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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

• Avaliação psicológica é um método técnico-científico, tem que usar de diferentes


técnicas
- Utiliza metodologias específicas
- É uma forma de levantar informações e responder a perguntas relacionadas a
inteligência, personalidade, atenção, concentração e auxiliar na tomada de decisão.

✔️ A avaliação psicológica tem um recorte temporal, tem duração/validade


aproximada de um ano até dois anos; podemos adaptá-la ao sujeito (não é
padronizada), podemos utilizar testes projetivos, testes objetivos e anamnese, é
sempre respaldada em uma teoria, é regulamentada pela resolução 009/2018 (ou
segundo Cunha - Psicodiagnóstico).

❌ Não é padronizada, não é uma etapa, não tem caráter definitivo (tem duração), não
objetiva produzir instrumentos, não implica na utilização de testes psicológicos.
SATEPSI - Antes da resolução de 009/2018 os testes com parecer favorável têm
validade de 20 anos e normas de 15, depois da resolução a validade e normas são
de 15 anos.
RESOLUÇÃO DE 009/2018: Regulamenta o SATEPSI, estabelece diretrizes para a
realização de avaliação psicológica, revoga as resoluções n° 002/2003 e 006/2004 e
revoga as notas técnicas n° 001/2017 e 002/2017.
- Segundo essa resolução, a avaliação psicológica é definida como um processo
estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, composto por métodos,
técnicas e instrumentos;
- Tem o objetivo de prover informações à tomada de decisões, no âmbito individual,
grupal e institucional, com base em demandas (tem que ser solicitada pelo sujeito ou
um terceiro), condições e finalidades específicas (tem que ter um objetivo/fim).
* Tenho uma pergunta (demanda) e preciso responder a ela
O objetivo da avaliação psicológica segundo Cunha - Psicodiagnóstico V:
• Fazer uma descrição do que está acontecendo com o sujeito (não cabe apenas
classificar e/ou responder sim ou não)
- Ultrapassa descrições simples
- Interpretar diferenças de scores
- Identificar pontos fortes e fracos
- Descrever o desempenho dos pacientes
• Diagnóstico diferencial
- Investigar irregularidades ou inconsistências
- Alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou natureza da patologia
• Estabelecer um prognóstico
- Curso provável do quadro/transtorno
• Prevenção
- Identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças
e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis,
estressantes.
* O entendimento dinâmico (um dos objetivos da avaliação psicológica segundo
Cunha), em sentido lato, pode ser considerado uma forma de avaliação
compreensiva, que enfoca a personalidade de maneira global, pressupondo um nível
mais elevado de inferência clínica.
- *Entendimento da problemática do sujeito, *investigar fatores psicodinâmicos,
*identificar conflitos, *compreender o caso com base em um referencial teórico.
Principais fontes de informação para fazer uma avaliação psicológica
• Fontes fundamentais
- Testes psicológicos;
- Entrevista psicológica, anamnese;
- Protocolos ou registros de observação de comportamentos obtidos
• Fontes complementares
- Técnicas e instrumentos não psicológicos, mas que tenham respaldos na literatura
científica da área e que respeitem o código de ética;
- Documentos técnicos (protocolos e/ou relatórios de equipes multiprofissionais)
Avaliação psicológica envolve testes (não são obrigatórios), entrevistas, observação,
análise de documentos, anamnese.
Testagem psicológica é uma etapa da avaliação psicológica.

Etapas da avaliação psicológica


- Levantamento dos objetivos (perguntas);
- Escolhas de instrumentos e estratégias
- Coleta de informações;
- Juntar/integrar os dados/informações para desenvolver hipóteses;
- Indicação das respostas ao objetivo/perguntas/demanda.
* Para se fazer uma avaliação psicológica é necessário o uso de pelo menos duas
técnicas diferentes (ex: observação + anamnese).
* Avaliação psicológica não é feita em apenas 1 encontro.
* É necessário emitir um documento escrito após o término da avaliação psicológica
respondendo à pergunta solicitada.
* O documento tem que ter uma linguagem específica/adaptada para cada tipo de
profissional/requerente.
* O documento decorrente da avaliação deve sempre partir das qualidades do
avaliando, e o informe responderá apenas o necessário, apenas as condições
exigidas (demanda/pergunta).
* O documento não pode estar focado na >minha< construção teórica, sem jargões
técnicos, a linguagem tem que ser acessível.

Avaliação psicológica na esfera da justiça


- Vou sempre responder a uma pergunta
- O espaço da avaliação psicológica na justiça possibilita uma interação entre o
Direito e a Psicologia
- O trabalho é interdisciplinar
* O perito judicial é sempre indicado pela justiça

* Após o processo de avaliação psicológica, o psicólogo pode apresentar (❌não


determinar/mandar) recomendações para as situações de conflito identificadas.
• A resolução de 008/2010 art. 7° diz que o relatório vai subsidiar o juiz na solicitação
realizada sem adentrar nas decisões, que são exclusivas às atribuições dos
magistrados. "O psicólogo perito é profissional designado para assessorar a justiça
no limite de suas atribuições."

