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curso a distância

THOMAS H. OGDEN

Reverie e Interpretação
e
Leituras Criativas

VAGAS LIMITADAS

instituto de estudos psicanalíticos


de bauru
• Início: 05 de março de 2021

• Público alvo: Psicólogos e Psiquiatras com uma das seguintes pós-graduações (este é um curso
avançado, motivo pelo qual é destinado a profissionais que já possuam pós-graduação).
a) Formados em Psicoterapia Psicanalítica no Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru ou
em instituição semelhante;
b) Membros das Sociedades de Psicanálise ligadas à IPA;
c) Mestres;
d) Especialistas;
e) Doutores;
f) Profissionais com experiência teórico/clínica em psicanálise comprovada em currículo.

• Duração: 1 semestre

• Carga horária: 64 horas/aula

• Período: todas as sextas feiras pela manhã

• Modelo do curso: A distância.

• Horário: 9h às 12h

• Calendário: de 05 março de 2021 a 09 de julho de 2021

• Taxa de inscrição: R$ 50,00

• Valor do curso: 6x de R$ 270,00

• Valor para ex-alunos do Instituto (qualquer um que já tenha feito um curso no Instituto, não
precisa ser a Formação): 6x de R$ 230,00

• Valor para alunos matriculados no curso “Adoecimentos Psíquicos e Estratégias de Cura”:


6x R$ 180,00

• Forma de pagamento: O curso pode ser parcelado no cartão ou o aluno pode escolher pagar
por boleto. Nesse último caso o instituto enviará os boletos mensalmente.

• Certificado: mediante frequência de 75% das aulas.

• Documentos para ingressar no curso:


a) Cópia do cartão do CRP (CRM para psiquiatras);
b) Pagamento da taxa de R$ 50,00
c) Certificado ou comprovante de pós-graduação.
d) Currículo, no caso daqueles que forem confirmar experiência teórico/clínica em psicanálise.

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CORPO DOCENTE
• Cibele di Battista Brandão - Psicóloga pela USP Ribeirão Preto. Psicanalista - Membro efetivo e analista
didata e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Membro e docente do Núcleo
de Psicanálise de Marília e Região (NPMR). Secretária Geral do Instituto Durval Marcondes da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Membro da CQAD – Comissão de Qualificação de Analistas Didatas
da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo de 2011 a 2013. Coordenadora da Comissão de Ética da
Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo de março de 2015 a novembro de 2016. Coordenadora da
CQAD – Comissão de Qualificação de Analista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
de março de 2014 até a março de 2015.

• Elza Magnoler - Psicóloga formada pela PUC-SP. Psicanalista Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de
Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Ex-diretora Regional da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
(SBPSP). Fundadora, Diretora e Docente do Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru. Ex-docente da
Universidade do Sagrado Coração (USC Bauru), da Universidade Estadual Paulista (UNESP Bauru), da
Universidade de São Paulo (USP Bauru). Membro e Docente do Núcleo de Psicanálise de Marília e Região.
Docente do Núcleo de Psicanálise de Araçatuba (NEPA).

• Érico Bruno Viana Campos - Psicólogo pela Universidade de São Paulo USPSP, Mestre e doutor em Psicologia
pela Universidade de São Paulo USPSP. Professor universitário e psicoterapeuta de orientação psicanalítica.
Professor do departamento de Psicologia da Faculdade de Ciências da UNESP Bauru. Coordenador do
Núcleo de Estudos, Extensão e Pesquisas em Psicanálise (NEEPPSICA) e orientador no programa de pós-
graduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.

• Francisco Antônio Duarte - Psicanalista Membro Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São
Paulo (SBPSP). Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela Universidade de São Paulo-USP. Professor
do curso de Pós graduação da Universidade do Vale do Paraiba- Univap. Ex-docente da Universidade
Paulista-UNIP. Ex-coordenador do Serviço de Psicologia do Hospital municipal de São José dos Campos.
Ex-coordenador do Serviço de Psicologia da Santa Casa de Misericórdia de Jacarei-SP.

