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ÍNDICE DE TEMAS
1. REFERÊNCIAS TEÓRICAS
Modelos de avaliação psicológica e sua especificidade Modelos de observação clínica e anamnese
Avaliação psicológica e diagnóstico
Referência à psicologia do desenvolvimento. Teorias, princípios e técnicas da avaliação
instrumental
Modelos teóricos de referência.
4. DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO
Introdução
A Avaliação Psicológica é o ato psicológico realizado exclusivamente por psicólogos. Remete, não só
para o conhecimento claro e profundo dos testes utilizados, mas igualmente para a integração de
conhecimentos sobre teorias do desenvolvimento, psicopatologia e dos dados recolhidos nas várias
entrevistas com a criança e a família.
A realidade psicológica é essencialmente dinâmica. Não se compara com um mosaico de formas
justapostas, mas com um campo de forças em contínua interação, do qual nos cumpre avaliar
menos os valores absolutos do que os relativos, ou melhor, o ponto de equilíbrio e a resultante sob
forma de uma tendência dominante que orienta toda a personalidade em determinada direção
(Corman, L., 1974).
A Avaliação Psicológica da Criança inscreve-se num processo mais geral de avaliação clínica,
diagnóstico e intervenção.
É um processo que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, enquanto
investiga a existência, ou não, de psicopatologia.
A utilização de testes pode ser um passo importante do processo, mas constitui apenas um dos
recursos de avaliação possíveis, como veremos. Paralelamente, os procedimentos de avaliação
dependem, em grande medida, do modelo teórico adotado pelo psicólogo.
1. Pressupostos Teóricos
A Avaliação Psicológica da criança inscreve-se num processo global de avaliação clínica que tem por
finalidade o estudo psicológico individual aprofundado através de entrevista, observação e análise
compreensiva e interpretativa dos resultados da avaliação instrumental (quando aplicada).
Investiga, quando necessário, indicadores de psicopatologia.
IMPLICA:
1. Experiência clínica e competências técnicas;
2. Domínio da psicologia do desenvolvimento;
3. Conhecimentos aprofundados das teorias, princípios e técnicas da medida psicológica;
4. Conhecimentos sobre a psicopatologia.
“Numa palavra, para compreender as crianças, é necessário amá-las, simpatizar com elas, isto é, ser
capaz de “colocar-se no seu lugar”. (...) o exame psicológico não é um exame no sentido comum da
palavra, com um sujeito que examina e um objeto examinado. É um intercâmbio, um diálogo entre
dois sujeitos. Fala-se muito da entrevista, objeto de um ensino sem dúvida muito útil. Mas é
necessário um dom, muito menos um dom intelectual do que afetivo, que se caracteriza por uma
atitude de recetividade, de disponibilidade ao outro, considerado como sujeito autónomo, válido em
si mesmo, digno de toda a consideração”. (Corman, L.,1974)
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A Avaliação Psicológica da criança assenta em vários pressupostos:
1. Ligação estreita com a prática clínica;
2. Importância atribuída ao pedido;
3. Importância da relação entre psicólogo e sujeito;
4. Importância do envolvimento familiar;
5. Relação estreita com a psicologia do desenvolvimento;
6. Avaliação da dimensão social.
Diagnóstico Psicológico
O Diagnóstico Psicológico deve permitir:
1. Descrever a criança e os problemas que ela apresenta, mas também as suas potencialidades;
2. Classificar o problema e definir a sua forma específica, assim como aquilo de que se diferencia
(diagnóstico diferencial);
3. Fazer um prognóstico;
4. Dar uma orientação.
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2. Obter informações complementares e/ou confirmação de dados já conhecidos;
3. Investigar mais profundamente setores de funcionamento psíquico;
4. Colocar questões.
PERMITE:
1. Estabelecer fatores etiológicos;
2. Diferenciar estruturas;
3. Definir as reações pessoais ao problema ou perturbação;
4. Estabelecer um prognóstico de evolução e avaliar a probabilidade de sucesso da intervenção
proposta;
Avaliação Psicológica
A Avaliação Psicológica será realizada de forma diferente conforme o contexto em que se realiza e a
sua finalidade.
Em qualquer caso, o primeiro momento deverá ser sempre uma ou várias entrevistas, com os pais e
com a criança.
A primeira entrevista/observação da criança será adaptada à idade e características relacionais
particulares.
Cada observação implica hipóteses da parte do psicólogo que determina a orientação da sua
investigação e a escolha das técnicas a usar.
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criando condições favoráveis ao seu melhor desempenho. Para compreender, explicar e dar sentido
aos dados da observação, é necessário compreender a sua origem, a sua história e o seu significado
numa perspetiva individual.
Procedimentos
• Entrevista com os pais – anamnese e observação da criança;
• Exame psicológico – testes, questionários, escalas;
• Integração interpretativa do conjunto dos dados da observação.
Entrevista Clínica
A Entrevista Clínica é um dos utensílios privilegiados do processo de diagnóstico. Permite aceder a
informações subjetivas (história de vida, representações, sentimentos, emoções, experiências). A
especificidade da Entrevista Clínica reside em associar a perspetiva histórica a uma abordagem
dinâmica e interpretativa. Objetivar o subjetivo!
A Entrevista Clínica pode ser realizada em diferentes contextos e responder a objetivos diferentes:
1. Diagnóstico – identificar sintomas, classificá-los, examiná-los e possibilitar o conhecimento do
funcionamento psíquico;
2. Terapia – a entrevista constitui a base da intervenção terapêutica;
3. Investigação.
Formas de entrevista
Entrevista Livre, não diretiva – inteiramente orientada para a subjetividade do sujeito. Valoriza
a realidade psíquica, a vivência subjetiva do sujeito. O psicólogo adota uma atitude não diretiva e
não intervém no discurso do sujeito;
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Entrevista diretiva – utilizada em investigação.
História pessoal/Anamnese
É, essencialmente, orientada para os dados a valorizar. Em clínica infantil, a anamnese é fornecida
pelos pais. Numa perspetiva psicodinâmica, procura-se perceber a relação consciente e
inconsciente dos pais com a criança.
Esquema Geral
• PEDIDO:
1. Motivo da consulta/avaliação (sintomas, problemas referidos);
2. Quem faz o pedido, quem envia.
• PROBLEMA ATUAL:
Descrição das alterações referidas
1. Quando surgiram/Por ordem de aparecimento/Evolução;
2. Contexto;
3. Grau de perturbação na vida individual e familiar;
4. Reações do próprio e dos outros;
5. Tentativas anteriores de resolução.
“Os pais vêm até nós para nos pedir algo. É necessário, em primeiro lugar, compreender o que eles
nos querem dizer e o que nos pedem. Eles têm as suas ideias, as suas preocupações, o seu
diagnóstico e, possivelmente, têm já uma solução em mente para os seus problemas.
