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TAT

Teste de Apercepção Temática


Apercepção – faculdade ou ato de apreender imediatamente pela consciência
uma ideia, um juízo; intuição. (psic) Assimilação de novas experiências. (Dic.
Aurélio).
Dados: Nome, sexo, idade, profissão, estado civil.

Tipo de Estímulo Convenção

Universal Apenas o numero


1 2 4 5 10 11 14 15 16 19 20

Para Mulheres Numero seguido de F


3MF 6MF 7MF 8MF 9MF 12F 13HF 17MF 18MF
Para Homens Numero seguido de H
3RH 6RH 7RH 8RH 9RH 12RH 13RH 17RH 18RH
Para jovens do Sexo Feminino Numero seguido de M
(Menina) 3MF 6MF 7MF 8MF 9MF 12RM 13M 17MF 18MF

Para jovens do Sexo Masculino Numero seguido de R


(Rapaz) 3RH 6RH 7RH 8RH 9RH 12RM 13R 17RH 18RH

Prancha 3RH – para meninas também.


Este é um teste de imaginação que é uma das formas
de inteligência. Vou mostrar-lhe algumas pranchas,
uma de cada vez, e a sua tarefa será inventar, para
FORMA A: cada uma delas, uma história com o máximo de ação
Para possível. Conte-me o que o levou ao fato mostrado na
adolescentes prancha, descreva o que está acontecendo no
e adultos de momento, o que as personagens estão sentindo e
grau médio pensando. Conte depois como termina a história.
de Procure expressar seus pensamentos conforme eles
inteligência e forem ocorrendo em sua mente. Você compreendeu?
cultura Como você tem cinquenta minutos para as 10
pranchas, você pode utilizar cerca de 5 minutos para
cada história. Aqui está a primeira prancha.
Este é um teste para contar histórias. Eu tenho
aqui algumas pranchas que vou lhe mostrar.
Quero que você faça uma história com cada
FORMA B: uma delas. Conte o que aconteceu antes e o
Para jovens, que está acontecendo agora. Fale o que as
adultos pouco pessoas estão sentindo e pensando e como
inteligentes ou termina a história. Você pode fazer o tipo de
de pouca história que quiser. Compreendeu? Bem, então
instrução, aqui está a primeira prancha. Você tem 5
bem como minutos para fazer a história. Faça o melhor que
psicóticos puder.
Certamente esta foi uma história
interessante, mas você esqueceu de
dizer como o menino reagiu quando
sua mãe o repreendeu, deixando a
Para narrativa no ar. Não houve de fato um
relembrar : verdadeiro desfecho para a sua
história. Você gastou três minutos e
meio. As outras podem ser um pouco
mais compridas. Procure fazer o
melhor que puder com esta segunda
prancha.
Na segunda sessão:

Vamos fazer hoje o mesmo que da outra vez. Só que


agora você pode dar toda a liberdade a sua
imaginação. Suas dez primeiras histórias estavam
ótimas, mas você se limitou demais aos fatos do dia-a-
dia. Agora, eu gostaria de ver do que você é capaz
FORMA A: quando deixa de lado as realidades comuns e põe sua
imaginação para funcionar, como acontece num mito,
nas histórias de fadas ou numa alegoria. Aqui está a
primeira prancha.
Hoje vou lhe mostrar mais algumas
pranchas. Será mais fácil porque as
pranchas agora são bem melhores, mais
interessantes. Você me contou ótimas
histórias outro dia. Agora quero ver você
FORMA B: fazer algumas outras. Se puder, faça-as
mais emocionantes do que as outras –
como sucede num sonho ou num conto
de fadas. Aqui está a primeira prancha.
Prancha em Branco (prancha 16):

Veja o que você pode ver nesta prancha em


branco. Imagine alguma cena aí e descreva-a em
detalhes.
Se não conseguir: Feche os olhos e imagine
alguma coisa.
Depois que der uma descrição completa daquilo
que imaginou, dizer: Agora me conte uma história
sobre isso.
Entrevista seguinte:
• Para interpretar é útil conhecer as fontes que deram origem
às várias histórias. Este inquérito pode ser no mesmo dia,
após a última prancha, ou numa próxima entrevista. Justifica-
se explicando que se está investigando os fatores que
contribuíram para a execução dos enredos literários ou,
elaborar outras afirmações verossímeis para conseguir uma
atitude de cooperação. O sujeito é instado a tentar lembrar
das fontes de suas ideias, provenham elas de sua experiência
pessoal, das experiência de amigos e parentes ou ainda de
livros e filmes. Volta-se a recordar-lhe o enredo de todas as
histórias significantes, estimulando-o a falar livre e
abertamente. As histórias do TAT fornecem numerosas
provocações como pontos de partida para associações livres.
1 – O menino e o violino Universal
Geralmente percebida como distante do sujeito.
Situação relativamente estruturada.
Relação com a autoridade.
Atitude frente ao dever.
Ideal de ego (capacidade de realização, de atingir
objetivos propostos).
O menino é forçado a estudar violino - Reação com
passividade, conformidade, oposição, rebelião ou fuga na
fantasia.
Significações Outras histórias referem aspirações, objetivos,
dificuldades e realizações de heróis produzidas por
sujeitos ambiciosos.
Pode refletir atitudes do individuo frente à situação de
teste.
Por ser o primeiro estimulo dá margem à investigação da
capacidade de adaptação do sujeito a uma nova
situação.
Comum a introdução de novos personagens.
Distorções Aperceptivas: Menino dormindo ou cego.
Violino com uma das cordas quebradas.
Mal percebe o violino.
Violino visto como um livro, folha de papel,
brinquedo.
Violino visto como quebrado pode ser índice de
uma problemática mais séria, a confirmar por
outros dados.

Omissões Significativas Não se vê o arco.


Não se vê o violino.
Não se vê ambos.

Simbolizações Preocupação com o violino, embora toque, tem


uma corda quebrada: frequente em sujeitos que
se sentem culpados por causa de masturbação ou
que padecem de ansiedade de castração.
2 – A Estudante no Campo Universal
Significações Reações do herói diante de um ambiente pouco
cordial ou que não o estimula.
Evoca área das relações familiares, percepção do
ambiente, nível de aspiração e atitude frente aos pais.
Por apresentar três personagens, pode evocar ainda as
relações heterossexuais.
Frequentes as associações referentes aos papéis
femininos (maternidade versus realização profissional)
e ao conflito razão versus emoção.

Omissões Significativas Omissão da gravidez da figura feminina em segundo


plano.
Favorece a utilização de afastamento temporal e
espacial por representar uma situação bastante
diferente da realidade urbana.
Possíveis respostas mais estereotipadas
3 – Curvado/a sobre o divã Masculina – feminina
(masculina)

Significações Grande força dramática.


Evoca associações referentes à tristeza, abandono,
desespero, depressão, suicídio.
Por ser mais produtiva do que a equivalente feminina e
por apresentar uma personagem de sexo indefinido,
sugere-se que seja também apresentada para sujeitos
do sexo feminino.