• Guilherme Magnoler Guedes de Azevedo - Psicólogo formado pela USC Bauru. Membro Filiado ao Instituto
“Durval Marcondes” da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Representante de Bauru
na Diretoria Regional da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Mestre em Psicologia
do Desenvolvimento e Aprendizagem pela UNESP Bauru. Fundador, Diretor e docente do Instituto de
Estudos Psicanalíticos de Bauru. Fundador da Livraria do Psicanalista. Autor do Livro “Vínculo mãe-bebê
e conflitos edípicos em crianças com Psoríase – um estudo de Psicossomática Psicanalítica, publicado pela
Editora Zagodoni. Curador do Projeto de Ensino a Distância da Livraria do Psicanalista.

• Maria Aparecida Rocha – Psicóloga formada pela USP de Ribeirão Preto. Psicanalista Membro Associado
da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Representante da Regional de Tupã da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Membro titular e docente do Núcleo de Psicanálise de
Marília e Região. Ex-coordenadora científica e ex-presidente do Núcleo de Psicanálise de Marília e Região.
Docente do Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru.

• Maria Luiza Salomão - Psicanalista Membro Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
SBPSP. Representante da Regional de Franca da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP.
Docente na Pós-graduação da Uni-Facef no curso de Aprimoramento Clínico em Psicoterapia Analítica.
Docente pela Diretoria Regional da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Trabalha em
Atividade voluntária junto à Biblioteca Municipal de Franca: Degustação Literária, como mediadora de
leituras.
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• Mariana Vieira Ligo - Psicóloga. Especialista em Psicoterapia Psicanalista pela USP- SP. Ex- docente da
Faculdade Anhanguera – Bauru. Docente do Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru. Fundadora
da Livraria do Psicanalista. Coordenadora do Curso de Formação em Psicoterapia Psicanalítica do
Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru.

• Patrícia Torrano Turtelli Maronezi - Psicóloga. Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pelo Núcleo
de Psicanálise de Marília e Região. Curadora do projeto de Cinema e Psicanálise do Instituto de
Estudos Psicanalíticos de Bauru desde 2007. Membro da Comissão Científica e de Seleção do Curso de
Formação em Psicoterapia Psicanalítica do Instituto de Estudos Psicanalíticos de Bauru.

• Péricles Pinheiro Machado Jr. - Psicólogo graduado pela PUC-SP. Psicanalista Membro filiado ao
Instituto de Psicanálise “Durval Marcondes” da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
SBPSP. Doutorando em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da USP. Mestre em Psicologia
Social pelo Instituto de Psicologia da USP. Aluno visitante (mestrado sanduiche) do Department
of Psychosocial Studies de Birkbeck College, London University (de Outubro 2012 a Abril 2013).
Pesquisador associado ao Laboratório Interinstitucional de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise
Contemporânea (LIPSIC) do IP-USP.

• Soledad Cristina de Almeida Garcia Ferdinandi – Psicóloga. Psicanalista Membro Associado da


Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo SBPSP. Membro fundador do Núcleo de Psicanálise
de do Norte do Paraná, onde também exerce função de docente. Professora convidada do curso de
especialização da Unicesumar. Coordenadora de grupos de estudos.

• Teo Weingrill Araujo - Psicólogo pela Universidade de São Paulo. Psicanalista. Mestre e Doutor pelo
Instituto de Psicologia da USP-SP. Autor do livro Fairbairn, publicado pelo Coleção Clínica Psicanalítica.
Professor da Faculdade de Medicina da Unicid. Co-autor do Livro Fairbairn em sete lições, escrito em
parceria com Luís Claudio Figueiredo.

