Neuropsicológica Infantil de Crianças
Pré-escolares
Lesões que ocorrem
mais tardiamente no Importante considerar a
desenvolvimento, os plasticidade neural
déficits podem ser
mais focais

Quanto mais precoce o diagnóstico, mais rapidamente


pode ser iniciado um processo de reabilitação cognitiva,
aumentando a probabilidade de recuperação funcional
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA INFANTIL:
DE PRÉ-ESCOLARES

FASE PRÉ- ESCOLAR * Habilidades linguísticas e


aritméticas,
Período significativamente * Autorregulação emocional,
relevante para o * Motricidade fina e grossa,
desenvolvimento * Habilidades
humano, em que habilidades visuoperceptivas e
cognitivas e psicossociais são visuoespaciais
desenvolvidas, tais como: * Sensorial

Entre outras...
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA INFANTIL:
DE PRÉ-ESCOLARES
De acordo com Papalia (2006), o crescimento do cérebro antes e após o
nascimento e durante todo o período da infância é fundamental para o
futuro desenvolvimento físico, cognitivo e emocional da criança.
O cérebro, ao nascimento, tem apenas 25% de seu futuro peso adulto,
atingindo cerca de 70% de seu peso final até os três anos.

Aos 6 anos, cérebro já tem quase o


tamanho de um adulto, mas o
crescimento e o desenvolvimento
funcional de partes específicas do
cérebro continuam durante a idade
adulta
O EXAMINADOR precisa
sempre ter em mente que o
cérebro da criança ainda está
em desenvolvimento, tendo
características próprias que
garantem uma diferenciação e
especificidade das funções
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA INFANTIL:
DE PRÉ-ESCOLARES
Dificuldades de
Aprendizagem Sendo importante que se avalie
todos esses aspectos durante o
* TEA (Ecolalia) processo de avaliação
* PAC neuropsicológica
* Fatores Neurobiológicos
* Dislexia
* Discalculia
* TDAH
* Dislalia
* Deficiência Intelectual
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA INFANTIL:
DE PRÉ-ESCOLARES
• TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM são resultantes de
alterações em circuitos cerebrais específicos (fator orgânico),
tendo como exemplo a dislexia, discalculia, disgrafia, dislalia,
PAC, TDAH, TEA

• O TPAC transtorno do Processamento Auditivo, é um


preditivo, pois ouvir mal, há grande chance de falar mal, ler
mal e escrever mal. É um caminho da habilidade auditiva que
se mostra preditor para contribuir no Transtorno de
Aprendizagem

• As pessoas com Transtornos de Aprendizagem apresentam


resultados significativamente abaixo do esperado para seu
nível de desenvolvimento, escolaridade e nível intelectual em
uma das habilidades específicas descritas acima.
AS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM – DA são
resultados de diversos fatores que
podem interferir na aquisição de
novos conhecimentos, tais como:
fatores emocionais e psicológicos
(como ansiedade, depressão,
bullying), econômicos e
ambientais (como baixa renda
familiar e pais com baixo nível
educacional).
Instrumentos para Avaliação Neuropsicológica
de Pré-escolares

Investigação do
Desenvolvimento

Faixa Etária de 0 a 6
anos
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica para
Pré- Escolares
• Pessoal-social:(relacionamento Ao final da avaliação, avalia -se
com as pessoas e cuidado consigo também o comportamento
mesmo) da criança (atenção, timidez,
cooperação)
• Motor-adaptativo (coordenação
olho-mão, manipulação de
objetos pequenos e solução de As provas conciliam
problemas) observação comportamental,
• Linguagem (audição e testes comportamentais e
compreensão) perguntas que podem
ser respondidas pelos pais
• Motor-grosso (sentar, andar,
pular)
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de
Pré- Escolares
• Lã vermelha, uvas-passas, chocalho do
cabo fino, figuras: sino, boneca pequena
de plástico, bola de tênis, 8 blocos
coloridos, xícara de plástico com alça,
mamadeira pequena, frasco de vidro
pequeno e transparente, lápis escrever
numero 2, e folha de papel em branco.
Esse material é específico para a
avaliação).