Nós não podemos impor-lhes os nossos preconceitos científicos, nem esquecer o enorme esforço que
representa da sua parte a sua presença perante nós. É preciso ajudá-los, aceitando ser para eles um
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personagem da sua vida fantasmática, mas poder reagir de modo diferente.” (João dos Santos,
1963)
Antecedentes Pessoais
Gravidez, parto, pós-parto;
Primeiros anos de vida;
Marcos do desenvolvimento: psicomotor, linguagem;
Separações;
Socialização;
Percurso escolar;
Sintomas;
Doenças, hospitalizações.
Antecedentes Familiares
Composição do agregado familiar;
Genograma/organigrama familiar;
História dos pais;
Relações familiares;
Situações especiais de doença.
OBSERVAÇÃO DA CRIANÇA
1. Descrição geral da criança;
2. Relação de objeto (relação com o observador, com os pais, com as outras crianças);
3. Funções do EU (consciência, conhecimento, memorização e autoconservação): autónomas,
teste da realidade, modos de defesa;
4. Afetos – tristeza, ansiedade, labilidade...;
5. Pulsões (modos de expressão da agressividade e da líbido);
6. Superego (grau de interiorização).
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Diagnóstico Estrutural (psicodinâmico)
1. Organização psicossomática;
2. Organização psicótica;
3. Organização borderline;
4. Organização depressiva;
5. Organização neurótica;
6. Variante do normal;
7. Organização deficitária.
Psicoterapia com a criança; Psicoterapia com os pais; Encaminhamento para outros técnicos.
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fácil ou próximo.
2. TIPO DE HUMOR
o Alegre, triste, lábil, neutro, eufórico.
3. MÍMICA E POSTURA
o Mímica rica, expressiva ou pobre, inexpressivo, sorriso defensivo, olhar triste, vazio
ou interrogativo;
o Postura tensa, hipotónico, atitude corporal.
4. CONTACTO POSTERIOR
Evolução do contacto
o Reserva inicial e progressivamente mais à vontade;
o Inibição ou bloqueio, depois de um bom contacto inicial;
o Alheamento.
Tipo de comunicação verbal
o Diálogo espontâneo e rico;
o Respostas inibidas monossilábicas;
o Eventual mutismo com ou sem contacto pelo olhar.
5. COMPORTAMENTO GERAL
o Comportamento - estável, instável, controlado. Agitação, instabilidade psicomotora;
o Atenção - captável ou não, dispersa ou concentrada;
o Linguagem – nível de vocabulário, construção de frases, capacidade narrativa;
o Motricidade – lateralização, tonicidade, coordenação, qualidade das praxias.
6. ADAPTAÇÃO À REALIDADE
o Adaptação à tarefa;
o Como se situa no espaço e no tempo (sabe o nome, a data de nascimento, a morada,
a composição familiar);
o Nível de conhecimento.
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7. VIDA IMAGINATIVA E AFETOS
o Expressão de afetos e emoções;
o Exprime fantasias, medos, sonhos, desejos, aspirações, gostos, motivações;
o É capaz de elaborar uma história acerva de um desenho;
o Controlo/descontrolo de impulsos e afetos;
o Adequação da verbalização (verborreia, fuga de ideias, ...);
o Nível de ansiedade.
8. CONTEÚDO DA OBSERVAÇÃO
o Atividade lúdica;
o Desenho – qualidade formal e conteúdo;
o Qualidade e conteúdo do discurso/diálogo;
o Provas utilizadas.
9. CONCLUSÃO
o Impressão geral sobre a criança;
o Nível intelectual e instrumental;
o Diagnóstico da situação;
o Orientação, prognóstico, gravidade e significado das dificuldades;
o Potencialidades evolutivas da criança e do seu mundo relacional.
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2. Observação armada, com introdução de material expressivo-plástico (jogo e desenho);
3. Observação padronizada, com introdução de testes, para aprofundar, complementar,
quantificar e precisar dados das observações anteriores;
4. Integração dos dados com os obtidos na anamnese. Estabelece-se um diagnóstico, um
prognóstico e um projeto de intervenção (terapêutico, educativo, social, familiar).
Bateria de testes
É o conjunto de testes ou técnicas que podem variar entre 2 e 5 ou mais instrumentos, incluídos no
processo de avaliação, que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais. Nenhum teste
permite, isoladamente, uma avaliação abrangente. A utilização de testes diferentes, permite a
validação inter-testes.
Os testes, em particular os testes projetivos, representam um modo de abordagem e de
compreensão do funcionamento psíquico;
O material serve igualmente de mediador da relação, facilitador da comunicação com as crianças.
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Instrumentos de avaliação mais utilizados na avaliação da criança
1. Avaliação do desenvolvimento
o Escala de desenvolvimento da Griffiths
o SGS II – Growing Skills (rastreio, pode ser usada por qualquer profissional)
o Escalas Bayley de desenvolvimento infantil (parecidas com Griffiths, até 36m)
2. Avaliação cognitiva
o Escalas de Wechsler (WPPSI, WISC-III)
o Matrizes progressivas de Raven
3. Provas grafo-percetivas
o Provas de organização visuomotora – Baby-Bender, Bender
o Figura Complexa de Rey.
4. Técnicas expressivas
o Desenho Livre
o Desenho da figura humana
o Desenho da família (L. Corman)
o Outros
5. Técnicas projetivas
Estudo da génese dos conflitos
o Métodos temáticos: CAT (A, H, S), TAT, PN Avaliação de estrutura de personalidade
o Rorschach
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O psicólogo deve concentrar-se num número reduzido de instrumentos de forma a conhecê-los tão
profundamente quanto possível. O motivo do pedido orienta a observação. Em qualquer idade e
em qualquer situação ou contexto, a observação e o diagnóstico psicológicos dependem menos dos
conhecimentos teóricos do que da aptidão interior do psicólogo para a empatia e disponibilidade.
Motivos de pedido de avaliação psicológica
1. Avaliação do desenvolvimento – por atraso global ou específico;
2. Dificuldades de aprendizagem e/ou adaptação escolar – atraso global ou seletivo na
progressão escolar;
3. Perturbação do comportamento – comportamento desajustado na família ou na escola.
4. Perturbação emocional de qualquer natureza – ansiedade, depressão, fobia, alteração
alimentar ou de sono;
5. Perturbação somática dependente de disfunção emocional;
6. Diagnóstico de estrutura de personalidade;
7. Diagnóstico diferencial de organizações psicopatológicas.
Comunicação de Resultados/Relatório
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O pedido de avaliação é feito por outro técnico para diagnóstico de estrutura ou diagnóstico
diferencial;
Em todos os casos em que os resultados da avaliação deverão ser transmitidos em relatório
dirigido à família, outros técnicos ou à escola.