METODOLOGIA DE ENSINO

1. Leitura prévia dos textos.


2. Aulas expositivas.
3. Utilização da plataforma zoom.

REQUISITOS TÉCNICOS

O aluno deve ter um local com as seguintes características:

• Computador ou dispositivo com câmera, áudio e microfone.


• Internet boa e estável.
• Local silencioso e reservado para realizar as aulas.

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PROGRAMAÇÃO
DETALHADA

THOMAS H. OGDEN

Reverie e Interpretação
e
Leituras Criativas

Ao longo do curso será lido o livro “Reverie


e Interpretação: captando algo humano”, de
Ogden (com exceção do último capítulo), e
seis capítulos do livro “Leituras Criativas”,
do mesmo autor.

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PARTE I – Reverie e Interpretação: captando algo humano

• Aula 1 - 05 de março de 2021 – 9h às 12h

Coordenação: Patrícia Torrano Turtelli Maronezi

Sobre a arte da psicanálise

Para Ogden a ideia de vitalidade e de desvitalização é, talvez, o índice mais importante


do processo analítico. Captar, experimentar e viver algo verdadeiramente humano
é qualidade essencial do analista. Nesse capítulo Ogden tentará ajudar o leitor a
aprender a captar aquilo que há de humano na clínica psicanalítica.

Vitalidade é a sensação de estar vivo no sentido de vivenciar as experiências do


ponto de vista emocional, ou seja, transformar a experiência em algo essencialmente
humano. Ogden compara a arte da psicanálise com a escrita de um romance, na qual
o escritor deve se apoiar no verdadeiro significado de exercício ligado à liberdade.
Basta para um romance que ele seja interessante, é essa sua única obrigação; tudo o
resto vem daí. E a arte da psicanálise está ligada a essa busca por algo livre e natural.

É por isso que o Ogden diz que a ideia de uma análise tem que ser acima de
tudo interessante, é para ele auto evidente e ao mesmo tempo revolucionária. É
fundamental que o analista esteja disponível inconscientemente e consistentemente
para se ligar ao paciente. Para disponibilizar parte de si mesmo e ajudar na
construção do terceiro analítico (a intersubjetividade).

Existe uma tendência de o analista falar de forma estereotipada, em vez de ser


espontâneo. O analista precisa aprender a falar com a própria voz e escutar com
imaginação. A tarefa analítica envolve fundamentalmente ajudar o analisando a se
tornar mais humano. A psicopatologia é uma limitação da capacidade de se sentir
vivo e humano.

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• Aula 2 - 12 de março de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Cibele di Battista Brandão

Analisando formas de vitalidade e de desvitalização

Ogden diz novamente que com o passar dos anos ele foi se dando conta de que o
sentimento de vitalidade e de desvitalização da transferência e contra-transferência
é talvez a medida mais importante do que ocorre no processo analítico. Por meio
da análise de quatro casos clínicos o autor vai investigar a ideia de que o elemento
essencial da técnica analítica inclui o uso da contratransferência para abordar os
papéis defensivos do sentimento de vitalidade e de desvitalização na análise.

A partir dessa perspectiva o centro das preocupações do analista seriam:


1. Quando foi a última vez que os participantes sentiram a analise com vida?
2. Há alguma vitalidade disfarçada que não pode ser reconhecida por medo de
suas consequências?
3. Há formações substitutivas que mascaram a falta de vitalidade, como por exemplo
uma excitação maníaca, um prazer perverso, atuações histéricas e etc.

Ogden vai dar uma importância especial à contratransferência e à capacidade de


analista e analisando se sentirem vivos, algo que ele acha ser fundamental. O autor
não vai fazer uma análise teórica do que é vitalidade e desvitalização, o foco dele é
essencialmente clínico.
As análises dos casos serão feitas a partir da ideia do autor de intersubjetividade e do
seu conceito de terceiro analítico, ou seja, o autor apresenta quatro vinhetas clínicas
na tentativa de ilustrar os modos pelos quais se gera e se vivência no e por meio
do terceiro analítico intersubjetivo o sentimento de vitalidade e de desvitalização.

