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• Bem Vindos !!!

Queridos Alunos para mais um


Semestre!
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2
Profa. Ms. Elisangela Toth
• Apresentação:

Elisangela Toth
Profª Mestre em Avaliação pela Universidade São Francisco – USF –
Campinas. – Núcleo de validação e Construção de Instrumentos
Psicológicos.
Neuropsicóloga/ Form. Reabilitação Neuropsicológica/ Psicopedagoga/
Psicóloga (psicanalista).

Trabalhos: Psicodiagnóstico infantil, avaliação da cognição, avaliações


psicológicas, técnicas e testes projetivos.
• Interesses:

• Testes Cognitivos
• Teste de Rorschach
• Técnicas Projetivas Psicanalíticas
• Técnicas Gráficas Psicanalíticas
• Investigação da Personalidade
• Avaliação da Parentalidade
Objetivos da Aula
• Introduzir princípios básicos da psicometria que fundamentam
cientificamente os testes psicológicos. Capacitar os alunos a
identificar os parâmentros psicométricos dos testes psicológicos.
• Assim como propiciar experiências práticas de aplicação e de
avaliação de alguns intrumentos de medida, desenvolvendo a
atitude ética adequada diante dos testes psicológicos.
Definição de Avaliação Psicológica
• A avaliação visa através de métodos variados e técnicas descrever e
classificar o comportamento dos outros com o objetivo de enquadrá-
lo dentro de alguma tipologia, que permite ao sujeito tirar conclusões
sobre os outros.
• É baseada no método científico da observação e processos de testes
de hipóteses.
• A Avaliação Psicológica é um processo, geralmente complexo, que
tem por objetivo produzir hipóteses, ou diagnósticos, sobre uma
pessoa ou um grupo (Hutz, 2015).

• Essas hipóteses ou diagnósticos podem ser sobre o funcionamento


intelectual, sobre as características de personalidade, sobre a aptidão
para desempenhar uma ou um conjunto de tarefas, entre outras
possibilidades.
O que Medimos ???
• Os comportamentos (Psicologia)

• Psico (Psique) + Metria (Medida) – TCT (teoria clássica dos teste,


Teoria do traço latente).
• Conhecida como Teoria da Medida
•O que é um Construto???
Etapas do processo de Avaliação Psicológica
Etapa Objeto Técnica Produto
Identificar Necessidades Entrevista Descrições
Comportamentamentos Observação Escores
Processos Psicológicos Testes Psicométricos
Técnicas intuitivas

Integrar Descrições Classificação Tipologia


Escores Perfil

Inferir hipóteses Tipos Classificação Formulação de Dinâmica


Perfis psicológica envolvida
Previsão de
comportamentos futuros

Intervir Hipóteses formuladas Orientação psicológica Cura


Terapia Prevenção
Programas de intervenção Autodesenvolvimento

Monitorar Todos os processos Observação Redirecionamento de


anteriores Entrevista ações erradas ou
ineficazes
O processo de Avaliação
• O processo de avaliação começa com um encaminhamento para
avaliação a partir de uma fonte comomum professor, psicólogo da
escola, conselheiro, juiz, médico ou especialista de recursos humanos
corporativo.
• Normalmente uma ou mais questões uma ou mais questões de
encaminhamento são:
• “Esta criança pode funcionar em uma sala de aula regular”,
• “O quanto se pode esperar que este empregado se saia bem se for
promovido para uma posição executiva”
Avaliação
Testagem
• Avaliação Psicológica : Coleta e integração de dados relacionados À
psicologia com a finalidade de fazer uma estimação psicológica,
através de testes, entrevistas, estudos de caso, observação do
comportamento.