• Para bebês de pouca idade, é


aconselhável ter um cobertor ou uma
mesa de exame acolchoada para bebê
deitar.
Instrumentos para Avaliação Neuropsicológica de
Pré- Escolares
• Primeira coisa é perguntar a idade da
criança para a mãe. Depois traça-se Para cada item da escala será
uma linha vertical na idade marcado P – passou, F- falhou, NO –
correspondente à idade da criança a sem oportunidade e R – recusa
ser avaliada, (caso ela seja prematura, Ao final, é realizada a interpretação
necessita-se fazer a correção), e
verifica se ela consegue realizar os da escala e informado a mãe o
itens que foram cortados pela linha. resultado, sempre orientando a
mãe a estimular o filho em casa
para os itens que ele não
• Como fazer a correção da idade: Ex.: a respondeu como era esperado
criança avaliada, segundo a mãe, tem
1 ano e 5 meses, mas ela nasceu de 6
meses. A idade corrigida será de 1 ano
e 2 meses, porque a criança nasceu
faltando 3 meses para completar os 9
meses
Bebês e crianças
entre 4 e 72
meses de idade.
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de Pré-
Escolares
• É um meio abrangente de
avaliar o desenvolvimento de
uma criança. O teste foi
padronizado em uma amostra
de 1.262 crianças americanas
com idade de dois a 30 meses,
divididas em 14 grupos, no
ano de 1960, e apresenta três
versões: BSID I, (1969); BSID II,
publicada em 1983; e a mais
atualizada BSID III, publicada
em 2006
A atual versão da Escala de Bayley está subdividida
em cinco domínios:

❖ Cognição,
❖ Linguagem (comunicação expressiva e receptiva),
❖ Motor (grosso e fino),
❖ Social emocional
❖ Componente Adaptativo
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de
Pré- Escolares População: 24 a 60 meses de
idade, especialmente àquelas
PROTEA – R não verbais, com suspeita de TEA
dividido em três eixos: e outros transtornos da
comunicação.

(1) Entrevista de anamnese;


(2) Protocolo de Avaliação
Comportamental para Crianças com
Suspeita de TEA – Versão Revisada –
Não Verbal (PROTEA-R-NV); e
(3) Entrevista devolutiva.
KIT PROTEA-R
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de Pré-
Escolares

Versões:

* Bebê (nascimento até 6 meses)


* Criança Pequena (7 a 35 meses)
* Criança (3 anos a 14 anos e 11 meses)
* Abreviado (3 anos a 14 anos e 11
meses)
* Acompanhamento Escolar (3 anos a
14 anos e 11 meses)
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de
Pré-Escolares

Cada questionário possui combinação de pontuações do sistema sensorial,


comportamental e padrão sensorial:

• Pontuações do padrão sensorial: geral, auditivo, visual, tato, movimento, posição do


corpo, oral.
• Pontuações comportamentais: comportamental, conduta, socioemocional, atenção.
• Pontuação de padrão sensorial: exploração/criança exploradora, esquiva/criança que se
esquiva, sensibilidade/criança sensível, observação/criança observadora
• Pontuações de fator escolar: suporte, consciência, tolerância, disponibilidade.
Finalidade
• Conjunto de ferramentas padronizadas para avaliar os padrões de
processamento sensorial da criança no contexto da vida cotidiana.

• Determina como processamento sensorial pode estar contribuindo


ou interferindo com relação à participação.
Conceitos teóricos
• Limiares neurológicos referem-se à quantidade de estímulos
necessários para uma resposta de um neurônio ou de um sistema
neuronal.

• Quando o sistema nervoso responde muito rapidamente a um


estímulo sensorial, dizemos que há um limiar baixo;

• Quando responde muito lentamente, há um limiar elevado


• Manter um equilíbrio entre os limiares baixos e elevados permite que
as pessoas percebam as coisas de modo suficiente para estarem
cientes e atentas, mas não tantas coisas de modo que fiquem
sobrecarregadas com informações e sintam-se distraídas.

• Ambas as ações são consideradas como aprendizagem no SNC

• Nas extremidades do limiar neurológico encontram-se a habituação


(relacionada a limiares elevados) e a sensibilização (relacionada a
limiares baixos).
Conceitos Teóricos Importantes

• Habituação: processo de reconhecimento de estímulos familiares


que não requerem atenção adicional. Quando se tem dificuldade de
habituação, as pessoas podem parecer distraídas, agitadas ou
desatentas.

• Sensibilização: processo que aumenta a consciência de estímulos


importantes. Ela é significativa para o desenvolvimento, pois permite
que a criança permaneça atenta ao ambiente enquanto está
envolvida em uma brincadeira ou outra aprendizagem.
Sugestões de Intervenções
Vineland – 3 (Não Possuir normatização
Brasileira)
Associado a testes de
inteligência a Vineland-3 fornece
dados críticos que ajudam no
diagnóstico de deficiências
intelectuais e de
desenvolvimento, apoia com
informações valiosas para a
elaboração de planos
educacionais e de Intervenção.
• Com a Vineland-3 é possível
medir:
• O comportamento adaptativo de
indivíduos com deficiências
intelectuais e de
desenvolvimento, Transtorno do
Espectro Autista (TEA), Transtorno
de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), lesão
cerebral pós-traumática,
deficiência auditiva e visual,
doença de Alzheimer.
• Divida em :
Análise Importante:
Formulários para Pais/Cuidadores: Comportamento Mal
Domínios e Extensivo Adaptativos:
Formulários para Escola: Domínios e
Extensivo Internalizantes
Formulários para Entrevista: Domínios
e Extensivo Externalizantes
Instrumentos de Avaliação Neuropsicológica de Pré-Escolares