Distorções Aperceptivas: Arma percebida como brinquedo ou um objeto menos


hostil.
Omissões Significativas Arma.
3 – A jovem na porta Feminina

Significações Abarca área do desespero e


da culpa.
4 – A mulher que retém o Universal
homem
Significações Historias de conflito (drama do eterno triangulo
amoroso, o homem, a mulher e a amante); portanto
áreas referentes aos conflitos nas relações
heterossexuais (abandono, traição, ciúmes).
Também aqueles relacionados ao controle versus
impulso (a mulher representando a razão, o controle, o
homem representando a ação e a impulsividade).
Pode sugerir dificuldades do sujeito em sua vida
matrimonial.
O aspecto das personagens pode favorecer a utilização
da historia em enredo de filme de Hollywood.

Omissões Significativas Eventualmente, a mulher ao fundo.


5 – A Senhora na porta Universal
Significações Mulher de meia idade descobriu uma ou mais
pessoas em atitudes que prefere ignorar.
Pode evocar a imagem da mãe-esposa
(protetora, vigilante, castradora).
Eventualmente são colocados conteúdos
referentes a atitudes anti-sociais, ou, ainda,
reações frente ao inesperado.
Frequente a introdução de personagens.

Distorções Aperceptivas: Mulher vista como homem.


Mulher olhando para o exterior da casa.
Dois quartos em lugar de um.
Lâmpada como cortina.
6 – O Filho que parte Masculina

Significações Relação com a figura materna


(dependência- independência,
abandono-culpa).
Solicitação de permissão à mãe para um
projeto amplamente desejado, abandono
da casa.
Desejos quase sempre em conflito com
os da mãe.
6 – Mulher Feminina
surpreendida

Significações Relação com a figura paterna.


Filha surpreendida pelo pai.
Figura masculina percebida como
parceiro ou possibilidade de contato
afetivo-sexual.
7 – Pai e Filho Masculina

Significações Atitude frente à figura paterna.


Pai visto como autoritário ou fonte de
apoio e orientação.
Jovem procura o velho em busca de
conselho ou ambos discutem um
problema de interesse mútuo.
Eventualmente conteúdos
homossexuais.
Indícios de tendências anti-sociais e
atitude frente à terapia.
7 – Menina e Feminina
boneca

Significações Relação com a figura materna


(pode ser vista como modelo, apoio
ou obstáculo à satisfação das
próprias necessidades).
Investigação de problemática
referente à maternidade, em
especial quando há distorção ou
hesitação em relação à boneca.
8 – A intervenção cirúrgica Masculina
Significações Estimulo desconcertante.
Adolescente é o herói.
Ao fundo representa sua fantasia ou desejo de
ser médico.
Histórias que revelam tendências agressivas do
sujeito.
Imagem percebida como um sonho ou o segundo
plano representando uma lembrança do passado
ou um projeto futuro.
Abarca a área da agressividade (auto ou hetero).

Omissões Significativas Eventualmente o rifle.


Simbolizações Ansiedade de castração (amputação da perna da
pessoa que esta sobre a mesa).
8 – Mulher pensativa Feminina

Significações Estimulo estático evoca associações


referentes aos conflitos atuais e
conteúdos de devaneios.
(interpretação pode ser comparada à
da prancha 14, que é sensível à busca
de soluções).
9 – Grupo de Masculina
vagabundos

Significações Atitudes frente ao trabalho e ao ócio,


sentimentos quanto á própria
capacidade e possibilidades de atuação.
Abrange ainda áreas da relação com o
próprio grupo e homossexualidade.
9 – Duas mulheres na Feminina
praia

Significações Competência feminina, espionagem,


culpa, perseguição.
Atitudes frente ao perigo, ao
desconhecido, ao proibido.
Presta-se também a investigação da
relação entre ego real e ideal de ego,
cada uma das figuras representando um
aspecto do sujeito.
10 – O abraço Universal

Significações Conflitos do casal e atitude frente à


separação.
Favorece projeções de relações
heterossexuais satisfatórias.
Quando há distorção do sexo o conteúdo
torna-se mais rico.
Quando não há, geralmente não há
conflitos.

Distorções Idade e/ou sexo do homem e/ou da


Aperceptivas: mulher.
Sombras no rosto interpretadas de outras
formas.
11 – Paisagem primitiva Universal
de pedras
Significações Atitudes frente ao desconhecido, ao perigo, ao
instintivo.
Reflete a atitude do sujeito frente ao perigo e sua
maneira de experimentar a ansiedade.
Indica o temor do sujeito frente à agressão e seus
meios para vencê-la (histórias de homens e
animais sendo atacados pelo dragão).
Desejo de curiosidade e de ver coisas novas e
perigosas (personagem masculino como homem
de ciência ou explorador).
Relatos descritivos mais distanciados.
Para aplicações em duas sessões, não começar
por esta prancha, colocá-la em terceiro ou
quarto lugar ou terminar a primeira sessão com
esta prancha.
Distorções Aperceptivas: Dragão percebido como caminho.
Cabeça do dragão visto como cauda.
Fundo percebido como cascata.
Superfícies rochosas interpretadas como um
castelo.
Rochas vistas como cabeças humanas.
Interpretar o grupo de pessoas como um inseto é
comum e não constitui um indicador especial.

Omissões Significativas Dragão.


Simbolizações Monstro representa as exigências instintivas que
ameaçam o interior.
Dificuldade de dominar o animal e herói
perseguido por animais refletem dificuldades de
controlar ou adaptar-se aos impulsos e pulsões
sexuais.
12 – O hipnotizador Masculina – Infantil
Significações Atitudes do examinando frente aos homens
adultos e seu ambiente, papel da passividade e
da impotência em sua personalidade.
Atitudes frente a figura de autoridade, à terapia
e à própria situação de teste.
Tendências homossexuais podem ser referidas.

Distorções Aperceptivas: Em relação ao dono da mão.


Raramente, ao sexo dos homens – jovem visto
como mulher por sujeitos com fortes
componentes femininos.

Simbolizações Tendências homossexuais latentes ou


experiências homossexuais encobertas (historias
onde o jovem deitado se deixa ou é forçado a ser
hipnotizado pelo homem mais velho).
12 – Mulher jovem e Feminina
velha

Significações Expressar atitudes frente à figura da mãe


ou da filha, ao envelhecimento e ao
matrimonio.
Relações mãe-filha.
Crítica ou aceitação do modelo materno.
Ansiedade frente ao envelhecimento.

Distorções A jovem vista como um homem.


Aperceptivas:
12 – Bote Infantil
abandonado

Significações Fantasias desiderativas.


13 – Mulher na cama Adultos

Significações Atitude dos sujeitos frente às mulheres e ao sexo,


e às vezes sentimentos de culpa e atitudes frente
ao alcoolismo.
Temas sexuais.
Hostilidade contra a esposa e mulheres em geral
(historias onde a esposa do herói ou a mulher
está morta ou enferma).
Evoca atitudes frente às relações heterossexuais
e à sexualidade associada à agressividade.

Distorções Aperceptivas: Grande variedade, incluindo especulações sobre


o fundo e os objetos que estão sobre a mesa.

Omissões Significativas Mulher deitada.


13 – Menino sentado Rapazes
na soleira

Significações Evoca carências, solidão, abandono e


expectativas.
Prancha útil em indivíduos imaturos ou
muito defendidos.
13 – Menina subindo as Meninas
escadas

Significações Semelhante a dos meninos.