• Testagem Psicológica : Processo de medir variáveis relacionadas à


psicologia por meio de instrumentos ou procedimentos projetados
para obter uma amostra do comportamento.
TESTAGEM AVALIAÇÃO
Objetivo
Obter alguma medida de natureza numérica, com relação a Responder a uma questão de encaminhamento, resolver
uma capacidade ou um atributo um problema ou tomar uma decisão por meio do uso de
instrumentos de avaliação
Processo
Pode ser de natureza individual ou grupal. Após a A avaliação costuma ser individualizada. Em comparação
administração do teste, o testador soma o número de com a testagem, a avaliação se concentra mais em como
respostas corretas um indivíduo processa.

Papel do Avaliador
O testador não é fundamental no processo, em termos O avaliador é fundamental ao processo de seleção dos
práticos, um testador pode ser substituído por outro sem testes, bem como para tirar conclusões a partir de toda a
afetar o resultado avaliação.

Habilidade do Avaliador
A testagem requer habilidades técnicas em termos de A avaliação requer uma seleção especializada dos
administrar e pontuar um teste, bem como para interpretar instrumentos de avaliação, habilidade na avaliação,
o seu resultado organização e integração criteriosas dos dados
Resultados A avaliação envolve uma abordagem de resolução de
Produz um escore ou uma série de escores no teste problemas que mobiliza muitas fontes de dados visando
esclarecer o motivo do encaminhamento
Conceituação de Testes
Psicológicos
• Descrição de Cronbach (1996, p. 51)
“Um teste é um procedimento sistemático para observar o
comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou
categorias fixas”
Isso significa que um teste psicológico consiste em inserir o sujeito uma
situação em que ele deve executar tarefas, também previamente
definidas e estabelecidas, sendo suas respostas descritas geralmente
por números.
O Big five Test
• Neuroticismo
• Extroversão
• Conscienciosidade
• Socialização
• Abertura as novas Experiências
HHISTÓRICO
Acredita –se que os testes e os programas de testagem tenham surgido
primeiro n China em torno de 2200 a. C. Sendo instituída como um
meio de selecionar quem entre os canditados, obteria empregos no
governo (Hutz, 2015).
Eles eram avaliados em ritos e cerimônias da vida pública e social,
verificando-se seus conhecimentos e habilidades e faziam testes de
escrita, aritmética, estratégia militar entre outros.
• No Brasil, a história da avaliação psicológica se confunde com a
história da própria psicologia. Desde o início do século XX, tínhamos
laboratórios desenvolvendo pesquisas nessas áreas. O primeiro
laboratório foi fundado em 1907 e, em 1924, Medeiros Costa
publicou o primeiro livro sobre testes psicológicos no país (Gomes,
2009; Hutz & Bandeira 2003).

• O livro de Medeiros Costa está disponível no Museu Virtual da


Psicologia do Programa de Pós-graduação (PPG) em Psicologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
• O primeiro laboratório de Psicologia no Brasil foi fundado em 1907 no
Hospital Nacional de Alienados e em 1913, o pediatra Fernandes
Figueira trabalha pela primeira vez com os teste de inteligência de
Binet, na avaliação dos internos do Hospício Nacional.

• Na Bahia, Isaias Alves faz a adaptação brasileira da escala de Binet-


Simon em 1924, que foi considerado como um dos primeiros estudos
de adaptação de instrumentos psicológicos para o Brasil.
• Em 1927, chega no Brasil Henri Pierón, em São Paulo começa a
lecionar Psicologia Experimental e Psicometria.

• Os estudos se permaneciam longe do ambiente acadêmico das


universidades, nos centros de orientados para questões do trabalho,
como no Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), através
da Comissão de Estudos de Testes e Pesquisas Psicológicas (CETEPP),
na Fundação Getúlio Vargas.
• Sendo baseadas todas essas pesquisas nos testes de Binet, Alpha,
Decrolly e Ballard), testes de Aptidão (Wolter, Coordenação Bimanual,
Teste de Atenção Difusa De Lahy e Berg), inventários de personalidade
(Thurstorne e Angelini), e por testes projetivos (PMK, Rocharsch e
TAT)
• Em 1951 houve o aumento do número de artigos científicos sobre a
avaliação da personalidade, com a temática dirigida a orientação
profissional, desenvolvimento infantil, adaptação de instrumentos,
criação de normas e condutas.