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• Aula 3 - 19 de março de 2021 - 9h às 12h
Coordenação: Maria Aparecida Rocha

O sujeito perverso da análise

Segundo Ogden, a relação parental amorosa é fundamental para que o indivíduo


desenvolva uma sensação de si mesmo, uma vitalidade e realidade próprias.

Esse capítulo aborda um tipo de perversão que representa uma busca infinita de extrair
vida de uma cena primária vivida como morta. A fonte de vitalidade do casal parental
não existia, e o intercurso fantasiado degradado é introjetado e passa a moldar as relações
objetais.

Um método de tentar infundir vida à cena primária vazia é o “flertar com o perigo”. Os
desejos desses pacientes se confundem com os dos outros. A análise desses casos visa
nomear com exatidão a mentira/desvitalização que constituem o núcleo da encenação
(acting/enactment) transferencial / contra-transferencial perversa.

• Aula 4 - 26 de março de 2021 - 9h às 12h


Coordenação: Soledad Cristina de Almeida Garcia Ferdinandi

Privacidade, reverie e técnica analítica

A criação de um espaço analítico depende da capacidade de analista e analisando


participarem do interjogo dialético dos estados de reverie, que são ao mesmo tempo
privados e inconscientemente comunicativos.

A partir dessa ideia, Ogden apresentará uma reformulação da “regra fundamental” da


psicanálise, legada por Freud: a associação livre. Temas abordados:
• O terceiro analítico transformando a regra fundamental.
• O papel do divã no processo analítico.
• O papel do divã na prática clínica.
• Uma nova formulação da regra fundamental.
• Re-exprimindo a regra fundamental.
• O papel do analista e a regra fundamental.

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• Aula 5 - 09 de abril de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Érico Bruno Viana Campos

Associações de sonhos

Ogden apresentará o modelo freudiano de análise de sonhos, que se centra nos


seguintes aspectos: o papel de espera do analista diante das associações do paciente
e o sonho como um produto do inconsciente do paciente.

Em seguida, proporá uma reformulação na concepção dos sonhos que ocorrem


enquanto o paciente está em análise. Fará uma revisão da técnica de interpretar
sonhos a partir da experiência no e com o terceiro analítico. Argumentará que o
sonho sonhado durante uma análise não pode mais ser considerado simplesmente
um sonho “do paciente”.

Segundo o autor, a partir do momento que um indivíduo inicia sua análise, seus
processos de pensar, sentir, experimentar e sonhar não coincidem mais totalmente
com sua própria mente, mas passa a sofrer, em algum grau, as influências do
terceiro analítico. Ogden chega a dizer que o sonho de um paciente em análise
será “do terceiro analítico”. Em seguida o autor apresenta um exemplo clínico para
ilustrar suas ideias.

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• Aula 6 - 16 de abril de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Maria Luiza Salomão

Reverie e interpretação

Ogden reformula o conceito de reverie ao considerá-lo “um evento simultaneamente


pessoal/privado e intersubjetivo”. Segundo ele é muito importante que o analista não
veja suas próprias revêries como como privadas e pessoais. Elas são, na realidade,
construções intersubjetivas inconscientes criadas a partir do terceiro analítico
intersubjetivo. Não há algo como um analista separado do paciente. Segundo
Ogden é mais difícil analisar as reveries do que os sonhos.

Dificilmente as reveries se prestam a uma análise imediata. Ao mesmo tempo,


as reveries não devem ser deixadas de lado como “coisas do analista”. Qualquer
acontecimento da vida do paciente e do analista pode se tornar um objeto analítico.

Para o autor, a reverie se manifesta de forma sutil. Um acontecimento na vida do


analista, como por exemplo, a doença de um filho, pode levar a diferentes tipos
de pensamentos e sentimentos, dependendo do paciente que o analista estiver
atendendo. Quando vista como fruto do terceiro analítico, as reveries do analista se
tornam um dos principais elementos de experiência e disposição do analista para
se entender o que ocorre na relação analítica.