Teste de Inteligência
Geral (Não Verbal)

Idade: 5 a 11 anos
Interpretação
A partir dos resultados apresentados na aplicação do teste Matrizes
Progressivas Coloridas de Raven (CPM), a paciente obteve 15 acertos, o que
configura percentil 37 e escore padrão 95, de acordo com a tabela “Normas
para o Matrizes Progressivas Coloridas de Raven” do manual, classificado no
Nível III-, descrito como “Na média em termos intelectuais”. Esse nível
refere-se ao desempenho edutivo médio, o que sugere capacidade média em
estabelecer relações entre duas ou mais ideias (edução de ideias) e para
incorporar uma ideia correlata ao ter uma ideia inicial em mente (edução de
correlatos). Também refere-se ao desempenho médio em formular boas
estratégias para a resolução de problemas e, quando necessário, alterar a
estratégia usada para atingir o objetivo.
Idade: de 10 a 79 anos

Escolaridade: Fundamental, Médio e Superior

Aplicação: individual e coletiva

O Teste de Inteligência Geral - Não Verbal - TIG-NV tem como objetivo


avaliar desempenhos característicos dos testes de inteligência não-
verbais, mas diferencia-se por possibilitar uma análise Neuropsicológica,
a qual permite identificar os tipos de raciocínios errados e os
processamentos envolvidos na sua execução, além das
classificações habituais do potencial intelectual.

Pode ser utilizado de forma individual e coletiva, sendo esta última para
fins de seleção, pois possibilita uma classificação dos sujeitos em termos
de Percentil ou QI, além da classificação da inteligência de acordo com o
grau de escolaridade.
Instrumentos de Avaliação de Pré- Escolares

Escala de Maturidade Mental Colúmbia (CMMS), fornece


uma estimativa da capacidade de raciocínio geral de crianças,
indicando qual o nível de maturidade mental correspondente.

Indicado para crianças com paralisia cerebral, dificuldade


na fala ou perda de audição e suspeita de deficiência mental
A faixa etária que pode ser utilizada em crianças com
idade entre 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses (Alves &
Duarte, 2001)
Instrumentos para avaliação
neuropsicológica de pré-escolares
Função intelectual
SON -R 2 1/2 - 7 [A] - Teste não-verbal de inteligência
(JACOB A. LAROS; PETER J. TELLEGEN)
• O SON-R 2½ - 7 avalia a
habilidade cognitiva geral
através de quatro subtestes. Os
subtestes fornecem escore para
Escala de Execução, que
mensura as habilidades
visuomotora e espaciais

A faixa etária é de 2½ a 7 anos e


11 meses, pode ser utilizada uma
versão reduzida que vai até os 7
anos de idade.
SON -R 2 1/2 - 7 [A] - Teste não-verbal de
inteligência
• SON -R 2 1/2 - 7 [A] - Teste não-verbal de inteligência
• Teste Não-Verbal de Inteligência tem por objetivo a avaliação geral do
desenvolvimento e das habilidades cognitivas, fornecendo escores
que avaliam:
• Habilidades espaciais
• Visuomotoras
• Raciocínio abstrato e concreto
Subteste
Mosaícos
Subteste
Categorias
Subteste Padrões
Instrumentos para avaliação
neuropsicológica de pré-escolares
Capacidades Intelectual Cognitiva
– O Famoso Teste do QI

Teste Padrão Ouro RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


De 6 anos e 0 meses a
16 anos e 11 meses
10 subtestes principais
Pode ser dividido em mais
sessões, nunca intervalo deve ultrapassar 1
semana

Pode ser feito o diagnóstico diferencial de desordens neurológicas e psiquiátricas


Na DI (deficiência intelectual) pelo DSM5-
• é classificado com transtornos que mostram
• Déficit no funcionamento intelectual
• Déficit no funcionamento adaptativo
• O quanto o início destes déficits ocorrem nos
• domínios de conceitos, sociais e práticos
NO FUNCIONAMENTO ADAPTATIVO