A comunicação deverá ter duas dimensões:
1. Uma ligada às dificuldades psicológicas;
2. Outra relacionada com os recursos pessoais.
A comunicação dos resultados corresponde à formalização oral e/ou escrita, das conclusões a que o
psicólogo chegou. A comunicação não abrange todos os dados e não incluí todas as conclusões:
deve haver seleção da informação, em função da finalidade da avaliação e da entidade que a
solicitou. O tipo de comunicação de resultados é definido pelos objetivos da avaliação. O sigilo
profissional compromete o psicólogo a não fornecer certas informações.
Deve:
1. Descrever competências, estruturas, conflitos e defesas particulares;
2. Valorizar áreas fortes e fornecer orientações precisas;
3. Adequar-se ao motivo e origem do pedido.
Elementos a valorizar
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• Interpretação quantitativa e qualitativa dos resultados dos testes aplicados. Os dados
qualitativos permitem a compreensão dinâmica da criança e fundamentar a formulação do
diagnóstico e a orientação proposta;
• Os dados obtidos com diferentes técnicas devem ser organizados procurando coincidências
e discordâncias. São identificados os dados mais significativos, confirmando ou infirmando as
hipóteses iniciais;
• As conclusões devem responder aos objetivos da avaliação.
1. Identificação profissional;
2. Identificação da criança;
3. Referência aos procedimentos: Provas aplicadas;
4. Objetivos específicos da avaliação e quem a solicita;
5. Dados da história pessoal e anamnese (apenas os relevantes para a compreensão da
situação atual);
6. Descrição da criançae da relação(comportamento, atitude,
humor,adaptação, colaboração);
7. Resultados das provas aplicadas. Análise qualitativa dos resultados quantitativos;
8. Análise e síntese interpretativa do conjunto de resultados das provas utilizadas;
9. Integração dos dados da observação, características pessoais, história
de vida, comportamento, competências, dificuldades;
10. Conclusões e orientação de acordo com o pedido e a finalidade da avaliação.
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(Maria José Gonçalves, 1998)
Teorias do desenvolvimento
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“handling”, forma como é cuidada
“object-presenting”, modo de apresentação do objeto.
• M. Mahler - Fases:
autismo normal (1º mês)
simbiose normal (2º-9º/12º mês)
separação/individuação (4 etapas; 4º/5º mês-24º mês…).
• Bowlby - Conceito de vinculação a partir dos estudos sobre a separação e privação de cuidados
maternos:
Função de proteção – Segurança dada pelo adulto
Função de socialização – Ao longo do ciclo de vida a vinculação desloca-se da mãe
para os outros familiares e depois para grupos mais amplos.
• WINNICOTT:
A entrada em contacto com a realidade feita pelo bebé e pela mãe é feita em concordância,
para que o bebé suporte;
Permite-lhe um sentimento de frustração, uma experiência de desilusão, necessária ao
desenvolvimento.
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Desenvolvimento emocional na 1ª infância
• Maior autonomia e assertividade;
• Ambivalência na relação com a mãe, que tem de recusar alguns dos seus pedidos;
• Pensamento mágico;
• Crescente capacidade de integrar amor e ódio na mesma pessoa (objetos totais);
• Sentido de género;
• Estado Anal;
• Desenvolvimento da linguagem;
• Construção da Identidade – uso do EU; Jogo: 1º brinca ao lado…2º brinca com…
“A resolução do Complexo de Édipo implica uma renúncia. Não só a criança tem de deixar a fantasia
que pode ter uma relação exclusiva com o pai do sexo oposto, como tem de aceitar que existe uma
ordem objetiva das coisas que ela nunca compreenderá e controlará na totalidade. Em alguns
casos, esta consciência é vivida como uma castração ou ferida narcísica. Esta falha vai criar na
criança a necessidade de poder e curiosidade e obter satisfação na aprendizagem.” (Hamilton,
1996)
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Modelo de interação recíproca
Características físicas;
Processos fisiológicos (reatividade automática);
Organização do comportamento (níveis de atividade);
Reatividade aos estímulos;
• As diferenças individuais estão na base da identificação das
características
temperamentais.
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Características biologicamente determinadas que influenciam a interação da criança com o meio.
Comportamentos que surgem durante o primeiro ano de vida, de origem biológica e genética que
se mantém estáveis ao longo do tempo (Rutter 1987, Wachs 1994). Contribui como componente
emocional para a formação e expressão da personalidade.
Nível de reatividade;
Ritmo/regularidade das funções biológicas;
Qualidade do afeto;
Tendência para procurar ou evitar experiências novas;
Persistência no confronto com obstáculos;
Adaptabilidade.
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2- LENTO
• Respostas tardias
• Evitamento inicial
• Adaptação lenta
• Reações de intensidade moderada
3- DIFÍCIL
• Irregularidade biológica
• Evitamento de situações novas
• Adaptabilidade pobre
• Afeto negativo
• Reações intensas
Inclui
Regulação das funções vegetativas;
Regulação dos movimentos do corpo;
Consolabilidade através dos vários estados de alerta;
• Depende
Capacidades constitucionais da criança;
Apoio dado pela mãe através dos vários aspetos da função materna.
Mãe
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Regularidade e continuidade dos cuidados;
Capacidade de a mãe interpretar os sinais do bebé;
Apoio dado pela mãe através dos vários aspetos da função materna;
Experiências de satisfação e redução dos estados de tensão.
Bebé
Regulação do equilíbrio interno;
Regulação das funções vegetativas;
Regulação dos movimentos do corpo;
Capacidade de estar atento, calmo, alerta;
Atenção mútua;
Capacidade integradora multissensorial;
Consolabilidade;
Autorregulação e interesse no mundo exterior; Organização mnésica das experiências.
A vinculação é definida por Bowlby como “o produto da atividade de um certo número de sistemas
comportamentais que tem como resultado a proximidade da criança em relação à mãe”. A
vinculação é o laço afetivo forte e duradouro que se estabelece com a figura de apego.
Sistema de vinculação:
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O período sensível para a vinculação parece situar-se entre os três e os doze meses, com um
máximo entre os 4 e os 6 meses. A vinculação é tanto mais forte quanto a experiência da interação
com uma pessoa é mais intensa.
Uma vez estabelecida tende a persistir:
apesar da separação;
mesmo que se tenha desenvolvido segundo linhas não funcionais;
na ausência de estímulos exteriores e/ou das condições anteriores de que dependia.
Bowlby:
comportamento instintivo;
necessidade de proximidade e segurança;
protesto na separação.
PADRÕES DE VINCULAÇÃO:
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Padrão seguro B:
Protesto na separação;
Prazer no reencontro (sorriso, vocalização ou gesto);
Clareza, abertura na expressão emocional.
Padrão desorganizado D:
Sequência ou simultaneidade de comportamentos contraditórios;
Comportamentos bizarros, estereotipados no reencontro;
Medo da figura de vinculação (mães assustadas e assustadoras).