• Nas décadas seguintes, o foco de interesse passa a ser as estratégias


de intervenção grupal e individual, estudos da personalidade,
desenvolvimento e construção de testes e técnicas.
• Lei no 4119 de 1962- Teve a regulamentação dos Cursos de Psicologia
e da Psicologia como profissão. Fica assim consolidada dentro das
demais atividades do psicólogo, a Avaliação psicológica através do uso
de instrumentos e técnicas privativas de seus profissionais.
• Na década de 60 e 70, os testes psicológicos foram criticados e o seu
uso em muito minimizado pelo profissional, por motivos do advento
do pensamento humanista, teve a crítica histórica da associação dos
modelos de avaliação com cultura norte-americana. (Pasquali, 1999,
Anastasi e Urbina, 2000).
• Atualmente, não dúvida alguma de que a avaliação psicológica voltou
a ter sua importância e Status na atuação do psicólogo, tanto nas
perspectivas Internacionais quanto nas nacionais.

• Através de um relatório da Comissão de Testes do Colégio Oficial de


Psicólogos (COP) e da Comissão Européia sobre Testes da Federação
Européia de Associações profissionais do Psicólogos (EFPPA), foram
apresentadas as diretrizes internacionais para o estabelecimento de
ações técnicas e políticas para a utilização dos testes psicológicos.
• Um trabalho pioneiro no Brasil muito importante foi o de Wechsler
(1999), que propôs um guia de procedimentos éticos para a avaliação
psicológica. Que propõe uma relação de orientações que devem ser
seguidas quando da realização da avaliação psicológica.
• Galton 1880 – Seus trabalhos visavam à avaliação das aptidões
humanas através da medida sensorial. Laboratório Antropométrico, media
variáveis como altura, envergadura dos braços, capacidade respiratória,
acuidade visual, memória, discriminação de cor e firmeza das mãos.
Pioneiro no conceito estatístico de coeficiente de correlação.

• Cattell 1890 – Descreveu pela primeira vez o termo “teste mental”,


aplicou uma série de testes em estudantes universitários, numa tentativa
de determinar o seu nível intelectual. Influenciou todas as pesquisas sobre
os testes de personalidade, criando os primeiros termos dos traços de
personalidade.
• Binet 1900 – Criou as “escalas de inteligência”, o qual se derivou o
conceito de quociente de inteligência “Q.I.”, ou relação entre idade
mental e idade cronológica.( Diferentes níveis do desenvolvimento
mental)

• Charles Spearman (1904, 1927) - Estudos estátisticos sobre a


inteligência. Criou o fator G de inteligência.

• Thurstone (1935, 1947) – Análise Fatorial – que permitiu a criação de


bateria de aptidões múltiplas, como: compreensão verbal, aptidão
numérica, , visualização espacial, raciocínio aritmético.
Finalidades dos testes psicológicos
• Classificação (psicotécnico) – (Avaliações Compulsórias: trânsito, carta
de motorista, concurso público).
• Promoção do autodesenvolvimento (habilidades, competências,
Orientação Vocacional, avaliação no contexto de Carreira).
• Intervenção psicoterápica (psicodiagnóstico) e psicopedagógica
• Avaliação de programas
• Pesquisa Científica
Implicações
Emocionais e sociais
Responsabilidade e Cuidados do
Psicólogo
• Sigilo e divulgação de resultados
• Respeitar questões físicas e limitações do testando
• Termo esclarecido e direitos do testando
Avaliação Psicológica

X
Psicodiagnóstico
• Modalidades:

