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TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS

Escala de Distress Psicológico de Kessler (K10)

1. Nome: Escala de Distress Psicológico de Kessler (K10)


2. Autor, ano de publicação e versão: Kessler, Barker et al. 2003. Versão portuguesa por
Anabela Pereira, Carla Andreia Oliveira, Ana Bártolo, Sara Monteiro, Paula Vagos e
Jacinto Jardim, 2017.
3. Construto que avalia: Distress Psicológico.
4. População alvo: Adultos.
5. Tipo de avaliação: Individual, 10 itens de autorrelato, 5 minutos.
6. Modo de cotação: Cada item é cotado de “nenhum dia” a “todos os dias”, numa
escala de tipo-Likert de 5 níveis. As pontuações dos 10 itens são sumadas tendo uma
pontuação mínima de 10 e máxima de 50.
Baixas pontuações indicam baixos níveis de distress psicológico e altas pontuações
indicam altos níveis de distress psicológico. De 10 a 15 pontos “distress baixo”, 16 a
21 pontos “moderado”, 22 a 29 pontos “alto” e 30 a 50 pontos “severo”.
Participantes com pontuação mais alta que 22 têm risco de ter uma perturbação
mental.
7. Informações que considera pertinentes: Consistência interna elevada (α = .91)

Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)

1. Nome: Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)


2. Autor, ano de publicação e versão: Beck, Steer & Brown, 1996.
a. Adaptações para a população portuguesa:
- Martins, Coelho, Ramos e Barros, 2000
- Campos e Gonçalves, 2011
3. Construto que avalia: Depressão, medindo a severidade dos sintomas.
4. População-alvo: Acima dos 13 anos.
5. Tipo de aplicação: Individual, 21 itens de autorrelato, 10 minutos
6. Modo de cotação: Os itens são cotados de 0 a 3 pontos (escala de tipo-Likert);
pontuação entre 0-63 pontos – 0-13 Sintomatologia mínima; 14-19 Depressão ligeira;
20-28 Depressão moderada e 29+ Depressão severa.

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7. Informações que considera pertinentes:
a. Consistência Interna: α = .90 excelente
b. Teste re-teste: .73 < r < .96 bom-ótimo

Escala de Alexitimia de Toronto de 20 Itens (TAS-20)

1. Nome: Escala de Alexitimia de Toronto de 20 Itens (TAS-20)


2. Autor, ano de publicação e versão: Bagby, Parker & Taylor, 1994. Versão portuguesa
por Praceres, Parker e Taylor, 2000.
3. Construto que avalia: Alexitimia, isto é, a dificuldade em descrever emoções,
sentimentos e sensações corporais.
4. População-alvo: Adultos.
5. Tipo de aplicação: Individual, 20 itens de autorrelato, 10 minutos.
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de cinco pontos – 1: Discordo totalmente; 2:
Discordo em parte; 3: Não concordo nem discordo; 4: Concordo em parte; 5:
Concordo totalmente. A cotação dos resultados obtém-se através do seu somatório,
variando de 20 a 80. São considerados alexitímicos os indivíduos com resultados
superiores ou iguais a 61 e não alexitímicos os sujeitos com resultados inferiores ou
iguais a 51.
7. Informações que considera pertinentes:
a. A análise fatorial confirmatória demonstrou uma estrutura fatorial estável e
replicável que é congruente com o constructo de alexitimia – (F1) dificuldade
em identificar sentimentos; (F2) dificuldade em descrever os sentimentos aos
outros; (F3) estilo de pensamento orientado para o exterior.
b. Apresenta adequada precisão – α = 0.79 para o instrumento completo;
Coeficiente de Pearson de .90 (p < .001) para três semanas de intervalo e de
.86 (p < .001) para seis semanas de intervalo – e validade para a avaliação do
constructo de alexitimia.