Para finalizar o autor apresenta uma ilustração clínica.

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• Aula 7 - 23 de abril de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Péricles Pinheiro Machado Jr.

Sobre o uso da linguagem em psicanálise

Segundo Ogden, a linguagem não é “simplesmente um pacote em que se embrulham


as comunicações, mas o meio pelo qual se traz a vivência à vida no processo de ser
dita...” O autor buscará fazer uma contribuição para a percepção da vitalidade das
palavras que acontecem na sessão analítica.

O interesse aqui não é sentido oculto “atrás” da linguagem ou sob as palavras, mas
observar como se usa a palavra. O significado está na maneira de usar a linguagem.
Essa forma de entender a linguagem na sessão analítica é uma tendência atual do
desenvolvimento da teoria da técnica. “Há uma tentativa crescente na escrita e
na prática analítica contemporânea de escutar não só o que o paciente diz, mas
também a maneira como diz”.

Ou seja, o significado pode estar na linguagem usada e não por trás dela. “É essencial
que a linguagem do analista incorpore a tensão de estar em luta constante, no
processo de batalhas para gerar significado”. A linguagem precisa ter vitalidade.
Existem infinitas formas de falta de vitalidade na linguagem analítica, podendo ser
percebidas tanto no paciente como no analista.

Por exemplo, existe a linguagem que está ligada a dogmas ideológicos, como quando
o analista adota a linguagem de sua “escola” analítica. Essa linguagem é fruto da
falta de imaginação do analista. Da mesma forma, a linguagem estereotipada,
bombástica, autoritária, é morta. Criar linguagem com a própria voz é um ato de
liberdade e uma das conquistas mais difíceis e significativas de um analista.

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PARTE 2 – Leituras criativas: ensaios sobre obras
analíticas seminais

• Aula 8 - 07 de maio de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Francisco Duarte

Elementos de estilo analítico: seminários clínicos de Bion

Ogden inicia o capítulo explicando o que entende por estilo analítico. Este envolve,
por exemplo: como o analista utiliza sua personalidade; a utilização das diversas
faces daquilo que o analista é (pai, analisando, professor); a capacidade de se utilizar
a teoria de forma individual; suas influências pessoais e profissionais; etc.

Segundo o autor “O estilo do analista é um jeito vivo e mutável de estar consigo


próprio e com o paciente” (p. 170).

Em seguida relata que seu modo de pensar sobre o estilo analítico foi altamente
influenciado pela obra de Bion. Devido a isso, o autor nos oferecerá, nesse capítulo,
uma leitura minuciosa de três seminários clínicos coordenados por Bion, para nos
mostrar aquele que considera ser o “estilo analítico único de Bion”, e, ao mesmo
tempo, dizer o que esse estilo único significa para ele próprio.

Ou seja, por meio de seminários clínicos supervisionados por Bion, Ogden nos
mostra como trabalhava um dos mais originais psicanalistas do século XX.

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• Aula 9 - 14 de maio de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Elza Magnoler

Lendo Loewald: Édipo reformulado

Nesse capítulo Ogden irá apresentar a reconceituação do conceito de complexo


de Édipo feita por Loewald (1979). No centro dessa reformulação está a ideia de
que a “tarefa da nova geração é usar, destruir e reinventar as criações da geração
anterior.” (p. 195)

Por meio de uma leitura minuciosa do artigo O declínio do complexo de Édipo


(Loewald, 1979), Ogden tentará demonstrar que o mesmo é um divisor de aguas
no desenvolvimento do pensamento psicanalítico.

A ênfase, aqui, não é colocada no medo e na resposta diante da ameaça de castração,


mas, antes, na “afirmação apaixonada do “impulso ativo de se emancipar”. Loewald
vai no sentido de uma pulsão de libertação e individuação, o que coloca o parricídio
simbólico como fator essencial para a aquisição da individualidade.