Fundamentos e etapas da avaliação psicológica


Fundamentos - Conceitos básicos da avaliação (o que preciso saber sobre avaliação
psicológica).
- Validação de hipóteses científicas (por meio de testes, observação e/ou entrevista,
análise e de um referencial teórico para fundamentar).
Etapas: Itens/passos/processos que levarão a conclusão da avaliação psicológica ou
psicodiagnóstico.
Diferentes estilos de pensamento: Monotético ou psicométrico= Testes objetivos,
pesquisa, descoberta de leis gerais/quantificação/medida.
Idiográfico ou impressionista= Testes projetivos, prática clínica, entendimento da
riqueza de um indivíduo
* São saberes/pensamentos complementares, não contraditórios

Todos os testes (projetivos ou não) devem passar por avaliação e devem estar
pautados em alguma teoria/fundamentação teórica;
Avaliação não necessidade necessariamente de testes psicológicos, não é
obrigatório;
Validade: Capacidade de medir o que se propõe a medir
Fidedignidade: Confiabilidade e precisão/consistência dos escores obtidos quando
submetidos novamente ao mesmo teste ou a uma forma equivalente dele
Normatização: escores utilizados para correção* de resultados
Padronização: Uniformidade na aplicação* dos testes
Precisão = fidedignidade
Instrumentos de avaliação psicológica: Entrevista, visitas, genograma, testes
psicológicos (que são procedimentos sistemáticos, que visam observar o
comportamento do sujeito com escalas numéricas ou categorias fixas).
Teste psicometricos (de medição): utiliza números para descrever os fenomenos
psicológicos, escalas, inventários.
Testes impressionistas: Descrição linguísticas dos fenômenos, existem dois subtipos
de testes: expressivos (inclui testes gráficos) e projetivos.
Plano de avaliação: Entrevista inicial > definição de hipóteses > definição de baterias
de testes > entrevistas e/ou visitas > integração dos dados > entrevista de
devolução.
Principais etapas da avaliação psicológica:
1 levantamento dos objetivos/demanda - escolha de instrumentos e estratégias
2 coleta de informações - entrevistas, testes, visitas
3 integração das informações e levantamento de hipóteses
4 resultado/resposta para a demanda + devolutiva
Principais conceitos:
Fidedignidade –Resultados constantes (precisão, confiabilidade), medida de
estabilidade, tem a ver com teste e retestes, estabilidade temporal
Validade – Capacidade de medir o que pretende
Padronização – Forma de aplicação dos testes = Uniformidade
Normatização – Valores padrão, escores para correção
Amostra de padronização – Validação ampla e representativa (é a "galera" que vai
validar o teste, é a quem participou da pesquisa).
Interpretação dos resultados: levar em conta os manuais e contexto da pessoa na
hora da avaliação.
Validade de critério - eficácia em predizer desempenho
Preditor:
- Presente
- Futuro
Validade preditiva - desempenho futuro do sujeito
Validade concorrente - ao mesmo tempo em que se coleta os dados, está-se tendo
os resultados/informações sobre o critério
Validade de constructo: capacidade de medir conceitos abstratos, pesquisa-se
qualidade psicológicas.

ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO CONTEXTO HOSPITALAR


Entrevista psicológica
*Escolher as técnicas mais adequadas ao problema/pessoa/momento.
• Hospital, profissionais e comunidade
• Tríade: Paciente - Família - Equipe
Demandas do contexto hospitalar - esse contexto exigiu da Psicologia um
desenvolvimento de uma práxis própria para lidar com os desafios e demandas
encontrados na instituição, essas demandas trazem necessidade de intervenção que
incidam em 3 públicos: Paciente - Família - Equipe de saúde.
Objetivos do psicólogo hospitalar: Paciente - minimizar sua angústia e ansiedade,
propiciar a expressão dos sentimentos (catarse), auxiliar na compreensão
(esclarecimento/psicoeducação) do momento que o paciente enfermo está vivendo,
permitir a expressão das fantasias com relação ao ambiente hospitalar, possibilitar
que se estabeleça um clima de confiança entre o paciente e a equipe de saúde (o
psicólogo vai intermediar essas relações). Família - oferecer apoio aos familiares no
enfrentamento da doença do paciente, esclarecer dúvidas.
Equipe de saúde - operar mudanças institucionais (o psicólogo pode ser agente de
mudanças institucionais, como propor formas mais eficientes de uma primeira
abordagem com o paciente e/ou família, sugerir protocolos nesse sentindo, maior
humanização), mobilizar outras categorias profissionais, atuando
interdisciplinarmente (escuta da equipe, esclarecimento para intermediar a equipe
com o paciente), colaborar para a qualidade e humanização dos atendimentos e
serviços prestados.
* A ação da psicologia hospitalar busca alcançar uma melhor adesão do paciente,
minimizando suas angústias e ansiedades além de contribuir para a qualificação do
serviço oferecido pela equipe.
* Para o psicólogo atingir esses objetivos, vai requerir flexibilidade (implica no uso de
diversas técnicas específicas que estejam adaptadas ao contexto hospitalar de
diferentes abordagens que são utilizadas de forma integrada ao se lidar com o
paciente) e o uso de recursos que auxiliam na obtenção dos resultados em um curto
período de tempo.
• A entrevista psicológica na área hospitalar é um dos principais instrumentos,
diversas vezes utilizada como a única ferramenta de intervenção.
* A entrevista psicológica é também uma ferramenta terapêutica.
• Definição de entrevista psicológica: Se refere a um conjunto de técnicas
investigativas (avaliação), limitada no tempo (começo meio e fim), conduzida por um
profissional (não necessariamente um psicólogo) treinado, que se utilizada de
conhecimentos advindos da psicologia, por meio de uma relação estritamente
profissional.
• A entrevista psicológica é uma relação com características particulares que se
estabelecem entre duas ou mais pessoas.
* O psicólogo deve se comportar de forma profissional, não apenas aplicar as
técnicas.
* A realização dos objetivos possíveis da entrevista (investigação, diagnóstico,
orientação etc.) do saber e da atuação de acordo com o saber.
Objetivos da entrevista (já é um instrumento fundamental de avaliação/investigação
científica em Psicologia e uma técnica de intervenção) psicológica.
• Descrever e avaliar aspectos pessoais -> intuito de realizar intervenções
benéficas/minimizar o sofrimento.
• A técnica/entrevista cumpre duas funções - amplia e verifica o conhecimento
científico, além de aplicar o conhecimento (intervenção).
* O psicólogo deve adaptar o manejo da entrevista ao contexto e possíveis
imprevistos/insuficiência de tempo
* Internação é um momento permeado pelo sofrimento físico e mental
* A entrevista no contexto hospitalar precisa ter um foco - nos sintomas do sujeito e
nos fatos mais significativos da vida que possam estar relacionados ao seu estado
de saúde atual - sempre basear se na história de vida > história clínica > e da
doença atual.
* Pode se estender por mais de um encontro se haver necessidade e tempo.
* Compreensão dinâmica do paciente após a finalização das entrevistas
* Meta psicologia freudiana visa investigar os processos psíquicos através de 3
facetas: tópica - localização de um elemento dentro do aparelho psíquico/ instância
(consciente, pré consciente, inconsciente), econômica - refere-se as trocas
energéticas (energia = libido) entre os sintemas; para que uma representação
psíquica emerja a consciência, ela precisa ter uma determinada quantidade de
catexia de energia, dinâmica - refere-se as interações entre as instâncias psíquicas
(ics, cs, pré cs) na composição de um processo psíquico, abarca as questões
relacionadas ao jogo de força travados entre os sistemas; os conteúdos do ics
exercem pressão para chegar a consciência, o pré consciente filtra, ocorrendo
conflitos entre esses sistemas que resultam em formas de composição, o resultado
desses arranjos é denominado formação de compromisso, pq são resultantes da
"negociação" desses sistemas, os conflitos se dão entre essas instâncias, dele surge
a formação de compromisso = sintoma.
• Compreender dinamicamente o paciente - Entender quais os conflitos
intrapsíquicos que alimentam conflitos no campo intersubjetivo que influenciam os
processos de adoecimento do paciente.
Triângulos de Malan (muito utilizado em psicoterapia breve) - Recurso principal para
entender/compor um discurso sobre o funcionam dinâmico, ele parte dos conceitos
freudianos, o modelo ajuda em um espaço mais curto de tempo para se
compreender a dinâmica psíquica do sujeito - 1°∆ (processos intrapsíquicos) do
conflito - polo dos sentimentos/impulsos (ID freud), para Malam, são pulsões (o que
impulsiona, o que dá origem ao desejo); polo das ansiedades (SUPEREGO) buscam
se manifestar/satisfazer; polo das defesas (EGO) - quando há um conflito entre os
dois primeiros polos -sentimentos/impulsos e ansiedade- , o que resulta é a
composição de defesas para lidar com esses conflitos; 2° ∆ da pessoa tem a função
de descrever processos intersubjetivos, perceber como esses conflitos irão se
manifestar no sujeito a partir da forma como ele interage com o mundo: relação com
os pais - primeiros objetos de ódio e amor (pois a relação é ambivalente), a relação
com esses/desses modelos irão influenciar na composição da forma como o sujeito
estrutura e lida com suas relações correntes/atuais.
Modelo de triângulo de McCullough Vaillant - psicoterapia breve focal (de triângulo
vira pirâmide)
1° ∆ (interno/relações intrapsíquicas) do conflito: afetos ativadores/motivadores
(onde era o polo dos impulsos > ID); afetos inibidores (onde era o polo das
ansiedades > SUPEREGO) tenta compor o equilíbrio com os afetos
ativadores/motivadores, criam comportamentos funcionais/adequados, pois sem o
equilíbrio o sujeito poderia se colocar em risco; comportamentos
desaptativos/sintomas - quando a relação dos dois primeiros polos (afetos
ativadores/motivadores e afetos inibidores) se torna conflituosa, o sujeito compõe
comportamentos desaptativos/sintomas; a partir da interação desses 3 polos surge o
self - forma de funcionamento do sujeito; 2° ∆ da pessoa - tem como centro o outro
(externo/relações intersubjetivas): pessoas do passados (pais e/ou pessoas que
