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Introdução à Psicopatologia II

AVALIAÇÃO EM PSICOPATOLOGIA
Baseia-se, em grande medida, na recolha de informação durante a entrevista clínica,
onde se procede à exploração dos sinais/sintomas atuais e prévios bem como à
observação do doente (exame objetivo). A avaliação clínica permite formular um
conjunto de diagnósticos diferenciais, de acordo com a apreciação do significado
patológico de determinadas combinações ou padrões de sintomas. Nesta fase do
raciocínio clínico, a informação pode ser complementada com dados obtidos através de
exames auxiliares, de forma a estabelecer qual a hipótese de diagnóstico mais provável.
Apesar de todas as limitações, o estabelecimento de um diagnóstico é crucial para
sustentar as decisões terapêuticas e determinar o prognóstico.
Processo orientado para o conhecimento, compreensão e formulação de um juízo acerca
de uma outra pessoa, com vista à identificação das caraterísticas distintivas do seu
funcionamento psicológico.
 Recurso a várias fontes de informação;
 Recurso a vários métodos de avaliação.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA.


1. Avaliação inicial de um doente – processo de diagnóstico diferencial e
quantificação da gravidade do problema;
2. Seleção de doentes para determinadas estratégias de tratamento/reabilitação;
3. Monitorização dos efeitos do tratamento.
Entrevista Clínica.
Uma das técnicas mais úteis para obter informação relevante, credível e válida sobre o
doente e sobre os problemas que apresenta, uma vez que permite que os doentes
expressem as suas opiniões acerca dos seus problemas e sobre os acontecimentos da sua
vida.
Objetivo. Obter informação para compreender a problemática do doente.
 É influenciada pelo método ou abordagem teórica do entrevistador;
 Ajuda a orientar a escolha do tratamento adequado.

1. Não-estruturada;
2. Estruturada. Formulação de questões de acordo com guião previamente
estabelecido;
a. Aumentar a fiabilidade do diagnóstico; auxiliar processo de diagnóstico
diferencial e sistematizar informação clínica relevante;
b. Desvantagem. Consumo de tempo.
3. Semi-estruturada. Liberdade para definir ordem das questões a colocar, que são
geralmente abertas ou semiabertas.
a. Administração apenas por técnicos qualificados – interpretação das
questões exige bom juízo clínico e bom conhecimento de psicopatologia.
Princípios Gerais.
 Espaço. Cómodo e privado; silencioso; não deve ocorrer em locais pouco
profissionais; evitar interrupções.

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 Duração. Duração limitada (não superior a 50 min);


o Demasiado curta – risco de ansiedade do impacto inicial;
o Demasiado longa – risco de excessiva carga emocional.
➝ Comunicação verbal, não-verbal e empática.
 Relação terapeuta-doente.
o Atitude de escuta;
o Postura de compreensão;
o Empatia e aceitação
incondicional;
o “Contratransferência” –
deve ser identificada e
contida;
o Relação no campo
estritamente profissional;
o Gerir os silêncios.

Fases da Entrevista Clínica.


 Fase inicial – Abertura (5-10 min);
o Apresentação;
o Explicação dos objetivos da entrevista;
o Atenção a aspetos como: sozinho/acompanhado; aparência; estado
emocional;
o Como o doente chegou à consulta;
o Decisão sobre os acompanhantes.
 Fase intermédia – Corpo (30-40 min);
o Evolução depende muito da personalidade do doente;
o Favorecer o discurso livre;
o Utilização de competências de atendimento (validar emoções;
sumarizações; clarificações…).
 Fase final – Fecho (5-10 min).
o Impressões diagnósticas;
o Opções terapêuticas;
o Esclarecimento de dúvidas.

Testes Objetivos.
Caraterísticas
Objetividade Quantitativos Científicos Rigor
Possibilitam uma Possuem, para as Procuram criar
melhor respostas, uma condições
compreensão do chave que uniformes para
que se deseja acompanha o teste todos os
observar indivíduos;
Testes são
aplicados segundo
determinados
processos já

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delineados.

O grande objetivo da aplicações destes testes é a diminuição da subjetividade, utilizando