Evoca carências, solidão, abandono e
expectativas.
Prancha útil em indivíduos imaturos ou muito
defendidos.
14 – Homem na janela Universal

Significações Autoquestionamento, contemplação,


aspiração.
Se o homem é visto entrando no quarto
– conteúdos sexuais.
Tendências suicidas podem se revelar.

Distorções Homem percebido como mulher ou


Aperceptivas: subindo.
15 – No cemitério Universal

Significações Relação com a morte, culpa, castigo.


Pessoa morta representa alguém a
quem o sujeito dirige sua
agressividade.

Distorções Homem percebido como mulher,


Aperceptivas: esposas, lanterna ou livro na mão,
lápides como plateia de um teatro.
Prancha em Branco (prancha 16):

Veja o que você pode ver nesta prancha em


branco. Imagine alguma cena aí e descreva-a em
detalhes.
Se não conseguir: Feche os olhos e imagine
alguma coisa.
Depois que der uma descrição completa daquilo
que imaginou, dizer: Agora me conte uma história
sobre isso.
16 – Em branco Universal

Significações Sujeito é levado a projetar-se


totalmente.
Necessidades mais prementes do
indivíduo.
Reflexo da relação transferencial.
17 – O acrobata Masculina

Significações Herói é o centro das atenções.


Desejos de reconhecimento, narcisismo,
exibicionismo.
Reações frente a emergências.

Distorções Do fundo.
Aperceptivas: Homem subindo em uma corda.
17 – A ponte Feminina

Significações Sentimentos fortes de despedida.


Tendência em manter a esperança ou ceder ao
suicídio.
Frustração, depressão, suicídio.

Distorções Aperceptivas: Ponte vista como sacada de uma casa.


Mulher percebida como homem.
Perspectivas equivocadas.

Omissões Significativas Mulher ou grupo de trabalhadores.


18 – Atacado por trás Masculina

Significações Agressão.
Vícios ou males físicos.

Distorções Aperceptivas: Dono da mão.


Expressão facial.
Posição e estado da pessoa ao fundo.

Simbolizações Tendências homossexuais latentes ou


experiências encobertas do sujeito.
18 – Mulher que Feminina
estrangula

Significações Figura feminina agente do comportamento


agressivo.
Relações entre figuras femininas, da filha, da
irmã ou mulheres em geral.
Sentimentos de inferioridade e reação à
submissão.

Distorções Aperceptivas: Do cunho agressivo (transformado em ajuda,


apoio).
Da perspectiva.
Mais raramente, do sexo dos personagens.
19 – Cabana na neve Universal

Significações Fantasia.
Necessidade de proteção e amparo
frente a um ambiente inóspito.

Simbolizações Preocupação com os olhos (janela da


cabana) denunciam sentimentos de
culpa.
20 – Só sob a luz Universal

Significações Expectativa.
Principais aflições do
sujeito.
Sugestão de quadro
Identificação do herói
Heróis competidores
Necessidades
Ambiente
Outras figuras
Relação com os outros
Conflitos
Ansiedade
Defesas
Superego

Recursos egóicos
Desfecho
Tema
Interesse e sentimentos
ANÁLISE DO TAT – Henry A. Murray

• 1 - Força do Herói

• 2 - Forças do Meio (pressão)


Herói
• Personagem com que se identificou, pontos
de vista adotados, sentimentos e motivos
retratados com mais profundidade. Em geral é
a pessoa retratada na prancha ou que
desempenha o principal papel. Traços –
superioridade (poder, capacidade),
inferioridade, criminalidade, anormalidade
psíquica, solidão, sentimento de pertinência,
liderança e inclinação para discussões (grau
em que se envolve em conflitos interpessoais).
Herói
- Herói é a personagem principal, aquela em torno da qual gira
a trama, aquela sob cujo ponto de vista a história é narrada.
Em geral (mas não necessariamente) é a personagem que
mais se aproxima do sujeito em termos de sexo e idade. É
considerada a figura de identificação, aquela na qual o sujeito
projeta suas próprias características, reais ou ideais.
- Assim, deve-se, neste momento, distinguir as características
do herói, não só através da expressão direta das mesmas pelo
sujeito como também aquelas que transparecem através do
desempenho do herói na história.
Atenção para:
- Identificação como o personagem muda durante a história.
- Duas forças da personalidade representadas por dois
personagens.
- Contar uma história que contém outra.
- identificação do herói do sexo oposto e expressar a
personalidade desta forma.
- heroísmo espalhado por vários personagens.
- Personagem principal pertence à parte-objeto da situação
sujeito-objeto, herói é o ambiente. Não se identifica com o
personagem mas com um estranho ou alguém que observa.
Motivos, Inclinações e Sentimentos do
Herói
• Observar o que sentem, pensam ou fazem os heróis,
notando evidências de tipos de personalidades ou
doença mental, e tudo o que for incomum: diferente
ou único; ou comum mas incomumente elevado ou
baixo na intensidade ou frequência.
• Variáveis (atitudes, traços): superioridade (poder,
capacidade), inferioridade, criminalidade,
anormalidade psíquica, solidão, sentimento de
pertinência, liderança e inclinação para
discussões(grau em que se envolve em conflitos
interpessoais).
Herói Competidor
- Personagem herói que compete com o herói principal no
desenrolar da história.
- Participa n história com igual peso em termos de personagem,
falas, atos, etc., que o herói principal.
- Pode ser motivo de identificação do sujeito, no qual também
projeta suas próprias características, reais ou ideais.
- Assim, deve-se, neste momento, distinguir as características
do herói, não só através da expressão direta das mesmas pelo
sujeito como também aquelas que transparecem através do
desempenho do herói na história.
Necessidades do Herói
- A identificação das necessidades se faz através das
declarações explícitas do sujeito (“... Ele quer ...”, “ela
procura ...”, “eles desejam ...”), ou a partir do comportamento
do herói na história
- As necessidades expressariam assim aquilo que o indivíduo
busca satisfazer, o impulso básico que determina suas ações.
- Deve-se considerar que muitas necessidades expressas no TAT
podem pertencer ao domínio da fantasia. Várias críticas
referentes ao TAT questionam justamente esta relação entre o
que é expresso no teste e o comportamento real do indivíduo.
Necessidades do Herói
- Novamente deve-se ter em vista o protocolo como um todo,
verificando-se quais as necessidades aparecem com maior
frequencia, sob que condições. Deve-se estar atento ainda
àquelas que estão absolutamente ausentes, o que pode
significar um controle consciente ou, ainda, repressão.
- Dados de entrevista, de observação e demais evidências do
protocolo devem formar um todo coerente que norteará a
decisão de quais necessidades realmente tendem a ser
expressas no comportamento do indivíduo, quais ele não se
permite perceber e quais são gratificadas na fantasia.
Agressão a) Emocional e verbal - Odiar, expresso ou não em palavras, zangar-se.
Envolver-se numa discussão verbal; amaldiçoar,
criticar, depreciar, reprovar, censurar, ridicularizar.
Excitar agressão contra outra pessoa por meio de
uma crítica em publico.

a) Física, social – Lutar ou matar para se defender ou defender um


objeto de amor. Revidar um insulto não provocado.
Lutar pela pátria ou por uma boa causa. Revidar uma
ofensa por meio de uma punição. Perseguir , agarrar
ou aprisionar um criminoso ou inimigo.

a) Física, associal Assaltar, atacar, machucar ou matar um ser humano


ilegalmente. Começar uma briga sem causa
justificada. Revidar a uma ofensa com excessiva
brutalidade. Lutar contra autoridades legalmente
constituídas. Lutar contra o próprio país. Sadismo.

a) Destruição Atacar ou matar um animal. Quebrar, esmagar,


queimar ou destruir um objeto material.
Ajuda Procurar auxílio ou consolo. Solicitar ou depender
de alguém para ser estimulado, para ter clemência,
apoio, proteção cuidado. Ter prazer em receber
simpatia, alimentação ou presentes úteis. Sentir-se
solitário quando desacompanhado, nostálgico num
lugar estranho, desesperado numa crise.
Auto-ajuda: consolar-se, ter autopiedade, obter
prazer por meio do sofrimento, buscar consolo na
bebida e nas drogas.