Quão bem uma pessoa alcança os


padrões de sua comunidade em termos
de independência/autonomia pessoal e
responsabilidade social
• NO FUNCIONAMENTO INTELECTUAL
• Refere-se á funções intelectuais que
envolvam
• raciocínio, solução de problemas,
planejamento,
• pensamento abstrato, aprendizagem
pela
• EDUCAÇÃO ESCOLAR e experiência e
• compreensão prática
• OS VALORES DE QI
• São aproximações do funcionamento cognitivo
• A GRAVIDADE DELE É DEFINIDA COM
• BASE NO FUNCIONAMENTO
• ADAPTATIVO E NÃO INTELECTUAL
Quando não usar
• Crianças autistas – são não verbais (neste
• caso usar o SON -R
• Só para triar e fazer rastreio não – é um
• teste muito caro e intenso
• Estudos com analise fatorial, criou a teoria dos dois fatores da
inteligência:

• Geral (g) - o desempenho em qualquer medida de inteligência estaria


relacionado ao nível de inteligência geral do indivíduo. O fator g está
presente, ainda que em diferentes graus, em todas as atividades
intelectuais.

• Específico (s) - as habilidades específicas exigidas na tarefa.


Charles Spearman (1927
Cattell (1998) - fator g como
inteligência fluida e cristalizada.
• A inteligência fluida (Gf) está associada a componentes não
verbais, pouco dependentes de conhecimentos previamente
adquiridos e da influência de aspectos culturais.

• Tarefas que exigem: a formação e o reconhecimento de conceitos, a


identificação de relações complexas, a compreensão de implicações e
a realização de inferências.
Está associada:

- ao raciocínio e à resolução de problemas novos, isto é, à capacidade


de formar relações entre ideais (desde concretas às mais abstratas)

- a organizar a informação nova (o que se aproxima do próprio fator g)


e mais estreitamente dependente de fatores de índole biológica
(maturação, envelhecimento, etc..)
• INTELIGÊNCIA FLUIDA (Gf)
• Usar raciocínio na solução de problemas novos –
• é um potencial -
• Testes de analogias
• Completar séries
• Raciocínio abstrato
Inteligência cristalizada (Gc)

• Representa tipos de capacidades exigidas na solução da maioria dos


complexos problemas cotidianos, sendo conhecida como “inteligência
social” ou “senso comum”.

• Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais


estando presente na maioria das atividades escolares. São
demonstradas, por exemplo, em tarefas de reconhecimento do
significado das palavras.
INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA (Gc)

INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA (Gc)


• Aquisição e solidificação de conhecimentos
• formais e informais, é o real -
• Testes de vocabulário
• Conhecimento geral
• Compreensão verbaL
O Teste
PRODUZ 3 SCORES DE QI

• QI verbal – uso da linguagem


• QI execução – fazer algo e não apenas
• responder questões
• QI total – medida global, resumo de
• desempenho
1º Passo
• Cálculo da idade cronológica da criança
• Anotar o dia, mês e ano referente a primeira sessão de
• aplicação;
• Anotar o ano, mês e dia de nascimento da criança.
• Subtrair a data de nascimento da data de aplicação.
• Efeito de Aprendizado dos Testes (Não Fazer novamente em curto
espaço de tempo).

• Se dividir a aplicação em dois dias não passar o intervalo de 7 dias,


pela padronização do manual, pode interferir na padronização do
instrumento.
Administração
• Apresentar o teste ao sujeito.
• Evitar usar a palavra
“inteligência” a fim de não
gerar ansiedade.
• Atividades para dimensionar
suas facilidades e suas
dificuldades.
Código
Vocabulário
Raciocínio Matricial
Completar Figuras
Exercício com Teste de Wisc-IV
Cálculo do QI – Descrição dos Índices para Montagem de Relatório
Convertendo os pontos brutos em
ponderados
• Consultar o anexo A- Tabela A.1 do manual (págs. 218-
250).
• Cada tabela compreende um intervalo de 4 meses de
idade (cabeçalho das tabelas e no topo das páginas).
A Nossa Criancinha
Montagem do Relatório
descrevendo e classificando
cada Função Cognitiva.
Memória
Memória
• Memória: compõe elementos verbais,
visuais e auditivos que se referem ao
registro inicial, consolidação, evocação
e reconhecimento das informações

• O funcionamento adequado da
memória depende da atenção e das
funções executivas, que são
fundamentais no processo de
aprendizagem, principalmente de
novos conteúdos
Instrumentos de Avaliação de Memória
• Os instrumentos mais utilizados para avaliação da memória são:

• 1- Rey Verbal Learnig Test (RAVLT) lista de palavras (Rey, 1958; Malloy-
Diniz, Lasmar, Gazinelli, Fuentes, & Salgado, 2007)

• 2- Teste de Reprodução Visual I e II (Wechsler, 2009)

• 3- Subtestes Dígitos WISC-IV (Wechsler, 2013)

• 4- Figuras Complexas de Rey – Forma A e B (Oliveira & Rigoni, 2010)


Figuras Complexas de Rey (Oliveira & Rigoni,
2010).
• O teste é uma das poucas opções que temos para avaliar memória e
processamento espacial por tarefas do tipo construtiva, que produz
conteúdo não verba Figuras de Rey permite isto segmentar o que estamos
avaliando no paciente para pautar um acompanhamento a longo prazo.

