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Avaliação Psicológica

Processo amplo de investigação, no qual se conhece o avaliado e sua demanda, com o


intuito de subsidiar a tomada de decisão mais apropriada do psicólogo
Trata-se de um levantamento (coleta e interpretação) de informações acerca da pessoa
ou grupo, a partir de uma demanda específica, que será realizado através de uma série
de técnicas e instrumentos de avaliação.
Segundo a Resolução 009/2018
A Avaliação Psicológica trata-se de um processo estruturado de avaliação de
fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos (reconhecidos
pela ciência psicológica), com objetivo de prover informações para utiliza-las em
tomadas de decisões seja no âmbito institucional, ou individual ou grupal, com base em
DEMANDAS, CONDIÇÕES E FINALIDADES ESPECÍFICAS.
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com
pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer
metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de
caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os
trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação,
trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que
requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos
quais a avaliação se destina.
Entendida como o processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e
interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes
da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias
psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos.
A escolha do número de sessões para a realização da avaliação psicológica, das
questões a serem respondidas, das hipóteses a serem testadas, bem como de quais
instrumentos e técnicas devem ser utilizados será baseada em alguns elementos, tais
como:
1) CONTEXTO NO QUAL A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA SE INSERE
2) PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO
3) CONSTRUTOS PSICOLÓGICOS A SEREM INVESTIGADOS
4) ADEQUAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS
INSTRUMENTOS/TÉCNICAS AOS SUJEITOS AVALIADOS
5) CONDIÇÕES TÉCNICAS, METODOLÓGICAS E OPERACIONAIS DOS
INSTRUMENTOS

O avaliador deve analisar criticamente os resultados obtidos, com o intuito de


verificar e confirmar se realmente forneceram elementos seguros, confiáveis e
suficientes para tomada de decisão.
Avaliação Psicológica é:
• um processo dinâmico
• um processo de conhecimento do outro
• um processo científico
• um trabalho especializado

Um passo inicial importante é o mapeamento da demanda, do contexto em que ela


ocorre e da finalidade da avaliação
Série de técnicas e instrumentos disponíveis, que podem ser utilizadas em conjunto ou
separadamente e articuladas de diferentes formas. Devem ser, obrigatoriamente,
reconhecidos cientificamente. Os mais utilizadas e conhecidas:
- Entrevista, Observação, Testes psicológicos, dinâmicas de grupo, observação lúdica,
prova situacional, métodos projetivos.
• De forma geral, os dados a serem obtidos deverão ser observados de
acordo com o contexto onde o atendimento estará sendo realizado.
Assim, em determinados contextos, certas informações são
imprescindíveis, enquanto que, em outros, algumas informações se
tornam irrelevantes.
• MÉTODOS PROJETIVOS (HTP e Rorschach) – conhecidos como “teste
psicológico”, são técnicas que não envolvem MENSURAÇÃO nem visam
avaliar CONSTRUTOS ESPECÍFICOS (inteligência, habilidade motora,
capacidade de concentração), mas sim investigar aspectos da personalidade.
Trazem informações psicodinâmicas acerca do sujeito avaliado.

QUEM vou avaliar? O QUE vou avaliar? PARA QUE vou avaliar? POR QUÊ
vou avaliar? COMO vou avaliar?
Fontes de informação Fundamentais:
- Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional
- Entrevista psicológica e anamnese
- Protocolos ou registros de observação de comportamentos obtidos individualmente
ou por meio de processo grupal e/ou técnicas de grupo
Fontes de informação Complementares:
- Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuem respaldo na literatura
científica e que respeitem o Código de ética e as garantias da legislação da profissão
- Documentos técnicos, como protocolos ou relatórios de equipe multiprofissional

Classificação simples: O exame compara a amostra do comportamento do


examinando com os resultados obtidos de outros sujeitos da população geral ou de
grupos específicos, com condições demográficas equivalentes. Os resultados são
fornecidos em dados quantitativos. Ex: teste psicotécnico
Descrição: Ultrapassa a classificação simples, pois interpreta as diferenças de
resultados, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do sujeito,
como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos. Ex: avaliação escolar
Classificação nosológica: Hipóteses iniciais serão testadas, tomando como
referência critérios do CID ou DSM.
Diagnóstico diferencial: são investigadas irregularidades e inconsistências de um
quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de
funcionamento ou natureza da patologia . Descartar e refutar hipóteses para
inserir outras.
Avaliação Compreensiva: Investigação da personalidade (ASPECTOS
SUBJETIVOS): são examinadas funções do ego, em especial a de insight, as
condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e
prever a possível resposta dos mesmos.
Perícia Forense: fornecer subsídios para decisões do magistrado;
Prognóstico: buscar determinar o provável curso do caso . Sintomatologia tende a
evoluir para um quadro mais grave, ou não?
Prevenção: Busca investigar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma
estimativa de forças e fraquezas do ego, da sua capacidade de enfrentar situações
novas e estressantes.
Finalidades:
Processo seletivo em empresa
Perícia Psicológica no campo jurídico
Psicodiagnóstico clínico
Para fins de seleção em concurso público