The State-Trait Anxiety Inventory (STAI)

1. Nome: Inventário de Estado-Traço de Ansiedade (STAI)


2. Autor, ano de publicação e versão: Spielberger, Gorsuch & Lushene, 1970. Versão
portuguesa por Danilo R. Silva, 2003.
3. Construto que avalia: Ansiedade-estado e ansiedade-traço.
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4. População-alvo: Adultos.
5. Tipo de aplicação: Autorrelato, duas escalas com 20 itens cada – a escala Ansiedade-
Estado (Y-1) e Ansiedade-Traço (Y-2), 20 minutos.
6. Modo de cotação: As respostas estão cotadas numa escala do tipo Likert que varia
entre 1 e 4 pontos, correspondendo 1 ao grau mínimo e 4 ao grau máximo. Cada
escala tem como pontuação máxima 80 e mínima de 20. Quanto mais alto for o
resultado obtido pelo sujeito mais elevados serão os níveis de sintomatologia
ansiosa.
Os itens cotados de forma inversa em que a ansiedade está ausente consistem em 10
itens da escala de Estado (Y-1) (1, 2, 5, 8, 10, 11, 15, 16, 19, 20) e em 9 itens da escala
de Traço (Y-2) (21, 23, 26, 27, 30, 33,34, 36, 39).
7. Informações que considera pertinentes: Boa consistência interna (.80 e .90) e uma
estabilidade temporal adequada (.59 para ansiedade-estado e .80 para ansiedade-
traço).

BSI – Inventário de Sintomas Psicopatológicos

1. Nome: BSI – Inventário de Sintomas Psicopatológicos


2. Autor, ano de publicação e versão: L. R. Derogatis; 1993. Versão portuguesa por
Maria C. Canavarro, 1999.
3. Construto que avalia: Avalia sintomas psicopatológicos em termos de 9 dimensões de
sintomatologia e 3 Índices Globais.
4. População-alvo: Doentes do foro psiquiátrico, indivíduos perturbados
emocionalmente, outros doentes e a pessoas da população em geral. Pode ser
utilizado em adolescentes (com idade mínima recomendada de 13 anos).
5. Tipo de aplicação: Individual, 53 itens de autorrelato, 25-30 minutos.
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 pontos (“Nunca”, “Poucas Vezes”,
“Algumas Vezes”, Muitas Vezes”, “Muitíssimas Vezes”). Soma dos valores obtidos em
cada item, pertencentes a cada uma das 9 dimensões, e posterior divisão da soma
obtida pelo número de itens da respetiva dimensão. Adicionalmente, é possível
calcular 3 pontuações globais (Índice Geral de Sintomas, Total de Sintomas Positivos,
Índice de Sintomas Positivos). A análise das pontuações obtidas nas 9 dimensões
fornece informação sobre o tipo de sintomatologia que perturba mais o indivíduo.

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Cotação:

• Somatização = 0,42
• Obsessões – Compulsões = 2
• Sensibilidade interpessoal = 0,75
• Depressão = 1,16
• Ansiedade = 1,5
• Hostilidade = 0,8
• Ansiedade fóbica = 0
• Ideação Paranoide = 0,4
• Psicoticismo = 1,2
7. Informações que considera pertinentes: Alfa de Cronbach varia entre .70 e .80 (tendo
em conta as 9 dimensões do instrumento), à exceção dos valores observados para as
escalas de Ansiedade Fóbica e de Psicoticismo, que apresentam valores inferiores.

Escala de Medida de Manifestação de Bem-Estar Psicológico (EMMBEP)

1. Nome: Escala de Medida de Manifestação de Bem-Estar Psicológico (EMMBEP)


2. Autor, ano de publicação e versão: R. Massé, C. Poulin, C. Dassa, J. Lambert, S. Bélair
e A. Battaglini, 1998. Adaptação portuguesa por Sara Monteiro, José Tavares e
Anabela Pereira, 2012.
3. Construto que avalia: Bem-Estar Psicológico.
4. População-alvo: Adultos.
5. Tipo de aplicação: Individual, 25 itens de autorrelato (10 minutos) divididos em 6
subescalas – autoestima (4 itens), equilíbrio (4 itens), envolvimento social (4 itens),
sociabilidade (4 itens), controlo de si e dos acontecimentos (4 itens) e felicidade (5
itens).
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 pontos que varia entre 1 (Nunca) e 5
(Quase sempre). Quanto maior o número total por meio das somas das pontuações
de todos os itens, mais elevado será o bem-estar psicológico percebido.
7. Informações que considera pertinentes: Bons valores de consistência interna no geral
– felicidade (α = .89), sociabilidade (α = .83), controlo de si e dos acontecimentos (α =
.85), envolvimento social (α = .67), autoestima (α = .83), e equilíbrio (α = .69).

