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(Estágio Básico):
Ana França
ana.franca@unama.br
O que é Psicologia?
O que faz o/a Psicólogo/a Clínico?
https://site.cfp.org.br/contato/psicoterapia/
Dúvidas frequentes
2) A psicoterapia é atividade privativa de psicólogos?
●
O Conselho Federal de Psicologia regulamenta a atuação do psicólogo na
psicoterapia, conforme Resolução CFP-010/2000. Entretanto, de acordo com
a legislação brasileira, a psicoterapia não é atividade privativa de psicólogos,
podendo ser praticada por outros profissionais, desde que não utilizem o título
de psicólogo.
3) O profissional pode empregar o CID-10 para avaliações diagnósticas?
●
A respeito da utilização da CID-10 em laudos psicológicos, verifica-se que,
conforme a parágrafo único do art. 1º da Resolução CFP nº 15/1996, que
institui e regulamenta a concessão de atestado Psicológico para tratamento
de saúde por problemas psicológicos, “fica facultado ao psicólogo o uso do
Código Internacional de Doenças - CID, ou outros Códigos de diagnóstico,
científica e socialmente reconhecidos, como fonte para enquadramento de
diagnóstico.” Uma vez que a CID-10 é uma Classificação Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde é publicada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), é um manual de uso internacional e não pode ser
entendida como propriedade dos médicos. Ademais, ela foi elaborada a partir
da contribuição de várias áreas do conhecimento, não só da medicina.
Dúvidas frequentes
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=93928
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=132597
Histórico
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No final do século XIX, Lightner Witmer fundou a primeira clínica
de psicologia na Universidade da Pensilvânia nos EUA, com o
objetivo de tratar de crianças com queixas escolares.
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Modelo médico: cabe ao psicólogo observar e posteriormente
intervir, isto é, remediar, tratar, curar. (prática higienista, distante
das questões sociais). Buscar a patologia no indivíduo.
●
Concepção Clássica: objetiva “o ajustamento psicológico do
indivíduo e como princípios o psicodiagnóstico, a terapia
individual ou grupal exercida de forma autônoma em consultório
particular sob o enfoque intra-individual com ênfase nos
processos psicológicos e centrado numa relação dual na qual o
indivíduo é percebido como alguém a-histórico e abstrato.”
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-clinica/o-que-e-psicologia-clinica
Histórico
●
A psicologia clínica na atualidade está vinculada a sua história e surgimento,
porém, com algumas especificidades: busca-se uma não patologização,
apoiando-se em um acolhimento e escuta ativos para ajudar o outro, através
de um processo psicoterapêutico.
●
O que diferencia a psicologia clínica das outras áreas de atuação do
psicólogo: a prática da escuta clínica. É um espaço em que o cliente se
apoia para expressar seus conflitos, medos, inquietações e sofrimentos a fim
de buscar alívio emocional.
●
Para compreender o indivíduo em estudo, o psicólogo clínico deve aliar a
atividade prática a um conjunto de teorias e métodos, da sua abordagem
psicológica. Daí a necessidade de “ciência e profissão”.
●
Independente da abordagem, todas elas demarcam os contornos de um
domínio particular de investigação: o território do conflito subjetivo.
Demarcam, ainda, um domínio específico de intervenção: o das práticas
psicoterápicas.
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-clinica/o-que-e-psicologia-clinica
Práticas psicoterápicas
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Psicologia clínica como intervenção, além da aplicação de
conhecimentos básicos ou como uma mera área de atuação, ou
defini-la pela sua intenção curativa. Para além da individualização:
●
“É importante refletir sobre a impossibilidade de se pensar um
psicólogo clínico que não seja social, pois toda e qualquer ação
deste profissional, mesmo que seja executada sobre um único
sujeito, será uma intervenção social. Isto porque este sujeito é
constituído histórico-socialmente, ele existe em suas relações e
por suas relações. Todas as máscaras que ele utiliza para
representar a si mesmo são inventadas dentro de uma
processualidade do vir a ser como possibilidades para sua
atuação.”
