Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos de Aprendizagem:
• Utilizar diferentes modelos teóricos, que estão na base da consulta psicológica com crianças,
adolescentes, adultos e idosos;
• Pensar a consulta psicológica com base num desenho coerente da metodologia do diagnóstico
progressivo e da planificação de intervenção de orientação/indicação dos casos clínicos;
• Justificar e integrar as técnicas fundamentais da entrevista e da observação e as técnicas
complementares (testes);
• Saber formular a hipótese de diagnóstico definitivo à luz da análise e da síntese dos resultados
qualitativos e quantitativos obtidos;
• Refletir e praticar as garantias éticas requeridas na avaliação psicológicas e no planeamento da
intervenção;
• Conhecer, avaliar e praticar o planeamento da intervenção;
• Repensar os desenhos clínicos que se utilizam nas consultas psicológicas.
Avaliação e Intervenção Psicológica
Conteúdos Programáticos
I Ensino teórico
1.Enquadramento da Unidade Curricular no Ciclo de Estudos
1.1. Objetivos desta Unidade Curricular no contexto do Mestrado em
Psicologia Clínica e Aconselhamento;
Metodologias e Avaliação:
Aulas Teóricas e Práticas
• Bateman, A.;Brown, D.; Pedder, J.; (2003). Princípios e prática das psicoterapias. Climepsi: Lisboa.
• Bloch, S. (1999). Uma introdução às psicoterapias. Climepsi: Lisboa;
• Fernandez-Ballesteros, R. (1998). Introduccion a la evaluacion psicológica (vol1 e 2). Madrid: Pirâmide.
• Gilliéron, E. (2001). A primeira entrevista em psicoterapia. Climepsi: Lisboa;
• Groth-Marnat, G. (1990). Handbook of psychological assessment. New York: John Wiley & Sons.
• Leal, I. (2008). A entrevista psicológica, Técnica, Teoria e Clínica. Fim de Século: Lisboa.
• Segal, D. L. (Eds.) (2005). Comprehensive handbook of psychological assessment. New York: John Wiley & Sons.
• Sanglade, Andronikof & Verdier-Gibello (1980). L’Examen psychologique de l’enfant. In Encyclopédie medico chirurgicale
2: 37, 180 C10. Paris: Ed. Te.
• Research in Infant and Child Development (2006). Griffiths Mental Development Scales (Manual II). London: Hogrefe.
(Tradução a editar pela Cegoc).
• Trzepacz, T. & Baker, W. (2001). Exame Psiquiátrico do Estado Mental. Climepsi: Lisboa.
• Wechsler, D. (2003). WISC III - Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças. Lisboa: Cegoc.
• International Test Comission (2003). Directrizes internacionais para a utilização dos testes. (International guideliness for
Test use). (Translation and adaptation: Afonso M.J. L.S., Bártolo R., Pires A., Rocha A.M., Seabra-Santos, M.J. Lisboa:
Cegoc. (Original publicado em 2000).
Avaliação e Intervenção Psicológica
• Psicológico, familiar,
relacional, social,
laboral.
Análise da • Sintomas
Com o Sem o
sujeito sujeito
Prognóstico
Indicação
terapêutica
(Relatório)
Avaliação Psicológica
É importante saber:
Observação
- atenção centrada no sujeito, com capacidade de discriminação de
fenómenos;
- orientada por princípios;
- Observação natural ou uso de vídeo;
- observação estruturada ou não estruturada
Avaliação Psicológica e Método Clínico
Entrevista
- principal instrumento deste método;
- é um “jogo a dois”;
- eficácia depende do tipo de encontro entre sujeito e técnico
(competências técnicas e éticas.
Avaliação Psicológica e Método Clínico
Procedimento
Individualidade Estudo de Caso
clínico
Identificação de
estados, aptidões e
Procura comportamentos
informações sobre
problemas Proposta da
Avaliação
Método Clínico Psicológica
Análise da relação
dos factos com o Psicoterapia
indivíduo
Avaliação Psicológica e Método Clínico
Avaliação
Psicológica – Analise de: Queixa
contexto clínico
-Funcionamento
psicológico;
Sintoma
-Sistema familiar;
-Dimensão
-Processo de análise relacional;
do sujeito
-Sistema social;
-Dimensão laboral
Linha de pesquisa
Método Clínico 2 níveis de funcionamento
1
2. Estudo Observação
1. Recolha de
aprofundado de Entrevista
informação
caso Avaliação instrumental
Intervenção
Diagnóstico
psicoterapêutica
2.3. A Consulta psicológica de diagnóstico/orientação como relação intersubjetiva.
Relação Intersubjetiva
Observação Entrevista
Selecção de
Hipóteses de
Anamnese diagnóstico
provas de
avaliação
Confirmação ou
reformulação de Avaliação da
Intervenção
Intervenção
hipóteses de intervenção
diagnóstico
Avaliação Psicológica
Avaliação
• Anamnese
2 • Hipóteses de diagnóstico
Psicológica
Avaliação
Médica Sociológica
Avaliação Psicológica e relação terapêutica
A peça mais essencial da Avaliação Psicológica é a relação:
Terapeuta Paciente
Entrevistas clínicas
• São psicológicas, mas assentes num quadro de
referência com técnicas específicas para avaliar o
sujeito.