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Índice de Reactividade Interpessoal

1. Nome: Índice de Reactividade Interpessoal (IRI)


2. Autor, ano de publicação e versão: Marc Davis, 1980. Versão portuguesa por Teresa
Limpo, Rui Alves e São Luís Castro, 2010.
3. Construto que avalia: Empatia (as dimensões afetivas e cognitivas).
4. População-alvo: Adultos (>17 anos).
5. Tipo de aplicação: Individual, 24 itens de autorrelato, 10 minutos
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 4 pontos, desde “Não me descreve bem
(0) a “Descreve-me muito bem” (4). A cotação dos resultados é feita pela soma e
média das cotações de cada sub-escala (Tomada de Perspetiva, Preocupação
Empática, Desconforto Pessoal e Fantasia)
7. Informações que considera pertinentes: A consistência interna das sub-escalas é
adequada – α = .73 para a Tomada de Perspetiva, α = .76 para a Preocupação
Empática, α = .80 para o Desconforto Pessoal e α = .84 para a Fantasia.

Resilience Scale-10 (RS-10)

1. Nome: Resilience Scale-10 (RS-10)


2. Autor, ano de publicação e versão: Versão portuguesa por Jacinto Jardim, Anabela
Pereira e Ana Bártolo, 2021.
3. Construto que avalia: Resiliência.
4. População-alvo: Adultos (>18 anos).
5. Tipo de aplicação: Individual, 10 itens de autorrelato, 5 minutos.
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 pontos que varia entre 1 e 5 (1 = never; 2
= rarely; 3 = sometimes; 4 = almost always; 5 = always), com pontuações entre 10 e
50. Após feita a soma dos valores obtidos em cada item, pontuações maiores indicam
maior nível de resiliência.
7. Informações que considera pertinentes: A escala como um todo apresenta uma boa
consistência interna (α = 0.866).

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WHOQOL-bref

1. Nome: WHOQOL-bref
2. Autor, ano de publicação e versão: OMS, 1994. Versão PT por Canvarro et al., 2006.
3. Construto que avalia: Qualidade de vida = Percepção do indivíduo sobre a sua
posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está
inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Domínios = Saúde física, Estado psicológico, Relações sociais, Ambiente
4. População-alvo: Adultos (>18 anos).
5. Tipo de aplicação: Individual, 26 itens de autorrelato e algumas sociodemográficas
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 pontos, soma das pontuações em cada
domínio com um máximo de 100 a indicar melhor qualidade de vida.
7. Informações que considera pertinentes: A escala como um todo apresenta uma boa
consistência interna (α = 0.92 total, 0.79 dos domínios) e boa validade de construto

IACLIDE

1. Nome: Inventário de Avaliação Clínica da Depressão


2. Autor, ano de publicação e versão: Adriano Vaz-Serra (1994)
3. Construto que avalia: Depressão estado, baseia-se no ICD-10 = diminuição do humor,
redução da energia e da atividade, cansaço acentuado, autoestima e autoconfiança
reduzidas e algumas ideias de culpa e inutilidade; queixas somáticas, como perda de
interesse e sensações de prazer, lentificação psicomotora, agitação, perda de apetite
e de peso e perda de libido.
Áreas de funcionamento = interações biológicas, Sintomas cognitivos, Modificação
das relações interpessoais, Supressão/ alteração do desempenho de tarefa
4. População-alvo: Adultos (>18 anos).
5. Tipo de aplicação: Individual, 23 itens de autorrelato + sociodemográficas
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 de 0 a 4, soma das pontuações em cada
domínio com um máximo de 100 a indicar melhor qualidade de vida.

Depressão leve (20-34 pontos): Indivíduos perturbados pelos sintomas, com dificuldade em
continuar com o seu trabalho, e atividades sociais habituais, mas que não deixam de
funcionar completamente.