para isso instrumentos que sejam o mínimo possível influenciados por juízos
pessoais/subjetivos.
 Desvantagem. A exatidão limita qualquer tipo de ampliação que se pretenda
realizar na compreensão dos resultados.
 Embora sendo muito objetivos, não estão isentos de erro;
 Os testes são uma fonte facilitadora no conhecimento do doente, no entanto não
se deve basear nele todo o diagnóstico.
Questionários de Autorresposta.
Técnicas de avaliação na qual os sujeitos respondem a perguntas referentes aos seus
comportamentos e sensações.
 Sintomas, atitudes, interesses, medos e valores;
 Precisão e grau.
Avaliação Sintomática.
Após a formulação diagnóstica: utilização de diversas escalas/questionários para
avaliação sintomática.
 População clínica para a qual foram criados.
Algumas das principais áreas de aplicação clínica.
 População Gerontopsiquiátrica;
 Avaliação da Mania;
 Avaliação da Depressão;
 Avaliação da Ansiedade;
 Avaliação das Perturbações Psicóticas.
Avaliação Cognitiva e Neuropsicológica.
 Avaliação diagnóstica complementar das síndromes demenciais e outras
perturbações neuropsiquiátricas, auxiliando o processo de diagnóstico
diferencial;
 Formulação de planos de reabilitação de pessoas com esquizofrenia (delinear
perfil de disfunção cognitiva);
 Avaliação de pessoas com atraso no desenvolvimento cognitivo.
Testes de Funcionamento Cognitivo e Neuropsicológico.
 Funcionamento intelectual geral; Velocidade de Processamento; Atenção e
Concentração; Memória; Funções Executivas; Linguagem.
Avaliação Psicométrica da Personalidade.
 Inventário de Personalidade NEO Revisto (NEO-PI-R);
 Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI);
 Millon Multiaxial Inventory (MCMI-III).
Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI).

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Instrumento de autorrelato destinado a avaliar traços de personalidade e de


psicopatologia.
 MMPI-2 (567 questões verdadeiro/falso);
 MMPI-2-RF (338 itens verdadeiro/falso).
 10 escalas clínicas que avaliam 10 dimensões patológicas do comportamento
humano;
 Escalas de validade (avaliar a atitude geral do sujeito perante o teste e a medida
em que responde de forma verdadeira e precisa).
O que pretende avaliar?
 Instrumento de diagnóstico para avaliar problemas de personalidade e oferecer
conselhos para a orientação pessoal e vocacional;
 Instrumento válido que discrimina psicóticos de neuróticos e emocionalmente
sãs de transtornadas;
 Saúde física/psicológica;
 Atitudes sociais;
 Fatores educacionais/profissionais/conjugais/familiares;
 Tendências de conduta neurótica e psicótica.
Vantagens Desvantagens
“É um dos mais utilizados no Mundo, O questionário é demasiado extenso
predominantemente nas perturbações
psicopatológicas em detrimento das
dimensões da personalidade”
Permite determinar se o sujeito que Aborda caraterísticas extremamente
realizou a prova fingia, respondeu de pessoais
forma descuidada ou se entendeu mal as
instruções

Testes Projetivos.
Caraterísticas
Subjetividade Qualitativos Pouco rigor
Dá livre curso à Consistem na apresentação Problemas psicométricos
imaginação e aos sujeitos de um material de fidelidade e validade;
consequentemente origina ambíguo e pouco Úteis em termos clínicos
inúmeras respostas estruturado

Teste de Rorschach.
Desenvolvido por um psiquiatra e psicanalista suíço de nome Herman Rorschach – em
1921 – desde a sua infância sentia fascínio pelas manchas de tinta. Porém, este teste,
apenas, muito mais tarde foi reconhecido.
Ao desenvolver a sua prova criava as manchas deixando cair gotas de tinta num papel
seco, que logo dobrava a metade. Depois de experimentar diversos padrões, elegeu dez
lâminas.
Descrição e Aplicação.
 Cartões 1, 4, 5, 6 e 7 – monocromáticos;
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 Cartões 2 e 3 – biocromáticos;
 Cartões 8, 9 e 10 – policromáticos.
Os cartões mostram-se 1 por 1 e pede-se ao sujeito que descreva o que vê. Depois
mostram-se uma segunda vez e o sujeito é questionado, pelo psicólogo, sobre as
primeiras respostas.
Limitações.
 Dificuldade no consenso relativamente à cotação das respostas;
 As respostas são cotadas em função da sua localização, do seu determinante e do
seu conteúdo;
 Os testes Rorschach baseiam-se em valores cujas propriedades psicométricas são
medíocres, quanto à fidelidade e validade das respostas.
Observação Direta do Comportamento.
Os terapeutas observam o comportamento dos seus doentes, assim como expressões
faciais, o aspeto geral, e utilizam essa informação para formular os seus diagnósticos.
 Aspeto e comportamento. Roupa, postura, expressão facial, atividade motora
(e.g., agitação, impulsividade, relação com quem entrevista);
 Fluidez na fala. Processo de pensamento, pobreza ou rigidez de pensamento,
ritmo ou progressão da fala, se a linguagem é lógico e coerente ou confusa e sem
importância;
 Conteúdo do pensamento. Preocupações especiais, ideias obsessivas,
interpretações erróneas, delírios, ideias de grandiosidade;
 Alterações percetuais. Alucinações auditivas, visuais ou táteis,
despersonalização.