O parricídio, seria, enfim, um ato de amor. A morte fantasiada os genitores é


apenas um “dano colateral” do processo de individuação. O complexo de Édipo é
antes de tudo um conflito de gerações. Os pais precisam ser rejeitados, combatidos
e destruídos, em proporções diversas. O papel dos pais é permitir que o parricídio
seja cometido com segurança.

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• Aula 10 - 21 de maio de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Elza Magnoler

Amor edípico na contratransferência e identificação inconsciente, de


Harold Searles

Nesse capítulo Ogden fará uma leitura minuciosa de dois artigos de Searles para
apresentar uma visão radical e impressionantemente profunda sobre o amor
edípico na sessão analítica.

Segundo o autor “...nenhum outro escritor analítico se compara a Searles na


capacidade de captar em palavras as observações relativas à sua resposta emocional
ao que ocorre na relação analítica, e ao uso dessas observações no empenho de
compreender e de interpretar a transferência – contratransferência” (p. 219)

Em um ato de enorme coragem, Searles proporá uma revisão profunda da literatura


analítica sobre o amor contratransferencial; demonstrada em exemplos clínicos
nos quais o analista se apaixona pela paciente.

Ogden também fará uma articulação entre as obras de Searles e de Bion,


demonstrando o rico diálogo entre o trabalho clínico do primeiro e os conceitos
de continente e contido do segundo.

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• Aula 11 - 28 de maio de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Mariana Vieira Ligo

Desenvolvimento emocional primitivo de Winnicott

Segundo Ogden “...a psicanálise teve diversos grandes pensadores, mas para mim,
apenas um grande escritor de língua inglesa: Donald Winnicott.” (p. 117) Para ele,
Winnicott utiliza da linguagem para criar experiências.

O artigo que Ogden analisará é um dos mais importantes da obra de Winnicott


(Desenvolvimento emocional primitivo, de 1945), e contém o germe de todas as
principais contribuições futuras do autor. O contexto é interessante, ou seja, uma
ano antes de Melanie Klein publicar um de seus mais importantes trabalhos, e
que também fala do desenvolvimento primitico: Notas sobre alguns mecanismos
esquizoides, de 1946.

Ogden tentará demonstrar a interdependência, no texto, entre a vitalidade das


ideias apresentadas e a vitalidade da escrita de Winnicott. Examinará o artigo como
uma peça literária de não ficção. Ogden analisará a forma, o tom, as características
da escrita de Winnicott, seu aspecto brincalhão e ao mesmo tempo altamente
científico, vivo, inimitável, etc.

E, claro, há o conteúdo teórico revolucionário sobre o desenvolvimento primitivo.

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• Aula 12 - 11 de junho de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Teo Weingrill Araujo

Por que ler Farbain?

Segundo Ogden “...a teoria de Fairbairn das relações de objetos internos constitui
uma das contribuições mais importantes para o desenvolvimento da teoria analítica
no seu primeiro século.” (p. 90)

Temas abordados na aula:


• A revisão que Fairbairn propõe da teoria psicanalítica

• A vida emocional dos objetos internos de Fairbairn

• O modelo de mente segundo Fairbairn

• Amor aditivo (a ligação entre o ego libidinal e o objeto excitante)

• Vínculos de ressentimento (a ligação entre o sabotador interno e o objeto


rejeitador).

• Vínculos de desprezo (a relação do sabotador interno com o ego libidinal e o


objeto excitante)

• A relação do ego central com os objetos internos e externos

• Crescimento psicológico.