Os resultados obtidos devem considerar e analisar os condicionantes históricos e


sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumento
para atuar no indivíduo e também na modificação desses condicionantes que operam,
desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica. A
avaliação psicológica tem data e prazo de validade (lembre-se: caráter dinâmico dos
fenômenos psicológicos, evitando práticas que reforcem estigmatização ) é UM
RECORTE do sujeito, que se modifica com o tempo e conforme as condições sociais,
culturais e econômicas. Não se trata de conhecimentos definitivos acerca do sujeito.
Avaliação é diferente de testagem psicológica – avaliação é mais ampla e abarca
outras técnicas e instrumentos de avaliação, para além dos testes, enquanto a
testagem se limita à aplicação de testes psicológicos.
Os testes visam coletar, de maneira sistemática, amostras de comportamentos acerca
do funcionamento cognitivo, afetivo ou interpessoal do sujeito, pontuando e avaliados
tais amostras de acordo com as normas
Documentos derivados do processo de avaliação psicológica: Elaboração de Laudo,
Parecer (dar uma resposta à demanda da avaliação psicológica) – deve estar
embasado em métodos, teorias e técnicas reconhecidas cientificamente
PSICODIAGNÓSTICO

- Uma forma de fazer Avaliação Psicológica – psicodiagnóstico faz parte da Avaliação,


é uma modalidade de Avaliação psicológica com propósitos clínicos. Pressupõe a
utilização de instrumentos para além da aplicação de testes, com o intuito de elaborar os
dados psicológicos de forma sistemática, cientifica e orientada para resolução de
problemas.
PSICODIAGNÓSTICO é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza
técnicas e testes psicológicos (input – entrada de dados), seja para entender problemas
à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para
classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output –
devolutiva), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.
Processo científico – porque deve partir de um levantamento prévio de hipóteses, que
serão confirmadas ou refutadas por meio de passos predeterminados e com
objetivos precisos.
O plano de avaliação é estabelecido a partir das hipóteses iniciais, definindo-se não
só os instrumentos necessários, mas também como e quando utilizá-los.
Limitado no tempo – baseado em um contrato entre paciente (ou responsável) e
psicólogo, com estimativa de número de sessões e exames necessários.
Emissão de um Laudo (documento mais comum no psicodiagnóstico).

CARACTERÍSTICAS DO PSICODIAGNÓSTICO
- Avaliação de caráter clínico
- Possui uma delimitação espaço-temporal
- Investiga um aspecto particular, conforme sintomatologia e indicação (possui um foco
específico)
- Utilização de diferentes técnicas (testes, dinâmica de grupo, análise documental).