Auto- Recriminar-se, criticar-se, reprovar-se ou desprezar-


Agressão se por cometer erros, agir tolamente ou falhar.
Sofrer de sentimentos de inferioridade, culpa,
remorso. Punir-se fisicamente, cometer suicídio.
Degradação Submeter-se à coerção ou a imposição para
evitar repreensões, punição, dor e morte. Sofrer
uma pressão desagradável (insulto, injúria,
malogro) sem fazer oposição. Confessar,
desculpar-se, prometer fazer melhor, expiar,
reformar-se. Render-se passivamente a
condições difíceis de serem suportadas.
Masoquismo.

Desvelo Expressar simpatia na ação. Ser bondoso e


respeitador dos sentimentos alheios, encorajar,
apiedar-se e consolar. Ajudar, proteger,
defender ou resgatar um objeto.
Dominância Tentar influenciar o comportamento, os sentimentos
ou as ideias alheias. Empenhar-se em alcançar uma
posição executiva. Liderar, gerir, governar. Impor,
restringir, aprisionar.

Passividade Gozar de quietude, do relaxamento, do sono. Sentir-


se cansado ou preguiçoso após um pequeno esforço.
Desfrutar uma contemplação passiva ou a recepção
de impressões sensuais. Submeter-se aos outros por
apatia ou inércia.

Realização Trabalhar em alguma coisa importante com energia e


persistência. Empenhar-se para realizar algo sério.
Adiantar-se num negócio, persuadir ou liderar um
grupo para criar alguma coisa. Ambição manifestada
na ação.
Sexo Buscar e desfrutar companhia de
pessoas do sexo oposto. Ter relações
sexuais. Apaixonar-se, casar.

Outras Afiliação, aquisição, autojustificação,


necessidades autonomia, criação, deferência,
excitação, exibição, hedonismo,
reconhecimento, etc.
Necessidades Abatimento Sensação de desapontamento, desilusão,
Internas depressão, tristeza, sofrimento,
infelicidade, melancolia, desespero.

Conflito Estado de incerteza, indecisão ou


perplexidade. Momentânea oposição
entre impulsos, necessidades, desejos,
objetivos. Conflito moral. Inibições
paralisantes.

Instabilidade Experimentar marcante mudança de


Emocional sentimentos para com alguém. Ser
vacilante, inconsistente ou instável nos
seus afetos. Mostrar flutuações de
humor ou de temperamento; ocorrência
de exaltação e depressão numa mesma
história. Ser intolerante com a
uniformidade e a constância. Procurar
novas pessoas, novos interesses, uma
nova profissão.
Outras
internas
Ansiedade, ciúme,
desconfiança, exaltação.

Outras
Superego, orgulho,
estruturação do ego.
Concepção do Ambiente
- O modo como o sujeito configura o ambiente em seus relatos
é uma complexa mistura de autopercepção e distorção
aperceptiva de estímulos. Considera-se como ambiente todo
o contexto que envolve o herói, incluindo-se as demais
personagens evocadas.
- Como no Cat, duas ou três qualificações definem um
ambiente (hostil, acolhedor, difícil, exige esforço, perigoso,
oferece apoio e ajuda, provedor, favorece escolhas, etc.).
Forças do Ambiente do Herói
• Natureza geral das situações especialmente as situações
humanas com que se defrontam os heróis. Destacar
singularidade, intensidade e frequência bem como registrar
ausências de elementos correntes.
• Atenção especial a objetos materiais e objetos humanos que
não constam nos quadros, inventados pelo examinando.
• Marcar traços recorrentes das pessoas com quem o herói se
relaciona. Amistosas ou inamistosas, mulheres mais amistosas
que os homens, traços característicos das mulheres ou
homens mais velhos nas histórias.
• Pontuar de 1 a 5 as pressões. Avaliar segundo intensidade,
duração, frequência e seu significado geral no enredo.
Afiliação a) Associativa O herói tem um ou mais
amigos ou companheiros.
É membro de um grupo
que tem afinidades.

a) Emocional Uma pessoa (genitor,


parente, amante) está
afetuosamente ligada ao
herói. O herói tem um caso
amoroso (mutuamente
correspondido) ou se casa.
Agressão a) Emocional e Alguém odeia o herói ou fica furioso com ele.
verbal Ele é criticado, repreendido, depreciado,
ridicularizado, amaldiçoado, ameaçado.
Alguém o difama sem que o saiba. Discussões
verbais.

a) Física, social O herói procede erradamente (é um agressor


ou criminoso) e alguém se defende dele, ataca
ou revida, persegue, aprisiona ou mata o herói.
Uma autoridade legítima (genitor, polícia)
castiga o herói.

a) Física, associal Um criminoso ou uma gangue assalta, fere ou


mata o herói. Uma pessoa começa uma luta e o
herói se defende.

a) Destruição da Alguém causa danos ou destrói os bens do


propriedade herói.
Ajuda Uma pessoa alimenta, protege, auxilia,
estimula, consola ou perdoa o herói.

Dano O herói é ferido por uma pessoa


Físico (agressão), por um animal ou
acidentalmente (perigo físico). Seu
corpo é mutilado ou desfigurado.
Dominância a) Coerção Alguém tenta forçar o herói a
fazer alguma coisa. Ele fica
exposto a imposições, ordens
ou a persuasões violentas.

a) Constrangi- Uma pessoa tenta impedir o


mento herói de fazer algo. Ele é
restringido ou aprisionado.

a) Indução, Uma pessoa tenta influenciar o


sedução herói (a fazer ou não fazer
alguma coisa). Por uma suave
persuasão, estimulação, por
hábil estratégia ou sedução.
Falta a) Falta O herói carece do indispensável
para viver, para ter êxito ou ser
feliz. É pobre, sem família; carece
de status, influência,amigos. Não
existem oportunidades de prazer
ou progresso.

a) Perda O mesmo que no item anterior,


mas aqui o herói perde algo ou
alguém (morte ou objeto
querido) no decorrer da história.
Perigo Físico a) Ativo O herói está exposto a perigos
físicos ativos, provenientes de
forças não humanas: animais
selvagens, desastre de trem,raio,
tempestades no mar (incluem-se
também bombardeios).

a) Acidentes O herói está exposto ao perigo de


cair ou afogar-se. Seu carro capota.
Seu navio afunda, o avião em que
voa tem uma pane, ele está à beira
de um precipício.
Desfecho, Desenlace
• Comparação das forças do herói com as forças do
ambiente. Quanta força manifesta o herói? Forças
favoráveis ou benéficas do ambiente comparadas às
opressoras ou danosas. Caminho em direção às suas
realizações é fácil ou difícil. Empenho diante de
dificuldades? Desanimo? Faz acontecer ou as coisas
acontecem? Até que ponto manipula ou subjuga ou é
manipulado ou subjugado? É coagido ou coage?
Ativo ou passivo? Em que condições consegue êxito,
quando outras pessoas o auxiliam ou se empenha
por isso? Em que condições fracassa?
• Após cometer uma ofensa ou crime é punido?
Sente-se culpado, admite, expia, corrige-se?
Conduta má não tem significado moral ou
sofre castigos e consequências? Quanto de
energia dirige contra si próprio?
• Considerar quantidade de dificuldades e
frustrações experimentadas pelo protagonista,
grau relativo de sucesso e fracasso. Que
proporção há entre desfechos felizes e
infelizes?
Temas
• Tema simples – interação entre uma
necessidade do herói e uma pressão
ambiental juntamente com o desfecho
(sucesso ou fracasso).