DESCRIÇÃO PSICOPATOLÓGICA
Objetivo. Vários termos utilizados na descrição psicopatológica, organizando-os e
sistematizando-os.
 Conhecimento das bases que deram origem aos atuais critérios diagnósticos.
Qualidade do Exame Psicopatológico.
 Boa base psicopatológica;
 Significados atuais mais aceites;
 Comunicação interpares;
 Construção de uma investigação mais robusta em psiquiatria e psicologia;
 Recolher um conjunto de informações a diversos níveis do sistema psíquico e
estabelecer um quadro coerente que levam a uma hipótese de diagnóstico;
 O diagnóstico só é feito no final do exame mental, com a integração de todas as
informações obtidas.

APRESENTAÇÃO.
 Iniciativa própria/ forçado por outros/ enviado por outro profissional;
 Patologia psicótica/ Patologia neurótica;
 Biótipo (normolíneo, brevilíneo, longilíneo, atlético, asténico, …);
 Estado físico geral e de nutrição;
 Vestuário e arranjo/higiene (excentricidade, bizarria, desleixo, …).

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POSTURA.
 Adequada;
 Tensa, retraída, flácida;
 Expansiva e com gestos significativos acompanhar o discurso;
 Bizarra ou estranha.

EXPRESSÃO E MÍMICA FACIAL.


 Quando tomada como um aspeto fundamental significativo, reduz os erros
diagnósticos, sendo considerada no conjunto dos sintomas/sinais;
 Hipomimia. Fácies pode denotar tristeza;
 Hipermimia. Alegria excessiva;
 Fácies pode denotar sofrimento, inexpressivo, desconfiança (personalidades
paranoides ou estados delirantes);
 Fácies pode denotar perplexidade (alucinações e/ou delírios).

MOTRICIDADE.
 Associadas a determinados quadros clínicos ou resultado de efeitos secundários
da medicação ou resultado de alterações neurológicas.
Alterações dos Movimentos Espontâneos.
Alterações Quantitativas – Hiperatividade.
 Aumento dos movimentos expressivos. Movimentos espontâneos automáticos,
não controlados pela vontade diretamente. Face, braços, mãos e tronco superior
(e.g., ansiedade, personalidade histriónica);
 Aumento dos movimentos direcionados. Movimentos voluntários realizados
deliberadamente pelos indivíduos;
 Inquietude motora. Movimenta-se mais do que necessário (e.g., ansiedade,
hipomania);
 Agitação psicomotora. Aceleração e excitação inespecífica de toda a atividade
motora.
Alterações Quantitativas – Hipoatividade.
 Redução dos movimentos expressivos. Mímica facial pobre; na depressão pode
haver inibição psicomotora generalizada, incluindo os gestos;
 Redução dos movimentos direcionados;
o Lentificação psicomotora. Lentidão de toda a atividade motora.
Movimentos mais pobres, lentos e pesados (e.g., depressão). Acinesia.
Quando acentuada;
o Inibição psicomotora. Acentuada e profunda lentificação psicomotora
(e.g., depressão);
o Bloqueio ou obstrução. Impedimento irregular da atividade motora
(e.g., esquizofrenia);
o Estupor. Estado de suspensão de todas as atividades motoras (mímica,
gestos, linguagem). O doente está imóvel e não responde a solicitações
externas.
Alterações Qualitativas.
 Paracinesias;

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o Maneirismos. Movimentos direcionados e voluntários ou expressões


verbais, invulgarmente repetitivas (e.g., ao escrever levar repetidamente
a mão ao cabelo);
o Estereotipias. Movimentos não direcionados ou expressões verbais não
repetitivas (e.g., das simples às mais complexas; estalar os dedos,
balançar o corpo).
 Tiques. Contrações musculares involuntárias de pequenos grupos de músculos.
Alterações dos Movimentos Espontâneos.
 Obediência automática. Cumpre qualquer instrução sem olhar às
consequências;
 Ecopraxia. Imita ações simples que observa;
 Perseveração. Repetição sem sentido de uma ação direcionada que já cumpriu o
seu objetivo.
Alterações da Postura.
 Postura maneirista. Pouco natural – gesto repetitivo que aparenta uma
intenção;
 Postura estereotipada. Posturas anormais que são mantidas rigidamente, sem
objetivo/intenção;
 Perseveração da postura. Acentuado exagero do tónus postural e corresponde à
manutenção de uma determinada postura imposta ou voluntária.

CONTACTO.
 Atitude de predisposição à comunicação;
 Exuberante;
 Difícil;
 Impossível;
 Indiferente;
 Superficial e/ou Profundo.