FINALIDADES:
- Investigação Diagnóstica: explicar o que acontece além do que o avaliando consegue
expressar de forma consciente; investigação dos aspectos inconscientes, ocultos.
- Avaliação do tratamento: visa avaliar o andamento do tratamento. Reavaliação
- Como meio de comunicação: procura facilitar a comunicação e, em consequência, a
tomada de insight;
A etapa diagnóstica é essencial para um processo psicoterapêutico, sejam quais forem
os instrumentos científicos utilizados. Um diagnóstico psicológico é imprescindível para
saber o que ocorre e suas causas, de forma a responder ao pedido com a qual foi iniciada
a consulta. Não equivale a colocar um rótulo, mas sim explicar o que ocorre além do
que o paciente pode descrever conscientemente. A partir do conhecimento da
problemática central e suas causas é possível estabelecer o tratamento necessário para o
caso.
A entrevista clínica pode não ser suficiente, pois não é uma ferramenta infalível. O
mesmo vale para os testes e técnicas projetivas. Porém, a utilização de diferentes
instrumentos pode aproximar o psicoterapeuta de uma compreensão ampliada,
complexa e profunda acerca do paciente, sua problemática e personalidade. Assim
sendo, oferece maior segurança para chegar num diagnóstico confiável, especialmente
se for incluso testes padronizados. Pode-se estudar o paciente através de diferentes vias
de comunicação: fala livre, desenhar, imaginar, montar quebra-cabeça, etc.
A bateria de testes utilizada deve incluir instrumentos que permitem obter ao máximo a
projeção de si mesmo.
Elementos transferenciais e contratransferenciais são expostos pelo psicodiagnóstico.
Ao longo de um processo, observamos como o paciente se relaciona diante de cada
proposta e o que psicoterapeuta sente em cada momento, podendo extrair conclusões de
grande utilidade para prever como será o vínculo terapêutico (se houver tratamento
futuro)
Além de servir para o estabelecimento de um diagnóstico, o psicodiagnóstico pode ser
utilizado para avaliar o andamento do tratamento, ou mesmo servir como meio de
comunicação, haja vista que existem pacientes com dificuldades para conversar
espontaneamente sobre sua vida e problemas. Favorecer a comunicação é
favorecer a tomada de insight,
O primeiro passo deve ser selecionar adequadamente os instrumentos a serem
utilizados, a ordem que será seguida, as ordens que serão dadas e os materiais.
O psicodiagnóstico inclui, além das entrevistas iniciais, os testes, a hora do jogo com as
crianças, entrevistas familiares. As conclusões obtidas a partir do material coletado são
discutidas com o interessado, com seus pais, ou com a família completa, conforme o
caso e o sistema do profissional.
Um psicodiagnóstico completo permite realizar hipóteses sobre o prognóstico do caso e
a estratégia mais adequada para ajudar o consultante: entrevista de esclarecimento, de
apoio, terapia breve, psicanalise, terapia de grupo, familiar.
As entrevistas diagnósticas vinculares e familiares são de grande utilidade para decidir
entre a recomendação de um tratamento individual, vincular ou familiar. Quando as
dificuldades situam-se na relação do individuo com os demais o mais indicado é
recomendar terapia grupal. Se, o conflito estiver mais centralizado no intrapsíquico, o
mais adequado seria terapia individual
Passos do Psicodiagnóstico (ARZENO e CUNHA)
1) Ocorre desde o momento em que o paciente faz a solicitação do atendimento até
o encontro pessoal com o profissional
2) Ocorre na ou nas primeiras entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo
latente e manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a pessoa mostra, a
fantasia da doença, cura e análise que cada um traz e a construção da história do
sujeito e da família em questão. A realização da(s) primeira(s) entrevista(s)
consiste em levantar e esclarecer os motivos, latentes e manifestos, da consulta.
Nesta etapa, ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.
Objetiva conhecer o paciente e sua demanda; • Permite a formulação de
hipóteses para planejar os passos seguintes.
3) Reflexão sobre o material colhido na segunda etapa e construção de hipóteses
iniciais para o planejamento dos próximos passos e dos instrumentos
diagnósticos a serem utilizados (hora do jogo, entrevista familiar diagnóstica,
testes gráficos, verbais, lúdicos. Sendo assim, consiste em planejar e selecionar
os instrumentos a serem utilizados na avaliação. Em alguns casos se mostram de
suma importância as entrevistas, incluindo os membros mais implicados na
patologia do paciente e/ou grupo familiar (a depender sempre dos objetivos)
4) Realização da estratégia diagnóstica planejada, por meio da aplicação das
técnicas, métodos e testes selecionados pelo profissional. Nesta fase, ocorre o
levantamento quantitativo e qualitativo dos dados. A estratégia diagnóstica
planejada pode sofrer alterações durante o percurso. A bateria de testes será
aplicada em sequência previamente determinada
5) Estudo do material obtido, com análise e interpretação dos elementos
emergentes. Necessário buscar recorrências, convergências e correlações dentro
do material, formulando inferências, considerando as hipóteses levantadas e os
objetivos da avaliação. Vale encontrar significado de pontos obscuros ou
produções estranhas.
6) Entrevista devolutiva sobre as informações analisadas e interpretadas. Pode ser
realizada, em um primeiro momento, com o protagonista principal e depois
com os pais/família. Nela ocorre a comunicação dos resultados obtidos, as
orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Se o atendimento
foi iniciado como familiar, a devolução e conclusões também será feita a toda a
família. Escutar as reações dos envolvidos é de grande utilidade para validar ou
refutar as conclusões diagnósticas. Pode surgir novos materiais significativos,
podendo alterar as hipóteses levantadas.
7) Elaboração do laudo psicológico com informações estritamente necessárias,
respeitando o sigilo profissional, em conformidade com a demanda. Recomenda-
se abordar primeiro aspectos mais sadios, adaptativos e preservados da dinâmica
do sujeito, para posteriormente comunicar aspectos mais delicados observados
no processo.

Passo a Passo do Psicodiagnóstico (Ocampo)

1) Levantamento dos Objetivos


Determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros problemas iniciais
Observa-se quais são os objetivos da avaliação e quais são as características do
sujeito/grupo a ser avaliado;
Este procedimento direciona a escolha dos métodos e técnicas a serem utilizados,
em conformidade com a demanda avaliativa.
O primeiro contato tende a ser realizado com o demandante, que pode ser ou não, o
sujeito a ser avaliado ( quem está sendo submetido à avaliação pode não ser o solicitante
da avaliação). No primeiro contato, a atenção estará mais voltada à compreensão da
demanda, dos motivos de solicitação do psicodiagnóstico. Já é a partir desse primeiro
contato que pode ser iniciado a elaboração das hipóteses e do planejamento do processo
avaliativo.