• Avaliação Psicológica (vários contextos, trânsito, hospitalar, esporte,


porte de arma, etc)
• Psicodiagnóstico (Clínico)
• Psicodiagnóstico Interventivo ( é permitido o uso do Desenho-histórias
(Walter Trinca).
• Avaliação Terapêutica ( 6 passos – Finn -): 1. Sessões de entrevistas, com
as perguntas pessoais. 2. Instrumentos padronizados. 3.Sessões de
Intervenções. 4. Explorar o contexto em que o comportamento acontece.
5. Sessões de Acompanhamento. 6. Sessões de Acompanhamento. ( Uso
obrigatório de Testes).
• Avaliação Psicológica X Avaliação Neuropsicológica

*Avalia funções cognitivas,


• Avalia sintomatologia sintomatologia emocional,
emocional, comportamental e funcionalidade, comportamento e
personalidade. traços de personalidade.
• Entrevista de Anamnese.
• Entrevista psicológica.
• Testes Psicométricos
• Testes psicológicos • Mensuração de escores.
• Observação Clínica • Observação Clínica
• Análise dos resultados para o
• Utilizada para o processo de hipótese diagnóstica.
psicoterapia • Necessário para Reabilitação
Neuropsicológica.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

ONLINE
• Desde o início dos anos 2000, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)
regulamentou diretrizes para os serviços psicológicos mediados por
computador e, mais recentemente, algumas atividades profissionais
foram autorizadas para serem prestadas por meio de TICs. A
Resolução CFP nº 11/2018 incluiu a Avaliação Psicológica como um
dos atendimentos possíveis de serem prestados na modalidade on-
line para diferentes contextos e populações.
• Em 2020, após declarada a pandemia pelo novo coronavírus (Covid-
19), a Resolução CFP nº 04/2020 permitiu que psicólogos pudessem
iniciar os atendimentos on-line sem a necessidade de aguardar a
confirmação do cadastro na Plataforma e-Psi e ampliou os tipos de
casos que podem ser atendidos nesta modalidade.
• Apesar de já prevista desde 2018, a realização de processos de
Avaliação Psicológica por meio de TICs ainda é pouco difundida e
estudada no país.

Com as restrições impostas pelo distanciamento social decorrente da


Covid-19, os psicólogos se depararam com a necessidade de adaptar-se
à nova realidade de trabalho e passaram a buscar orientações técnicas
nos Conselhos Regionais. No entanto, muitas perguntas ainda carecem
de estudo científico e debate da classe para que encontrem consenso.
• Para garantir que a Avaliação Psicológica on-line ocorra com a
qualidade necessária e adequada à sua importância, são necessários
mais estudos sobre o seu processo, bem como para o
desenvolvimento ou adaptação de instrumentos psicológicos
aprovados para uso pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos
(SATEPSI), em diferentes contextos de aplicação.
• No entanto, ainda que estudos venham a ampliar o leque de
instrumentos aprovados para uso remoto, o psicólogo precisará
sempre ponderar a real possibilidade de conduzir uma avaliação com
populações específicas.

• Em especial, devemos atentar para os públicos considerados


vulneráveis, ainda que a Resolução CFP nº 04/2020 estabeleça que,
temporariamente, pessoas em situação violação de direitos ou
violência possam ser atendidas nessa modalidade.
• Da mesma forma, contextos de vulnerabilidade social precisam ser
considerados, uma vez que os avaliandos podem não contar com acesso
adequado a dispositivos tecnológicos e ambiente propício (ex.:
privacidade).

• No caso de crianças e adolescentes, segundo a Resolução CFP nº


11/2018, a avaliação é permitida com o consentimento dos
responsáveis legais e apenas se tecnicamente viável. Mesmo que
existam meios para a coleta de informações para esses públicos, é
imprescindível garantir que o avaliando compreenda o que deve fazer
na avaliação e de que forma - sob pena de os resultados não serem fiéis
às reais condições e competências do sujeito, o que tornaria a avaliação
uma infração ética.
• De modo geral, as decisões e encaminhamentos dados a partir dos
processos de Avaliação Psicológica trazem consequências para a vida
das pessoas. Salienta- se, neste aspecto, as avaliações psicológicas
compulsórias (determinadas na legislação), como aquelas necessárias
para obtenção da CNH ou de porte de arma, e as avaliações
solicitadas no sistema de justiça.