CONSCIÊNCIA.
 Conhecimento do próprio e do meio – síntese de toda a atividade psíquica,
percetiva e motora;
 Integridade da consciência – capaz de reagir apropriadamente e de forma
psicologicamente compreensível a estímulos internos e externos.
Alterações Quantitativas.
 Obnubilação. Ligeiro grau de sonolência, com ou sem agitação, dificuldades de
concentração e atenção;
 Sonolência. Acordada, mas sem estimulação externa adormece. Lentificação
psicomotora e diminuição dos reflexos;
 Torpor (Estupor). Redução generalizada do nível de consciência. Desperta
apenas com estimulação forte;
 Coma. Totalmente inconsciente.
o Fases iniciais. Acordado por estímulos intensos ou dolorosos;
o Fases mais profundas. Sem resposta a qualquer estimulação.
Nota: Grande maioria causados por patologia orgânica.

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Alterações Qualitativas.
Estado Oniroide.
Assemelha-se ao sonho, associado a patologia orgânica, embora por vezes possa ocorrer
durante episódios dissociativos (alucinações visuais e ocasionalmente alucinações
liliputianas; variações circadianas; agitação psicomotora; …).;
 Delirium ou estado confusional agudo. Síndrome inespecífica caraterizada por
perturbação da consciência, atenção, memória, emoção. Associada a patologia
orgânica.
 Delirium tremens. Tipo particular de delírio associado a situações de
abstinência alcoólica (1º ao 7º dia). Alucinações visuais (liliputianas, em que o
paciente vê pequenas criaturas, ou microzoopsias, em que vê pequenos animais).
Acompanhado de sintomas físicos (e.g., tremores, taquicardia, hipersudação,
…).
o Excerto clínico. Mulher, 60 anos. Desorientada no tempo e no espaço,
com agitação psicomotora marcada. Apresentava tremor generalizado e
sudorese. Gritava “tirem-me estes bichos de cima”.
Estreitamento (ou restrição) da Consciência.
 Consciência limitada a poucas ideias e atitudes que dominam a mente do doente;
 Polarização da consciência sobre determinada experiência;
 Alguns casos com desorientação ligeira (temporal e espacial), devido a alguma
diminuição do nível de consciência;
 Ansiedade grave, perturbações dissociativas e epilepsia.
Expansão da Consciência.
 Experiência subjetiva de estar mais alerta. Melhor capacidade de memória,
maior facilidade de compreensão e atividade intelectual mais intensa;
 Após consumo de psicoestimulantes, casos de mania aguda.

ATENÇÃO.
Orientação da atividade psíquica sobre determinado estímulo, objeto ou evento.
 Ativa/voluntária. Esforço consciente e intencional para dirigi-la para
determinado objeto;
 Passiva/espontânea. Suscitada pelo interesse momentâneo que um objeto
desperta, não existindo esforço consciente.
Hiperprosexia.
Estados de atenção exacerbada, com tendência incoercível a deter-se indefinidamente
sobre certos objetos.
 Perturbações obsessivas; esquizofrenia paranoide; utilização de estimulantes
(transitório).
Hipoprosexia.
Diminuição da atenção e distractibilidade (instabilidade e mobilidade acentuada da
atenção voluntária).
 Estado não patológico. Sono, fadiga, tédio, …;

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 Etiologia em estados orgânicos graves. Traumatismo craniano; intoxicação por


álcool ou drogas, …;
 Estados psicogénicos. Ansiedade aguda, depressão, mania, hipomania, …
Estreitamento da Atenção.
Focalização exclusiva em determinado ponto do que é consciencializado.
 Psicoses (alucinações)/vivências delirantes internas em certas depressões (temas
depressivos).

ORIENTAÇÃO.
Capacidade de se identificar e de se situar adequadamente no tempo, espaço, na situação
pessoal e no geral.
 Desorientação no tempo. Horas (desorientação ligeira); dias, meses, anos
(desorientação moderada a severa); estações do ano (desorientação avançada);
 Desorientação no espaço. Não saber onde está/vive…;
 Desorientação autopsíquica. Refere-se a si próprio. Não sabe o seu nome,
idade, estado civil, …;
 Desorientação alopsíquica. Refere-se ao que está fora de si. Não se apercebe de
quem são os outros. Inclui também orientação no tempo e no espaço.

MEMÓRIA.
As funções mnésicas permitem a capacidade de fixar, conservar e relembrar
informações/experiências/factos.
Fases.
 Sensorial/imediata (duração de segundos);
 Curto prazo/trabalho (dura segundos a minutos);
 Longo prazo (prolonga-se desde minutos a décadas).
Alterações Quantitativas.
 Hipermnésia. Capacidade mnésica muito superior ao normal com uma
facilidade exagerada em recordar. As representações afluem rapidamente,
ganhando em número, perdendo, porém, em clareza e precisão.
o Utilização de estimulantes SNC; estados febris; perturbações obsessivas;
perturbações de stress pós-traumático…
 Amnésias ou Hipomnésias. Incapacidade parcial ou total de fixar, manter e
evocar conteúdos mnésicos.
o Anterógrada (o paciente esquece tudo o que ocorreu após um facto ou
acidente importante); retrógada (incapacidade de evocar situações
ocorridas antes de um certo ponto); lacunar (esquecimento dos factos
ocorridos entre duas datas); remota (esquecidos factos ocorridos no
passado).
o Amnésia Orgânica. Menos seletiva em relação ao conteúdo esquecido
que a psicogénica. Perde-se primeiramente a capacidade de fixação
(memórias imediatas e recentes); em estado avançados da doença, o
indivíduo começa a perder conteúdos antigos.