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• SOBRE AS AULAS 13, 14, 15 e 16
As aulas 13, 14, 15 e 16 versam sobre o mesmo tema: Fantasia. Devido à importância
1) do tema; 2) do texto analisado por Ogden; e 3) do texto do próprio Ogden,
decidimos dedicar um espaço maior a esse capítulo em nosso curso.
O texto de Susan Isaacs aqui analisado “A natureza e a função da fantasia” figura
entre os mais importantes de toda a literatura psicanalítica e é, com certeza, o
mais importante sobre o tema da Fantasia. O texto foi escrito por ocasião das
controvérsias psicanalíticas, durante a Segunda Guerra Mundial, momento em que
uma disputa científica entre anna-freudianos e kleinianos tomou o centro do palco
da Sociedade Britânica de Psicanálise. O conceito principal das controvérsias: as
fantasias inconscientes primitivas de Klein.
Susan Isaacs, seguidora fiel de Melanie Klein, foi escalada para escrever o texto
sobre fantasias, com o intuito de defender as ideias kleinianas, nos legando esse
precioso texto.
Portanto, nas quatro aulas seguintes, estudaremos de forma minuciosa dois textos:
o original de Susan Isaac e o de Ogden sobre o original de Isaacs. Colocamos ainda
como texto complementar um texto de Elizabeth Bott Spillius sobre a diferença
entre a fantasia em Freud e em Klein.

• Aula 13 - 18 de junho de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Guilherme Magnoler Guedes de Azevedo

A Natureza e a Função da Fantasia Parte I

• Sobre a ampliação do conceito de fantasia no pensamento psicanalítico.

• Sobre a necessidade de uma elucidação clara sobre o conceito.

• As fantasias como conteúdo primário dos processos mentais inconscientes.

• A característica corporal das fantasias inconscientes primitivas e sua relação com


os anseios instintivos em relação aos objetos.

• As fantasias como representantes psíquicos dos instintos libidinais e destrutivos.

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• Aula 14 - 25 de junho de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Guilherme Magnoler Guedes de Azevedo

A Natureza e a Função da Fantasia Parte II

• As fantasias primitivas como defesas, realizações de desejo e conteúdo de ansiedade.

• Os conceitos freudianos de “realização alucinatória de desejo” e sua “identificação


primária”.

• Introjeção e projeção como a base da fantasia.

• O papel das experiências externas e sua relação com as fantasias primitivas.

• Fantasias e sua independência em relação à linguagem

• Aula 15 - 02 de julho de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Guilherme Magnoler Guedes de Azevedo

A Natureza e a Função da Fantasia Parte III


• Por que as fantasias primitivas são experimentadas na forma de sensações?

• O desenvolvimento das fantasias primitivas para formas de imagens e representações.

• As fantasias inconscientes como elo operativo entre instintos e mecanismos.

• A relação entre fantasias inconscientes e o pensamento realista e a adaptação à realidade.

• A contribuição da fantasia para a aprendizagem.

• A contínua influência das fantasias ao longo da vida.

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• Aula 16 - 09 de julho de 2021 - 9h às 12h

Coordenação: Guilherme Magnoler Guedes de Azevedo

Lendo Susan Isaacs: para um revisão radical da teoria do pensar

Ogden primeiramente contextualiza o texto, apresentando-o como científico e


político, uma vez que está inserido nas grandes controvérsias entre anna-freudianos
e kleinianos. Salienta que a autora apresenta uma visão inovadora do conceito de
fantasia.

O artigo não é apenas uma compilação do conhecimento da época em relação às


ideias de Klein, mas, como diz Ogden, é uma memória do futuro, na medida em
que antecipa aspectos da teoria do pensar de Bion.

Temas escolhidos para serem abordados por Ogden:

• Objetivos e metodologia de Isaacs

• Fantasia como pensamento inconsciente

• Fantasia como realidade psíquica inconsciente

• Fantasia, significado simbólico e autorreflexão inconsciente

• Fantasia e desenvolvimento psíquico

• Fantasia e conhecimento da realidade

• Fantasia e necessidade de conhecer

• As concepções divergentes de fantasia de Isaacs e Fairbairn

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