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Depressão moderada (35-52 pontos): Indivíduos que apresentam dificuldades consideráveis
em continuar com as suas atividades sociais, de trabalho, ou domésticas.

Depressão grave (>52 pontos): Indivíduos que se sentem incapazes de continuar com as suas
atividades sociais, de trabalho, ou domésticas (funcionamento altamente desadaptativo).

7. Informações que considera pertinentes: A escala como um todo apresenta uma boa
consistência interna (α = 0.890), análise fatorial confirma 5 fatores, boa validade
concorrente com o BDI = 0.717

CMAS-R: Children's Manifest Anxiety Scale-Revised

1. Nome: Escala de Ansiedade Manifesta em Crianças


2. Autor, ano de publicação e versão: Reynolds & Richmond (1978), tradução PT por
Dias & Gonçalves (1999)
3. Construto que avalia: Ansiedade-traço, com uma escala de ansiedade (28 itens) e
uma de mentira (9 itens)
4. População-alvo: Crianças (+8-17 anos??)
5. Tipo de aplicação: Individual, 37 itens de autorrelato, +15 minutos
6. Modo de cotação: Escala dicotómica de “Sim” = 1 e “Não” = 0, soma das cotações
para cada escala

Escala de Auto-Apreciação Pessoal (AAP)


1. Nome: Escala de Auto-Apreciação Pessoal (AAP)
2. Autor, ano de publicação e versão: Newman & Harter (1986), Ribeiro (1994 e 2003)
3. Construto que avalia: Ansiedade-traço, com uma escala de ansiedade (28 itens) e
uma de mentira (9 itens)
4. População-alvo: 16+ anos
5. Tipo de aplicação: Individual, 7 itens de autorrelato
6. Modo de cotação: Escala tipo-Likert de 4 pontos, entre 1 e 4. Nota varia entre 7 e 28,
quanto mais elevada mair positiva a apreciação
7. Informações pertinentes: Adaptação da subescala de apreciação global do “the self-
perception profile for college students” (52 itens em 12 subescalas na versão PT). boa
consistência interna (=0,82)

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TESTES E ESCALAS DE INTELIGÊNCIA
WISC-III

1. Nome: Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças


2. Autor, ano de publicação e versão: David Wechsler (original), Santos, Simões, Rocha
& Ferreira (2003, 3ª Edição PT)
3. Construto que avalia: Funcionamento intelectual geral/inteligência
4. População-alvo: 6-16 anos e 11 meses
5. Tipo de aplicação: Individual, 90 minutos

13 sub-testes divididos em 2 grupos:


Sub-testes VERBAIS:

• Informação,
• Aritmética,
• Compreensão,
• Semelhanças,
• Vocabulário,
• Memoria de dígitos (opcional)

Sub-testes de REALIZAÇÃO:
• Completamento de Gravuras
• Código
• Disposição de Gravuras
• Cubos
• Composição de Objetos
• Pesquisa de Símbolos (subteste opcional)
• Labirintos (subteste opcional)
6. Modo de cotação: Os resultados brutos transformam-se em resultados padronizados
por subteste e por QI (Verbal, de Realização e Escala Completa).
• QI Verbal (bom preditor do desempenho escolar, conteúdos verbais e culturais)
• QI de Realização (estimativa da capacidade fluída)
• QI da Escala Completa (pontuação total de inteligência)
• Índice Compreensão Verbal (influencia da educação e da cultura)

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• Índice Organização Percetiva (capacidade de interpretar e/ou organizar material
visual)
• Índice Velocidade de Processamento (rapidez cognitiva e motora)
• Idade Teste (Utilizar a Tabela 44 e converter resultados Brutos em Idade Teste)
7. Informações pertinentes: Alfas variam entre .62 e .93. e estabilidade temporal
(teste-reteste) variam entre .49 e .95.
• Critério de início: As provas podem iniciar-se em itens diferentes em função da idade
da Criança.
• A regra de retrocesso é aplicada em caso de insucesso
• Critério de Interrupção: Em cada sub-teste existe um nmr max de erros consecutivos
• Contextos: avaliação psicopedagógica, orientação escolar, necessidades educativas
especiais (aprendizagem, atrasos desenvolvimento, sobredotação), avaliação clínica e
neuropsicológica, investigação