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o Amnésia Psicogénica. Perda de elementos mnésicos focais que têm um


valor psicológico específico (simbólico, afetivo). Perturbações de
evocação e reconhecimento.
 Amnésia Dissociativa. Perda completa de memória e identidade,
mas consegue desempenhar padrões de comportamentos
complexos e tomar conta de si próprio;
 Catatímica. Amnésia seletiva de acordo com a carga afetiva
atual;
 Perturbações depressivas/ansiosas/p.p. histriónica.
Alterações Qualitativas.
Paramnésias. Distorção (ou falsificação) das memórias e não a perda das mesmas.
Deformação do processo de evocação de conteúdos mnémicos previamente fixados.
Fases de evocação e reconhecimento.
Alterações da Evocação.
 Falsificação retrospetiva. Distorção não intencional das memórias de acordo
com o estado afetivo ou de funcionamento atuais;
 Delírio retrospetivo. O doente data o delírio como anterior à doença atual;
 Confabulações. Descrição detalhada e falsa de um acontecimento que
alegadamente ocorreu no passado. Muitas vezes, para preencher as lacunas
mnésicas. Invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um
vazio da memória. Sugestionáveis e podem ser modificadas adaptando-se às
circunstâncias. Diferem das ilusões e das alucinações mnémicas, que não podem
ser produzidas, induzidas ou direcionadas pelo examinador.
 Síndrome de Memórias Falsas. Quando, durante uma psicoterapia, devido a
sugestão, o paciente tem memórias falsas (e.g., memórias de abuso sexual por
sugestão);
 Criptomnesia. Falseamento da memória. Factos contidos na lembrança,
aparecem como novos ao doente, que não as reconhece como lembranças,
vivendo-as como uma descoberta.
Alterações do Reconhecimento.
Orgânicas/associadas a perturbações mentais. Dividem-se em dois grandes grupos: as
agnosias (déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais), de origem
essencialmente cerebral, e as alterações de reconhecimento associadas aos transtornos
mentais, sem base orgânica definida.
 Não delirantes (Déjà-vu/jamais-vu). Reconhecimento de que já se esteve em
determinada experiência/O doente, apesar de já ter passado por determinada
experiência, tem a nítida sensação de que nunca a viu, ouviu, pensou ou viveu.
 Delirantes.
o Identificação errónea positiva. Falso reconhecimento delirante, em que
o indivíduo identifica falsamente uma pessoa estranha como se fosse
alguém do seu círculo pessoal (síndrome de Fregoli);
o Identificação errónea negativa. O paciente afirma que uma pessoa
próxima e familiar que o visitou dizendo ser seu pai é, na verdade, um
sósia quase idêntica, uma falsificação quase perfeito (síndrome de
Capgras);

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o Síndrome de intermetamorfose. Alguém se transformou noutra pessoa


adquirindo as suas caraterísticas físicas e psíquicas. O paciente relata que
certa pessoa do seu círculo familiar, geralmente percebida como
perseguidor, e outra pessoa, estranha, também perseguidor, têm
caraterísticas físicas e psicológicas em comum.

PERCEÇÃO.
As perturbações da perceção dividem-se em dois grupos: distorções sensoriais (existe
um objeto real cuja perceção é distorcida) e falsas perceções (existe uma perceção “de
novo” que pode ser ou não uma resposta a um estímulo externo).
Distorções sensoriais.
Alteração da Intensidade (Quantitativas).
 Hiperestesia. A intensidade da perceção está aumentada;
o Hiperestesia auditiva. Enxaqueca ou depressão;
o Hiperestesia visual. Intoxicação por determinadas drogas ou na mania.
 Hipostesia. A intensidade da perceção está reduzida;
o Delirium e depressões.
Alteração da Qualidade.
 Alterações da cor. Distorções visuais secundárias ao consumo de substâncias
tóxicas. Todo o campo visual foca mais intenso e com cores alteradas;
o Xantopsia/cloropsia/eritropsia.
 Alterações da forma ou dismorfopsia. Perceção deformada da forma (e.g.,
partes do corpo).
o Esquizofrenia.
Falsas Perceções.
Ilusões.
Estímulos vindos a partir de um objeto percebido se combinam com uma imagem
mental, produzindo uma falsa perceção.
 Pareidolia. Criação de formas imaginárias a partir de perceções resultantes de
objetos de forma mal definida (e.g., ver rostos nas nuvens);
 Ilusão de preenchimento. Completa-se um padrão familiar, mas não terminado
(e.g., estar a ler um texto em que falta uma letra ou uma palavra e nem sequer se
repara que algo falta, pois mentalmente completamos a frase ou a palavra);
 Ilusão de afeto. Alteração de uma perceção de acordo com o estado de humor.
Alucinações.
Falsas perceções que não se desenvolvem a partir da transformação de perceções reais e
que ocorrem simultaneamente com as perceções reais. Perceção de um objeto, sem que
este esteja presente, sem o estímulo sensorial respetivo.
 Objetividade/corporalidade/localizadas no espaço exterior;
 Quadros psicóticos funcionais (esquizofrenia, mania psicótica, depressão
psicótica);
 Situações orgânicas ou casos de Privação Sensorial;