2) Coleta de Informações

Essa fase consiste em aplicar as técnicas e instrumentos escolhidos e planejados


anteriormente para alcance dos objetivos pretendidos.
Será realizada pelos meios escolhidos (pode ser: entrevista, bateria de testes,
observação, dinâmica de grupo etc);
A integração das informações deve ser suficientemente ampla para abarcar os
objetivos pretendidos com a avaliação;
Não se recomenda a utilização de um único método ou técnica para a coleta de
informações, já que uma única ferramenta pode não ser suficiente para analisar um bom
número de variáveis. -> não é suficiente para busca de respostas confiáveis e seguras
acerca do funcionamento global do sujeito. -> avaliação mais completa e fidedigna

3) Levantamento de hipóteses (união dos dados e informações)

Nesta etapa, as informações são integralizadas e formulam-se hipóteses iniciais;


O psicólogo pode ou não constatar a necessidade de coletar mais informações. Caso
haja a necessidade (não alcançou objetivos pretendidos – respostas dúbias, pouco
confiáveis), deverá fazer nova aplicação de instrumentos ou técnicas, de modo que
consiga formular novas hipóteses;

4) Indicação da resposta ao que motivou a avaliação


Depois da formulação das hipóteses, o psicólogo consegue indicar alguns resultados
avaliativos e fazer a devolutiva a quem solicitou a avaliação;
A comunicação dos resultados deve ser cuidadosa, com atenção aos procedimentos
éticos implícitos e considerando as eventuais limitações da avaliação. Em conformidade
com o Código de ética da profissão. O sigilo profissional deve ser resguardado.
As informações a serem formuladas enquanto devolutiva ao demandante devem
preservar sigilo profissional e não ferir os princípios éticos. As informações devem ser
pertinentes à demanda colocada. Os resultados advindos da avaliação devem ser
comunicados na entrevista devolutiva.
Momento em que o demandante irá obter resposta acerca das motivações do
processo avaliativo.
Uma avaliação psicológica pode ser realizada por meio de utilização de uma
série de ferramentas. Nem sempre uma avaliação psicológica terá em sua composição a
utilização de testes psicológicos. Sempre depende dos objetivos avaliativos e do
referencial/abordagem teórico envolvido (as teorias e as concepções de homem
assumidas por ele) para embasar o processo. A metodologia empregada no processo de
avaliação precisa ser coerente com o referencial teórico adotado, para que suas
interpretações possam ser válidas. Então, a escolha dos instrumentos, a formulação de
hipóteses, análise deve ser coerente com a abordagem para que as interpretações sejam
válidas. Embasamento teórico + manuais dos instrumentos.

Instrumental:
Testes (projetivos, psicométricos, quanti ou qualitativos)
Entrevistas (individuais ou coletivas, semi-estruturada, estruturada, aberta)
Dinâmicas de grupo (utilização de métodos e técnicas de abordagens grupais) – avaliar
o sujeito em interação com outras pessoas.
Observação (inerente ao avaliador; estratégia para coleta e organização das
informações)
Questionários (formulários estruturados para coleta de informações)
Análise documental (documentos, arquivos, fichas de registro, podendo trazer
informações complementares à avaliação)

OPERACIONALIZAÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO (conforme Cunha)


1. Determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros problemas iniciais;
2. Levantar dados de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar, etc
sobre o sujeito e pessoas significativas, solicitando eventualmente informações e fontes
complementares;
3. Colher dados sobre a história clínica, pessoal (anamnese), familiar pregressas,
procurando reconhecer denominadores comuns com a situação atual, do ponto de vista
psicopatológico e dinâmico; História clínica pregressa - Pretende caracterizar a
emergência de sintomas ou de mudanças comportamentais, numa determinada época, e
a sua evolução até o momento atual, que habitualmente é entendido como o momento
em que o psicodiagnóstico é solicitado.
4. Realizar o exame do estado mental do paciente e outros recursos, quando necessário;
5. Levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame;
6. Estabelecer um plano de avaliação;
7. Estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito avaliado ou responsável,
esclarecendo e esclarecendo aspectos referentes à duração, quantidade de sessões,
objetivos, aplicação dos métodos;
8. Administrar testes e técnicas psicológicas;
9. Levantar dados quantitativos e qualitativos;
10. Selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos para os objetivos do
exame, conforme o nível de inferência previsto;
11. Comunicar resultados (entrevista devolutiva, laudo, e outros informes);
12. Encerrar o processo