Entrevista de avaliação psicológica com
sólida formação:
• Interpretar à luz da teoria
Técnica • conhecimentos e
manuseamento de técnicas
decorrentes da teoria.
Entrevista Clínica
• O valor de uma entrevista clínica reside na qualidade da relação
estabelecida.
Conjunto de Código
normas deontológico
Espelham o seu
posicionamento
ético
Entrevista Clínica
Exige sólida formação teórica e técnica
Teórica Técnica
Modelo
“saber fazer”
conceptual
Técnicas
Organiza e dá
específicas do
sentido à
modelo
informação
conceptual
Entrevista
Análise
Anamnese
clínica
Entrevista Clínica
• Encontro • Observa;
• Escuta;
com o
• Faz trabalhar
outro
a sua psique
Inter Construída
subjecti pelo
-vidade psicólogo
Trocas Actividade
afectivas chave do
recíprocas psicólogo
• Encontro a • Transferência
dois • Contratrans-
ferência
Da Entrevista à Anamnese
Anamnese
Síntese da Relação entre Compreensão
história de os pontos da
vida essenciais problemática
Da Entrevista ao diagnóstico
• O “Diagnóstico” deve ser sempre feito em forma de HIPÓTESE de
DIAGNÓSTICO;
• Carrega uma grande subjectividade;
• Permite colocar o indivíduo numa categoria diagnóstica;
• As classificações são frequentemente difíceis, enganadoras ou até
incorrectas;
• São úteis para organizar intervenção.
Diagnóstico - recolha de informação a 3
níveis:
• Posicionamento ético;
• Código deontológico.
Atitudes e comportamentos na Entrevista
• 1 – Neutralidade e abstinência;
• 2 – Assimetria;
• 3 – Apresentação e expressão verbal;
• 4 – Tratamento e cumprimentos;
• 5 – Permissividade (comer, fumar, beber telefonemas);
• 6 – Cartas, cassetes e telefonemas (para terapeuta)
• 7 – Apontamentos;
• 8 – Interrupções;
• 9 - Honorários
Técnicas da Entrevista
• Todas as entrevistas apresentam técnicas facilitadoras da dinâmica;
• A entrevista tem ritmo próprio;
• Fases de desenvolvimento;
• Paragens, silêncios, reformulações, clarificações;
Entrevista e Intersubjectividade
Encontro entre duas subjectividades
Entrevista e Intersubjectividade
- Carregada de intersubjectividade;
- Motor do encontro com o outro;
- O psicólogo constrói o seu próprio instrumento;
- Actividade chave do psicólogo
- Observa;
- Escuta;
- Faz trabalhar a sua psique;
- Actividade chave do psicólogo
Entrevista e Intersubjectividade
Movimentos de
transferência
Movimentos de
Contratransferência
Trocas afectivas
recíprocas
Contextos de aplicação da Entrevista em
Psicologia
Entrevista em contexto clínico Entrevista em contexto de Psicologia
da Saúde
-Em consultório; -Em meio institucional;
-Mais longa; -Contexto mais limitativo em termos de tempo
-Mais elaborada; e espaço;
-Mais curta;
-Objectivo da avaliação clínica; -Menos elaborada;
-Permite construção de dados -Mais específica;
anamnésicos significativos; -Pode ou não ter objectivos de avaliação
-Possibilita colocar hipóteses de clínica;
diagnóstico; -Pode não ser possível recolher dados
-Pode ter nuances terapêuticas; anamnésicos significativos;
-Inicia a relação terapêutica; -Mais ajustada à doença;
-Inicio da psicoterapia ou avaliação -Pesquisa mais focada em tudo que envolva a
doença;
-Pode ter nuances terapêuticas centradas na
doença;
-Nuances pedagógicas para a doença.
Técnicas da Entrevista
• Todas as entrevistas usam técnicas facilitadoras da informação.
12 – Generalização;
13 – Focagem;
14 - Evocar
Técnicas da Entrevista
1 – Questionar
• Fazer perguntas com o objectivo de aumentar a informação sobre
entrevistado.
5 – Confrontação
• Confrontar é comparar, pôr frente a frente diferentes conteúdos ou
discrepantes;
• É preciso treino para usar esta técnica sem ser sentida como agressiva;
• Temos de ter cuidado com o tom de voz utilizado, atitude geral e a
relação deve estar bem estabelecida;
• Esclarece dúvidas, confusões, incoerências. Devolve-se incoerências
verbais ou comportamentais.
Técnicas da Entrevista
6 – Auto-revelação
• 1 - Identificação
• 2 – Motivos da consulta
• 3 – Exploração da infância
• (fazer um racional sobre o facto de ir explorar a infância)
Guião de entrevista
História da infância mais precoce
- Onde nasceu?