• Tema complexo – combinação de temas


simples interligados, formando sequencias.
• Aproximação da realidade da interpretação.
Tomar as necessidades e pressão com que
esta se combina, interação da pressão sobre a
necessidade obtendo uma lista dos temas
preponderantes (combinação de necessidade
e pressão), a que se acrescentam outros
temas como singularidade, nitidez,
intensidade, valor explicativo, etc.
• É possível também visualizar cada história
como um todo e separar os temas de maior e
menor importância, enredos principais e
secundários. Pergunta-se: que desfechos,
conflitos e dilemas têm maior importância
para o sujeito? Existem temas comuns,
centrados, por exemplo, em problemas de
realização, rivalidade, amor, privação, coerção
e limitação, ofensa e castigo, conflito de
desejos, exploração, guerra e etc.?
Tema
• A analise do tema consiste em identificar a essência
do relato, a mensagem fundamental subjacente ao
discurso. Após a leitura exaustiva do protocolo, a
identificação do tema costuma ser o primeiro passo
da análise da prancha.
• Sugere-se que seja a ultima etapa na interpretação
do conteúdo da prancha, favorecida então pela
análise dos demais elementos da história.
Tema
• Sugestão:
• Sugerimos utilizar a interpretação do modelo do CAT,
considerando o nível descritivo, o nível interpretativo
e o nível diagnóstico.
• Nível descritivo – resumo do conteúdo manifesto,
síntese da história propriamente dita.
• Nível interpretativo – seguindo a fórmula “Se...
Então...” busca-se ampliar ou generalizar a
mensagem, buscando o conteúdo latente
Tema
• Nível diagnóstico – o conteúdo latente e o modo
como o indivíduo o elabora são explicitados em
termos psicológicos, com base num referencial
teórico.
• Nível simbólico – pode ser usado, desde que se
conheça mais profundamente os conceitos da
psicanálise.
• Verificar também se o tema está de acordo com o
que propõe a interpretação da referida prancha, em
dermos de adequado ou não.
Interesses e Sentimentos
• Manifestações de seus próprios interesses e
sentimentos não apenas atribuindo-os a seus heróis,
mas também na escolha dos tópicos e na maneira
com que lida com eles. De particular importância são
as catexes positivas ou negativas (valor, atração) de
mulheres mais velhas (figuras maternas), homens
mais velhos (figuras paternas), mulheres do mesmo
sexo e homens do mesmo sexo (algumas das quais
podem ser figuras de irmãos).
Outras Figuras e Relação com
Outras Figuras
- Relacionar e qualificar as figuras que aparecem na história
além do herói.
- No relacionamento, verifica-se mais detalhadamente como o
sujeito se percebe e se relaciona com outros indivíduos: pais,
amigos, rivais, companheiros, etc.
- Como o pai (mãe, amigo, etc.) é percebido?
- Como o filho (pai, mãe, amigo, etc.) reage?
- Verificar se as relações se dão nos mesmos moldes que com o
ambiente em geral.
Outras Figuras
- A introdução de elementos ausentes na prancha pode indicar
uma necessidade mais premente do indivíduo, principalmente
se isto se dá com uma certa frequencia no protocolo.
- Se o sujeito introduz situações de alimentação pode-se pensar
em necessidade de gratificação oral; se a figura da mãe
aparece mesmo quando não há personagens femininas, pode-
se pensar em dependência. Parte-se do pressuposto de que
tais introduções estão a serviço de uma necessidade, cuja
identificação deverá ser confirmada pelo restante do
protocolo.
Outras Figuras
- A omissão de elementos significativos da prancha pode ser
interpretada como a necessidade de não entrar em contato
com conteúdos a eles associados.
- A distorção pode ter a mesma interpretação ou ainda sugerir
a predominância de outros impulsos que acabam por
comprometer a sensibilidade à realidade objetiva. Tais
hipóteses devem, logicamente, ser confirmadas a partir de
outras evidências.
Conflitos
- Os conflitos referem-se a desejos incompatíveis e
concomitantes, revelados através das necessidades do herói,
ou a impulsos que se opõem ao superego (agressão, desejo
sexual, impulsos anti-sociais de uma maneira geral) ou ao
ambiente.
- É interessante identificar não só o conflito em si, como
também as defesas que o indivíduo utiliza contra a ansiedade
por ele evocada.
- Geralmente, o conflito é gerador da ansiedade característica,
evocada por ele, que mobiliza uma determinada defesa.
Assim, conflito, ansiedade e defesa encontra-se entrelaçados.
Ansiedades
- As ansiedades referem-se ao que está por trás do conflito,
aquilo de que realmente o sujeito se defende, o motivo
último da configuração do conflito.
- As ansiedades mais frequentemente observadas são relativas
a:
- Auto-imagem, própria capacidade, sexualidade, abandono,
perda do objeto de amor, solidão, depressão, tristeza,
desespero, punição, desaprovação, males ou danos físicos,
privação, destruição, morte. Loucura, impotência,
passividade, submissão, agressividade, conteúdos internos de
modo geral, perdas.
Defesas
- Defesas são os mecanismos que o ego mobiliza para dar conta
da ansiedade gerada pelo conflito.
- As defesas mais facilmente apreendidas no TAT são:
- Racionalização, negação, anulação, isolamento, formação
reativa, projeção, repressão, regressão.
Defesas
• Racionalização – evidencia-se pelo uso de argumentos lógicos,
que podem ser convincentes ou não, para justificar uma
atitude do herói ou uma ação por ele sofrida. Ex: Pr 2 – o
terreno é todo acidentado por isso precisa da ajuda do cavalo.
• Negação – manifesta-se através da negação do conteúdo
ansiógeno. Ex. Pr 3RH – Não, ele não está triste, não poderia
estar.
• Isolamento – apresenta-se sob a forma de uma atitude
displicente do sujeito, ausência de resposta ou comentários
sobre a prancha. Pode ainda evidenciar-se pela ausência de
emoção no relato. Ex: Pr 18MF – Não me diz nada... Duas
mulheres, talvez, uma segurando a outra... Só.
Defesas
• Anulação – revela-se pela substituição da história por
outra. Ex.: Pr 13HF – Ele matou sua mulher... Não, ele
está cansado, mas precisa ir trabalhar.
• Formação Reativa – nos protocolos, determinado
conteúdo apresenta-se sob a forma de seu oposto.
Por exemplo, todas as pranchas que sugerem
agressividade, apresentam conteúdos de apoio,
ajuda.
Defesas
• Projeção – determinados conteúdos se apresentam
apenas no comportamento das personagens
secundárias e não no do herói. É frequente a
introdução de personagens que sirvam de
receptáculo a esses conteúdos. Ex: Pr 13HF - ...ele
está desesperado... Chegou em casa e sua mulher
estava morta... Alguém a matou, um ladrão talvez...
Defesas
• Repressão – é o mais eficiente dos mecanismos de defesa.
Assim sendo, manifesta-se justamente pela ausência de
qualquer referência ao conteúdo ansiógeno, ao longo de todo
o protocolo. Ex: ausência de qualquer conteúdo referente à
agressividade, sexualidade, etc.
• Regressão – o comportamento do herói é inadequado à faixa