• TESTES: Verificar se teste consta da relação SATEPSI (Sistema de Avaliação de


Testes Psicológicos) – site do Conselho Federal de Psicologia; lista de testes
favoráveis / validade do teste.
•. Verificar se o instrumento escolhido atende à demanda da avaliação; está
condizente/coerente? Subsídios teóricos confiáveis? Estudos científicos referentes ao
construto psicológico a ser avaliado.
•. Avaliar domínio do instrumento e sua aplicação; psicólogo deve ter familiaridade com
o instrumento. Utilizará somente os instrumentos para os quais esteja capacitado e
qualificado.
• Consultar o Manual, quando houver, para se certificar de todas as regras acerca da
aplicação;
•. Observar se o sujeito ou grupo a ser avaliado não possui dificuldades na aplicação do
instrumento escolhido; cada público demanda um instrumento. Adequar o instrumento
às características, condições e necessidades do sujeito ou grupo.
•. Verificar o ambiente (físico e psicológico) de aplicação – mais favorável possível
para não enviesar as respostas.
FATORES A SEREM CONSIDERADOS para Escolha e Aplicação dos
instrumentos:
• Requerente da avaliação;
• Idade do avaliado;
• Nível sociocultural do avaliado;
• Casos de deficiência ou dificuldade cognitiva;
• Momento do ciclo de vida;
• Contexto no qual a avaliação se realiza;
• Elementos que se queira investigar. (o que pretende investigar a partir da demanda que
veio?)
COMPETÊNCIAS DO PSICÓLOGO
- Reconhecer o caráter processual da avaliação – processo delimitado no tempo e
espaço.
- Conhecer e respeitar legislações específicas para nortear as práticas – resoluções do
CFP e Código de ética
- Ter domínio na área de Psicopatologia, sendo capaz de reconhecer quadros graves de
saúde mental – podendo identificar sinais e sintomas de transtornos mentais comuns.
- Ter amplos conhecimentos dos processos psicológicos básicos ( questões do
desenvolvimento humano, da inteligência, cognição, memória, atenção, emoção) – para
ser capaz de realizar intervenções adequadas, correspondentes à realidade do sujeito.
- Ter conhecimentos de Psicometria e medidas de avaliação, em especial questões de
validade, precisão e normas dos testes, sendo capaz de escolher cada teste de acordo
com a situação avaliativa;
- Ter domínio dos procedimentos de aplicação, levantamento e interpretação dos
instrumentos e técnicas utilizados na avaliação psicológica, bem como ter condições de
planejar a avaliação da melhor forma;
- Saber elaborar documentos decorrentes da avaliação psicológica
- Guardará os documentos em arquivos seguros e pelo tempo determinado (5 anos,
normalmente)
O processo avaliativo pode responder acerca da:
- Forma como as pessoas irão desempenhar determinada atividade (por exemplo, em um
contexto profissional/organizacional).
- Qualidade das relações interpessoais que o sujeito apresenta
- Aptidão ou inaptidão do sujeito para exercício de uma dada atividade (por exemplo:
teste de apercepção, memória, atenção – testes quantitativos).
O documento escrito resultante da prestação de serviços psicológicos deve
considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno
psicológico.