• Mesmo com a neuroimagem há vezes que temos dificuldades para localizar


uma lesão Pode ter FATO SILENCIOSO – um pequeno acidente vascular, neste
sentido os testes podem auxiliar, mesmo quando exames de imagem falham
ou não são suficientes.

• Precisamos voltar ao episódio específico e trazer a figura, para que seja


possível reproduzí-la. Essa memória só funciona se eu a uso num tempo
especifico. A maioria das pessoas só vai copiar a figura uma vez na vida, terá
que voltar a este episódio especifico para buscar a figura.
Figura Complexa de Rey B
Figura Complexa de Rey B

Cópia da Figura
Criança recebe este cartão e o
lápis. Marca-se o tempo de
execução
Reprodução da
Memória
Após pausa de 3 minutos, a
criança
fará o segundo desenho que é
reprodução da figura copiada
Figuras Complexas de Rey A

Cópia da Figura
Criança recebe este cartão e o
lápis. Marca-se o tempo de
execução
Reprodução da Memória
Após pausa de 3 minutos, a
criança fará o segundo
desenho que é reprodução da
figura copiada

DE 7 ANOS ACIMA
Instruções
• “Aqui tenho este desenho e quero que você o copie nesta folha; não
é necessário fazer uma cópia exata; no entanto, é preciso prestar
atenção às proporções e, sobretudo, não esquecer nada. Não é
necessário ter pressa. Comece com este lápis colorido, daqui a
pouco vou trocar a cor do seu lápis, e você continua copiando; ao
final, a cópia desta figura ficará colorida”

• Cores usadas: Azul, verde, vermelho e marrom


Atividade com o teste de Figuras Complexas de REY

Peguem uma Folha de sulfite e vocês irão copiar a


figura do Slide

MARQUEM O TEMPO DE EXECUÇÃO DO DESENHO


• Clara apresentou desempenho Inferior
(percentil 30, Média Inferior, na habilidade
de memória visuoconstrutiva
(planejamento organização de informações
visuais). Na cópia da figura complexa de Rey
obteve desempenho Inferior (percentil 10,
funcionamento prejudicado) com
dificuldades no planejamento construtivo. Os
Resultado resultados mostram que a percepção e a
organização de dados visuoespaciais, estão
com prejuízo comparado à sua faixa etária,
com distorção de forma e localização de
elementos, e com omissões.
RAVLT – AUDITIVO VERBAL DE REY
• AVALIA: Aprendizagem, memória auditiva verbal, memória
imediata, memória de longo prazo, perseveração, intrusão,
susceptibilidade à interferência, retenção após outra atividade,
memória de reconhecimento, primazia e recência.
RAVLT – AUDITIVO VERBAL DE REY
• Primazia: o efeito de Recuperação é o total de
primazia refere-se as palavras da lista A-7
primeiras palavras da recuperadas ou recordadas
lista, são bem pelo paciente a pedido do
memorizadas e depende examinador 20 ou 30
da memória de longo minutos após a aplicação do
prazo RAVLT
• Recência: O efeito de Reconhecimento é o número de
recência refere-se as
últimas palavras da lista
palavras da lista A, assinaladas
também são bem corretamente na lista de
memorizadas e depende reconhecimento
da memória de curto
prazo
RAVLT – AUDITIVO VERBAL DE REY
Reconhecimento RAVLT
RAVLT
AVALIA: Aprendizagem, memória auditiva verbal, memória imediata, memória de longo prazo,
perseveração, intrusão, susceptibilidade à interferência, retenção após outra atividade, memória de
reconhecimento, primazia e recência

Codificação – Quando o examinador lê a lista das 15 palavras por 5 vezes de A-1a A-5 o paciente
deverá evocar. A codificação é a quantidade de palavras evocadas.
Quando o paciente mostra uma boa evocação imediata, podemos dizer que ele apresentou uma boa
codificação, uma boa aquisição ou um bom registro. Se o paciente apresentar uma evocação imediata
fraca nas séries de A-1 a A-5 podemos dizer que foi verificado déficit na codificação ou registro.

• Estocagem - A estocagem ocorre graças a codificação. É organizada numa trama associativa


(semântica, temporal e afetiva); essa memória permite a aprendizagem, e as informações
armazenadas são objeto de uma consolidação variável em função da importância emocional e da
repetição. Podemos verificar se o paciente tem déficit de estocagem ou não, verificando o nível de
esquecimento das informações codificadas, relação entre as palavras evocadas em A-7/A-6
Atividade o Teste de Aprendizagem Verbal de Rey

Aplicação entre os colegas


Curva de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey
Resultado RAVLT
Memória de Trabalho
• MEMÓRIA DE TRABALHO – Manter as informações na memoria por um
curto período de tempo.