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Alucinações Auditivas.
 Elementar ou acusmas (barulhos, gritos) / parcialmente organizadas (música)/
completamente organizadas (vozes, palavras).
Alucinações Visuais.
 Elementar (clarões ou sombras) / parcialmente organizadas (padrões, figuras
geométricas) /completamente organizadas (pessoas, objetos, animais);
 Alucinações cénicas. Alucinações visuais complexas que podem incluir visões
de cenas completas;
 Liliputianas ou gulliverianas. O indivíduo vê as cenas com personagens
diminutos, minúsculos ou gigantes.
 Zoopsias (representações de animais);
 Síndromes orgânicas/intoxicações por alucinogénios e esquizofrenia.
Alucinações Táteis ou da Sensibilidade Superficial.
 Ativas. Sensação que tocam em objetos que não existem;
 Passivas. Tocados por alguém, pessoa ou objeto.
Alucinações Cenestésicas ou da Sensibilidade Profunda.
 Sensações incomuns e claramente anormais em diferentes partes do corpo, como
sentir o cérebro a encolher ou o fígado a despedaçar;
 Alucinações viscerais (e.g., achar que os órgãos se estão a deslocar pelo corpo);
 Parasitoses alucinatórias (sensação do corpo estar infestado de
animais/parasitas).
Alucinações Olfativas.
 Epilepsia ou outros quadros orgânicos, menos frequente na esquizofrenia.
Alucinações Gustativas.
 Raras e excecionalmente isoladas;
 Sitiofobia (interpretação delirante de assumir tratar-se de comida envenenada,
recusando-se a comer).
Alucinações Motoras ou Cinestésicas.
 Sensação de execução de movimentos ativos ou submeter-se a passivos, de se
mover lenta ou rapidamente, parcial ou totalmente;
 Tipo elementar (movimentos indeterminados) /complexas (e.g., sensação de
voar).
Tipos Especiais.
 e.g., hipnagógicas (ocorrem ao adormecer) /hipnopômpicas (ocorrem ao
acordar);
 Funcionais (é necessária a presença de um estímulo que desencadeia a
alucinação);
 Múltiplas (alucinações de várias modalidades sensoriais);
 Autoscopia (o doente vê-se a si próprio e reconhece-se).
Pseudo Alucinações.

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 Estados iniciais das psicoses; alucinações de luto; personalidade histriónica.

DISCURSO E LINGUAGEM.
Alterações Orgânicas.
 Disartria. Dificuldade em articular as palavras (resultante de paralisia ou ataxia
dos músculos);
 Dislexia. Dificuldade em descodificar (compreender) palavras;
 Afasia. Perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por
palavras e de compreender as palavras;
o Afasia de Wernicke (o doente comunica numa linguagem destituída de
sentido lógico e pronuncia as palavras de maneira defeituosa) /Afasia de
Broca (o doente não fala ou diz muito pouco).
 Parafasia. Utilização de palavras erradas ou distorcidas.
Alterações Funcionais.
Perturbação da Articulação.
 Gaguez.
Perturbação da Atividade Verbal.
Hipoatividade.
 Linguagem quantitativamente diminuída. Restrição da fala ao mínimo
possível (respostas monossilábicas ou muito sucintas);
 Mutismo. Ausência de resposta verbal/perda completa do discurso sem perda da
consciência.
o Seletiva/eletivo (só para certas pessoas);
o e.g., depressão grave/esquizofrenia catatónica.
Hiperatividade.
 Prolixidade. Fala muito, sobre todos os tópicos. Ainda dentro dos limites de
uma conversa normal;
 Logorreia/Verborreia. Fala muito com loquacidade compulsiva e com pressão
de discurso.
o Excitação maníaca/delírio agudo.
Alteração do Débito ou do Ritmo.
 Fluxo lentificado. Fala muito vagarosamente, longas pausas entre as palavras;
o Depressão/estados demenciais/esquizofrenia (sintomas negativos).
 Fluxo acelerado. Fala continuamente e com velocidade aumentada. Dificuldade
em interromper o discurso;
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 Aprosodia. Discurso sem entoação afetiva.