tiveram um papel significativo na composição da forma de relacionamento do
sujeito); pessoas do presente; relação com o terapeuta.
Adaptação da técnica de entrevista psicológica no contexto hospitalar
• Foco é aquilo que o psicólogo elege como ponto de trabalho/área a ser trabalhada
no processo terapêutico, isso faz com que seja possível fazer avaliações e
intervenções em pouco tempo. O foco enfatiza aspectos sintomáticos (como o
motivo da consulta), interacionais (conflito interpessoal que desencadeou a crise),
caracterológicos (zona problemática do indivíduo) e aspectos próprios da díade
terapeuta-cliente e do desenvolvimento da técnica.
* Parte primeiramente do que é emergente (sintoma) até se for possível, os
elementos estruturais que causam aquela resposta.
NÍVEIS DO FOCO - 1° conflito atual - situação vivida onde o sujeito encontra
dificuldades de solucionar (pode ser um "curto-circuito" ligado a uma situação
semelhante do passado que também não foi solucionada/elaborada) - perturbação
eu-tu ou eu-isso -; 2° conflito nuclear - situação do passado que configura mais um
nível de trabalho do foco, diz respeito ao mundo interno, situações vividas com os
pais que influenciam no conflito atual (1°).
Mundo externo: sintomas (o que é apresentado no momento da busca ao
atendimento) - ansiedade - conflito (presente nas relações atuais do paciente nas
esferas do eu-tu ou eu-isso).
Mundo interno: Abordamos as relações pretéritas do paciente no eu-tu ou eu-isso, o
modelo desses conflitos é influenciado pela relação eu-tu parental (pais), que
interferem também no mundo externo.
* Na psicoterapia breve é possível fazer uma análise psicodinâmica profunda a partir
de um foco.
* O foco na entrevista psicológica hospitalar persiste na intervenção centrada nos
conflitos psicológicos que estão ligados ao processo de adoecimento do paciente.
• Fatores que tornam necessária a adaptação das técnicas da entrevista psicológica
no contexto hospitalar: tempo, a falta de setting nos moldes tradicionais (espaço
sigiloso), o fato das entrevistas, por vezes, necessitarem ser realizadas na presença
de familiares ou acompanhantes (e até mesmo serem realizadas exclusivamente
com os familiares, caso estejam fragilizados e interferindo no atendimento ao
paciente).
* O setting da entrevista hospitalar: as entrevistas geralmente são realizadas junto
ao leito.
* As intervenções do psicólogo clínico são insuficientes para o contexto hospitalar
pois necessitam de adaptações dos recursos e espaços disponíveis, adequação e
flexibilidade teórico-metodológica, conhecer as normas e dinâmicas da instituição.
• Adaptações técnicas da entrevista psicológica no contexto hospitalar: o profissional
deve se apresentar ao paciente, aproximar-se ou sentar perto dele, ficando em uma
direção ao nível dos olhos, falar delicadamente na tentativa de criar um ambiente
propício ao bom andamento da entrevista, também necessitará de destreza e
competência para desenvolver em um curto período de tempo ou em uma única
sessão, uma entrevista que envolva avaliação, diagnóstico da situação (não
necessariamente um diagnóstico do paciente mas da situação, do conflito atual do
paciente em função do adoecimento e hospitalização), esclarecimentos,
intervenções e/ou encaminhamentos.
* No contexto hospitalar a entrevista muitas vezes não é vista apenas como um
instrumento de pesquisa, mas também como tendo fins terapêuticos.
* No contexto hospitalar opta-se por técnicas direcionadas como a psicoterapia
breve focal e intervenções de apoio.
Técnicas de intervenção utilizadas no contexto hospitalar
* Opta-se por uso de técnicas direcionadas, como a terapia breve focal e
intervenções de apoio, cujas técnicas estão presentes dentro das psicoterapias
breves de apoio.
• A psicoterapia breve focal é um tipo de psicoterapia breve psicodinâmica (vai se
buscar a dimensão dinâmica do paciente) que tem como marcos técnicos: atividade
-> planejamento de intervenções; foco; abordagem psicodinâmica na solução
(mundo intersujetivo e intrapsíquico, que parte de um sintoma/queixa > para a
ansiedade que sustenta a queixa > para o conflito atual que alimenta a ansiedade,
no caso, o conflito que se dá na relação eu-tu ou eu-isso > e partir desse conflito
atual busca o conflito do mundo interno eu-tu ou eu-isso de relações
pretéritas/parentais - a compreensão do conflito parental que sustenta o sintoma a
ser trabalhado ajuda a elaborar a intervenção que ajuda o paciente a solucionar o
seu problema)
do problema; flexibilidade (capacidade de colocar a necessidade do paciente em
primeiro lugar e nesse sentido, escolher as técnicas cabíveis); experiência
emocional corretiva (possibilidade de experimentar situações traumáticas reprimidas
do passado com o terapeuta, com o intuito de experimentar novas emoções para a
reformulação do conflito/situação ansiogênica - o psicólogo se comporta de forma
diferente de quem causou o conflito); efeito carambola (refere-se a potencialização
dos ganhos obtidos a partir de repetidas experiências emocionais corretivas, o efeito
é resultante das experiências de reaprendizagem emocional).
Classificação de psicoterapia breves segundp Eduardo Ferreira Santos: Psicoterapia
breve mobilizadora, seu objetivo é a evidenciação da ansiedade contida em
processos mórbidos (técnica não adequada ao contexto hospitalar pois o paciente
no hospital está fragilizado); psicoterapia breve resolutiva/focal, seu objetivo é tratar
o problema, pois destina-se a procurar a origem intrapsíquica da crise vivenciada
pelo paciente (adequada ao contexto hospitalar); psicoterapia breve de apoio, ação
terapêutica que visa diminuir a ansiedade do paciente independente de sua origem
(essa psicoterapia serve como suporte a breve focal/resolutiva e é eficiente para
pacientes na área hospitalar).
Cordiolli classifica os tipos de terapia como: terapias expressivas - bascam analisar
as defesas e transferências visando obter insights sobre conflitos inconscientes,
temos a psicanálise/setting psicanalítico; terapias suportivas: buscam o
fortalecimento das defesas e a supressão dos conflitos inconscientes, de forma a
levar o indivíduo a sair do momento de crise, diminuir sua angustia e reestabelecer
seu equilíbrio (seriam as psicoterapias de apoio - ✓sugestões, ✓aconselhamento, ✓
psicoterapeuta ativo, é o ego-auxiliar do paciente).
* O fato da psicoterapia breve focal ser um tipo de psicoterapia psicodinâmica nos
dá uma indicação de como vai ser a avaliação e a intervenção dentro dessa
psicoterapia (pirâmide de Mccullough em que a ideia é trabalhar tanto com aquilo
que nos impulsiona a agir, como com o campo das inibições e a forma de resolução
que surge desse conflito -nosso impulso para agir e inibir-, ou seja, polo das
defesas/ comportamentos adaptativos ou mal adaptativos); trabalhamos com essa
concepção de conflito psíquico (que está ligado ao adoecimento) para entender as
dinâmicas do sujeito, a partir desse foco, planeja-se as intervenções.
* A ansiedade é o motor do processo psicoterápico, é necessário um certo nível de
ansiedade para que o sujeito busque a psicoterapia.