WAIS

A WAIS-III é aceitável para utilização com pessoas entre os 16 anos e 11 meses e os 90 anos
de idade. Para menores de 16 anos e 11 meses, são utilizadas a Escala de Inteligência de
Wechsler para a Idade Pré-Escolar e Primária (WPPSI, 2 ½ anos aos 7 anos e 7 meses) e a
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC, 6-16 anos)

MATRIZES PROGRESSIVAS DE RAVEN

• População: Crianças e adultos com baixa escolaridade.


• Idades: Entre os 5 e os 12 anos e acima dos 65 anos.
• Administração: Individual ou em grupo.
• Este teste poderá ser utilizado em diversos contextos como, por exemplo, clínica,
educacional e recursos humanos.

As Matrizes Progressivas Coloridas de Raven - forma paralela (CPM-P) são constituídas por
36 itens, divididos em 3 séries de 12, identificadas como: A, AB e B. Foram concebidas para
avaliar crianças e idosos e para serem utilizadas em avaliações clínicas. Estudos científicos
sugerem que, caso as CPM-P sejam utilizadas na avaliação de sujeitos adultos (com baixa
escolaridade e idade inferior a 65 anos), o resultado obtido deverá ser comparado com os
resultados do último grupo normativo (i.e., 12 anos).
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• A tipificação portuguesa utiliza a escala percentílica e a escala típica de eneatipos
(estaninos)
• Tempo despendido na realização da totalidade do teste: entre 10 a 20 minutos.

TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO – EDUCAÇÃO


Sistema de avaliação Empiricamente Validado (ASEBA)

• Avaliação da psicopatologia em crianças e adolescentes (dos 18 meses aos 18 anos)


• Problemas comportamentais, emocionais e sociais, competências e funcionamento
adaptativo do sujeito. No mínimo, temos 3 respondentes (criança ou jovem, pais,
professores, educadores, outros familiares, etc)
• Pontuação: 0 (não é verdadeira), 1 (às vezes verdadeiro), 2 (frequentemente vdd)
• Mesmos itens mas elaborados de forma diferente consoante o respondente.
• Dimensões/subescalas (internalização ou externalização): depressão/ansiedade,
queixas somáticas, problemas sociais, comportamento agressivo, problemas de
atenção/concentração, isolamento, seguimento das regras/comportm de oposição.
• Correlações entre os respondentes: tentativa de integração de todas as perspectivas.
O que é mais coerente entre os correspondentes? - As correlações podem indicar-
nos “onde” está o problema, num contexto específico, em vários contextos, etc.

→ A utilidade deste modelo de avaliação vai desde a facilitação da entrevista com os pais
(com recurso à CBCL ou CBCL 1.5/5) e com o adolescente, através do uso da YSR; passando
pelo auxílio na formulação do diagnóstico (e.g. grau de severidade dos problemas, contextos
onde surgem, incongruências) e no planeamento da intervenção (e.g. Identificação das áreas
prioritárias e objetivos) até a avaliação final do processo (avaliação de eficácia).

• Período pré-escolar (18 meses até 5 anos)


• Questionário de Comportamentos da Criança – CBCL 1 ½ – 5
• Questionário de Comportamentos da Criança para Educadores – CTRF 1 ½ – 5
• Período escolar (6 aos 18 anos)
• Questionário de Comportamentos da Criança – CBCL 6 – 18
• Questionário de Comportamentos da Criança – TRF 6 – 18
• Questionário de auto-avaliação para jovens – YSR 11-18

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• Prova de Análise de Despiste da Dislexia (PADD)
• Escala de Conners
• Escala para a Avaliação do Défice de Atenção com Hiperatividade (EDAH)
• Teste de Stroop

TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE


16PF–5

1. Ficha técnica: Publicado primeiramente em 1949, por Raymond Cattell e Alan D.


Mead, este questionário já sofreu várias revisões, com a quinta versão a datar de
1993 (16PF–5), desenvolvida por Raymond e Heather Cattell. O Sixteen Personality
Factor Questionnaire é destinado a maiores de 16 anos, e leva cerca de 30 a 50
minutos a preencher em papel, ou 25 a 40 minutos em computador, podendo ser
administrado tanto individualmente como a grupos.
2. Descrição Física: 185 itens em formato de afirmação, avaliados com uma escala tipo-
Likert de 3 pontos que varia entre “a” (“verdadeiro” ou uma alternativa de resposta
oposta à “c”), “b” (“?” ou o sujeito não sabe responder) e “c” (“falso” ou uma
alternativa de resposta oposta à “a”).
3. Descrição Técnica: Instrumento de autorrelato que mede funções não patológicas da
personalidade, através de 16 escalas bipolares de primeira ordem (fatores primários)
– Afabilidade (A), Raciocínio (B), Estabilidade (C), Dominância (E), Animação (F),
Atenção às normas (G), Atrevimento (H), Sensibilidade (I), Vigilância (L), Abstração
(M), Privacidade (N), Apreensão (O), Abertura à mudança (Q1), Autossuficiência (Q2),
Perfeccionismo (Q3), Tensão (Q4) –, 5 escalas bipolares de segunda ordem (fatores
globais) – Extroversão, Independência, Dureza, Auto-controlo e Ansiedade – e 3
escalas de terceira ordem, referentes a vieses de resposta – manipulação de imagem,
infrequência e aquiescência (Figura X). O questionário pode ser aplicado em contexto
clínico, educacional, organizacional e de investigação, permitindo averiguar
capacidade de liderança, criatividade, empatia e competências sociais, autoestima,
capacidade de adaptação, identificar potencialidades e talentos, ou até mesmo
prever certos comportamentos.
4. Normas e modo de cotação: As escalas são cotadas através de stens (decatipos) –
pontuações entre 1 e 10, com uma média de 5.5 e um desvio padrão de 2.0. Os picos

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de um perfil normalmente indicam as características mais marcantes da
personalidade do sujeito. Se existirem muitos picos num mesmo perfil, isto sugere
uma maior heterogeneidade da personalidade. O questionário requer pouca a
nenhuma supervisão, uma vez que apresenta uma linguagem simples e direta.
Mediante o contexto de aplicação, existem diferentes relatórios de interpretação a
seguir, que são disponibilizados pelo manual de aplicação.

MMPI-II

1. Nome: Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota


2. Construto que avalia: Personalidade
3. População-alvo: +16 anos e pelo 6+ anos de escolaridade
(Existe uma versão para adolescentes e outra para adultos)
4. Tipo de aplicação: Individual ou coletiva, 567 itens divididos em várias escalas (4 de
validade, 10 escalas clínicas, 15 de conteúdo, 18 suplementares e 31 subescalas)
5. Modo de cotação: Escala dicotómica de verdadeiro ou falso. Interpretação de perfis
(feminino e masculino) e enquadramento das várias escalas
6. Informações pertinentes: É um instrumento utilizado por profissionais de saúde,
para auxiliar na identificação da personalidade, estrutura e psicopatologia (outros
contextos: judiciais/psicologia forense, disputas de guarda, etc).

NEO-PI-R

1. Construto que avalia: Personalidade (modelo dominante, continuum): Neuroticismo,


extroversão, abertura à experiencia e amabilidade
2. População-alvo: Adultos, a partir dos 17 anos
3. Tipo de aplicação: Individual ou coletiva, 240 itens,
4. Modo de cotação: Escala de resposta likert de 5 pontos de discordo fortemente a
concordo fortemente
5. Informações pertinentes: Sistema definido por traços e processos/fatores dinâmicos
que afetam o processamento psicológico individual. Os 5 fatores são disposições
reais para um comportamento; comuns em diferentes culturas; não são afetados
pela idade ou pelo sexo. Este teste poderá ser utilizado em diversos contextos como,
por exemplo, clínica, recrutamento e seleção, orientação escolar e investigação.

