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2/24/2024

Técnicas de Observação e Testes Objetivos (TOTO)

Tema 1: Perspetivas e desafios da Avaliação Psicológica:

Consulta Psicológica versus Avaliação Psicológica versus Testagem Psicológica

Prof. Me. José Luís Costa


Faculdade Estácio de Aracaju
Aula 1a Curso de Psicologia

Objetivos da Aprendizagem

No final desta aula, o aluno deverá ser capaz de:


1. Conceituar consulta psicológica, avaliação psicológica e testagem psicológica;
2. Compreender e identificar várias modalidades de avaliação psicológica;
3. Adquirir uma perspectiva crítica sobre os desafios atuais da avaliação psicológica.

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Práticas e Estratégias do Psicólogo

As ações dos psicólogos:


• São delineadas através de práticas e procedimentos específicos, com uma
ênfase clara em abordagens preventivas e promocionais.
A sua autonomia técnico-científica:
• Traduz-se na capacidade dos psicólogos decidirem quanto aos modelos,
metodologias, técnicas e intervenções a implementar, respeitando integralmente os
preceitos deontológicos:
• Inclui-se aqui, a decisão sobre a periodicidade, duração, modalidade e formato das
suas intervenções, assim como a escolha dos instrumentos e procedimentos com
impacto nos seus serviços.

Conceituação de Consulta Psicológica

▪ A consulta psicológica (CP) tem a ver com o exercício profissional da psicologia,


cujo profissional é o psicólogo:
▪ Este é que detém os conhecimentos necessários e suficientes para pôr em prática
todos os pressupostos da Intervenção Psicológica (IP).

▪ O psicólogo aquando da intervenção deverá ter em conta os objetivos da CP:

1) Remediar;
2) Prevenir;
3) Promover.

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Conceituação de Consulta Psicológica

1) Remediar:
• Em primeiro lugar, o psicólogo terá de ter em conta o problema a tratar e em função
dele intervir. Se o problema já se instalou deverá procurar remediar (p. ex., uma
situação de depressão).
2) Prevenir:
• Se o problema ainda não surgiu, mas está iminente a aparição, deverá prevenir (p. ex.,
pode haver um padrão familiar de depressão), o propósito é que o cliente fortaleça o
seu sistema pessoal para prevenir.
3) Promover:
▪ O psicólogo também deve promover, sendo este um dos grandes objetivos da IP.
Promover faz parte da prevenção primária, a prevenção pode ser proativa, ex., num
bairro onde não há indicadores de consumo de drogas, pode-se potenciar a
comunidade com uma modalidade proativa de forma a não estarem suscetíveis a
comportamentos desviantes.

Conceituação de Consulta Psicológica

▪ São vários os alvos da consulta psicológica:


▪ O psicólogo pode intervir diretamente com:

▪ O cliente (o sistema pessoal, intervenção face a face);

▪ Com os grupos (primários, ex., família; secundários, ex., o grupo de pares);

▪ Na comunidade; na escola e até nas organizações.

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Conceituação de Consulta Psicológica

Convém também distinguir entre estratégias e modalidades de IP:


▪ As estratégias de IP podem ser:
▪ Diretas (não há nenhum mediador, é o psicólogo e o cliente, relação face a face –
individual ou em grupo);
▪ Indiretas (não intervém diretamente no cliente, mas nos mediadores que interagem
com o sistema, ex., atuar na mãe por causa da qualidade de vida do filho, ex.,
toxicodependente).

▪ Quanto às Modalidades de IP:


▪ Consultoria triádica (ex., intervir no professor para saber atuar com os alunos),
unidirecional e organizacional;
▪ Psicoterapia (é remediativa mas proativa), esta é a modalidade mais clássica da IP.

O que é a avaliação psicológica?

• A mesma configura-se como um processo abrangente e multifacetado, que


engloba áreas relacionadas com o motivo da avaliação e/ou problema
identificado;
• Neste processo, os psicólogos recorrem a diferentes interlocutores (p. ex.,
docentes, pais, outros profissionais), técnicas (p. ex., observação
comportamental, entrevistas) e instrumentos de avaliação (p. ex., testes
psicológicos), integrando múltiplas fontes de informação e resultados.