• Neste tipo de contexto, a participação do avaliando não é voluntária


e os resultados geram consequências importantes para a vida da
pessoa, podendo resultarem perdas de direitos civis, por exemplo.
• Em função disso, o avaliando pode não cooperar no processo
avaliativo ou tentar alterar a percepção do psicólogo sobre sua real
condição. De modo semelhante, a avaliação de crianças e
adolescentes pode ser influenciada no setting remoto pelos
genitores, sem que o psicólogo perceba.
• Portanto, se faz necessário que o psicólogo considere o controle
destas variáveis e reflita se a Avaliação Psicológica é tecnicamente
plausível antes de iniciar o processo. Além de literatura confiável e
atual de publicações em revistas científicas¹, é importante que o
psicólogo faça um planejamento do processo².
• Para aqueles profissionais que atuam no judiciário, é fundamental a
leitura do Ofício Circular nº 63/2020/GTec/CG-CFP, que estabelece
cuidados no momento de aceitar a viabilidade do processo avaliativo
e sobre a necessidade de informar nos documentos que este foi
realizado no período de pandemia do novo coronavírus.
Testes Projetivos e
Psicométricos
Método Projetivo
• É uma técnica de avaliação da personalidade na qual algum
julgamento da personalidade do avaliando é feito com base em seu
desempenho em uma tarefa que envolve fornecer estrutura a
estímulos relativamente não estruturados ou incompletos. (Desenho
antigo teste de Wartegg).
• Por esta razão os estímulos do teste são geralmente vagos e
ambíguos.
Testes Projetivos e Aspectos
Formais
• Testes com desenho: Força do lápis, tamanho, proporção, localização
na folha, contornos, forma do traçado.

- Teste de Contar histórias: como o sujeito conta as histórias, com


detalhes, poucos detalhes, histórias parecidas, exageros.

- Teste Rorschach: como o sujeito vê na mancha. Ex: eu vejo uma


maçã, a maçã, pq é vermelha e acho também pq e redonda.
Técnicas Projetivas Psicanalíticas
• A hipótese implícita é que a maneira de perceber e interpretar o
material do teste ou “estruturar” a situação reflete aspectos
fundamentais do funcionamento psicológico do sujeito.

• Espera-se que os materiais do teste sirvam como uma espécie de tela,


na qual o sujeito “projeta” suas agressões, seus conflitos, seus mêdos,
seus esforços e suas ideias características.
Percepção X Apercepção
TAT
CAT
• Geralmente, os instrumentos projetivos também representam
processos disfarçados de aplicação, na medida em que raramente a
pessoa está ciente do tipo de interpretação psicológica que será feita
suas respostas.
• As técnicas projetivas caracterizam-se também por uma forma global
de avaliar a personalidade.

• A atenção centraliza-se numa figura composta de toda a


personalidade, e não na mensuração de traços isolados
• O termo “técnica projetiva” foi aplicado originalmente por Frank
1943, num artigo publicado em 1939, tais técnicas já eram usadas
muitos anos antes dessa data.

• As técnicas projetivas nasceram da situação clínica e continuaram a


ser, fundamentalmente, instrumento para o clínico. Outras nasceram
de processos terapêuticos (tais como terapia pela arte), empregados
com pacientes de psiquiatria
• As técnica projetivas se interessam não apenas por características
emocionais e sociais, provas de desajustamento, interesses, atitudes e
motivos, mas também por alguns aspectos intelectuais do
comportamento do indivíduo.
• Encontramos “o nível intelectual geral”, originalidade e modos
característicos de enfrentar problemas.
Técnica Projetivas (os estímulos prontos)

Técnicas Autoexpressivas (estímulos criados


pelo sujeito).
• Técnicas Expressivas

• Através das oportunidades de autoexpressão permitidas por estas


técnicas, o indivíduo, segundo se acredita não apenas revela suas
dificuldades, mas também se liberta delas. São usadas como recursos
terapêuticos e diagnósticos

• As principais técnicas projetivas desta categoria incluem desenho e


pintura, atividade de brinquedo e psicodrama.
• O uso das técnicas expressivas de desenho e pintura

• O emprego de desenho e pintura com objetivos terapêuticos e


diagnósticos tem longa e grande história.