Extrema relevância na avaliação neuropsicológica cognitiva.


- É uma habilidade de manutenção de informações na mente e sua
manipulação durante um período curta.
-Ela esta relacionada a desfechos essenciais na aprendizagem,
desempenho escolar, leitura, escrita e matemática.
-Quando comprometida influencia no desenvolvimento infantil
-Já temos instrumentos com base teórica sólida e características
psicométrica.
Memória Operacional
• Há evidências crescentes que a memória operacional
se revela um dos preditores que melhor definem o
desempenho escolar (Allowaay, Banner, Smith, 2010;
Alloway & Passolunghi, 2011, Gathercole, Pickering,
Knight & Stegmann, 2004, Rohde & Thompson, 2007;
Zheng, Swanson, & Marcoulides, 2011)
Memória Operacional
• De acordo com Gathercole e Baddeley (1997),
as habilidades mais prejudicadas em crianças
com dificuldades de aprendizagem são as de
consciência fonológica e de memória
operacional fonológica
Memória Operacional
• Quantidades limitadas de informações por um curto período de
tempo, influenciam e facilitam várias atividades cognitivas como
raciocínio, aprendizagem e compreensão (Baddeley e Hitch, 1974;
Gathercole, 1998; Baddeley e Logie, 1999; Baddeley, 2000, 2003).

• Esse sistema é composto pelo Central Executivo, que está ligado


diretamente com outros 3 subsistemas:

1- Alça Fonológica
2- Esboço
Visuoespacial
3- Buffer Episódico
Memória Operacional
Memória Operacional

• Executivo central: muitas funções são atribuídas à este componente


responsável pelo controle e regulação da atenção e manipulação das
informações através do controle do fluxo de informações na MO, como a
ativação temporária da memória de longo prazo, a coordenação e
alternância entre múltiplas tarefas, a coordenação das estratégias de
recordação, coordenação da atenção seletiva, inibição, raciocínio lógico e
cálculo mental (Baddeley)
Memória Operacional

• Alça fonológica é responsável pelo processamento de material


verbal e pelo armazenador fonológico, que retém a informação
verbal.
A alça articulatória, que é responsável pela reverberação subvocal,
cuja função é "revigorar" a representação fonológica que está se
desvanecendo no armazenador fonológico (Laws, 1998, Baddeley,
2003)
• A função primária da ALÇA FONOLÓGICA está relacionada com o
desenvolvimento da linguagem segundo Baddeley et al. (1998)
• Esboço visuoespacial: responsável
pelo processamento de material
visuoespacial.

• Também apresenta dois


subcomponentes:
• uma estocagem visual, na qual as
características dos objetos e
eventos podem ser representados

um mecanismo espacial, que pode


ser usado para planejar os
movimentos e teria a função de
reverberação para ativar a
informação da estocagem visual
(Gathercole, 1998);
Buffer episódico: é o mais novo componente
que for fracionado do executivo central é um
sistema de representação multidimensional,
cuja função integrar as representações dos
outros componentes da MO e da memória
de longo prazo (MLP) em uma representação
unitária fornece inputs diretos para a
memória de longo prazo e, provavelmente, é
importante para a aprendizagem
Memória Operacional na Sala de Aula
• Duas outras regiões atuam de
forma significativa no
processamento operacional:
Cerebelo – parece no momento em que é
preciso fazer a repetição mental das
informações (Nee et al., 2012)
Núcleos da base são identificados em
vários estudos, e suas participações
sugerem uma atuação na capacidade de
discriminar quando uma informação deve
ser mantida como está ou atualizada com
novos itens.
Memória Operacional na Sala de Aula

• SALA DE AULA grandes demandas


pela memória operacional:

1- multiplicidade de tarefas solicitadas


simultaneamente
2- demandas de armazenamento e o
processamento como:
- ouvir e falar enquanto manipula os exercícios
seguir instruções complexas.
- decodificar palavras pouco familiares
- escrever sentenças da memória e aritmética
mental (denh, 2008; Gathercole, 2008)
Memória Operacional
• A aprendizagem é reduzida ou mais lenta quando a memória
operacional é reduzida. Com isso quando a criança tem baixa
capacidade de MO, a aprendizagem é mais difícil (Gathercole &
Alloway, 2008)

• Como exemplo, crianças com MO pobre frequentemente e


constantemente abandonam a tarefa antes de completar (Alloway, et
al. 2005; Gathercole & Alloway, 2004)
Memória de Trabalho