etária a ele atribuída ou o próprio discurso do sujeito
encontra-se infantilizado. Ex: sujeito do sexo masculino, idade
27 anos: Pr. 6RH - ...coitadinho dele, “mamãe, eu não aguento
mais, assim não dá”... “calma, meu filho, tudo vai dar certo”...
Ele está tristinho, mesmo...
Superego
- Analisamos aqui a relação entre a manifestação do impulso e
as consequencias desta manifestação para o herói. Verifica-se,
em princípio, se o “castigo” é proporcional ao crime.
- Um superego rígido levará a a relatos em que o herói é punido
de forma drástica e definitiva pelo menor deslize.
- Um superego atuante leva a uma punição compatível com a
ofensa.
- O flexível permite certos deslizes sem consequencias maiores
e
- O frágil não apresenta qualquer punição aos atos anti-sociais
do herói.
Superego
- O rigor do superego pode evidenciar-se ainda pela própria
censura que o sujeito utiliza frente a determinados
conteúdos.
- Ex: Pr. 6RH
- RÍGIDO - Um filho se despedindo da mãe, vai cuidar da
própria vida... Agora que ela mais precisa dele... Ele vai
embora... Mas vai quebrar a cara, vai acabar sendo
assassinado ou atropelado ao sair de casa.
- ATUANTE – Um rapaz que está partindo ... Ele deseja ir
embora mas tem pena de deixar a mãe só... Mas é importante
que parta... Ele vai e pode, também, algum dia, sentir-se só.
Superego
- FLEXÍVEL – Ele arranjou um emprego em outra cidade e está
dando a notícia para a mãe.Os dois estão sofrendo... Mas é
importante para ele, cuidar da própria vida. Ele vai embora.
- FRÁGIL – A mãe está pedindo para o filho não partir,pois ela
está doente.Mas ele não ouve, já se imagina bem longe dali.
Vai se dar bem,ficar rico e famoso.
Recursos Egóicos
- A exemplo do item Integração do Ego do CAT, os recursos egóicos
avaliam que recursos o ego tem para dar conta da tarefa.
- Verificamos o quanto o sujeito está consciente de seus conteúdos e
sua capacidade para elaborá-los. Em termos gerais, considera-se
aqui a qualidade do relato, a riqueza das histórias, a interferência da
ansiedade, o uso e a eficiência das defesas e os desenlaces das
tramas criadas pelo sujeito.
- Como vemos, são, basicamente dados de análise formal.
- O indivíduo consegue manter um bom nível de vocabulário e de
riqueza de conteúdo das histórias, há um uso adequado de defesas
que não impedem a emergência de aspectos mais pessoais; os
desenlaces são realistas, apresentando soluções adequadas. Ou
Não.
- Observar os tempos de latência.
Tempos
- Um vez defrontado com o estimulo, o sujeito apresentará
uma relação emocional.Simultaneamente, deverá estruturar
uma história e permitir que a fantasia dê movimento à
situação estática que lhe é apresentada. O controle do tempo
permitirá ao aplicador investigar a intimidade deste impacto e
a capacidade de retomada de domínio sobre a situação,
levando em conta, naturalmente, a qualidade do relato
posterior.
Tempo de latência inicial
- Intervalo decorrido entre a apresentação do estímulo e a
primeira verbalização do sujeito, seja ela qual for. É
interessante calcular a média do indivíduo para identificar-se
um ritmo particular, caso não haja grandes discrepâncias ao
longo do protocolo.
Tempo de latência inicial
- Tempo de latência curto – sujeito se lança na situação. Se a
história for bem estruturada, o indivíduo demonstra, assim,
vivacidade, capacidade de adaptar-se rapidamente às
situações. Entretanto, se o relato é confuso, a indicar que o
testando não conseguiu articulá-lo antes de se propor a falar,
temos um sinal de impulsividade, ou ainda, uma ansiedade
perturbadora acompanhada de perda de distância.
- Se o relato inicia-se confuso, passando depois a mostrar-se
mais estruturado, podemos pensar numa impulsividade inicial
com capacidade posterior de adaptação.
Tempo de latência inicial
- Tempo de latência longo – o indivíduo se contém. Se o relato
mostra-se bem articulado, temos um sinal de que o sujeito
consegue dominar a ansiedade e manter uma distância
construtiva. Se o relato é truncado, cheio de pausas e
hesitações, não há controle adequado sobre a ansiedade,
havendo presença de inibição ou aumento das defesas.
Tempos
- Pausas – interrupções significativas durante a narração. É um
índice de retração (Shentoub, 1987); tanto pode indicar um
freio necessário à ousadia do sujeito como um reforço das
defesas. A verbalização posterior à pausa esclarecerá seu
significado: a pausa seguida de uma melhora no discurso
indica que o indivíduo está selecionando e refletindo sobre
sua produção; indica um domínio eficaz da ansiedade, uma
retomada de controle sobre a situação; entretanto, se não
observa qualquer progresso em termos de qualidade da
narrativa, ocorrendo outras pausas e hesitações, teremos que
considerar então o reforço de defesas, a dificuldade em
manter o controle sobre a ansiedade ou ainda, traços de
caráter hesitante.
Tempos
- Tempo total – intervalo decorrido entre a apresentação da
prancha e o término do relato espontâneo do indivíduo
(exclui-se, portanto, a fase de inquérito). É o índice do ritmo
individual e só terá sentido se examinado em função da
extensão da história. Pacientes orgânicos tendem a ser mais
lentos.
Comportamentos
- Referem-se a manifestações observáveis da ansiedade
subjacente ao impacto provocado pela prancha, além de
demonstrar modos particulares de se procurar neutralizá-la
(Shentoub, 1987).
- Exclamações e comentários – refletem estados emocionais do
sujeito. “que horror”... “o que é isso”... “isto não me diz
nada”... Etc. Expressões espontâneas refletem impulsividade e
labilidade emocional. O indivíduo perde a distância em
relação ao estímulo, deixa-se levar por ele.
Comportamentos
- Digressão – observações não pertinentes à situação do teste.
Quaisquer comentários sobre o calor, barulho ou conversas
paralelas.(“Você viu o programa da TV ontem?” “Está quente
hoje”...). Tais verbalizações indicam o desejo do sujeito de sair
da situação, de aliviar a ansiedade provocada pela aplicação
ou pelo estímulo apresentado.
- Necessidade de Aprovação – toda verbalização que implique
atenção, orientação ou apoio do aplicador (“É assim que é
para fazer?” “Mais alguma coisa?” “Essa você gostou hein?”).
Indica uma emocionabilidade lábil e também a presença de
ansiedade. O sujeito procura resgatar sua segurança através
da aprovação por parte do aplicador.
Comportamentos
- Ansiedade manifesta – Toda manifestação exterior de temor,
mal estar (expressões verbais, gestuais, mímicas,
vasomotoras, posturais). Trata-se de verificar frente a qual
temática tais manifestações ocorrem e sua interferência na
narrativa. O comprometimento do discurso devido à presença
da ansiedade indica fracasso no uso das defesas. Um relato
impecável associado à manifestação da ansiedade seria
indício, de uma estruturação mais caracterológica. Se a
ansiedade é excessiva, é natural que o discurso sofra algum
tipo de perturbação.
Comportamentos