• Deu-se atenção especial ao desenho da figura humana. Um exemplo


bem conhecido é apresentado pelo Teste Manchover de uma Pessoa
1971. As orientações é dada ao sujeito ao receber uma folha e uma
lápis que “desenhe uma pessoa”.

• Ao o término do desenho é possível que se faça um interrogatório, no


qual se pede ao sujeito que conte uma história a respeito da pessoa
desenhada.
•A avaliação do Teste do Desenho de uma Pessoa é
fundamentalmente qualitativa e envolve a preparação de uma
descrição composta da personalidade, a partir de uma análise de
muitas características dos desenhos.

• Neste caso se considera o tamanho relativo das figuras masculinas e


femininas, sua posição na folha, qualidade das linhas, sequências das
partes desenhadas, posição, apresentação das roupas e influências de
fundo e “chão”.
• São dadas interpretações especiais para a omissão de diferentes
partes do corpo, desproporções, sombra, quantidade e distribuição
dos pormenores, rasuras, simetria e outras características de estilo.

• Existe uma minuciosa discussão da significação de cada parte do


corpo, como a cabeça, traços isolados da fisionomia, cabelo, pescoço,
ombros, peito, tronco, cadeiras e extremidades.
• O mais popular e com maior número de pesquisas e publicações
significativas de pesquisa, é a Técnica Projetiva de Casa-Árvore-
Pessoa, (HTP), criado por Buck (1928).

• A “casa” deve despertar associações ligadas ao lar do sujeito e aos


que aí vivem, a “árvore” deve despertar associações ligadas ao seu
papel na vida e sua capacidade de obter satisfação de seu ambiente
geral, a “pessoa” deve provocar associações ligadas a relações
interpessoais.
Piramides de Pfister (técnicas autoexpressivas)
(Versão Criança, adulto e adolescente)
Rorschach

Técnicas autoexpressivas (de


Rorschach (10 Pranchas de
aplicação individual, e Zulliger 3
pranchas, de aplicação individual
e coletiva).
• A intenção do Rorschach

• Criar as manchas intencionalmente


• algumas partes para se parecer com uma coisa;
• outras partes para contradizer isso;
• e assim, os estímulos auxiliariam a maximizar as expressões
individuais
No Brasil:
• Sistema Perfomace Rpas
• Sociedade Brasileira de Rorschach
• Klopfer – Cícero Vaz – Zulliger
• Escola Francesa de Rorschach
• Sistema Compreensivo (SC)
Palográfico ( Construto de
Personalidade) Técnicas com uso
motor
Teste de PMK
Teste
PMK
•Testes Psicométricos
• A Psicometria é um modelo que usa números para descrever
fenômenos psicológicos.

• A psicometria trabalha com a teoria da medida e com o modelo da


estrutura latente (latent modeling).

• O traço latente é empregado na história das teorias da personalidade.
• O conceito de traço latente cobre todo o mundo do propriamente
psicológico, dos processos mentais em oposição aos processos físicos
ou comportamentais.

• Chama-se a este mundo psicológico de mundo 2, o mundo das


experiências subjetivas, em contraposição ao mundo 1, o mundo dos
objetos físicos, materiais, onde se situa também o comportamento
observável de um ser humano.
• O traço latente (processo psicológico) e a representação
comportamental

• São abordáveis cientificamente somente através de sua


representação comportamental, isto é eles devem ser expressos em
comportamentos (verbais, motores), porque é unicamente neste nível
que se pode trabalhar cientificamente (empiricamente) em Psicologia.