o Depressão/esquizofrenia.
Alterações Iterativas.
 Logoclonia. Reiteração verbal da última sílaba que o próprio pronuncia;
o Quadros demenciais.
 Ecolália. Repetição irrelevante, exata, imediata e automática de sons, palavras
ou frases ditas pelo interlocutor;
o Debilidade mental/esquizofrenia.
 Estereotipias verbais. Repetição das mesmas palavras e partes de frases
invariavelmente fora de propósito, isoladas.
Alterações Semânticas e Sintáticas.
 Neologismos. Novas palavras construídas pelo doente;
o Esquizofrenia.
 Paralogismos. Atribuição de um novo significado a uma palavra existente;
o Esquizofrenia.
 Discurso desorganizado/discurso pobre;
 Pedolalia. Discurso infantilizado;
 Coprolália. Utilização involuntária, repetitiva e desnecessária de palavras
obscenas e vulgares;
o Gilles de la Tourette.
 Mussitação. Produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada num tom
monocórdico, sem significado comunicativo.
o Esquizofrenia catatónica.

PENSAMENTO.
Alterações do Curso do Pensamento.
Alterações do Ritmo do Pensamento Semânticas e Sintáticas.
 Taquipsiquismo ou pensamento acelerado. Aumento da velocidade do fluxo
do pensamento, refletindo-se no discurso por aumento do débito verbal;
o Hipomania, mania, psicoses tóxicas.
 Fuga de ideias. Uma ideia segue imediatamente a outra e o pensamento muda
constantemente de objetivo;
o Mania.
 Pensamento circunstanciado. Entediantes detalhes desnecessários.
Incapacidade para distinguir o essencial do acessório;
o Personalidade obsessiva.
 Bradipsiquismo ou pensamento lentificado. Progressão lenta do pensamento.
Dificuldade de passar de um tema para o outro;
o Estados depressivos, doença de Parkinson.
 Pensamento inibido. Há inibição do raciocínio (“custa pensar”). Fluxo de
pensamento lento, hesitante e irregular.
o Depressão, quadros demenciais, fadiga, …
Perturbações da Continuidade do Pensamento.

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Introdução à Psicopatologia II

 Bloqueio do pensamento. Descontinuidade da progressão do pensamento com


suspensão brusca;
o Esquizofrenia, quadros ansiosos.
 Perseveração ideativa. Uma ideia persiste além do ponto em que é relevante. O
doente não pode abandonar uma ideia para passar para outra.
o Depressão, esquizofrenia crónica.
Alterações da Forma do Pensamento.
Alterados a organização e o processo associativo do pensamento.
 Manifestam-se; comunicação e produção do discurso;
 Esquizofrenia; perturbações cerebrais orgânicas; depressão e mania.
Kurt Goldstein (1944).
 Pensamento concreto. Incapacidade de distinção entre o simbólico e o concreto
– ausência de conceitos abstratos.
Norman Cameron (1944).
 Assíndese ou pensamento assindético. Falta de ligações adequadas entre dois
pensamentos sucessivos;
 Metonímia. Expressões pouco precisas, em que um termo ou frase é usado em
vez de outro mais exato.
Carl Schneider (1930).
 Descarrilamento. Pensamento flui para um pensamento subsidiário sem relação
com o primeiro;
 Fusão. Justaposição e entrelaçamento de conteúdos heterogéneos e
incompreensíveis. Várias ideias são interligadas.
Alterações da Posse do Pensamento.
Ideias Obsessivas.
 Ideias persistentes que ocorrem contra a vontade do doente. São sentidas como
intrusivas, inaceitáveis, resistindo contra elas – egodistónicas. Vivenciadas com
grande ansiedade. Sob a forma de ideias, imagens, impulsos, medos e dúvidas.
 Vários temas obsessivos;
 Compulsões;
 Diferem das ideias sobrevalorizadas e ideias delirantes.
Distinção das Ideias Obsessivas das Sobrevalorizadas e Delirantes.