- Observações Críticas – toda verbalização que implica uma
desvalorização do material do teste, da situação, do próprio
aplicador ou, ainda, das personagens. Trata-se de indício de
agressividade, em função do aumento da ansiedade. O sujeito
não consegue adaptar-se à situação, o que resulta em
hostilidade.
- Ex:prancha 16 – “Opa, essa história é bonita! História sem fim. Depois de
vir um caixão, um cara sendo operado, criancinha sentadinha, agora uma
folha em branco. Você é sapeca hein?”
- Aqui o sujeito inicia com um elogio, mas em seguida critica as pranchas anteriores
e, delicadamente, a aplicadora. Não se trata de um indivíduo agressivo, mas por
ter se envolvido muito com a aplicação,permitiu-se uma descarga de agressividade
na prancha em branco, após o que, prosseguiu com um relato bem estruturado
nas pranchas subsequentes.
Comportamentos
- Bem diferente é o caso que se segue:
- Prancha 17RH – “Tá doido, você só mostra coisa esquisita, isto
não é cara que se apresente, não dá nem pra ver se é gente,
fantasma. O que é... Sei lá, alma de defunto. Morreu e tá indo
pro céu ou descendo pro inferno...”
- Por já estar no final, cansado, o sujeito ataca o teste que tanto
o mobilizou. A descarga não o ajudou a dominar a ansiedade.
Comportamentos
- Cinismo – reflete uma carga de agressividade associada a
certo afastamento, indicando assim a presença mais intensa
de defesas. Pode ser identificada nas verbalizações
desdenhosas em relação à situação ou ao material.
- Ex: Prancha 12MF – “Bonitinha a mocinha aqui de trás. A da
frente vai usar o mesmo creminho pra ficar com a pele lisinha
assim... Lindinha...”
- Através da ironia o sujeito conseguiu evitar o contato com os
conflitos eliciados pelo estímulo.
Comportamentos
- Recusa – o sujeito recusa-se a contar uma história, rejeitando
a prancha. Pode revelar uma intensa agressividade,rompendo
seu compromisso com as instruções e o aplicador. Pode
também testemunhar um bloqueio, situação em que o sujeito
realmente não consegue elaborar a história. (Shentoub,
1987).
- Ex: Prancha 9MF – “pode não ter ideia? Eu não tenho ideia...
Pode falar?... Pode? Não tem importância? Elas, estão, acho,
fugindo de alguma coisa... Não sei mais o que falar...”
- Evidentemente trata-se de bloqueio. O nível de ansiedade é
altíssimo, e por mais que o sujeito tente não consegue
desenvolver nenhum tema.
Comportamentos
- Prancha 3RH - “Um cara desesperado. Pode ver o que quiser?
Então não vejo nada, é só isso.”
- Neste exemplo, o sujeito praticamente lança um desafio à
aplicadora. Apesar de ter dado histórias relativamente ricas às
pranchas 1 e 2, a partir deste momento limitou-se a relatos de
uma frase, rejeitando praticamente todos os estímulos.Trata-
se no caso, de manifestação de intensa agressividade e total
ruptura de compromisso com o aplicador.
Elementos de Linguagem
- Os elementos de linguagem constituem fonte riquíssima de
dados, não só de natureza intelectual, como também da
dinâmica da estrutura da personalidade do indivíduo.
- A presença de atos falhos, a escolha de determinado vocábulo
ou certo tempo de verbo, podem nos dar informações sobre a
natureza do conflito evocado ou a atitude do indivíduo frente
àquele estímulo em particular ou mesmo em relação à figura
do aplicador.
- Segundo Shentoub (1987), podemos considerar alguns
aspectos:
Elementos de Linguagem
- Estilo Falho ou Frustrado
- Estilo Rebuscado
- Expressões Surrealistas
- Neologismos
- Perturbações no Decurso do Pensamento
- Fluidez Verbal
- Emprego de Clichês
- Estereotipias
- Contradição entre Tema e Expressão
- Expressões do Tipo “Isto poderia ser...”
- Expressões do Tipo “Percebe-se nitidamente que...”
Elementos de Linguagem
- Estilo Falho ou Frustrado
- Estilo Rebuscado
- Expressões Surrealistas
- Neologismos
- Perturbações no Decurso do Pensamento
- Fluidez Verbal
- Emprego de Clichês
- Estereotipias
- Contradição entre Tema e Expressão
- Expressões do Tipo “Isto poderia ser...”
- Expressões do Tipo “Percebe-se nitidamente que...”
Elementos de Linguagem
- Estilo Falho ou Frustrado – expressão verbal pobre, vocabulário
pobre ou inadequado. Pode ser índice de retardo intelectual ou de
poucas oportunidades educacionais em função de um nível sócio-
econômico baixo. Entretanto, muitas vezes, a história de vida do
sujeito nos leva a afastar a possibilidade de um rebaixamento
intelectual. Nestes casos pensa-se então em uma problemática
emocional que esteja comprometendo a produção do indivíduo.
- No caso de problemática emocional, observa-se que não há uma
linearidade ou homogeneidade de produção. Eventualmente há o
emprego de termos que implicam uma maior diferenciação, ou a
queda na produção é apenas momentânea. Tais casos podem
implicar organicidade, problemas de origem psicossomática, ou
ainda, situações em que a ansiedade se torna incontrolável,
perturbando a produção imediata do sujeito.
Elementos de Linguagem
- Estilo Rebuscado – refere-se à afetação ou pedantismo nas
verbalizações, sendo o exemplo mais patente o uso do tempo
mais-que-perfeito, bastante raro na linguagem coloquial.
Aparece em indivíduos inseguros,com sentimentos de
inferioridade, que desejam mostrar ou provar uma certa
erudição. Eventualmente, quando tal comportamento não é
sistemático, reflete uma tentativa de distanciamento do
estímulo. Se por trás do formalismo da verbalização observa-
se um conteúdo confuso ou vazio, pode-se pensar numa
manifestação patológica mais séria, na linha das psicoses,
principalmente se isto se repete ao longo do protocolo.
Elementos de Linguagem
- Expressões Surrealistas – efeitos verbais que não levam em conta a
lógica da língua.
- Trata-se de verbalizações estranhas, de significado incompreensível.
Refletem perda de crítica e perturbação no pensamento, sendo
frequentes na esquizofrenia. Deve-se tomar certo cuidado, entretanto,
no sentido de diferenciar o esquizofrênico do sujeito que deseja
mostrar-se criativo e original. Três exemplos :
- Neologismos – Invenção de palavras novas, que não existem.
- Perturbações no Decurso do Pensamento – linguajar sem nexo, sem uma diretriz,
sem um fio condutor do pensamento.
- Fluidez Verbal – linguajar dominado por associação de ideias sucessivas.
- São características de indivíduos com perturbações graves, com
comprometimento de funções intelectuais. São típicos da esquizofrenia,
sendo a fluidez verbal mais frequente nos quadros maníacos.
Elementos de Linguagem
- Emprego de Clichês – o indivíduo se utiliza de fórmulas
verbais pré-fabricadas ou convencionais.
- Tal mecanismo é utilizado com a finalidade de evitar um
envolvimento pessoal. Utilizando-se de fórmulas pré-
fabricadas, o indivíduo esvazia seu discurso de conteúdos
pessoais, descompromete-se em relação a sua produção.
- Ex: Prancha 1: “é um menino que está com um violino... Deseja ser um
grande músico... Conseguirá, pois quem espera sempre alcança.”