• Assim, ao operar –se sobre os comportamentos, estamos operando


(medindo) os traços latentes.
• Elemento – Processo elementar de informação componente cognitivo
( Processamento da informação Sternberg.)

• Holística – Aptidão Spearmam, Piaget


• Estrutura Emoção tipologias
• Motivação tipologias

• Diferencial Diferencial – Aptidões diferenciais - habilidades (fatores)


• Emoções Traços de personalidade (fatores)
• Motivações Necessidades básicas (fatores)

• Os Parâmetros Psicométricos da Medida

• A ordenação nos procedimentos teóricos através do traço latente


ocorre com a observação dos comportamentos (itens) que
correspondem a esse traço latente. Ex: itens de ansiedade criados
baseados os comportamentos de ansiedade.

• Os parâmetros básicos na psicometria para se construir um


instrumento se referem à análise dos itens (dificuldade e
discriminação).
• Análise teórica dos itens

• A análise dos itens é feita por juízes e visa estabelecer a


compreensão teórica dos itens:

• Verificar se os itens são inteligíveis para a população-alvo


• Verificar se os itens estão se referindo ou não ao traço latente em
questão (atributo psicológico)
• Dificuldades dos Itens

• A dificuldade do item é definida em termos da porcentagem


(proporção) de sujeitos que dão respostas corretas (testes de aptidão)
ou de acordo – preferência (testes de personalidade) ao item.
• Assim, um item que é respondido corretamente ou aceito por 70%
dos sujeitos é considerado mais fácil que um que recebeu 30% de
respostas corretas.
• Qual a dificuldade ideal dos itens de uma escala ou teste?

• A resposta depende da finalidade do teste, se for desejado um teste


para selecionar os melhores ou para determinar se um patamar “X”
de conhecimento foi atingido, então os itens devem todos apresentar
o nível de dificuldade do patamar que se quer como critério.
Pilares da Psicometria
• Validade - É o processo em que se busca dar evidências de validade que se
apoiem a adequação, o significado e a utilidade das decisões tomadas com base
nas inferências feitas a partir dos escores obtidos do teste (Zumbo & Chan,
2014)

• Fidedignidade - Fidedignidade, ou precisão, de um teste refere-se à estabilidade


com que os escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas de
um mesmo teste ou em formas equivalentes de testes distintos (Anastasi &
Urbina, 2000)

• Quanto mais similares forem os escores dos testando em aplicações distintas,


maior será a fidedignidade de um teste, quanto mais diferentes forem os
escores dos participantes, menor será a fidedignidade do teste.
• É esperado que o teste usado nas pesquisas psicológicas consiga
diferenciar apropriadamente testandos com diferentes níveis no traço
latente de interesse (p. Ex., baixo, médio, alto), mas como também
recuperar esses escores posteriormente.

• Considerando que o traço latente medido apresente estabilidade o longo


do tempo (p. Ex., habilidades, personalidade, psicopatologia). Se esse não
fosse o caso, qualquer diferença encontrada entre as aplicações distintas
do mesmo teste no mesmo grupo de sujeitos poderia decorrer de um
problema de mensuração inadequada do fenômeno (ou inadequação do
teste para a finalidade almejada.
• O termo “fidedignidade” é substituído, muitas vezes, por outros, como
“confiança”, “consistência interna”, “estabilidade” e “precisão

• Erro de Medida

• Qualquer tipo de medição está sujeito a erros, em psicometria a


presença do erro é sempre considerada existente em testagens. O
significado do erro pode ser pensado como equivalente à diferença
entre os escores observado e escores verdadeiros dos testandos.

• Erro = escore observado – escore real


• Padronização – forma única e padronizada de aplicação do teste, não
interferindo ou enviesando os escores, respeitando normas e regras
de aplicação.
• Normatização – Normas em relação as populações de aplicações do
teste, tabelas, estudos de determinadas populações.

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