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Conceituação de Avaliação Psicológica

• A avaliação psicológica baseia-se em protocolos válidos, exigindo condições


técnicas específicas para a sua realização;
• Visa fornecer informações objetivas sobre quem é avaliado, garantindo respeito
pela sua privacidade e características individuais e contextuais;
• É um processo que pretende beneficiar e atender as necessidades dos
clientes, sendo justo ao reconhecer e não penalizar as diferenças ligadas a
grupos minoritários, como diversidades sensoriais, neurodesenvolvimentais,
socioculturais, linguísticas, entre outras;
• Sublinha-se, então, a necessidade de métodos de avaliação psicológica
sensíveis às diferenças culturais, promovendo a equidade.

Conceituação de Avaliação Psicológica

• Segundo Hutz (2009), o termo “avaliação psicológica” é usado para descrever


um conjunto de procedimentos que têm como objetivo coletar dados para
testar hipóteses clínicas, produzir diagnósticos e descrever o
funcionamento de indivíduos ou grupos em situações específicas.

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Terminologia Usada pelo CFP

• De acordo com Resolução CFP nº 9/2018, a avaliação psicológica é um


processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas
que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias
específicas;
• Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo
sobre os fenómenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos
nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde,
educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária.

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Terminologia Usada pelo CFP

De acordo com a Resolução CFP nº 9/2018, na Avaliação Psicológica, o psicólogo


deve fundamentar a sua decisão, obrigatoriamente, em:
1. Métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos
cientificamente para o uso na prática profissional do psicólogo (fontes fundamentais
de informação);
2. Dependendo do contexto, o psicólogo poderá recorrer a procedimentos e recursos
auxiliares (fontes complementares de informação).

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Terminologia Usada pelo CFP

Consideram-se fontes fundamentais de informação:


a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional do psicólogo
(cf. SATEPSI);
b) Entrevistas psicológicas (p. ex., anamnese);
c) Protocolos ou registros de observação de comportamentos obtidos
individualmente ou por meio de um processo grupal e/ou técnicas de grupo.

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Terminologia Usada pelo CFP

Consideram-se fontes complementares de informação:


a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam respaldo da
literatura científica da área e que respeitem o Código de Ética e as garantias
da legislação da profissão (p. ex., escalas);
b) Documentos técnicos, p. ex., protocolos ou relatórios de equipes
multiprofissionais.

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Características das Avaliações Psicológicas

▪ A área da avaliação psicológica abrange uma das competências mais


relevantes do psicólogo:
▪ Envolve a aplicação de conhecimentos teóricos no entendimento do
funcionamento psicológico, de pessoas ou grupos, em relação a uma demanda
específica de compreensão do comportamento de um cliente;
▪ Uma avaliação psicológica é um procedimento no qual o psicólogo fornece
uma avaliação formal do funcionamento cognitivo, da personalidade e
psicossocial de um cliente1;
▪ Existem diferentes tipos de avaliação psicológica, que podem ser classificados
conforme o contexto em que ocorrem, p. ex.:
▪ Na clínica, nos hospitais, na escola, na orientação profissional, no âmbito jurídico, no
esporte, nos DETRANs, nas organizações, entre outros.

1No Brasil, a avaliação psicológica é um procedimento exclusivo dos psicólogos. 15

Características das Avaliações Psicológicas

▪ Os psicólogos conduzem avaliações sob uma variedade de condições, p. ex.:


▪ Usam o processo de avaliação para fornecer um diagnóstico, ainda que provisório do
transtorno psicológico de um cliente (nestes casos a avaliação designa-se
psicodiagnóstico);
▪ Numa avaliação forense, o psicólogo determina, p. ex., se um suspeito satisfaz os
critérios de competência para ser julgado;
▪ No contexto organizacional, o psicólogo pode fornecer informações aos empregadores,
que podem ser usadas para avaliar a adequação de um trabalhador para determinada
função;
▪ Avaliar o nível de funcionamento de um indivíduo numa área específica (ex., problemas
de memória, no contexto de uma avaliação neuropsicológica);
▪ (…)