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Introdução à Psicopatologia II

Alienação do Pensamento.
 Imposição do pensamento. Convicção de que as suas ideias são influenciadas
ou impostas pelo exterior;
 Roubo ou interação do pensamento. Convicção de que as suas ideias
desaparecem porque se apoderaram dos seus pensamentos;
 Difusão de pensamento. Sente que os seus pensamentos não lhes pertencem.
Delírio Primário ou Delírio Secundário.
Delírio Primário.
Ideias ou convicções que não estão associadas a outros processos psicológicos e não
derivam deles;
 Algo inteiramente novo;
 Significado súbito e revelador – associado a perceções ou acontecimentos
psicológicos num determinado instante da vida do sujeito;
 Típico esquizofrenia aguda.
Delírio Secundário.
Compreendidos em termos da história psiquiátrica e pessoal. Derivados ou vinculados a
outros processos psicológicos (e.g., mania ou depressão).
 Temática do delírio.
o Persecutório ou paranoide/grandeza/mística ou religioso;
o Somático ou hipocondríaco/delírio de ruina/delírio de Cotard;
o Delírios passionais.
 Delírio de ciúmes (alcoolismo crónico);
 Erotomania.

VIVÊNCIA DO EU.
Alteração da Consciência da Existência e Atividade do Eu.
 Despersonalização. Sentimento de estranheza e infamiliariedade em relação a si
próprio (“sou um autómato”; “eu não sou eu”). Angústia e sensação de que vai
enlouquecer (e.g., pânico, psicoses tóxicas por alucinógenos, esquizofrenia, …).
 Perda da ressonância emocional. e.g., depressão.
Alteração da Consciência da Unidade do Eu.
 Autoscopia. O doente vê-se a si próprio e reconhece-se;
 Múltipla personalidade. Observação de mais do que uma personalidade no
mesmo indivíduo (e.g., perturbação de personalidade dissociativa).
Alteração da Consciência da Identidade e Continuidade do Eu.
 Alteração completa da identidade. Sente que é alguém completamente
diferente (e.g., esquizofrenia);
 Sensação da perda de continuidade. Transformação do Eu após certo ponto;
comum em experiências de quase morte.
Alteração da Consciência dos Limites do Eu.

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Introdução à Psicopatologia II

 Alienação da atividade motora. Experiências de passividade – as ações são


controladas pelos outros (e.g., esquizofrenia);
 Apropriação. Vivencia como seus os acontecimentos que atingem objetos
estranhos.

HUMOR.
Alterações Quantitativas – Hipertímicas.
 Euforia. Alegria patológica desproporcionada à circunstância. Traduz-se em
satisfação e felicidade (e.g., mania/hipomania);
 Expansão. Marcada boa disposição associada a dificuldade de controlo das
próprias emoções – elevada desinibição (e.g., mania/hipomania);
 Exaltação. Não apenas euforia, mas também aumento da convicção do próprio
valor e das aspirações – agitação psicomotora (e.g., mania).
Alterações Quantitativas – Hipotímicas.
 Humor depressivo. Sintoma de base das perturbações depressivas, embora não
seja sinónimo da mesma. Tristeza patológica sem desencadeante.
Alterações Qualitativas.
 Humor disfórico. Tonalidade afetiva mal-humorada predominando sensação de
mal-estar. Ansiedade, irritação e agressividade;
 Humor irritável. Predomínio de hiperatividade desagradável e hostilidade.
o Quadros orgânicos; depressivos e ansiosos;
o Perturbação bipolar ou esquizofrenia.
Alterações da Expressão Afetiva e Emocional.
 Anedonia. Incapacidade para experimentar prazer (e.g., depressão major);
 Anestesia afetiva. Ausência de sentimentos, incapacidade de sentir prazer, mas
também de sentir outros afetos (e.g., depressão major e estados de choque
emocional);
 Dissociação afetiva. Falha na manifestação de emoções em situações em que
era esperável que isso ocorresse (e.g., ansiedade extrema – situações de guerra);
 Embotamento afetivo. Redução da expressão emocional. geralmente
incapacidade para estar consciente das emoções (e.g., esquizofrenia);
 Labilidade afetiva. Mudanças rápidas e imotivadas no estado emocional.
geralmente independentes dos estímulos externos (e.g., perturbação bipolar);
 Ambivalência afetiva. Sentimentos positivos e negativos direcionados para o
mesmo objeto (e.g., esquizofrenia e personalidade Borderline);
 Incontinência afetiva. Falta de controlo na expressão dos afetos (e.g., mania;
síndromes psico-orgânicas e demências);
 Rigidez afetiva. Perda da consciência de modulação dos afetos (e.g.,
personalidade obsessiva);
 Apatia. Embotamento, abulia, entre outros;
 Alextimia.
o Dificuldade em identificar e descrever sentimentos subjetivos;
o Dificuldade em fazer distinção entre emoções e sensações físicas;
o Incapacidade de fazer relação entre afeto e fantasia;
o Raciocínio concreto e objetivo.

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Introdução à Psicopatologia II

Insight ou Consciência para a Doença.


Três componentes fundamentais.
 Conhecimento da doença. Saber o que é, como se designa ou como se origina;
 Compreensão dos efeitos da doença. Nas suas capacidades e perspetivas
futuras;
 Atitude perante a doença. Como reage à mesma depois de a conhecer (e.g.,
como cumpre a terapêutica).

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