Entrevista psicológica - técnicas de entrevista


A entrevista psicológica é um instrumento fundamental do trabalho do psicólogo, e é
diferente de outras entrevistas, seus objetivos são a investigação, diagnóstico e/ou
tratamento;
Conceito de entrevista psicológica: “é um conjunto de tecnicas de investigação, um
processo, que ocorre num tempo delimitado, é dirigida pelo psicólogo que se utiliza
dos conhecimentos que tem, estabelecendo uma relação profissional com o
entrevistado, Com o objetivo claro de descrever e avaliar aspectos pessoais,
relacionais ou contextuais, para ao final tomar algum tipo de decisão que pode incluir
recomendações, orientações, diagnóstico, encaminhamento, contratação de
serviços, desligamento ou qualquer tipo de intervenção que beneficie o entrevistado
(Tavares, 2000).”
Tipos de entrevista: Aberta – flexível; Semiaberta; Fechada – pré-estabelecida,
ordem, maneira, facilita a comparação sistemática.
Tipos de entrevista em função do beneficiário: Consulta – em benefício do
entrevistado; Pesquisa – em favor dos resultados; Instituição – em benefícios de
terceiro.
Objetivos/finalidades da entrevista: Anamnese, orientação, seleção, checar
conhecimento, triagem (diagnóstico, indicação e tratamento), aconselhamento
psicológico (enfrentar uma dificuldade pontual), melhorar a comunicação do sujeito.
Tipos de questões
Questões abertas: diretivas = respostas desejadas; não-diretiva = respostas também
abertas
Questões fechadas: padronizada = respostas também fechadas; parcialmente
padronizada = respostas abertas
Na triagem avalia-se quais demandas o sujeito tem, para onde pode encaminhar, já
na anamnese, busca-se a história de vida do sujeito para compreender porquê e o
que levou ao adoecimento.
A entrevista comportamental (técnica de entrevista por COMPETÊNCIAS
estruturada que investiga o comportamento passado de uma pessoa) levando em
consideração o CAR = contexto, ação (atitude tomada) e resultado (o que
realizou/resultou). O comportamento passado vai predizer o comportamento futuro.
Entrevista comportamental avalia comportamento passados/anteriores
Entrevista situacional avalia comportamentos em situações críticas hipotéticas/futuro
Entrevista motivacional é centrada no cliente, muito utilizada no tratamento de
dependência química, trabalha a ambivalência, motivação intrínseca e mudança de
comportamento. São princípios orientadores da EM a resistência ao reflexo de
consertar as coisas, entender e explorar as motivações do paciente e fortalecê-lo,
estimulando sua esperança e otimismo.
Entrevista cognitiva (muito utilizada no âmbito jurídico e forense): É uma técnica que
leva em conta fatores psicológicos envolvidos na tarefa de evocar memórias de um
acontecimento, busca informações com bases quantitativas e qualitativas, em 7
etapas: estabelecimento de rapport e personalização da entrevista (entrevista
personalidade), explicação dos objetivos da entrevista, relato livre (o sujeito pode
falar livremente), questionamento (com o objetivo de alcançar respostas do que se
está buscando), recuperação variada e extensiva, síntese (sintetiza tudo o que foi
falado) e faz um fechamento.

TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS


Psicoterapias breves - dizem respeito a um tipo classificação a partir da duração de
tratamento das modalidades de psicoterapia - longa duração e psicoterapias breves.
Características da PB: O que difere uma PB de uma Psicoterapia de longa duração,
não é sua brevidade no tempo (podem durar até um ano) mas seu foco em uma
questão específica; possui enquadres próprios, como objetivos, intervenções e
indicações específicas desse tipo de metodologia psicoterapêutica.
* Surgiu das abordagens psicanalíticas/psicodinâmica, mas existem em outras
abordagens
* A PB também é conhecida como psicoterapia de emergência e de crise
* A PB utiliza de elementos técnicos de mais de uma linha de psicoterapia
Classificação de Hegenberg e Lemgruber pela abordagem teórica: Psicoterapias
breves psicodinâmicas e egóicas, psicoterapias breves cognitivos-comportamentais,
psicoterapias breves psicodramáticas.
Classificações de Eduardo Ferreira Santos das PBs pelos objetivos: psicoterapia
breve mobilizadora - visa a evidenciação da ansiedade, o paciente precisa se
implicar em seu sintoma; psicoterapia breve de apoio - visa diminuir a ansiedade do
paciente fragilizado/em crise independentemente de sua origem, serve como suporte
ao paciente no momento de emergência; psicoterapia breve resolutiva - visa
procurar a origem intrapsíquica da crise com o objetivo de solucionar/tratar o
problema.
Classificação de Guillieron pelos objetivos: Psicoterapia ansiolítica ou te apoio -
trata-se de uma terapia de apoio a um paciente em crise que tenha dificuldades
emocionais de longa data, o objetivo é diminuir a ansiedade; psicoterapia
provocadora de ansiedade ou dinâmica - visa provocar a tomada de consciência
para resolver o problema.
Classificação de Cordiolli pela indicação, ou seja, pelo >perfil do paciente< que vai
se submeter a psicoterapia: psicoterapias breves dinâmicas - destinadas a pacientes
com transtornos de ajustamento, crises evolutivas, problemas focais ou depressões
leves, mas que tenham boa capacidade de insight, força do ego, motivação para
mudança, defesas não muito rígidas, foco e pensar psicológico; psicoterapias breve
de apoio - objetiva o alívio dos sintomas, são destinadas a pessoas com debilidade
do ego atravessando crises agudas, emergências, transtornos psiquiátricos leves,
mas que tenham uma nova adaptação, bom suporte social, boas relações
interpessoais, apesar de pouca capacidade de insight.
* As PB para Cordiolli são destinadas a pessoas bem adaptadas que
momentaneamente estão atravessando situações de crise/momentos de fragilidade.
Outras características das PB: restringe-se a abordar certas áreas de conflito (não a
estrutura de personalidade, por exemplo) pois é focada ao ponto que é definitivo
para ser trabalhado; segue um planejamento terapêutico (o que vou trabalhar, como
e por quanto tempo); objetivos terapêuticos definidos, centrados na evolução do foco
traçados na primeira entrevista; o foco é na pessoa e suas necessidades, leva-se
em conta a demanda e expectativas do paciente, sua queixa sintomática.
* A PB tem um enquadre clínico específico, surgiu da necessidade de realizar uma
psicoterapia em um tempo definido com eficiência em seus resultados, é voltada
para resolução de problemas.
Característica das PB: é uma terapia ativa (o terapeuta é ativo na hora de definir o
problema a ser tratado, é quem vai observar se o paciente tem indicação ou não
para aquele tipo de processo e vai definir o planejamento, intervenções e tempo,
manter o foco do tratamento "motivando" o paciente para adesão, com empatia,
acolhimento, fazer interpretações desde o início para ajudar o paciente a se engajar
e desenvolver as soluções para a problemática, propor estratégias de soluções);
determinação de um limite de tempo/sessões (definido nas primeiras sessões);
trabalhado realizado no aqui-agora, os conflitos internos/passados serão trabalhados
na medida em que tenham interligação com os atuais (trabalho com profundidade
em uma menor amplitude); ocupa-se do fora do tratamento (a família ou outros
agentes do suporte social podem ser chamados para contribuir com o processo);
exige alto nível de motivação do paciente.
Objetivos da PB: atingir/reestabelecer o equilíbrio existente antes da crise; ajudar o
paciente a perceber os processos dinâmicos que atuam em seu cotidiano; fornecer
suporte a pacientes em momento de crise; fornecer uma experiência emocional
corretiva; resolver problemas básicos imediatos, que podem abrir caminho para
terapias mais longas.
Técnicas da PB: planejamento do processo ( iniciado na primeira sessão) -
delimitação do problema a ser trabalhado junto ao paciente (fase também onde o
terapeuta irá analisar se o paciente tem perfil/indicação para a PB), estabelecimento
de uma hipótese de base explicando a problemática principal do paciente, escolha
de intervenções a serem utilizadas, fixação de imediato, de uma prazo para o