- Segundo Shentoub, trata-se de defesa caracterial, encontrada


em indivíduos do tipo obsessivo.
Elementos de Linguagem
- Estereotipias – repetição de fórmulas desprovidas de
conteúdo afetivo.Reflete igualmente uma recusa no
engajamento dos afetos, mas através do uso de verbalizações
mais individuais, sem o apoio do convencional. Revela uma
estrutura psicótica (Shentoub, 1987). Tanto a estereotipia
quanto o emprego de clichês implicam no uso repetido destas
fórmulas vazias de significado pessoal, ao longo do protocolo.
Elementos de Linguagem
- Contradição entre Tema e Expressão – a expressão facial, mímica
ou verbal do narrador é inadequada ao tema. Pode ocorrer tanto
em sujeitos normais quanto em esquizofrênicos. No primeiro
caso, observa-se uma relutância, por parte do testando, em
mostrar seus afetos, o que o conduz a uma manifestação
discordante em relação ao conteúdo. Já nos esquizofrênicos a
discordância é mais acentuada e mais frequente.
- Ex: Prancha 13HF – um homem chorando e uma mulher nua
deitada na cama (risos). Pode ser um homicídio, pode ser uma
simples discussão... Estavam juntos na cama (risos)
conversando... Parece arrependido do que fez... Parece que ela
está dormindo, ou talvez morta, ou talvez desmaiada (risos), ou
cansada.”
Elementos de Linguagem
- Expressões do Tipo “Isto poderia ser...” – toda expressão que
procura deixar claro que o sujeito não se compromete com o
relato, deixando de fazer afirmações diretas.
- Aparecem em indivíduos que desejam manter uma distancia
do teste, principalmente nos hesitantes com estrutura
obsessiva.
- Ex: “a rigor...”. “pode-se pensar que...”, “talvez...”, “poderia
ser...”, etc.
Elementos de Linguagem
- Expressões do Tipo “Percebe-se nitidamente que...” – toda
expressão que indica um engajamento pessoal do sujeito com
uma afirmação direta.
- O indivíduo perde a distância em relação ao estímulo,
identificando-se com ele.
- Exemplos: “É claro que...”, “É evidente que...”, “Não há dúvida
que...”.
Elementos de Linguagem
- Ao analisar tanto os tempos quanto os comportamentos e os
elementos de linguagem deve-se ter em mente que não se
trata de uma mera identificação de tal ou qual tipo de
manifestação o sujeito apresentou.
- É preciso compreender por que o indivíduo agiu desta
maneira, a serviço de que tal comportamento ocorreu e que
consequencias teve em termos da qualidade do relato e do
objetivo de seu emprego.
- A situação do teste e a apresentação do estímulo geram
ansiedade, e tais dados nos permitem verificar até que ponto
ela pode ser controlada e como o sujeito procura neutralizá-la
ou por ela é dominado.
Elementos de Linguagem
- Ao afastar-se da situação ou perdendo a distância em relação
a ela, o indivíduo nos indica os recursos de que dispõe para
lidar com a ansiedade e quais as áreas frente as quais sente-
se mais fortalecido ou fragilizado.
- A flexibilidade no uso destes recursos é sempre mais positiva
que o emprego das mesmas táticas de controle da ansiedade
ao longo do protocolo.
A Elaboração da Síntese
- Após todo o procedimento, levando-se em conta igualmente
os dados de observação, deve-se elaborar uma síntese que
reflita, de modo harmonioso e dinâmico, a personalidade do
indivíduo testado.
- Uma análise mais livre, permite ao profissional a construção
gradativa de um quadro mais abrangente. Isto requer uma
certa prática e o uso inicial dos esquemas de interpretação é
de utilidade para o iniciante, no sentido de disciplinar sua
abordagem ao protocolo e dar-lhe maior segurança no
levantamento de hipóteses.
- Deve-se, entretanto, ter em mente que tais esquemas são
uteis para uma visão global. A síntese deve descrever uma
pessoa real e não uma coleção de itens estanques.
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
- Aspectos intelectuais – considerar a qualidade do vocabulário,
a riqueza do conteúdo das histórias, a diversidade de temas
abordados pelo sujeito. Comparara produção do indivíduo
com o nível sócio-cultural. Em caso de discrepâncias, verificar
hipóteses de problemática emocional (interferência da
ansiedade ou uso maciço de mecanismos de defesa), ou
orgânica (viscosidade, dificuldades ao nível da percepção,
tempos totais longos).
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
- Auto imagem – como o indivíduo se percebe, o que é
verificado através das características mais frequentemente
atribuídas aos heróis ao longo do protocolo. Identificar as
possibilidades de atuação e resolução das tramas pelo herói,
tendo o cuidado de discernir as características de ego real
daquelas de ego ideal.
- Ambiente – como o indivíduo percebe o ambiente externo,
que tipo de relações procura estabelecer e como reage às
pressões externas.Aqui já se estará abordando também
relacionamentos específicos tais como: figuras parentais,
relações sociais, heterossexuais, etc.
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
- Principais ansiedades, mecanismos de defesa, necessidades e
conflitos – possivelmente esses dados já terão aparecido ao se
abordar a auto imagem e as relações com o ambiente.
Atenção, principalmente, àquelas que aparecem com maior
frequencia e dentro de respostas não-clichê. Verificar ainda a
presença de ansiedade perturbadora ou distanciamento
excessivo frente a determinados temas. Especial consideração
à prancha 16, por possibilitar a projeção daquilo que, para o
sujeito, parece ser mais urgente.
- Observar a interligação – a necessidade provoca um conflito,
que gera uma ansiedade, que mobiliza uma defesa.
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
- Elaboração dos conflitos – indicam a disponibilidade do
indivíduo para entrar em contato com seus próprios
conteúdos internos, sua capacidade de manter-se íntegro,
suas possibilidades de mudança e crescimento pessoal. Tais
dados podem ser obtidos através de desenlaces, recursos
egóicos, superego, análise formal, de sequencia e
identificação dos mecanismos de defesa utilizados (de forma
produtiva ou inibidora). A interpretação simbólica da prancha
11 pode contribuir nesse sentido.
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
- Perspectivas – o que o indivíduo espera da vida? Que
posicionamento pretende ter? em que situações sente-se
mais gratificado? Tais dados permeiam o protocolo como um
todo.
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:
Síntese – Sugestão de elementos a
serem considerados:

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