A vinculação insegura antes dos dois anos tem sido relacionada com:
menor sociabilidade;
relações mais pobres com os pares;
Agressividade;
menor controlo do comportamento durante os anos pré-escolares.
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Comportamentos dissociativos;
• Fatores familiares:
Maus tratos;
Conflitualidade conjugal;
Depressão parental/perturbação Bipolar;
Luto não resolvido/trauma.
Dificuldades do bebé:
Características do comportamento (irritabilidade);
Características individuais (atributos físicos);
Temperamento;
Conflito internalizado.
Torna-se importante o estudo dos padrões de vinculação para perceber a sua continuidade ao
longo do desenvolvimento. Os padrões de vinculação determinam as características das relações
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interpessoais e a representação individual acerca dos outros.
A classificação dos padrões de vinculação pode ser entendida como um descritor do estilo de
personalidade (P. Kernberg).
As características que distinguem as relações de vinculação de outras relações sociais são:
a procura de proximidade;
a noção de base de segurança;
a noção de comportamento de refúgio;
as reações perante a separação.
Individualização/Sentido de Self
Entre os 2 e os 6 meses – sentido de self nuclear, enquanto unidade física separada coesa e
limitada;
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Entre os 8 e os 18 meses – ligação intersubjetiva com o outro.
Descoberta de que as suas experiências não são únicas e que a vida interior pode ser partilhada.
Spitz - Descrição dos organizadores psíquicos (sorriso social, angústia do 8º mês, Não),
indicadores da passagem pelos diferentes estádios no quadro da relação mãe-filho. A angústia do
8º mês marca o início das relações de objeto e indica o começo da consciência de si. O “não”, que
surge a partir dos 15 meses, implica a discriminação consciente e o início do processo secundário,
ou princípio da realidade, consolida o sentimento de identidade.
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Pensamento emocional;
Representação.
O objeto interno nasce na ausência. A representação mental do objeto ausente é a primeira fase da
função de simbolização. A espera e as representações mentais que dela resultam, constituem um
ponto de convergência do desenvolvimento cognitivo e afetivo.
Pensamento Simbólico/Linguagem
Período pré-linguístico
Até aos três meses (Homeostase)
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Choro, gritos, vogais abertas;
A partir dos três meses (Vinculação)
Imitações; Diferenciação das expressões em função do estado interno;
Aquisição dos diferentes sons da língua (lalação).
Período linguístico
A partir dos nove meses (Individualização/organização do “self”)
Duplicação das sílabas;
Imitação de sons;
Primeira palavra (12 meses);
A partir dos 18 meses (Sentido do Self)
Utilização simbólica da linguagem;
Pronomes pessoais;
A partir dos 24 meses Primeiras frases.
Pensamento Simbólico/Jogo
Winnicott
• Jogo como espaço potencial entre a mãe e o bebé;
• Objeto transitivo:
Valor simbólico de união com o objeto materno;
Defesa face à angústia de separação;
Projeção da ambivalência;
Intermediário para a identificação do real;
Primeira manifestação da capacidade para simbolizar.
M. Klein
• “No jogo a criança traduz para um modo simbólico os seus fantasmas, os seus desejos, as suas
experiências vividas”;
• O jogo como meio de acesso direto à vida pulsional da criança;
• Através do jogo a angústia é transformada em prazer.
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A. Freud
• Organização da capacidade de jogar;
• Linha de desenvolvimento: “Do corpo ao brinquedo e do jogo ao trabalho”.
Sintomas do Desenvolvimento
As reações de ansiedade são um dos sintomas mais frequentes aos dois anos.
Winnicott valoriza o papel do “objeto transitivo” na luta contra a ansiedade de separação. Para
Bowlby, a ansiedade de separação está ligada ao sentimento de insegurança ou indisponibilidade
em relação à mãe ou figuras de vinculação privilegiadas.
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próprio;
Importância das condutas de imitação;
Identificação ao agressor (o “não” de Spitz);
Desenvolvimento da linguagem e da motricidade;
Pensamento mágico;
Sintomas:
Rituais, fobias
1. Entrevista/anamnese;
2. Observação da interação mãe-criança;
3. Observação em situação de separação (padrão de vinculação);
4. Observação da criança;
5. Avaliação do desenvolvimento.
Entrevista/Anamnese
• Identificação da criança;
• Motivo da consulta;
• Percurso desde o início dos sintomas;
• Caracterização social e familiar;
DISCURSO LIVRE
• Queixas e perceção que os pais têm da criança;
• Qualidade e intensidade do envolvimento.
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RECOLHA DE DADOS
• Gravidezes e partos anteriores;
• Gravidez e parto atuais e período neonatal;
• História dos primeiros cuidados ao bebé;
• História médica;
• História alimentar e do sono;
• Controle dos esfíncteres.
• Desenvolvimento psicomotor;
• Desenvolvimento da comunicação e da linguagem;
• Socialização;
• Separações;
• Expressão dos afetos;
• Atitudes e interesses particulares.
• Problemas de comportamento;
• Organização do quotidiano;
• Atitudes educativas de cada um dos pais;
• Impressão geral sobre a comunicação pais/criança.
OBSERVAÇÃO
• Da interação;
• Da criança.
QUANDO NECESSÁRIO
• Observação em meio familiar.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
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• Aplicação de Escalas de Desenvolvimento;
• Aplicação de outros instrumentos de avaliação.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
• Diagnóstico psicodinâmico
• D.C.-0-3R (DC 0-5).
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
➢ OBSERVAÇÃO DA INTERACÇÃO
A observação de sequências interativas mãe/bebé permite:
Perceber a forma como o comportamento da mãe e do bebé se ajustam nos vários planos; o
Compreender o papel da vida fantasmática sobre os comportamentos observados.
Permite compreender o uso que a criança faz da mãe/pai, como figuras de referência e a resposta
dos pais a esses comportamentos, a diversidade das modalidades de aproximação e iniciativa que a
criança usa, a diversidade das modalidades de aproximação e iniciativa que os pais usam e as
posturas e movimentos da mãe/pai e sua adequação.
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• A repetição e a reciprocidade são essenciais (Ex. Paradigma do still face, Tronick).