tratamento (caso o resultado não seja atingindo, poderá considerar a continuidade
do processo em outra forma de psicoterapia, a longa por exemplo); organizar seus
recursos/intervenções de forma maleável/flexível dispondo-os em função da
avaliação do paciente (grau de enfermidade, potencial adaptativo, forma como
elabora estratégias para lidar com sua problemática, suas capacidades); utiliza-se
um arsenal terapêutico multidimensional; técnica de interpretação ativa, consistindo
em uma atenção seletiva voltada para elementos voltados para a hipótese de base;
atuação sobre os diversos níveis motivacionais (tanto do mundo interno quanto
externo/consciente/inconsciente); busca entender a estrutura psíquica dos
determinantes atuais ligados ao processo de adoecimento, mostrando ao paciente o
que está acontecendo e sua forma de reação a essas situações; abordagem dos
conteúdos internos que estão impedindo o livre desenvolvimento do paciente; etapa
pedagógica, onde são oferecidas/propostas algumas alternativas de solução;
sessões realizadas do face-a-face (sem divã); criança de um vínculo terapeuta-
cliente estruturado na empatia, mas que não aprofundado a ponto que resistências e
transferência venham à tona; trabalho com a transferência é feito apenas se estiver
tocando na problemática atual/foco de trabalho.
Indicações e contraindicações das PBs
* O psicólogo tem que fazer uma avaliação do perfil do paciente pra ver se "encaixa".
* A PB trabalha de forma profunda, mas não ampla.
* O paciente tem que se posicionar diante dos conflitos a ser trabalhados (implicação
no sintoma/engajamento ativo).
* Fortalecer mecanismos de defesa saudáveis pois serão utilizados para o
enfrentamento da crise (esses mecanismos não serão alvo de trabalho, mas
auxiliadores/reforçardores do processo).
* A PB não desperta conflitos (como a psicanálise), trabalha o foco.
Indicações segundo Ferreira Santos:
• Início recente dos transtornos - situação de crise iniciadas recentemente,
agudização de quadros de transtornos já existentes;
• Queixa circunscrita (definida) ou possibilidade de identificação de um foco ativo e
psicológica atual;
• Capacidade egóica (grau de maturidade psíquica ou força do ego), que diz respeito
a capacidade de tolerar a ansiedade e frustração, utilizar mecanismos de defesa
saudáveis;
• Introspecção e reconhecimento da vida interior;
• Capacidade de insight;
• Pacientes com predomínio de defesas mais maduras e flexíveis, com teste de
realidade preservados e com boas expectativas em relação ao futuro;
• Pacientes capazes de utilizar os recursos que dispõem;
• Motivação para o tratamento;
• Capacidade de rapidamente de estabelecer um vínculo e uma aliança terapêutica;
• Quadro clínico - Pacientes psiquiatricamente saudáveis, bem adaptados, com bom
suporte social e boas relações interpessoais;
• Indicação clínica - Pacientes atravessando situações de crise, trauma ou desastre
natural, e, pacientes que, em resposta à crise, funcionam abaixo de sua capacidade;
• Expectativas do paciente;
• Avaliação do nível intelectual e cultural do paciente (mais indicados a PB seriam os
que tivessem esses níveis mais baixos);
• Realidade social - Situações em que é necessário o tratamento com brevidade,
como disponibilidade econômica e/ou pessoal tanto do paciente quanto do
terapeuta.
Indicações segundo Cordiolli:
* Vão em cima do perfil do paciente, principalmente no que diz respeito ao quadro
clínico
• Psicoterapias breves psicodinâmicas - traços de personalidade delimitados
(integração do self), transtorno de ajustamento, crises evolutivas, problemas focais,
depressões leves
• Psicoterapias breves de apoio - crises agudas em pessoas com debilidades do
ego, emergências, reagudização de trastornos psiquiátrico
Contraindicações da psicoterapia breve
• Diagnóstico clínico - Pacientes psicóticos, antissociais, drogadição, obsessões
graves, tentativas de suicídio, agitação psicomotora com agressividade, doenças
psicossomáticas;
• Diagnóstico psicodinâmico (que avalia a capacidade do ego) - Quando há grandes
debilidades egóicas, dependências simbióticas intensas, ambivalência (gera
resistência), tendência ao acting out (ações impulsivas);
• Escassa motivação para o tratamento;
• Dificuldade de estabelecer um foco devido ao entrelaçamento de múltiplas
situações dinâmicas;
• Falta de capacidade de visão psicológica (introspecção e obtenção de insights);
• Falta de controle dos impulsos agressivos;
• Problemas legais sérios ou doenças clínicas graves.
: Contraindicações segundo Cordiolli
1) Psicoterapias breves psicodinâmicas
• Psicoses;
• Transtornos de personalidade, mentais, orgânicos, ansiedades graves, retardo
mental;
• Tendências suicidas;
• Dependência química;
• Incapacidade de estabelecer vínculo terapêutico.
2) Psicoterapias breves de apoio
• Pessoas com indicação para terapia voltadas para o insight (PB psicodinâmica);
• Pacientes com transtornos graves ou problemas crônicos e incapacitantes que
exijam tratamentos prolongados.

