O documento discute técnicas projetivas gráficas, aperceptivas e impressionistas. Ele define projeção como a transferência de processos internos para o mundo exterior e explica como os testes projetivos gráficos fornecem informações sobre a personalidade menos controladas do que a linguagem. Ele também discute características e aplicações de testes projetivos gráficos como o Rorschach e o desenho da figura humana.
O documento discute técnicas projetivas gráficas, aperceptivas e impressionistas. Ele define projeção como a transferência de processos internos para o mundo exterior e explica como os testes projetivos gráficos fornecem informações sobre a personalidade menos controladas do que a linguagem. Ele também discute características e aplicações de testes projetivos gráficos como o Rorschach e o desenho da figura humana.
O documento discute técnicas projetivas gráficas, aperceptivas e impressionistas. Ele define projeção como a transferência de processos internos para o mundo exterior e explica como os testes projetivos gráficos fornecem informações sobre a personalidade menos controladas do que a linguagem. Ele também discute características e aplicações de testes projetivos gráficos como o Rorschach e o desenho da figura humana.
De forma geral, projeo a representao ou transferncia
de sensaes, sentimentos, desejos, interesses (processos interiores) para o mundo exterior. Projeo, em psicologia analtica, a dinmica pela qual o indivduo v como estando fora dele os contedos de sua prpria psique que negou e reprimiu. Em outras palavras, seria colocar em algum uma parte inaceitvel do ego, querendo livrar-se desta. Trata-se de um mecanismo de defesa do prprio ego para que possa assumir a existncia de si sem algo que o incomode.
A projeo ento conceituada
como uma forma de funcionamento mental que possibilitaria a estruturao do mundo externo a partir do mundo interno, estando intimamente ligada percepo.
Testes projetivos grficos
O instrumento principal da clnica psicolgica a entrevista; os
testes projetivos esto a servio da mesma pois, a rigor, no so seno mecanismos para conduzir uma forma de entrevista. Sua eficincia para coletar informaes mais verdadeiras e menos disfaradas que as obtidas pela linguagem com suas influncias sociais. O psiclogo clnico sabe que o trao e as figuras lhe daro acesso aos estratos bsicos e que constituem expresses menos controladas da personalidade do sujeito. Essa linguagem mais ingnua e espontnea; mais complexa e difcil; cabe ao psiclogo aprender a decifr-la alm de exercitar-se para poder manej-la profissionalmente.
Caligor - o homem usa o desenho como forma de
comunicao desde o tempo das cavernas. Schilder - os desenhos podem ser estudados durante o tratamento analtico com adultos da mesma forma que o material oferecido pelos sonhos, pois h permanncia dos esquemas grficos que podem ser observados e descritos, revelando aspectos estruturais relativamente persistentes.
Wartegg escolheu temas grficos
segundo seu poder de sugesto (ponto no centro, uma curva, duas linhas curtas paralelas, etc.). Baseado na teoria da Gestalt, tenta conhecer a orientao dinmica e a gentica da personalidade do sujeito, estudando as etapas distintas do processo de estruturao no teste do desenho
o interesse pelas tcnicas grficas surgiu a partir de
fontes diferentes: a grafologia, a psicanlise, a teoria da Gestalt, a Psicologia do carter e a Tipologia. Nossos antepassados recorreram ao desenho porque as imagens eram entendidas por todos como uma linguagem universal. Partindo desse ponto temos a hiptese de que o desenvolvimento da escrita na raa paralelo ao do indivduo. A teoria psicolgica de Stanley Hall, discutvel mas atraente, considera que a histria ancestral da raa reproduzida no desenvolvimento do indivduo. Essa teoria afirma que "a ontogenia recapitula a filogenia".
Na dcada de 60-70, a escola
inglesa de Melanie Klein tomou uma enorme importncia na Argentina e consequentemente no Brasil. Foi necessrio trabalhar ardorosamente para neutralizar o furor que estimulava a criao de tcnicas sem a devida validao, com o conseqente risco de diagnsticos errados. Atualmente chegamos a demonstrar que imprescindvel que um teste seja submetido a provas de validade e confiabilidade antes de ser lanado para fins diagnsticos.