- O que ouviu contar sobre o seu nascimento e gravidez;
- Como era a sua saúde?
- Quem tomou conta de si?
- Como os pais o (a) caracterizam em bebé?
- Se aconteceu algo importante com a família nesta fase.
Guião de entrevista
História da 2ª infância – Escola primária
As características
Dependem das
da anamnese
características do
como:
serviço da
profundidade,
instituição e do
enquadramento,
quadro conceptual
especificidades
do psicólogo
práticas
Entrevista Semi-estruturada
• Com alguma organização e direcção;
• Organizada por ordem cronológica;
• Com explicações racionais sobre o que se quer;
• Estruturada em blocos temporais;
• Perguntas que potenciam explanação pessoal;
Entrevista Semi-estruturada
• 1 – Identificação
• Nome;
• Idade;
• Morada;
• Profissão;
• Naturalidade;
• Estado civil;
• Natureza do pedido.
Entrevista Semi-estruturada
• 2 – Motivos da consulta
• Queixa;
• Natureza do problema;
Entrevista Semi-estruturada
• 3 – Racional sobre a exploração de informação
• Devemos informar e explicar que vamos explorar a
história passada e presente.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.1. História Passada
• Primeira infância
• Onde nasceu;
• O que sabe sobre nascimento/gravidez;
• Em bebé a sua saúde;
• Acontecimento importante; (sujeito/família);
• Quem tomou conta em bebé;
• Como os pais o caracterizavam.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.2. Escola 1º ciclo (primária) (6 – 10 anos)
• Como descreve este período;
• Saúde;
• Acontecimento importante;
• O que os pais contam;
• Adaptação;
• Relações com amigos;
• Família;
• Dificuldades escolares.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.3. Segundo ciclo (11-12 anos)
• Como descreve este período;
• Saúde /mudanças corporais;
• Acontecimento importante (sujeito/família);
• Aprendizagens;
• Relações com os amigos / família;
• Como se caracterizava nesta fase;
• Dificuldades escolares / outras;
• Tempos livres.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.4. Escolaridade 7º, 8º, 9º ano (13 – 15 anos)
• Como se descreve nesta fase;
• Saúde /alterações corporais;
• Adaptação à escola / aprendizagens;
• Acontecimento de vida importante (sujeito/família);
• Relações amigos / família;
• Objectivos de vida;
• Dificuldades escolares / outras;
• Tempos livres;
• Saídas com amigos.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.5. Escolaridade 10º, 11º 12 anos (16 – 18 anos)
• Como se descreve nesta fase;
• Saúde / corpo;
• Adaptação escolar / novas exigências;
• Objectivos de vida;
• Acontecimento de vida importante;
• Dificuldades escolares / outras;
• Relações amigos / família;
• Tempos livres
Entrevista Semi-estruturada
• 3.6. Idade Adulta (dividir em 2 ou não)
• Como se descreve nesta fase;
• Saúde / relação com o corpo;
• Entrada na faculdade / mundo do trabalho;
• Vida profissional;
• Vida amorosa / conjugal;
• Acontecimento marcante;
• Relação com amigos / família;
• Filhos;
• Objectivos de vida.
Entrevista Semi-estruturada
• 3.7. Vida adulta avançada ( 50 + anos)
• Como se descreve nesta fase;
• Saúde / relação com o corpo;
• Vida profissional / reforma;
• Acontecimento de vida importante;
• Relação com conjugue - casamento / família
• Relação com os filhos / netos;
• Dificuldades na vida;
• Objectivos de vida;
• Tempos livres.
Entrevista com Idosos
Entrevista com Idosos
O inicio da terceira idade acontece:
- entre 65 e os 70 anos;
- depois dos 80 anos é a 4ª idade.
Validação
Empatia
Função
Continente
Sintoma
Entrevista
Anamnese
Entrevista, Anamnese e Sintoma
• Entrevista – primeira etapa diagnóstica;
Terapeuta
Melhor
compreensão
do mundo
emocional do
sujeito
Emoções
vividas
Da Avaliação Psicológica à Psicoterapia
Psicoterapia de Apoio
- praticada por psicólogos clínicos;
- decorre directamente da existência de entrevistas psicológicas tipo
clínico;
Psicoterapia de Setting
- Psicoterapia específica, depende da filiação teórica;
- Decorre de entrevistas clínicas mais breves.
Instrumentos de avaliação psicológica
• Não existem instrumentos de avaliação psicológica que sejam
fenomenais;
• Todos têm convenientes e inconvenientes;
• Todos são passíveis de serem criticados;
• O melhor instrumento para avaliação ainda é o TERAPEUTA
Instrumentos de avaliação psicológica
Dois grandes grupos de instrumentos utilizados na prática clínica:
- provas projectivas;
- questionários de personalidade
Instrumentos de avaliação psicológica
Cada técnico utiliza aqueles que lhe fazem mais sentido
Instrumentos de avaliação psicológica
Quais são os melhores instrumentos de avaliação psicológica?
Instrumentos de avaliação psicológica
Integrar vários instrumentos é uma boa opção