Observação da Criança
• Formas de lidar com uma situação nova e estranha (inibição; negativismo, excessivo de à
vontade);
• Capacidade de estabelecer relações diferentes, conforme as diferentes pessoas e situações;
• Capacidade e interesse na exploração do meio ambiente;
• Tipo e função do jogo (imitação, funcional, simbólico, repetitivo);
• Balanço prazer/desprazer, durante as atividades, (modo predominante de expressão dos
afetos, variedade e adequação);
• Respostas e atitudes relacionadas com o estado emocional dos pais, (alterações do
comportamento de acordo com o conteúdo do discurso dos pais);
• Linguagem e interesse pela comunicação verbal;
• Modalidades de integração e processamento dos estímulos sensoriais:
limiar de reatividade aos estímulos;
condições de estimulação que desencadeiam comportamentos desorganizados ou retirada;
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• Capacidade de planeamento motor, grau de maturidade e integração da atividade
psicomotora;
• Comportamento e reação à separação;
• Nível de desenvolvimento:
• Psicomotor;
• Linguagem;
• Jogo;
• Apetência para a comunicação social;
• Comportamento com os objetos;
• Reação à separação e ao reencontro;
• Sintomas:
Finalidade:
➢ Fornecer informação clínica sobre:
• O nível das competências do desenvolvimento;
• A forma como a criança lida com objetos e pessoas novas;
• O nível de maturação e curiosidade;
• A forma de lidar com a frustração;
• A adaptação aos desafios sociais.
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Permite:
• Determinação do quociente geral de desenvolvimento;
• Análise qualitativa e quantitativa dos resultados;
• Análise dos perfis de desenvolvimento.
Diagnóstico psicológico
• Diagnóstico diferencial;
• Avaliação do prognóstico;
• Escolha da intervenção terapêutica;
• Avaliação da intervenção.
Permite avaliar:
• Identidade pessoal e competência social;
• Comunicação e linguagem (linguagem recetiva, expressiva e articulação);
• Desenvolvimento motor (motricidade fina e coordenação olho-mão, controlo motor e
locomoção);
• Resolução cognitiva de problemas;
• Adaptação e autonomia.
Para os pais:
• Informação e orientação para a promoção do desenvolvimento;
• Valor potencialmente terapêutico da aliança estabelecida com o psicólogo;
• A avaliação do desenvolvimento pode constituir uma verdadeira intervenção para aumentar
o envolvimento maternal e a capacidade de resposta parental.
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O que não fornece:
• Medida estável e imutável do desenvolvimento;
• Os resultados são descritivos, não preditivos do desenvolvimento a longo termo;
• A avaliação de desenvolvimento dos bebés descreve o neuro-desenvolvimento e as
capacidades regulatórias individuais.
Todas as escalas incluem itens que representam aspetos importantes das competências
intelectuais, mas não fornecem avaliação cognitiva.
O que avaliam:
• Competências motoras;
• Desenvolvimento sensório-motor; o Linguagem;
• Competências sociais.
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Os testes de avaliação de funções cognitivas para crianças mais velhas, valorizam:
as competências verbais; o funcionamento cognitivo; o pensamento abstrato.
ESCALAS:
• Controlo postural passivo
• Controlo postural ativo;
• Competências locomotoras;
• Competências manipulativas;
• Competências visuais;
• Competências na audição e linguagem;
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• Competências na fala e linguagem;
• Competências na interação social;
• Competências na autonomia pessoal
3 Escalas independentes:
• Mental
• Motora;
• Registo do comportamento.
Permite obter:
• Idade de Desenvolvimento
• Index de Desenvolvimento Mental
• Index de Desenvolvimento Motor;
Características:
• Material variado, aplicação longa e difícil;
• Não é possível a aplicação depois dos 36 meses, não permitindo reavaliações posteriores;
• A escala de Bayley é muito utilizada em estudos de investigação com populações infantis até
aos dois anos;
• Pode ser aplicada apenas uma das formas, mental ou motora.
42
• Dois níveis:
1. Do nascimento aos 2 anos;
2. Dos 2 aos 8 anos. Compreende 6 Subescalas:
(A) Locomotora;
(B) Pessoal social;
(C) Audição e linguagem;
(D) Coordenação olho mão;
(E) Realização;
(F) Raciocínio prático.
A – Locomotora
✓ Avalia a motricidade global, incluindo equilíbrio, coordenação e controlo dos movimentos;
✓ Deve ser observado o modo como a criança executa a atividade;
✓ Muitos itens exigem demonstração D(o); todos tem 2 tentativas (Tx2); alguns não são
possíveis de observar diretamente;
✓ Os resultados são sensíveis aos comportamentos de oposição, inibição e desorganização do
comportamento;
✓ Importante na avaliação do planeamento motor.
B–Pessoal-social
✓ Avalia competências na realização de atividades da vida diária, incluindo
autonomia/dependência;
✓ Avalia a capacidade de interagir com outras crianças;
✓ Alguns itens fazem apelo à linguagem (nome, idade, sexo);
✓ Alguns itens são cotados com base na informação dos pais, devendo sempre que possível
ser observados diretamente;
✓ Os resultados nesta escala são muito influenciados pelas práticas educativas familiares;
✓ Os resultados são importantes para o diagnóstico diferencial das perturbações
psicopatológicas;
✓ A cotação é também influenciada pela subjetividade do observador.
C – Audição-fala
43
✓ Avalia a linguagem, compreensão e expressão linguísticas;
✓ É insuficiente para o diagnóstico das perturbações específicas da linguagem;
✓ É importante no diagnóstico diferencial das perturbações psicopatológicas;
✓ Tem correlação baixa com as provas verbais das escalas de Wechsler;
✓ Pouco sensível aos domínios mais subtis do domínio linguístico;
✓ Pouco sensível à capacidade combinatória e à produção de enunciados complexos;
✓ Não dá informação sobre organização da linguagem narrativa que deverá sempre ser
explorada, acessoriamente.
D – Coordenação olho-mão
✓ Avalia a motricidade fina, destreza manual, capacidades visuo-percetivas;
✓ Permite observar a persistência e organização das atividades;
✓ A preferência manual;
✓ A preensão;
✓ É prejudicada pela instabilidade;
✓ É muito influenciada pela experiência anterior da criança nos seus contextos de vida
E – Realização
✓ Competências de manipulação, rapidez de execução e precisão;
✓ Implica a perceção visuo-espacial;
✓ Importante no diagnóstico diferencial;
F – Raciocínio prático
✓ Capacidade para resolver problemas práticos, responder a questões, e ordenar sequências;
✓ Compreensão de conceitos matemáticos básicos.
Estudos/Investigação
Não encontramos na literatura estudos com populações clínicas da área da saúde mental. Tanto a
autora, Ruth Griffiths, como estudos posteriores, apenas fazem referência aos perfis de crianças
44
com alterações e/ou atrasos do desenvolvimento, défices sensoriais e síndromes orgânicos. Esta
escala é muito pouco utilizada na investigação.
Compreende 5 Subescalas:
A / Fundamentos da aprendizagem;
B/ Linguagem e comunicação;
C/ Coordenação olho-mão;
F Raciocínio pratico
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Escala A - Fundamentos da Aprendizagem
Avalia:
✓ Capacidade de aprendizagem;
✓ Rapidez de processamento;
✓ Memória;
✓ Atenção;
✓ Funções executivas;
✓ Conceitos;
Atividades lúdica e imaginativa.
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• Menos ênfase nas habilidades grafo motoras, mais sensíveis às diferenças culturais e de
género.