ENTREVISTA PSICOLÓGICA
- Recurso fundamental do psicólogo, capaz de se adaptar à diversidade de situações de
avaliação e de tratamento
- A condução da entrevista é orientada pelo referencial/enfoque teórico do entrevistador.
Perspectiva psicanalítica: o entrevistador buscará avaliar a motivação inconsciente, o
funcionamento psíquico e a organização da personalidade do entrevistado. São
avaliados: funções do ego, mecanismos de defesa, fenômenos transferenciais,
psicodinâmica, organização estrutural do sujeito;
- Deve estar associada a outros instrumentos de investigação
- Entrevista para fins de Avaliação Psicológica: um instrumento de avaliação, da mesma
forma que os testes ou as técnicas de observação. É também utilizada como um sistema
de interação no processo de avaliar/intervir e na busca de dados de diferentes fontes
para fins avaliativos.
CONCEITO IMPORTANTE: A entrevista psicológica é um conjunto de
técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um psicólogo treinado que
utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de
DESCREVER observações e diálogos E AVALIAR aspectos pessoais, relacionais e
sistêmicos em um processo que visa fazer recomendações, encaminhamento, propor
intervenção ou ainda responder a uma solicitação. (fins diagnóstico e fins de
encaminhamento)
Objetivos:
- Entrevista Diagnóstica: visa estabelecer um diagnóstico, bem como as indicações
terapêuticas.
- Entrevista de Encaminhamento: objetiva indicar uma conduta, um tratamento
adequado ao quadro diagnóstico do entrevistado.
Em linhas gerais, a entrevista psicológica trata-se de uma conversa dirigida ao
propósito específico de avaliação. Através da entrevista, busca-se informações acerca
do comportamento, valores, crenças e opiniões do entrevistado. Devem ser
investigados aspectos físicos e psíquicos do entrevistado, bem como fatores
situacionais (condicionantes históricos e sociais) que podem estar interferindo nas
manifestações atuais do sujeito. É o instrumento que pode ser utilizado no início, no
decorrer e no fim da avaliação psicológica.
Durante a primeira etapa da avaliação psicológica, pode ser realizada uma
entrevista de investigação inicial, em que se pretende observar as características do
avaliado e da demanda. No processo de levantamento de informações (segunda etapa),
podem ser realizadas outras entrevistas avaliativas, enquanto instrumento de
investigação. Durante a última etapa, temos a entrevista devolutiva, a partir da qual o
psicólogo pode abordar os resultados do processo de avaliação e respostas à solicitação
da avaliação. Pode refutar e/ou confirmar hipóteses, podendo abrir novas questões
não observadas nos encontros anteriores.
ITENS A SEREM OBSERVADOS NA ENTREVISTA PARA
AVALIAÇÃO DO ENTREVISTADO:
- Como é a chegada do sujeito (aspectos verbais, não verbais, explícitos, não
explícitos)
- Expressões corporais, vestimenta, atitude predominante
- Percepção do conflito, dos mecanismos de defesa e funções do Ego
- Momentos críticos do seu desenvolvimento físico e emocional
- Modificações nas características da relação/vínculo que estabelece com o
entrevistador entre a entrevista inicial e as seguintes -> indícios acerca das relações que
estabelece com outrem.
- Grau de interesse do paciente para conhecer a si mesmo
- Nível intelectual e variações de rendimento
- Afeto e comportamento do sujeito, tanto verbal como não-verbal
- Capacidade de sublimação do sujeito
A técnica de observação está presente em toda entrevista (técnica para
coleta e organização das informações)
SETTING – montagem do ambiente e das suas condições físicas e psicológicas, bem
como dos combinados estabelecidos junto ao entrevistado.
Ambiente físico: deve ser agradável e tranquilo, com temperatura, luminosidade e
silencia adequados. Privacidade e sigilo.
Tempo: depende do contexto de avaliação, dos seus propósitos e das características do
entrevistado (interesse, disponibilidade afetiva, nível intelectual/cognitivo) e das
escolhas do entrevistado (depende de fatores pessoais, competências técnicas,
referencial teórico). É delimitada no tempo (período é variado, mas fixado).
Entrevista inicial: tende a ser uma entrevista semidirigida, na qual o sujeito expõe suas
questões concernentes à demanda de avaliação (explicar motivos da solicitação),
começando por onde desejar, e inclui o que desejar. -> objetivo é compreender a
demanda, integrando informações, e começar a formular hipóteses, colhendo
informações e dados para início do planejamento das técnicas e procedimentos a serem
utilizados. Nas entrevistas subsequentes, obtém-se mais dados acerca do sujeito e da
demanda avaliativa, havendo a possibilidade de ressignificar hipóteses, desconstruir
impressões e criar novas perspectivas. Apresentar postura acolhedora e disponível para
estabelecimento de vínculo/aliança terapêutica para que o entrevistado deposite
confiança no entrevistador. Facilitar a livre expressão acerca dos motivos da avaliação.
Buscar explicações/esclarecimentos diante de colocações vagas/imprecisas/incompletas,
e de fugas das temáticas propostas.
Entrevista Devolutiva (devolutiva escrita e verbal): retoma os motivos da consulta e
a maneira como o processo de avaliação foi conduzido. A devolução deve iniciar com
aspectos menos comprometidos (forças e recursos), mais brandos e menos
mobilizadores de ansiedade. Deve ser utilizada linguagem clara, acessível e adequada
ao sujeito, ao seu nível intelectual e ao seu universo cultural, evitando termos de difícil
compreensão (de forma lúdica no caso de crianças). Deve-se iniciar pelo sintoma
diretamente ligado à queixa principal/motivo da demanda avaliativa e encerra-se com as
indicações terapêuticas.
Manifestações de resistência: Interrupções; Intelectualizações (tentativas de acesso às
vivências emocionais, porém sujeito se volta para teses e conceitos teóricos para
explicar e se evadir); Generalizações (respostas evasivas, genéricas); Manifestações de
afeto excessivo; Atraso às sessões ou faltas; Conduta sedutora; Acting-out.

TIPOS DE ENTREVISTA:
A escolha de qual tipo de entrevista depende do paciente (personalidade, estado mental
e emocional no momento, das suas capacidades cognitivas), do contexto institucional,
dos objetivos da entrevista e da personalidade do entrevistador.
ENTREVISTA DIRIGIDA, ESTRUTURADA, FECHADA:
- Há um propostido previamente fixado pelo entrevistador
- Há uma ordem predeterminada de questionamentos/perguntas
- Privilegia a objetividade, perguntas padronizadas e respostas fechadas.

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA, SEMI-DIRIGIDA, MISTA


- O entrevistado começa por onde preferir e inclui o que desejar
- O entrevistador faz intervenções pontuais, dando algum nível de direcionamento
- Há um roteiro pré-estabelecido (esboço de perguntas prontas), mas o entrevistador
não se restringe a ele, podendo conduzir a entrevista com a integração de outras
perguntas.