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Avaliação Psicológica
versus
Testagem Psicológica

Pressupostos

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Terminologia Usada pelo CFP

Definições elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para alguns termos
comumente utilizados no exercício profissional da psicologia clínica: (1)

Por ex., a definição de “avaliação psicológica”, do CFP (2013, p. 11), engloba qualquer
atividade, com ou sem o uso de testes:
“A avaliação psicológica é compreendida como um amplo processo de investigação, no
qual se conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de
decisão mais apropriada do psicólogo. Mais especialmente, a avaliação psicológica
refere-se à coleta e interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de
procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência
psicológica.”

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Terminologia Usada pelo CFP

Definições elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para alguns termos
comumente utilizados no exercício profissional da psicologia clínica: (2)

Quanto à diferença entre “avaliação psicológica” e “testagem psicológica”, a Cartilha (CFP,


2013, p. 13) diz:
“A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de informações
provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise
de documentos, enquanto a testagem psicológica pode ser considerada um processo
diferente, cuja principal fonte de informação são os testes psicológicos de diferentes
tipos.”
De acordo com Cunha (2003) o termo “testagem” refere-se a um tipo de recurso da
avaliação psicológica.

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Qual é a diferença entre avaliação psicológica e


testagem psicológica?

De acordo com a Cartilha CFP (2022, p. 10):


• “A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de
informações provenientes de diversas fontes de informação, dentre elas: testes
psicológicos, entrevistas, observações sistemáticas e análises de documentos.
• A testagem psicológica, por sua vez, diz respeito à aplicação dos testes
psicológicos e obtenção de informações a partir dessa testagem. Assim, a
testagem psicológica é uma etapa da avaliação psicológica” – a testagem
psicológica pode ser considerada um processo diferente, cuja principal fonte de
informação são os testes psicológicos de diferentes tipos.

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Terminologia Usada pelo CFP

Resolução CFP nº 09/2018

▪ Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício


profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de
Testes Psicológicos – SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº
006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017.

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Avaliação Psicológica versus Testagem Psicológica


(Urbina, 2007)

▪ O primeiro passo (o mais importante) na AP é identificar os seus objetivos da


forma mais clara e realista possível;
▪ Durante a AP, o psicólogo necessita empregar os seus conhecimentos
especializados em vários momentos:
▪ Seleção apropriada de instrumentos a serem utilizados na coleta de dados;
▪ Cuidadosa administração, pontuação e interpretação;
▪ Uso criterioso dos dados coletados para fazer inferências a respeito da questão
proposta (este passo vai além dos procedimentos psicométricos, requer conhecimentos
relacionados com a área em questão: e.g., saúde, escolar, organizacional, psicopatologia,
criminologia, ….).
▪ A AP termina com um relatório/laudo (verbal/escrito).

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Resumo Avaliação Psicológica versus Testagem Psicológica


(Urbina, 2007)

A testagem psicológica está relacionada mais especificamente à administração


de uma medida ou procedimento para quantificar um constructo psicológico:
• i.e., a Testagem Psicológica pode ser considerada uma etapa da avaliação
psicológica, que implica a utilização de teste(s) psicológico(s) de diferentes tipos
(constitui-se apenas como um dos recursos de avaliação possíveis).
A Avaliação Psicológica é mais ampla e focada em vários métodos para
responder às perguntas de encaminhamento específicas.

Importante:
Testagem Psicológica e Avaliação Psicológica NÃO são sinónimos;
Os testes são uma das ferramentas usadas no processo de avaliação psicológica.

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Adaptado de Cohen, Swerdlik e


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Sturman (2014, p. 3)
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Exemplo: avaliação em contexto escolar (psicoeducacional):

• Deve incluir vários métodos, ferramentas e diferentes fontes de dados (observação


de aulas/momentos informais, entrevista, uso de testes psicológicos e/ou educacionais);
• A avaliação e a prática baseadas em evidências já fazem parte (recentemente) das
práticas do psicólogo em contexto escolar:
• No contexto escolar, o psicólogo pode confrontar-se com quaisquer das questões
desenvolvimentais da infância e da adolescência;
• A demanda avaliativa não se limita às questões de aprendizagem;
• A avaliação perpassa o cotidiano do trabalho na educação e é essencial para o
planejamento adequado de ações de intervenção, para encaminhamentos e
acompanhamento dos estudantes.