DE 04 A
10 ANOS Manter as informações na
memória por um curto
PRE- I período de tempo,
manipular, atualizar e
PRE – II fazer relações com
informações prévias já
consolidados na memória
ATE 5ª SERIE de longo prazo
Curso de Corsi
A correção tem os mesmos
princípios do Span de Dígitos,
• Avalia memória de trabalho visuoespacial. requer outra tabela a se
• Realizada em duas etapas: consultar e, a memória
avaliada é a de trabalho -
1- primeiro o examinador mostrará visual
uma sequência na ordem direta e o
examinado fará igual.
2- Na outra etapa, o examinado terá
que fazer na ordem inversa que o
A aplicação é similar ao Subteste
Dígitos do WISC-IV
Atenção
Atenção: é uma função que possibilita a pessoa a manter o foco e as informações no cérebro durante
a realização de tarefas, ignorando demais distratores menos relevantes que possam interferir na
finalização do trabalho. A atenção é considerada uma base para que diferentes processos cognitivos
possam funcionar de forma adequada

Atenção seletiva refere-se à capacidade de prestar atenção em alguns estímulos e concomitantemente


ignorar outros

Atenção dividida refere-se à distribuição de recursos disponíveis na atenção para coordenar a


performance de mais de uma atividade simultaneamente (Sternberg, 2008)
ATENÇÃO PRÉ-ESCOLAR (4 a 6 anos)

• TESTE DE TRILHAS TTP


• A versão para pré-escolares do Teste de Trilhas mantém o mesmobjetivo
da sua versão original, ou seja, de avaliar a atenção, a velocidade de
processamento e a flexibilidade cognitiva e a busca visual, porém sem
demanda de conhecimento de letras e números, por isto pode ser usado
por crianças que ainda não tenham domínio da linguagem escrita

• O teste TTP pode ser utilizado para a compreensão das


possíveisalterações no desenvolvimento cognitivo das crianças sem
domínio dalinguagem. Duas partes A e B
Teste de
Trilhas
Teste de
Trilhas
Teste de Trilhas
Teste de
Trilhas
Ambas as partes computam dois tipos de escores:

1- Sequencias
2- Conexões
Sequencia fala do numero de itens ligados corretamente, em uma sequencia
interruptiva
Obs: caso ocorra uma interrupção o examinando continue a acertar em
seguida, estes itens não são somados ao escore
• Em sequencia tem 3 tabelas a considerar.
• 1- tabela normativa para consulta da pontuação da sequencia na parte A
• 2- tabela normativa para consulta da pontuação da sequencia na parte B
• 3- tabela para escore de interferência (B-A)
Ambas as partes computam dois tipos de
escores:
• 1- Sequencias
• 2- Conexões
Conexão , conta-se o numero de ligações realizadas corretamente (e não de itens. Neste caso,
consideram-se todas as conexões corretas, mesmo após o primeiro erro.

• Tabelas:
1- tabela para pontuação em conexões na parte A
2- tabela para pontuação em conexão na parte

Obs: todas tabelas possuem dados normativos para crianças entre 4 e 6 anos
de idade
• A pontuação-padrão média corresponde a 100 e o desvio-padrão a 15
Vocês vão encontrar todas estas tabelas no livro:
Avaliação neuropsicológica cognitiva: atenção e funções executivas pg. 90
TAREFA REALIZADA EM 10
MINUTOS COM
ADOLESCENTE
(12 a 17 anos)

• 6 MINUTOS COM CRIANÇA


(6 a 11 anos),
• por isto aplicado para avaliar
funções atencionais por meio de três
tarefas de atenção:
• Seletividade
• Alternância
• Sustentação
Seletividadade
• Alternância
Sustentação
• Intervalos da aparição dos estímulos varia
em poucos ou mais segundos de 5 a 15 ou
até mais.

• Permite avaliar a qualidade da sustentação


da criança ou adolescente ao longo da Prova
quando se pensa em crianças com queixas de
déficits atencionais a tarefa de sustentação
tem muita relevância nesta hipótese
Bateria Psicológica de Atenção - BPA
• População de 6 a 82 anos

• Avalia:
• Atenção Concentrada
• Alternada
• Dividida
• Atenção Total
Bateria Psicológica de Atenção - BPA

Atenção
2 minutos para
realização
Concentrada
Bateria Psicológica de Atenção - BPA
Atenção Alternada
2 min30 para realização
Bateria Psicológica de Atenção - BPA
Atenção Dividida
Tempo de Realização 4 min
Teste de Atenção D2 - R

População de 7 a 76 anos
de Idade

Atenção Concentrada
Linguagem
Avaliação qualitativa da linguagem
• Observação da fluência verbal espontânea (ritmo e prosódia); se há mudanças
durante a testagem de acordo com o estado de humor e atividade.