ESTUDO DE CASO
Estudo de caso é uma forma particular de estudo; é de natureza qualitativa
(pergunta norteadora: “como?” “de que forma?”)
Objetivos: Diagnose, tratamento, acompanhamento
O conhecimento gerado é mais concreto (por ter acesso a história do sujeito), mais
contextualizado e mais voltado para a interpretação do leitor (interpretação segundo
abordagem teórica)
Características de um estudo de caso: particularidade (foco em uma
situação/sujeito), descrição (descrição densa do fenômeno/quadro), heurística
(repensar o fenômeno estudado), indução (lógica indutiva, novas relações, conceitos
e compreensões)
Tipos de estudo de caso: intrínseco (caso particular), instrumental (foco na questão
e não no local), coletivo (vários casos)
Estudos de caso segundo Stenhouse: etnográfico (1 único caso, observação
participante), avaliativo (1 ou + casos, julgar mérito ou valor), educacional (muitos
pesquisadores, compreensão da ação educativa), ação (feedback para revisão)
Etapas do estudo de caso clínico: como o paciente se apresenta, queixa, história de
vida, conduta terapêutica (falar da abordagem teórica), natureza e origem do
sofrimento psicológico, hipóteses (articuladas com a teoria), conclusão.

Conteúdo à parte do Gran – A história da Psicologia hospitalar nos EUA


1818- Psicólogo no hospital de Massachusetts com uma equipe multiprofissional
1904 - Criação de um laboratório para fazer pesquisas sobre psicologia hospitalar.
1945 - Término da 2° guerra mundial, a psicologia se insere no hospital geral para
atender militares que apresentavam alterações de humor, distúrbios de
sensopercepção, agitação psicomotora etc., e para compreender o processo de
adoecimento pós-guerra.
• Identificavam as repercussões psicológicas e tentavam compreender a experiência
do processo de adoecimento e hospitalização;
• Promoção de estratégias para minimização das alterações psíquicas;
Características do hospital geral
- Modelo biomédico/cartesiano: homem como máquina necessitada de reparos
- Esse modelo foi questionado por Freud, Lacan e Jung, trazendo a necessidade (e
posteriormente o desenvolvimento do modelo) do olhar biopsicossocial, não apenas
biológico
• Prática multiprofissional para dar conta do sujeito em tua totalidade/complexidade
1970 - O programa federal dos EUA reconheceu as atividades do psicólogo na área
da saúde.
1973 - Investigações/pesquisas foram feitas para analisar as atribuições/eficiência
do psicólogo no contexto da saúde/hospitalar
1977 - Efetivação/oficialização da prática da psicologia hospitalar em todo o país
1978 - A APA oficializou a divisão 38, fato que marcou o surgimento da área
denominada de psicologia da saúde.
A divisão 38 é a posição que do surgimento da Psicologia da Saúde na APA
Objetivos da divisão:
• Avançar nos estudos da psicologia como disciplina que compreende a saúde e
doença através de pesquisa;
• Encorajar a integração da informação biomédica como conhecimento psicológico,
fomentando e difundindo a área.
Psicologia da Saúde é a combinação entre saberes educacionais, científicos e
profissionais da Psicologia, em ações integradas para a prevenção de doenças,
promoção do bem-estar e manutenção da saúde.
1978 - Califórnia insere o psicólogo nas equipes de saúde
1980 - A APA regulamenta as práticas da Psicologia da Saúde por meio de diretrizes
* Essas diretrizes contribuíram para legitimar as práticas da Psicologia Hospitalar e
para publicação de pesquisas da área
1985 - A APA publicou uma cartilha/documento para nortear os profissionais que
estavam adentrando ao campo: "A prática Hospitalar para o psicólogo"
1991 - A APA pública outro documento/diretriz para oficializar a prática da psicologia
hospitalar, nesse documento eram discutidas propostas para implantação do serviço
de psicologia nos hospitais gerais com o objetivo de promover a integração entre
teoria, prática e pesquisa para avaliar os modelos de atuação em Psicologia da
Saúde.
1993 - Esses documentos produzidos pela APA contribuíram para:
• Legitimação das práticas psicológicas no hospital;
• Publicação de pesquisas, com o surgimento do periódico "Journal Health
Psychology (Psicologia e saúde)" em 1982, que até hoje publica pesquisas com
reconhecimento internacional.
PSICOLOGIA HOSPITALAR NO BRASIL
Começou na década de 40 com o modelo médico de assistência privatista, apesar
dos psicólogos estarem imersos nos centros de saúde mental do movimento
higienista (não foi para frente) antes, a partir desse momento, começou a surgir a
assistência privatista médica, onde os psicólogos foram inseridos.

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