Escala D - Pessoal-social-emocional
• Pessoal:
Autonomia;
Autoconceito;
• Socio-emocional:
Vinculação;
Regulação;
Interação social;
Atenção conjunta;
Compreensão e expressão emocional;
Cognição social;
Teoria da mente;
Juízo moral;
Empatia.
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CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA NA PRIMEIRA INFÂNCIA E IDADE PRÉ ESCOLAR: DC 0-3R, DC 0-5
Processo de Diagnóstico
1. Avaliação da criança;
2. Classificação das perturbações;
• Classificam-se perturbações e não indivíduos;
• A avaliação precede necessariamente a classificação;
• O diagnóstico clínico envolve pôr em conjunto as múltiplas observações e fontes de informação
sobre a criança dentro de um esquema geral de diagnóstico;
• Serve também como guia para a intervenção terapêutica.
48
• A DC:0-3R tem sido usada para a classificação das perturbações nos primeiros 4 anos, confirmando
a sua utilidade nas idades pré-escolares.
EIXO I
100 - Perturbação de stress pós-traumático
150 - Perturbação de negligência/maus tratos
200 - Perturbação do afeto
210 - Perda prolongada/reação de luto
220 - Perturbação de ansiedade
221 - Perturbação ansiedade de separação
222 - Fóbica específica
223 - Perturbação de ansiedade social
224 - Perturbação de ansiedade generalizada
225 – Perturbação de ansiedade NOS
230 - Depressão da primeira infância e infância precoce Tipo I - Depressão Major
49
510 - Perturbação do adormecer
520 - Perturbação do acordar durante a noite
600 - Perturbação do Comportamento Alimentar
601 - Perturbação da regulação
602 - Perturbação da reciprocidade mãe/bebé
603 - Anorexia infantil
604 - Seletividade alimentar (aversão sensorial)
605 - Perturbação Alimentar associada a problemas médicos
606 - Perturbação Associada a problemas gastrointestinais
700 - Perturbação da Relação e da Comunicação
710 - Perturbação Multissistémica do desenvolvimento (MSDD)
800 - Outras perturbações (DSM-TR ou ICD 10)
EIXO II
Deve ser usada quando a perturbação relacional for significativa, independentemente da existência
ou não de sintomas na criança.
1. EXCESSIVAMENTE ENVOLVIDA
Caracterizada por marcada proximidade física ou psíquica pais / criança, interferindo nas atividades
da criança apropriadas à idade.
2. POUCO ENVOLVIDA
Interações esporádicas ou pouco frequentes, traduzindo-se por uma diminuição do interesse
pais/criança ou má qualidade de cuidados.
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3. ANSIOSA / TENSA
Interações tensas, pouco variadas, num clima de pouco prazer, pouca mutualidade e tensão.
51
✓ Avaliação, para cada perturbação, dos critérios sofrimento e compromisso funcional.
PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE
• Perturbação de ansiedade de Separação;
• Perturbação de Ansiedade Social (Fobia Social);
• Perturbação de Ansiedade generalizada;
• Mutismo seletivo;
• Perturbação e inibição à novidade;
• Outras perturbações de Ansiedade da Primeira Infância.
PERTURBAÇÕES DO HUMOR
• Perturbação depressiva da primeira Infância;
• Perturbação da desregulação da Raiva e agressão da 1ª infância;
• Outras Perturbações Do Humor.
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PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA E RELACIONADAS
• Perturbação Obsessivo-compulsiva;
• Perturbação de Tourette;
• Perturbação de tiques Motores ou vocais;
• Tricotilomania;
• Perturbação de Escoriação “skin picking”;
• Perturbações do sono
• Perturbação de Insónia inicial;
• Perturbação de Despertares noturnos;
• Perturbação de Micro despertares noturnos;
• Perturbação de Pesadelos da Primeira Infância;
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Outras Perturbações e Privação Stress e Trauma da Primeira Infância.
PERTURBAÇÕES DA RELAÇÃO
❑ Perturbação Específica da Relação da 1ª Infância.
Eixos II a V
❑ O Jogo
• Brincar é a atividade mais natural e espontânea das crianças, particularmente nos anos pré-
escolares;
• O jogo simbólico, com a sua função lúdica essencial, permite expressar desejos, conflitos e medos
de origem consciente e inconsciente;
• Através do jogo, a angústia transforma-se em prazer, o que lhe confere em contexto clínico uma
importante dimensão terapêutica;
• O jogo é um excelente meio de observação, permitindo o acesso direto à vida emocional da criança;
54
• A observação do jogo é uma forma privilegiada de interpretação dos conflitos internos e da
dinâmica afetiva e emocional da criança;
• Tem um importante papel ao nível do diagnóstico e da intervenção terapêutica. Winnicott: Jogo
como espaço potencial entre a mãe e o bebé;
• Objeto transitivo:
✓ Valor simbólico de união com o objeto materno;
✓ Defesa face à angústia de separação;
✓ Intermediário para a identificação do real;
✓ Possibilita também a projeção da ambivalência;
✓ Primeira manifestação da capacidade para simbolizar;
• No plano clínico, jogar pode constituir uma intervenção terapêutica (técnica do squiggle p.e.). M.
Klein: Introduz o método de psicanálise de crianças pela técnica do jogo;
• “No jogo a criança traduz para um modo simbólico os seus fantasmas, os seus desejos, as suas
experiências vividas”;
• Descobriu que a criança exprime pelo jogo e pelo comportamento aquilo que o adulto apenas
comunica pela palavra
• A criança que brinca faz poucas seleções voluntárias, ao contrário do adulto com os seus
pensamentos;
• A representação simbólica do jogo permite-lhe distanciar-se dos seus conflitos e angústias.
55
• Prazer associado ao cumprimento de tarefas implica mecanismos de imitação, identificação e
interiorização de experiências positivas;
• A aptidão para o jogo transforma-se por fim em aptidão para o trabalho;
“O espaço de encontro entre a criança e o terapeuta necessita de uma área de jogo, de ilusão, de
criação. Espaço mediador entre o interior e o exterior, a realidade e a fantasia”. Teresa Ferreira
O que é significativo é a combinação dos diferentes elementos. Importa a forma como são isolados
ou articulados. O mais importante é o sentido que a criança lhes atribui e as manifestações afetivas
56
que acompanham o jogo. O desinteresse pelo material e pelo jogo podem sinalizar uma dificuldade
permanente ou transitória. A excitação e desorganização pode também sugerir perturbação.
❑ O Desenho
M.Klein
• O desenho como expressão de uma atividade inconsciente e como expressão de um gesto mágico
reparador;
• Desenho como processo de simbolização: O simbolismo é a base da fantasia.
Valor diagnóstico
57
✓ o seu simbolismo corporal;
✓ as suas relações familiares;
• É uma representação individual da realidade, um meio de expressão, uma linguagem .
