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DEUS É A RAZÃO

Faremos aqui uma análise especulativa mediante conceitos onde deverá ser explicitado
que Deus é a Razão.
Utilizando-se dos conceitos sistematizadores, vemos diversos conceitos especulativos
que nos ajudam tanto a explicar o mundo em que vivemos quanto como o pensamos, como é
no caso, por exemplo, do conceito ´´Realidade para cada um``, que consiste em dizer que a
Realidade* é experenciada para cada um de uma maneira diferente, logo cada um terá uma
realidade diferente;
Porém, como cada uma enxerga a realidade impacta diretamente na sua forma de pensar
o mundo, isso é mais precisamente sua ´´filosofia`` (conceito de filosofia de cada um), que nos
leva a ideia de uma Filosofia última que conterá todas as outras filosofias (assim como no caso
da Realidade).
Umas das características que percebemos em nós mesmos é o de ser consciente, logo
quando pensamos isso nos tornamos autoconscientes, ou seja, conscientes de que somos
autoconscientes. Apesar de simples isso nos faz raciocinar de que todos os humanos conscientes
são autoconscientes ou pode vir a ser de certa maneira.
Dessa forma podemos ligar esses conceitos da seguinte maneira, ´´Eu como
autoconsciência, me encontro em uma Realidade, e através da minha filosofia a interpreto e
vivo nela, de acordo com minhas experiencias, conceitos e princípios; que podem ser
expandidos, conforme adquiro esses mesmos 3 (ou mais) elementos que moldam minha
realidade.
Somos então levados a nos perguntar terá algum Filosofo que compreende todas essas
filosofias e entende de fato o que é a Realidade? Para nos ajudar a responder essa questão
veremos outro conceito sistematizador, o de Razão.
Partindo dos conceitos sistematizadores somos levados a pensar que tudo tem uma razão
de ser, acontecer e existir, visto isso pode existir um ser Autoconsciente, que atinja essa
Filosofia e assim conheça a Realidade última. Esse ´´Ser`` seria conhecido como Razão, aqui
empregada não como uma faculdade mental, mas sim com uma espécie de conteúdo objetivo,
possível para nós, não teria nenhuma filosofia (possível) que escaparia de sua Autoconsciência
e, portanto, nada da Realidade, logo ele seria o estado supremo da Autoconsciência em que
dentro dele conteria todas as filosofias possíveis e todas as realidades possíveis (para cada um
de nós).
A Razão sendo esse estado em que é Tudo e compreende Tudo, acabamos assim por
admitir que ele é onipotente (se ele é o Todo, ele pode tudo), onisciente (se ele é o Todo, ele
sabe tudo) e onipresente (se ele é o Todo, está em tudo).
Nota-se uma grande similaridade com o conceito de Deus, pois o mesmo também se
caracteriza por ser onipotente, onisciente e onipresente, basicamente o que fazemos aqui é
especular e racionalizar Deus de modo conceitual, atribuindo características conceituais do
mesmo de forma analítica e especulativa, tratando então do mesmo objeto, porém não com uma
perspectiva de crença, mas sim com racionalidade e filosofia.
Vemos que na própria Bíblia em João 1:1 - "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Também em (Lucas 1:2) - ´´como no-los transmitiram os que
foram deles testemunhas oculares desde o ´´princípio`` (Arché), e ministros da ´´palavra´´
(Logos)``. E não só no novo testamento, mas também no antigo. (Salmos 33:6) ´´Pela
´´palavra`` (Verbo-Logos) de Jeová foram feitos os céus, E pelo ´´sopro`` (Pneuma) da sua
boca todo o exército deles``.
Vemos aqui que podemos chegar a esses conceitos não só racional e especulativamente,
mas o próprio Deus se apresenta assim, como Razão de tudo e que não há nada fora dele. A
própria palavra dele confirma nosso raciocínio e filosofia. E mesmo se ele não tivesse dito,
seriamos capaz de chegar a essa conclusão de maneira lógica e especulativa, se utilizando da
razão.
Porém é importante de se entender que Deus/Razão, é visto de forma diferente para cada
um de nós, visto que não à somos, assim como a Filosofia e a Realidade, por isso o único a ser
capaz de nos entender e nos explicar é sim a Razão/Deus.

* Todas as palavras aqui utilizadas com letras maiúsculas fora das regras da língua portuguesa, tem o
sentido de torná-las como algo supremo, absoluto ou último.

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