ENTREVISTA ABERTA, NÃO ESTRUTURADA, LIVRE


- Mínimo nível de direcionamento, entrevistado pouco pergunta ou intervém
- Não há um roteiro pré-estabelecido
- Busca uma visão ampla da personalidade, deixando o entrevistado falar livre e
abertamente

TESTAGEM PSICOLÓGICA
O teste psicológico tem por objetivo identificar, descrever, qualificar e mensurar
características psicológicas, por meio de procedimentos sistemáticos de observação
e descrição do comportamento humano, nas suas diversas formas de expressão.
Os testes psicológicos abarcam também os seguintes instrumentos: escalas, inventários,
questionários e métodos projetivos/expressivos, para fins de padronização desta
Resolução e do SATEPSI. Devem possuir consistência/fundamentação técnico-
científica.
- Consultar a lista da SATEPSI (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos) com os
testes com parecer favorável e apto para uso. Não significa que o teste possa ser usado
em qualquer contexto, com qualquer público-alvo ou para qualquer propósito. Buscar
estudos que foram feitos com o instrumento. O teste deve ser capaz de mensurar o que o
examinador se propõe a examinar.
- Consultar o Manual do Teste para obter informações adicionais acerca do construto
psicológico que ele pretende medir, bem como sobre os contextos e propósitos para os
quais sua utilização se mostra apropriada. Se irá atender a demanda avaliativa.
Deve ser respeitado as regras e os procedimentos (de aplicação, de utilização do
material e de interpretação) indicados pelo Manual, de forma a garantir a cientificidade
e qualidade técnica do processo de avaliação. Verificar a existência de dificuldades
físicas e/ou psíquicas.
Os instrumentos mais simples e que mobilizam menos ansiedade devem ser
aplicados primeiro!
- Exame do Estado Mental: abarca algumas categorias do funcionamento mental/
funções psíquicas: aparência, consciência e orientação, atitude diante do examinador,
processos de pensamento, humor e afeto, funcionamento intelectual.
- Anamnese: histórico dos sinais e sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua
vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social.
Respeitar o sigilo profissional, a fim de proteger a intimidade dos envolvidos.
Informações devem ser dadas somente ao avaliado e ao solicitante da avaliação. Neste
segundo caso, o somente as informações referentes aos objetivos avaliativos devem ser
fornecidas.
VALIDADE : Refere-se àquilo que um teste mede e a quão bem ele faz isso -> O
TESTE DEVE MEDIR AQUILO QUE SE PROPOE A MEDIR.
FIDEDIGNIDADE ou PRECISÃO: Trata-se do quanto o score do teste se aproxima do
score real de um determinado traço/característica
PADRONIZAÇÃO: uniformidade em todos os procedimentos relativos a um teste
válido e preciso, utilizados na avaliação
CLASSIFICAÇÃO DOS TESTES (quanto aos atributos):

 Teste de Aptidão: Mede potencialidades para aprender ou realizar determinada


tarefa
 Teste de Personalidade: Mede traços de personalidade do sujeito avaliado
 Teste Psicomotor: Avalia as condições psicomotoras
 Teste de habilidades: Avaliar habilidades sociais, cognitivas, profissionais

Testes Psicológicos (classificação mais importante): divididos em:


Psicométricos: Utilizam procedimentos estatísticos e escolha forçada de respostas. As
variáveis são analisadas separadamente, atribuindo-se uma pontuação/score conforme
manual. A medida é quantitativa.
Projetivos: Testes que envolvem a subjetividade e revelam aspectos ocultos da
personalidade. A medida é qualitativa.
Exemplos: Rorschach, Apercepção Temática (TAT), Zulliger, Pirâmides coloridas de
Pfister.

TESTES PSICOLÓGICOS
ESCALAS DE BECK: estão com parecer desfavorável da SATEPSI desde 2018.
 Escala de Depressão de Beck: utilizado para medida da intensidade da
depressão
 Inventário de Ansiedade de Beck: Instrumento de autoavaliação de uma série
de afirmações por meio das quais o indivíduo é solicitado a marcar aquelas com
que concorda
 Escala de Desesperança de Beck: mede a dimensão do pessimismo e das
atitudes negativas frente ao futuro.
 Escala de Ideação Suicida: mede a gravidade dos desejos, atitudes e planos
suicidas

INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK (BDI II) - PARECER FAVORÁVEL