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• Neuroticismo: Ansiedade, Hostilidade, Depressão, Autoconsciência, Impulsividade,
Vulnerabilidade
• Extroversão: Acolhimento Caloroso, Gregariedade, Assertividade, Atividade, Procura
de Excitação Emoções Positivas
• Abertura à Experiência: Fantasia, Estética, Sentimentos, Ações, Ideias, Valores
• Amabilidade: Confiança, Retidão, Altruísmo, Complacência, Modéstia Sensibilidade
• Conscienciosidade: Competência, Ordem, Dever, Esforço de Realização,
Autodisciplina, Deliberação

TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLOGICA


MoCA

1. Nome: Montreal Cognitive Assessment


2. Autor, ano de publicação e versão: Freitas et al., 2010
3. Construto que avalia: Défice Cognitivo Ligeiro (DCL= um período de passagem entre o
envelhecimento comum e o diagnóstico de uma demência, numa etapa inicial, saúde
cognitiva global. Despiste de várias doenças como Alzheimer, Parkinson, Esclerose
Múltipla, Esquizofrenia (amnésico e não-amnésico)

Domínios = Função executiva, atenção, concentração e memória, linguagem, orientação


e capacidade visuo-espacial;

4. População-alvo: Idosos (>65 anos).


5. Tipo de aplicação: Individual, 10 itens, 10 minutos.
6. Modo de cotação: Escala de tipo-Likert de 5 de 0 a 4, soma das pontuações em cada
domínio com um máximo de 100 a indicar melhor qualidade de vida.
Alzheimer, demência frontotemporal e demência vascular aos 17 pontos, DLC a partir
dos 22 pontos, máximo de 30 pontos.
7. Informações que considera pertinentes: A escala como um todo apresenta uma boa
consistência interna (α = 0.94 PT)

MMSE

• Nome: Avaliação Breve do Estado Mental (Mini-Mental State Exam) (MMSE)


• Autor, ano de publicação e versão: Folstein, M. F., Folstein, S. E. (1975)

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• Versão portuguesa: Guerreiro, M., Silva, A. P., Botelho, M., Leitão, O., Castro-Caldas,
A., & Garcia, C. (1994).
• Construto que avalia: Cognição
• População alvo: 25+ com suspeitas de declínicio cognitivo. Idosos com 65+ anos
• Tipo de avaliação: Individual, 5 a 15 minutos
• Modo de Cotação: 1 ponto por cada resposta correta. Máximo de 30 pontos
• Informações pertinentes: Este instrumento é bastante utilizado no rastreio de
declínio cognitivo, constituindo uma bateria breve para avaliação global das funções
cognitivas. Consiste em perguntas referentes a sintomas de 2ª ordem.

Orientação temporal • Orientação espacial • Fixação • Atenção e cálculo • Memória •


Nomeação • Repetição • Compreensão • Leitura • Escrita • Desenho

• ACE-R - Addenbrooke's Cognitive Examination


• BLAD - Bateria de Lisboa para a Avaliação de Demências
• DRS-2 - Escala de Avaliação da Demência – 2
• GAI - Inventário de Depressão Geriátrica (GAI)
• DGS - Escala Geriátrica de Depressão 30 itens / 15 itens
• LURIA-DNA - Diagnóstico Neuropsicológico de Adultos (DNI – infantil)
• TMT - Trail Making Test
• T@M (Teste de Alteração da Memória)
• Teste de Atenção (d2)

TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO – TESTES PROJETIVOS


CAT e TAT → Testes de Apercepção Temática

• CAT (children apperception test), desenvolvido a partir do referencial TAT


• Aplicável a crianças dos 3 aos 10 anos de idade
• Material: 10 laminas (figuras de animais), aplicadas na totalidade
• Temáticas abordadas: a partir do referencial da teoria psicanalítica do
desenvolvimento infantil (alimentação/fase oral, rivalidade fraterna, medos,
agressividade, complexo de édipo e electra, comportamento de higiene, etc)
• CAT-H: Mesmas lâminas, mas com figuras humanas
o Crianças dos 6 aos 10 anos
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• TAT (thematic apperception test)
• Versão orginal: Morgan & Murray, 1935
• Avaliação dinâmica da personalidade a partir da apercepção/interpret significativa
• Tarefa: Contar uma história para cada uma das lâminas selecionadas, apresentadas
separadamente (19 lâminas + 1 em branco, escolhem-se cerca de 10 laminas).
• Rigidez (conflito intrapessoal), labilidade (conflito interpressoal, fantasias pessoais) e
inibição (latência, apego ao conteudo)
• Temáticas abordadas: características da personalidade (motivações),