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-clinica/introducao-a-psicologia-clinica
Sub-divisões da Psi Clínica
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Com o intuito de especificar de forma mais minuciosa a definição de
Psicologia Clínica realiza-se sub-divisões em relação a prática
psicoterapêutica. Essas sub-divisões são caracterizadas por ambiente e
terapia. Psicologia Clínica Hospitalar, Psicologia Clínica em consultórios e a
Psicologia Clínica aplicada à instituições (CAPS – Centro de
atendimento/atenção psicossocial).
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Psicologia Clínica em consultórios – Clássica: A clínica "tradicional" é um
sistema voltado ao indivíduo, herança da postura médica e em uma
clientela "elitizada", o que vem sendo modificado gradativamente em uma
psicologia clássica popular.
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Psicologia Clínica Hospitalar: com a tarefa profissional de proporcionar
bem-estar aos que neste local estão, surge o profissional da Psicologia
Hospitalar da vertente Clínica.
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Psicologia Clínica aplicada às Instituições (CAPS - Centro de atendimento/
atenção psicossocial): surge contra as condições amorais das clínicas
psiquiátricas, bem como a necessidade de uma higienização moral, o que
veio a ser conhecida como higienização Mental.
http://www.redepsi.com.br/2010/07/16/psicologia-cl-nica-uma-introdu-o/
Relação Terapêutica
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A relação terapêutica é a base de uma “boa terapia”, que se desenrola na
partir de um vínculo que favoreça esse processo terapêutico entre
terapeuta e cliente.
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Um aspecto importante da relação terapêutica é o vínculo. Esforço
colaborativo entre terapeuta e paciente. No início da terapia, a prioridade
é cuidar do alicerce que se pauta em confiança, segurança e
confidencialidade, a fim de estabelecer o vínculo terapêutico para que o
cliente se sinta a vontade em relatar informações necessárias, de
maneira que possa facilitar a intervenção do terapeuta.
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Essa definição de boa relação terapêutica deixa implícito algo bastante
interessante: a importância da participação do cliente na terapia. O
profissional deixa de ser pensado como alguém com conhecimento
superior que ajudará alguém com problemas e ambos passam a ser
iguais em uma relação.
Relação Terapêutica
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Entre as características pessoais do terapeuta, que são apontadas como
facilitadoras dessa relação estão: Postura empática; Compreensão;
Aceitação desprovida de julgamentos; Autenticidade; Autoconfiança;
Flexibilidade na aplicação das técnicas; comprometimento, tolerância e
interesse.
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Com relação aos comportamentos terapêuticos específicos, os mais
funcionais são: altas taxas de comportamentos gestuais, manutenção do
contato visual, verbalizações acerca de pensamentos e sentimentos, postura
não-diretiva e orientações ocasionais. (BANDEIRA et al. 2006)
●
Terapeutas avaliados como calorosos, amigáveis, comprometidos, tolerantes
e interessados são aqueles que têm maior sucesso nos resultados do
tratamento.
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A relação terapeuta-cliente é uma condição necessária no processo da
terapia, entretanto, não é suficiente.
Bandeira, M.; Quaglia, M. A. C.; Freitas, L. C.; de Sousa, A. M.; Costa, A. L. P.; Gomides, M.M. P. & Lima, P. B. . Habilidades
interpessoais na atuação do psicólogo. Interação, 2006, 10(1), 139-149.
A importância da escuta
clínica
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Arantes (2012) afirma que para escutar é preciso “uma
economia dos gestos e palavras, um silêncio ativo e um certo
recolhimento”.
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A escuta terapêutica ou clínica demonstra uma postura de
acolhimento por parte do psicólogo para com as reais
necessidades do outro. Dela derivam a análise para as
intervenções necessárias.
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Necessidade do psicólogo clínico utilizar esse instrumento não
só uma forma de leitura das falas, mas dos comportamentos
não verbais, do local de onde partem as demandas e de todos
os elementos que estão à sua volta: aprender a perceber além
do que foi dito.
ARANTES, E. M. M. Escutar. In: FONSECA, T. M. G.; NASCIMENTO, M. L.; MARASCHINI, C. (orgs.) Pesquisar na
diferença: um abecedário. Porto Alegre: Sulina, 2012, p. 91-94