• A perspetiva de Luquet subordina a evolução do desenho à noção de realismo; é, por isso, limitada.
1. Da garatuja à pré-escrita
A partir dos 18 meses até aos 3 anos – traçados instintivos, movimentando o corpo todo.
2. Fase pré-figurativa
Primeiras formas esquemáticas – o círculo e a cruz, os dois sinais mais simples de fazer tanto por
crianças como por adultos.
o Associados, evocam a forma do girino ou cabeçudo;
o A criança associa a forma arredondada a segmentos de reta para representar simbolicamente
pessoas, animais, objetos.
58
3. O “girino” ou “cabeçudo”
o Ao representar a figura humana, aos 4/5 anos, a criança ainda não distingue a cabeça do tronco;
o Só quando surgem mais tarde outras formas diferenciadas, triângulos, quadrados e retângulos, é
que o círculo passa a representar formas redondas.
4. Ideografismo
o Os esquemas de representação infantil correspondem a ideias ou noções que fazem parte do seu
vocabulário figurativo (a ideia de pessoa, de casa, de árvore);
o Desenhar permite também descarregar tensões internas e conflitos.
Dá conta da representação mental que a criança tem de si própria e do seu esquema corporal.
Aspetos evolutivos:
3 anos: cabeçudo
5 anos:
✓ começa a desenhar o tronco com botões, eventualmente outros detalhes de vestuário;
6 anos:
✓ início das indicações de dinamismo, por ex. movimento dos braços ou pernas;
59
6 anos ½:
✓ aparecimento do perfil;
✓ as indicações de dinamismo aumentam.
Tópicos de análise:
❑ Traços Histéricos:
❑ Traços Obsessivos:
60
❑ Traços psicóticos:
A instrução consiste em pedir à criança que desenhe não a própria família, mas ”uma família
inventada por si”. Esta instrução favorece a liberdade de projeção e permite uma melhor análise da
personalidade. Convida à projeção dos conflitos relacionais. A proporção relativa das personagens e
a sua localização devem ser avaliados em termos projetivos, mas também genéticos.
O desenho depois de acabado deve ser comentado pela criança. É-lhe pedido que caracterize cada
personagem da família imaginária, na sua individualidade e na relação com os outros. Procura-se
saber com qual das personagens se identifica.
➢ Etapas genéticas:
• 18 meses - Rabisco;
• 2 anos - Imitação de linhas verticais;
• 2 anos ½ - Imitação de linhas horizontais e verticais paralelas;
• 3 anos - Espirais, círculo;
• 3 anos ½ - Imitação de oblíquas, cruz;
• 4 anos - Quadrado, figuras fechadas;
61
5 anos – Triangulo;
6 anos – Losango.
Nestas idades, utiliza-se a Forma B, mais simples e que se destina ao exame de crianças entre os 4 e
os 7 anos.
• A avaliação cognitiva, com instrumentos adaptados pode ser um excelente instrumento clínico,
desde que integrado numa abordagem mais global;
• Fornece os meios para proceder ao diagnóstico rigoroso das funções intelectuais;
• Um resultado em termos de QI não define, por si só, as dificuldades de uma criança nem as suas
competências.
Escalas de Wechsler
❑ Análise qualitativa
Para além do valor do QI total, estas escalas permitem uma análise do perfil de resultados,
discriminando quais as áreas em que a criança tem maiores ou menores dificuldades. Permitem
uma análise do funcionamento intelectual enquanto associado a outros aspetos da personalidade,
encarando a inteligência como componente desta última (Debray, 2003).
62
A comparação inter-testes para uma mesma criança, tem um importante valor diagnóstico. Existem
vários tipos análise de “scatter” ou dispersão de resultados, permitindo estabelecer
perfis individuais. O mais usado consiste em determinar as diferentes distâncias das notas dos sub-
testes, em relação à média pessoal, da criança e interpretar esses desvios pelo método dos sinais.
Diferenças de 20 pontos podem ser obtidos em reavaliação. A WPPSI avalia a eficiência intelectual
e não a inteligência. Para além dos fatores intelectuais, os fatores instrumentais e afetivos
interferem nos resultados.
WPPSI (WECHSLER PRESCHOOL AND PRIMARY SCALE OF INTELLIGENCE: DOS 4 AOS 6 ANOS ½
A WPPSI, (1967), pode aplicar-se dos 4 aos 6 anos e meio. Assemelha-se à WISC em forma e
conteúdo, mas apresenta características próprias:
o Oito dos seus sub testes são derivados da WISC e três são novos: Frases, casa de animais e
desenhos geométricos;
o O sub teste Casa de animais foi incluído com a intenção de substituir o Código, contudo, não pode
ser considerado como seu equivalente.
É também constituída por duas Escalas, Verbal e Realização, com seis e cinco testes,
respetivamente:
o Verbal: Informação, Vocabulário, Aritmética, Semelhanças, Compreensão e Frases (suplementar);
o Realização: Casa de Animais, Comp. Figuras, Labirintos, Desenhos Geométricos e Cubos.
A WPPSI não sendo uma extensão da WISC, mas uma nova Escala, incluí alguns dos seus subtestes o
que permite estudos longitudinais e comparativos.
63
MATRIZES PROGRESSIVAS DE RAVEN COLORIDAS (CPM)
Medem a capacidade de dedução de relações dos sujeitos. Esta capacidade é considerada como
uma das principais componentes da inteligência geral e do fator g.
As MPC de Raven (CPM) são constituídas por 36 itens, divididos em 3 séries de 12, identificadas
como: A, AB e B. Foram concebidas para avaliar crianças e idosos e para serem utilizadas em
avaliações clínicas - idade de utilização entre os 5 e os 12 anos. O seu conteúdo é menos cultural e
apresenta menor apelo à linguagem e às aprendizagens escolares. Possibilita a análise de
estratégias de resposta.
➢ MÉTODOS PROJETIVOS
Os métodos projetivos são testes de personalidade, destinados à avaliação das condutas e conflitos
psíquicos. Em função do modelo teórico, os dados projetivos podem ser interpretados em termos
de processos, organização de personalidade ou perturbação.
- N.R. Traubenberg
A situação de teste proposta à criança no exame psicológico combina dois movimentos, dois tipos
de atitude:
2. Testes ou técnicas projetivas - Convidam à expressão livre do imaginário a partir de uma realidade
percetiva.
64
- Monika Boekhold
Os marcos relativos à idade só podem ser aproximados, de acordo com as características de cada
criança.
A escolha da prova pode fazer-se em função dos objetivos da avaliação e das características do
material. O CAT e o Pata Negra comportam, no plano latente, solicitações regressivas enquanto o
TAT procura identificar o eixo edipiano e as modalidades defensivas mais elaboradas.
A organização defensiva
65
A atividade defensiva é a mais fácil de identificar nas provas temáticas.