Teste de Rorschach/Manchas de Tinta

1. Ficha técnica: Desenvolvido por Hermann Rorschach no início dos anos 20, é dirigido
a sujeitos a partir dos 5 anos de idade e não tem duração de aplicação definida.
2. Descrição Física: 10 cartões com manchas de tinta bilaterais.
3. Descrição Técnica: O teste de Rorschach é um instrumento projetivo que analisa a
perceção do sujeito mediante as imagens e avalia os seus motivos psicológicos
inconscientes, assim como a sua dinâmica psíquica e as suas potencialidades. A sua
aplicação engloba os seguintes contextos: clínico, forense, saúde, educacional e
organizacional. Até à atualidade mostra ser um teste controverso, sujeito a variados
estudos e meta-análises sem conclusões robustas no que toca à sua validade.
4. A aplicação do Rorschach implica uma posição do sujeito e do examinador lado a lado
de modo a prevenir possíveis enviesamentos como a influência involuntária do
psicólogo sobre o sujeito através de comportamentos não-verbais, seguida pela
instrução “O que poderia ser isto?” aquando a entrega de cada cartão (evitando o
uso da expressão “manchas de tinta”) que desencadeia uma resposta por parte do
sujeito (Pires, 2014). O número de respostas mínimas são 14 e o psicólogo não
intervém nesta fase (excecionalmente com encorajamentos), porém contabiliza o
tempo de latência das mesmas antes de proceder a um inquérito que visa clarificar a
resposta do sujeito (Pires, 2014).
5. Normas e modo de cotação: A interpretação do teste tem em conta as seguintes
variáveis: controlo comportamental e stress situacional (estabilidade mental e coping
cognitivo/emocional), afeto (estilos como impulsividade e reatividade emocional),

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perceção interpessoal (representação dos outros e expetativas interpessoais),
perceção de si próprio (tendências narcísicas), processamento de informação
(complexidade das operações mentais), mediação cognitiva (perceção da realidade) e
ideação (forma de pensar) - estas admitem um intervalo de pontuações que indica
qual é o parágrafo mais representativo. Parâmetros como o número de respostas, a
observação direta e historial do indivíduo e a atenção dada a um detalhe da
mancha/atributo da imagem (cor, sombra, etc.)/identificação figuras humanas (ou
não) são igualmente importantes para atingir conclusões.

TESTES E ESCALAS DE AVALIAÇÃO ORGANIZACIONAL


Inventário de Preferências Profissionais (IPP)

• Construto que avalia: Interesses e preferências profissionais


• População alvo: >= 14 anos
• Tipo de avaliação: Individual ou colectiva, 37 itens, 30 minutos
• Modo de Cotação: Escala de likert de 4 pontos. “Gosto”, “Indiferente” ou “Tenho
dúvidas”, “Não gosto” e “Não conheço essa profissão”
• Informações pertinentes: Avalia os interesses e as preferências profissionais dos
jovens, tomando em consideração profissões representativas de cada campo
profissional, assim como as principais tarefas que lhes estão subjacentes. Este
inventário também permite avaliar o grau de conhecimento dos sujeitos em relação
às profissões e actividades mencionadas.

Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial (BPRD)

• Construto que avalia: Interesses e preferências profissionais


• População alvo: 10+ anos
1 (5.º / 6.º ano) Nível 2 (7.º / 9.º ano) Nível 3 (10.º / 12.º ano)
• Tipo de avaliação: Individual ou colectiva, 30 minutos
• Modo de Cotação: Escala de likert de 5 pontos, com diferenciação por sexo e meio
(urbano e rural), para o 5º ao 9º ano, e por área (Ciências e Humanidades) para o 10º
ao 12º ano.
• Informações pertinentes: Permite calcular uma nota global para o sujeito traduzindo
uma medida da capacidade geral de raciocínio.

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