Caractersticas Gerais dos Testes
Grficos
A linguagem grfica, assim como a ldica, a que est
mais prxima do inconsciente e do ego corporal. Conseqentemente, oferece maior confiabilidade que a linguagem verbal, a qual uma aquisio mais tardia e pode ser muito mais submetida ao controle consciente do indivduo. um instrumento acessvel s pessoas de baixo nvel de escolaridade e/ ou com dificuldades de expresso oral. Por esse mesmo motivo os testes grficos so de grande utilidade com crianas pequenas que ainda no falam com clareza, mas que j possuem um nvel excelente de simbolizao nas atividades grficas e ldicas. Sua administrao simples e econmica.
imprescindvel considerar que todo teste grfico deve ser
complementado com associaes verbais que possibilitaro uma correta interpretao dos mesmos. Tambm deve-se considerar o nvel scio-econmico-cultural do indivduo, sua idade cronolgica, seu nvel evolutivo e de maturidade. Muitos erros se devem ao desconhecimento da produo tpica de cada idade e de cada grupo social. Os testes grficos mostram uma produo muito prxima do inconsciente, revelando aspectos o que h de mais regressivo e patolgico. Logo, imprescindvel a sua comparao com o material coletado em outros testes projetivos e objetivos da personalidade para completar a viso geral que se possui e fazer o diagnstico sobre bases mais confiveis. Podemos ento, por exemplo, aplicar o Phillipson e o Rorschach em adultos e adolescentes, e o CAT de Bellak e o Rorschach em crianas.
Em instituies, os testes grficos so escolhidos pela
simplicidade da sua administrao e economia de tempo. Mas importante que sejam complementados por testes verbais Mesmo no sendo possvel fazer um diagnstico fino e exaustivo, descartam-se as patologias graves. importante considerar os indicadores formais para fazer o diagnstico e, principalmente, o prognstico. Eles esto menos sujeitos ao controle consciente que aqueles de contedo. 0 sujeito desconhece o significado do seu trao frgil e entrecortado ou grosso e emplastado, mas pode imaginar a diferena entre desenhar um esqueleto ou uma pessoa viva. Para fazer o acompanhamento de uma tratamento psicoteraputico de um paciente importante administrar os mesmos testes grficos e, sempre que possvel, seguindo a mesma instruo, para poder compar-los.
Espera-se que apaream diferenas nos indicadores
formais e de contedo. Os formais so os que devem aparecer modificados positivamente, pois so eles que nos do informaes sobre os aspectos estruturais da personalidade. interessante fazer a correlao dos indicadores formais dos desenhos com os dos protocolos do Rorschach. Os indicadores formais so os de modificao mais difcil. Os de contedo, no entanto, so to variveis quanto o contedo de um sonho, os seus detalhes, no a sua estrutura.
A estereotipia nos grficos indica uma falha em aspectos
estruturais da personalidade. No indica estabilidade e sim rigidez. A estereotipia pode ser total ou parcial. Por exemplo, desenhar todas as figuras humanas seguindo o mesmo esquema sem diferena de idades, sexos, papis, etc. Ou ento, pode acontecer a incluso dessas diferenas mas sempre omitindo os rostos ou ento desenhando trs dedos nas mos em todas as figuras, Nesses casos, os problemas registram-se no nvel da prpria identidade (sem rosto) ou de sentimentos de castrao (trs dedos em desenhos de pessoas com mais de 6 anos). Se, no entanto, desenha a sua famlia e omite o rosto da me, est demonstrando mais um transtorno no seu vnculo com ela, e nesse caso no falaramos de estereotipia.
A plasticidade nos desenhos
indica maior fora do Ego, que pode se adaptar a situaes diferentes. Os testes grficos podem servir tambm como excelentes recursos para melhorar a comunicao com um paciente quando h falhas na possibilidade de comunicao verbal
A proposta de desenhar alguma coisa costuma provocar
entusiasmo. Tambm podemos participar com nossos prprios desenhos, rompendo a assimetria que pode estar perturbando o sujeito. Oferecer-nos como centro de suas crticas a nossa produo pode favorecer a comunicao com pacientes que se envergonham de desenhar "mal" ou que devido ao seu narcisismo no suportam ser observados por um profissional passivo