• Alterações articulatórias e fonológicas

• Alterações sintáticas, alterações nos tempos verbais e alterações nominais.

• Parafasias verbais (é um tipo de erro na expressão da linguagem associado com


a afasia e ... parafásicos são mais comuns em pacientes com formas fluentes de
afasia e dividem-se em três formas: fonológicos (ou literais), neologistícos e
verbais)
Teste Infantil de Nomeação - TIN
TESTE INFANTIL DE NOMEAÇÃO - TIN
• O Teste Infantil de Nomeação – TIN (Seabra et al., 2012) tem por
objetivo avaliar a habilidade do indivíduo em nomear verbalmente
figuras que lhe são apresentadas, uma a uma, pelo aplicador, com o
recurso de um caderno de aplicação (Capítulo 7). O teste possibilita a
avaliação da linguagem expressiva e do acesso ao sistema de memória
de longo prazo, que armazena os nomes dos objetos

• Em relação às tarefas de nomeação de letras, que são relativamente


comuns, a tarefa de nomeação de figuras apresenta a vantagem de
poder ser aplicada a crianças bastante jovens (a partir do momento em
que a criança começa a falar), pois não demanda conhecimento de
letras
• Os escores atribuídos são de 1 ponto para acerto ou 0 para erro, sendo
possível um escore total máximo de 60 pontos.
REGRAS PARA CORREÇÃO
1- A Folha de registro de respostas traz as nomeações corretas esperadas para cada
item, no entanto, sinônimos também devem ser considerados acertos. Por exemplo,
perante a figura ‘cobra’ se a criança responder ‘serpente’, considere como correto.

2- Por outro lado, nomeações pouco específicas ou que denotem categorias gerais
não devem ser consideradas. Por exemplo, devem ser considerados erros se a
criança disser respostas genéricas como “fruta” diante de caju, “corpo” diante de
coração, “roupa” diante de avental ou “animal” diante de elefante.

3- Também devem ser consideradas erradas nomeações imprecisas, como responder


“música” perante a figura de piano, “miolo” perante cérebro ou “tocar” diante de
violino
O tempo médio de aplicação é de 20 minutos. AFigura 5.1 apresenta, como exemplo,
um item do TIN
Cap. 7 pag. 54 a 86
Oções de Testes de Linguagem
1- Prova de Consciência Fonológica por produção Oral – PCFO (Seabra &
Capovilla, 2012b)

2- Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras – TRPP (Seabra, 2012)

3- Teste de Vocabulário por Imagens Peabody – TVIP (Capovilla & Capovilla,


1997)

4- Teste de Discriminação Fonológica – TDF (Seabra & Capovilla, 2012a)

5- Prova de Consciência Sintática – PCS (Capovilla & Capovilla, 2006

6- Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras – TCLPP (Seabra & Capovilla)

7- Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva e de Leitura (Capovilla & Seabra)

8- Prova de Escrita sob Ditado – versão reduzida – PED-vr (Seabra & Capovilla)
Funções Executivas
Funções Executivas
• O teste avalia:

• Habilidades de planejamento
em crianças
• com idade entre 4 anos e nove
meses e 8 anos e meio:
• efeitos da idade, inteligência
fluida, tipo de escola na
performance do teste da Torre
de Londres

Para adultos há dados de 19 a 32 anos/ idosos de 60 a 89 anos


Objetivo principal é avaliar as funções executivas de planejamento e
solução de problemas , que são funções requeridas em situações muito
simples e diária
Five Digit Test
RASTREIO/HABILIDADES ACADÊMICAS
Teste de Desempenho Escolar II
Tem como principal objetivo avaliar habilidades de leitura, escrita e aritmética,
sendo usado:

✓ Como uma triagem universal do processo de aprendizagem


✓ Como um instrumento de avaliação breve
✓ Ou como parte de uma bateria de instrumentos com fins
diagnósticos e clínicos de planejamento de intervenções clínico educacionais

Público Alvo/População: crianças ou adolescentes do 1ª ao 9ª ano do


ensino fundamental, tanto de escolas publicas quanto privadas
Desenvolvimento típico
Suspeitas de Transtornos Específicos de Aprendizagem
Substestes do Wisc IV
• Aritmética ( investiga habilidades matemáticas,
memória operacional, raciocínio lógico)
• Informações ( Inteligência Cristalizada = conteúdos
aprendidos na escola, Ex. conceitos de ciências,
geografia, e história, memória semântica e verbal).
O THCP destina-se a
crianças com idade entre 4
e 7 anos que estejam no
início do processo formal
ou informal de
alfabetização.

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