Instrumento de autoaplicação composto por 21 itens, cujo objetivo é medir a
intensidade da depressão. Idade: a partir dos 10 anos até 75 anos. Aplicação: pode
ser individual ou coletivo.
TESTE GESTÁLTICO DE BENDER
Objetiva avaliar a maturação percepto-motora (desenvolvimento perceptivo e motor),
por meio da análise da distorção de forma. Idade: crianças entre 6 e 10 anos. Consiste
na imitação/reprodução de desenhos. Teste de inteligência.
TESTE DAS PIRAMIDES COLORIDAS DE PFISTER (TCP)
Teste que avalia características da personalidade (Teste de personalidade –
qualitativo). Método expressivo que avalia aspectos cognitivos e emocionais da
personalidade. Auxiliam na obtenção de informações acerca dos recursos e mecanismos
de defesa que o sujeito lança mão para processo de elaboração de situações de vida
relacionados à VIDA EMOCIONAL. Idade: 18 a 66 anos. Aplicação: Individual
MATRIZES PROGRESSIVAS AVANÇADAS DE RAVEN (TESTE DE RAVEN)
Teste psicométrico - Teste de inteligência: objetiva avaliar raciocínio e capacidade de
resolução de problemas. Sistematização do pensamento. Idade: 18 a 63 anos. Aplicação:
Individual e coletivo. Consiste na interpretação de figuras abstratas e estabelecer
relações entre variáveis.
WASI – ESCALA DE INTELIGÊNCIA WECHSLER ABREVIADA
Teste psicométrico – Teste de inteligência (breve): objetiva mensurar a inteligência
em diferentes dimensões (memória, lógica, verbal). Fornece informações sobre os QIs
Total, de Execução e Verbal a partir de quatro subtestes (Vocabulário, Cubos,
Semelhanças e Raciocínio Matricial), em um curto espaço de tempo. Idade: 6 a 89 anos.
Aplicação: Individual.
WISC-IV - ESCALAS WECHSLER DE INTELIGÊNCIA PARA CRIANÇAS
Avaliar a capacidade intelectual da criança e o processo de resolução de problemas.
Idade: 6 anos e 16 anos. 15 subtestes – 10 principais e 5 suplementares.
HTP – CASA, ÁRVORE PESSOA
Teste de personalidade, técnica projetiva de desenho. Idade: a partir de 8 anos.
Aplicação: Individual. Visa avaliar aspectos da personalidade do sujeito. Estimula a
projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação
terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação. O
sujeito faz desenhos referentes às solicitações do aplicador e, após findada a realização,
responde um inquérito relativo às associações do sujeito acerca dos aspectos presentes
em cada desenho. Características e funcionamento da personalidade, a sua forma de se
relacionar com as pessoas e ambiente, bem como dinâmicas conflitivas.
TESTE DE RORSCHACH
Teste de personalidade, técnica projetiva. Avaliação da dinâmica e da estrutura da
personalidade, buscando identificar o padrão de resposta do sujeito diante de problemas
visuais, cognitivos e perceptuais. Apresentação de 10 pranchas contendo desenhos
abstratos e o sujeito deve descrever o que está vendo em cada uma das pranchas. Idade:
17 e 69 anos.
BPR-5 – BATERIA DE PROVAS DE RACIOCÍNIO
Teste utilizado para avaliar o raciocínio dos estudantes do ensino fundamental e médio.
Oferece estimativas acerca do funcionamento cognitivo geral e de cinco áreas: memória,
raciocínio verbal, raciocínio numérico, raciocínio abstrato, raciocínio mecanismo,
raciocínio espacial. Auxilia os psicólogos a tomarem decisões sustentadas na
avaliação das aptidões e raciocínio geral, tais como: avaliação das dificuldades de
aprendizagem e seleção de pessoal. Aplicação: individual e coletivo.
TESTE DE ATENÇÃO DIVIDIDA (TEAD) E TESTE DE ATENÇÃO
ALTERNADA (TEALT)
Teste utilizado para avaliar a atenção, dividida e alternada. Idade: 18 a 72 anos.
Aplicação: Individual ou coletiva.
BFP – BATERIA FATORIAL DE PERSONALIDADE
Teste de personalidade baseado no modelo dos cinco fatores (Extroversão,
Neuroticismo, Socialização, Realização, Abertura). Idade: 10 a 75 anos.
Z-TESTE COLETIVO E INDIVIDUAL – TÉCNICA DE ZULLIGER
Teste de personalidade, técnica projetiva que pretende avaliar aspectos da
personalidade, dentre os quais, podemos citar: capacidade de desempenho, objetividade,
ansiedade, depressão, controle geral e emocional, funcionamento do pensamento lógico,
integração humana e outros aspectos da personalidade. Consta de 3 manchas de tinta
abstratas, sem contorno, cujo objetivo geral é avaliar aspectos da personalidade do
indivíduo, com a vantagem de permitir aplicações e avaliações mais rápidas e em maior
número de pessoas. Aplicação: Individual ou coletivo. Idade: 16 a 78.
TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA (TAT)
Teste de personalidade, técnica projetiva consiste em apresentar uma série de pranchas,
selecionadas pelo examinador, ao sujeito e este deverá contar uma história sobre cada
uma das pranchas. Idade: 14 a 40 anos. Aplicação: individual
TESTE PALOGRÁFICO DE AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
Teste de personalidade – avaliar traços de personalidade, através do comportamento
expresso. Idade: 16 a 60 anos. Aplicação: individual ou coletiva, fácil e rápida. A
correção é realizada pela avaliação quantitativa e qualitativa, com base nos traços
realizados.
Sabemos que o TAT não é simplesmente um instrumento psicométrico, mas um método
multidimensional de avaliação' da personalidade, discriminando necessidades,
motivações, valores e atitudes.

No caso das crianças: utilização de técnicas lúdicas que alternem com as técnicas
verbais.
O psicodiagnóstico não esgota o conhecimento de um individuo/casal/família, mas é
possível desvendar o motivo que provoca o sintoma que dá origem à consulta.
Nem sempre a avaliação psicológica é capaz de apontar aspectos conclusivos em sua
análise  poderá ofertar indícios de um determinado fato, mas não a confirmação do
fato em si. Avaliação tem limitações, não oferece respostas totalmente garantidas,
aspectos conclusivos.

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