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Avaliação Psicológica Clínica versus Avaliação Psicoeducacional

1. A avaliação psicológica clínica procura a investigação detalhada das dificuldades


apresentadas pelo cliente, tendo como objetivo compreender como as diversas
dimensões da sua vida podem estar a contribuir para ocasionar a situação que gerou a
necessidade da avaliação – nesse sentido, a avaliação deve englobar os aspectos
funcionais, desenvolvimentais, emocionais e contextuais da vida do sujeito
avaliado;
2. A avaliação psicoeducacional envolve um âmbito mais restrito, ela é usada para
identificar o funcionamento cognitivo, acadêmico, social, emocional, comportamental,
comunicativo e adaptativo no contexto educacional – normalmente, procura investigar
os tipos de apoio que um determinado estudante irá necessitar no contexto
escolar (este tipo de avaliação pode ser realizada com alunos desde a educação
infantil até à formação adulta).

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Hutz et al. (2022)
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Perguntas e Problemas Típicos

• O meu filho tem um transtorno de deficit de atenção?


• Como podemos selecionar os melhores candidatos para o nosso departamento
de polícia?
• Este paciente de 65 anos está a sofrer de um transtorno incipiente de demência
ou está deprimido devido à morte da esposa?
• Qual destes três candidatos (igualmente experientes) devo contratar para o cargo
de diretor financeiro da minha empresa?
• Que faculdade devo escolher?
• Este estuprador pode ganhar liberdade condicional?
• Que tipo de intervenção terapêutica seria mais eficaz para este cliente?
• Este indivíduo está a simular uma invalidez para ganhar uma indenização ou está
realmente inválido?
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(Urbina, 2007, p. 281)

Perguntas e Problemas Típicos

▪ Embora todas as questões de avaliação (evocadas no slide anterior) possam ser


abordadas com a ajuda de testes psicológicos, nenhuma delas pode ser
respondida com um único escore ou mesmo com uma combinação deles;

▪ Nestas situações e noutras similares, as determinações que precisam de ser


feitas requerem dados de múltiplas fontes, bem como informações sobre os
objetivos específicos das pessoas envolvidas, os contextos em que as perguntas
são feitas e as consequências potenciais das decisões em cada caso.

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(Urbina, 2007, p. 282)
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Constructos e Conceitos
(os fenômenos psicológicos)

Os vocábulos conceito e constructo são muitas vezes confundidos:


1. Um conceito é uma abstração, formado por generalizações e particularidades, p. ex.,
massa, energia, força, matéria, são conceitos da física. Outros conceitos, mas menos
abstratos: peso, altura e comprimento;
2. Um constructo é um conceito, mas que é inventado, hipotetizado e adotado de forma
intencional com um propósito científico delimitado:
• Um constructo são abstrações referentes a conceitos, ideias, entidades teóricas,
hipóteses e invenções;
• A psicologia estuda construtos difíceis de medir, p. ex., inteligência; personalidade;
autoestima; fator G; QI; dimensões do big five (na psicologia, refere-se a 5 fatores da
personalidade: extroversão, neuroticismo, socialização, realização e abertura à
experiência); etc.

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Construtos

• Podemos então afirmar que um constructo psicológico é um conceito


ideológico, hipotético, com uma finalidade científica predeterminada:
• p. ex.: atenção, consciência, personalidade, mente, cognição, resiliência,
memória,…

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Perspetivas e Desafios da Avaliação Psicológica

• O que quero avaliar? (constructo);


• De que forma quero avaliar? (natureza da técnica);
• Qual o objetivo da avaliação (contexto);
• Quem será avaliado? (público-alvo);
• O quanto é adequado o instrumento psicológico (ferramenta)? (propriedades
psicométricas);
• O quanto experiente eu sou para utilizar a técnica? (habilidades e
competências do psicólogo).