O recalcamento;
O isolamento;
A formação reativa.
66
Tem como base a história de um único animal e da sua família. Implica um processo narrativo a
partir das imagens, sendo nessa medida comparável ao CAT e TAT. Diferencia-se pela forma de
aplicação: As imagens não são apresentadas numa ordem determinada, é a criança que seleciona
os cartões.
É destinado a crianças dos 4 aos 10 anos, com maior eficácia a partir dos 6 anos.
Permite investigar:
✓ Eixo identidade-identificação (capacidade de individuação);
✓ Escolhas objetais;
✓ Narcisismo (imagem de si, do corpo).
Material:
Além do “frontispício” que apresenta o PN e a sua família e “fada” que concluí a prova, o PN
é composto por 17 desenhos designados por um título. O material é totalmente figurativo, sem
zonas de sombra nem imprecisão.
Temas:
✓ Os temas centram-se nas noções de desejo, frustração/castração, agressividade,
culpabilidade/punição;
✓ É uma prova reveladora dos conflitos da primeira infância, particularmente das perturbações
relativas à fratria real e imaginária;
✓ Numa perspetiva dinâmica a liberdade de escolha permite uma interpretação rica da sucessão de
temas.
67
Análise:
o O conteúdo manifesto;
o O conteúdo latente: temas.
Limitações:
• A administração e interpretação são longas, mais longas que o CAT;
• Várias pranchas induzem de forma demasiado direta temas regressivos cuja interpretação pode ser
errada.
A sua construção inspirou-se no TAT. O CAT, é constituído por 10 pranchas, representando cenas de
animais em situações humanas. Destina-se preferencialmente a crianças entre os 3 e os 10 anos.
Implica capacidade de elaborar uma narrativa (normalmente apenas a partir dos 5/6 anos).
✓ Cenas mais ou menos estruturadas com personagens animais cuja identidade sexual por vezes não
é evidente;
✓ Reativa situações relacionais cujo modelo é geralmente edipiano;
✓ Algumas situações prestam-se à projeção de relações pré-genitais;
✓ Facilita os processos de simbolização e projeção.
68
L. Bellak
69
4. Relação mãe/criança.
o Relação mãe/criança numa situação de rivalidade fraterna;
o Fantasma de gravidez;
o Remete para a imago materna;
o Os atributos diferenciados dos personagens facilitam a projeção;
o Os conflitos autonomia/dependência podem ser colocados pelas personagens infantis.
70
o Remete para a problemática do abandono e solidão;
o Medo do escuro e curiosidade sexual;
o Elaboração da posição depressiva;
o Aspetos depressivos relacionados com a exclusão do casal parental.
Bellak e Bellak
o A forma como é descrito corresponde à imagem que a criança tem de si própria e/ou o
papel social que desempenha;
o Pode haver identificação com diferentes personagens;
o A identificação com personagens secundários é importante por representar sentimentos e
atitudes inconscientes;
71
Conceção do mundo: Agressividade, perigo, desamparo, conforto…
Conflitos significativos: Natureza dos conflitos manifestos nas histórias e mecanismos de defesa;
Integração do ego: Forma como a criança lida com os impulsos e com a realidade externa;
Contacto com a realidade: Narrativas não adequadas aos estímulos das pranchas, com distorções,
indicia défice no contacto com a realidade;
Relações interpessoais: As pranchas permitem o acesso a atitudes da criança em relação aos pais,
irmãos e outras pessoas significativas (dependência, medo, rivalidade, solidão). Padrões afetivos:
Sentimentos manifestos (alegria, tristeza). Quem oferece apoio, manejo da agressividade, quem
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agride, quem é agredido, presença ou ausência de culpa; Mecanismos de defesa: Identificação dos
principais tipos de defesa;
Integração do ego e adaptação: Atitudes para consigo próprio (competência, segurança pessoal,
domínio, independência).
o Análise dos temas, heróis e suas necessidades que são indicadores da estrutura
psíquica e das necessidades emocionais da criança;
o A resolução das histórias, reveladora da forma como a criança lida com as diferentes
situações.
73
MC4: Participação corporal: deslocações, gestos.
74
IF1: Introdução de personagens que não figuram na imagem.
IF2: Apelo ao imaginário infantil dos contos.
IF3: Encenações, diálogos, importância dada às interações, digressões: transparência das
mensagens simbólicas.
IF4: Erotização das relações, dominância da temática sexual e/ou simbolismo transparente.
IF5: Instabilidade identificatória, hesitações, confusões sobre o sexo das personagens.
IF6: Insistência na representação de ação (ir, correr, fugir, fazer).
IF7: Fabulação longe dos cartões, inadequação do tema ao estímulo.
IF8: Expressões cruas, ligadas a temática sexual ou agressiva.
IF9: Confusão identitária, telescopagem de papéis, instabilidade dos objetos.
7. RECURSO À OBJECTIVIDADE E AO CONTROLO (OC) OC1: Descrição com apego aos pormenores.
AS DEFESAS PRIMITIVAS
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o Afetos (RA);
o Defesa patológica a partir da idade em que realidade e fantasma devem estar diferenciados;
o Nas provas temáticas, a projeção maciça passa, necessariamente, pelas falhas da linguagem, que
dão conta de dificuldades identitárias subjacentes (OC9; OC10). Recusa: (da realidade exterior)
o Escotomas ou aberrações percetivas (OC8), suscetíveis de conduzir a confusões identitárias
(IF9);
o Como qualquer defesa primitiva, o seu caráter patológico é função da intensidade e da
articulação com outras modalidades.
DEFESAS NARCÍSICAS
3).
O sobre investimento da realidade percetiva (RE1,2), pode ter um valor antidepressivo quando
impede a dramatização dos conflitos;
76
DEFESAS DE TIPO NEURÓTICO
Prevalência dos procedimentos (EI1,2,3), que não impedem a encenação dos conflitos
(IF1,2,3,4,5,6);
DEFESAS RÍGIDAS
Procedimentos OC 1,2,3,4,5,6;
Organizações psicóticas
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• Angústias arcaicas de destruição/fragmentação.
Organizações desarmónicas
Ao lado das defesas primitivas surgem modalidades mais elaboradas como o recurso à realidade
exterior;
CAT-H
Utilizado com crianças mais velhas, que já não aceitam bem os estímulos com animais e considera-
os infantis. Na sua construção, sentiram dificuldade em encontrar imagens ambíguas no que diz
respeito ao sexo, idade e atributos culturais.
CAT-S
Construído por Bellak em 1952. O CAT-S foi construído para trazer à luz situações que ocorrem
frequentemente, não pertencendo necessariamente aos prolemas universais. Qualquer uma das 10
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imagens deve ser apresentada à criança como complemento ao CAT normal. O CAT-S contém 10
imagens adicionais, que podem ser selecionadas de acordo com as necessidades.
79