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Perspetivas e Desafios da Avaliação Psicológica


(Reflexão 1)

As perguntas do slide anterior devem ser respondidas sobre o ponto de vista de


duas perspetivas – atual e futura:
• O constructo em psicologia está sujeito aos movimentos históricos, influências
epistemológicas, sistemas teóricos, evolução tecnológica, Zeitgeist. Como podemos
estar preparados para essas mudanças?
• A inovação começa com a mudança de mentalidade, será que os psicólogos
brasileiros estão a acompanhar as mudanças da revolução da informação e da era
digital?
• Os psicólogos estão aptos para investir em tecnologia para avaliar as profissões do
futuro?

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Perspetivas e Desafios da Avaliação Psicológica


(Reflexão 2)

• Como os psicólogos estão a avaliar o adoecimento pela tecnologia, p. ex.,


compulsões por selfie (autorretrato)?
• Como a tecnologia pode ter impacto no trabalho dos psicólogos?
• Será que os psicólogos estão aptos para utilizarem a tecnologia, de forma a
melhorarem a vida das pessoas, fomentando a qualidade de vida?
• Os psicólogos estão a saber interagir com vocábulos como, inovação, startups,
design thinking (conjunto de ideias e de insights para abordar problemas), inteligência
artificial (AI)?
• Como os psicólogos utilizam as tecnologias para definirem operacionalmente os
constructos?
• Será que os psicólogos estão a investir em pesquisas para modelagem de dados
em estudos estatísticos e em algoritmos para melhorar os testes psicológicos?
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Linguagem científica aplicada à


avaliação psicológica

Traçar um perfil psicológico, implica uma investigação científica, a qual, segue


procedimentos rigorosos e controlados através da utilização de um conjunto de
técnicas psicológicas:
• Entrevistas psicológicas; métodos de observação; escuta ativa; investigação dos
antecedentes e determinantes do comportamento; aspetos familiares, sociais,
educacionais; relatos da experiência de vida do cliente; heterorrelato;
características da personalidade e do perfil cognitivo – baseado numa abordagem
psicológica reconhecida cientificamente.

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Linguagem científica aplicada à


avaliação psicológica

O psicólogo observa comportamentos, para:


• Determinar o tipo de humor, características do discurso, do emprego das
palavras, como os pensamentos se organizam, valores, propósitos, perfil
cognitivo (inteligência, memória, etc.), autoconceito, juízo crítico, dentre outras
variáveis que podem ser enquadradas nos objetivos da avaliação psicológica.

Avaliar: é estimar um valor, estabelecer magnitudes ou qualidade do objeto, do


fenômeno que se quer medir/conhecer.

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Linguagem científica aplicada à


avaliação psicológica

O que determina o comportamento?

São os aspetos biopsicossociais do cliente.


A visão é monista, i.e., não dualista (mente-corpo).
Trata-se de uma visão integrada e holística.
Falar da mente, falar do psicológico ou do encéfalo, é falar da mesma coisa com
vieses diferentes.

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Linguagem científica aplicada à


avaliação psicológica

Os determinantes do comportamento podem ser analisados através de uma visão


integrativa entre a psicologia, as ciências da saúde, as ciências sociais e as
neurociências:
1. Sobre o ponto de vista físico (mapeamento neurológico);
2. Sobre o ponto de vista psicológico (sensopercepção, atenção, pensamento,
memória, volição – processo cognitivo que leva o cliente a decidir praticar uma ação
– emoções, sentimentos, etc.);
3. Sobre o ponto de vista ambiental/funcional (mapeamento cultural, socioeconômico,
etc.).

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Referências

COHEN, R. J.; SWERDLIK, M. E.; STURMAN, E. D. Testagem e Avaliação psicológica:


introdução a testes e medidas. São Paulo: AMGH, 2014, cap. 1.
HUTZ, C. S; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M.; KRUG, J. S. (Org.). Psicodiagnóstico.
Porto Alegre: Artmed, 2016, cap. 3.
HUTZ, C. S. et al. (Org.). Avaliação psicológica no contexto escolar e educacional. Porto
Alegre: Artmed, 2022, cap. 2.
URBINA, S. Fundamentos da Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2007, cap. 1.

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