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AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA E
DIAGNÓSTICO
Prof: Ms. Ana Carolina P. Soares
NORMAL É “ TODO AQUELE QUE NÃO
FOI DEVIDAMENTE EXAMINADO.”
(ANÔNIMO)
“A comunicação profissional–paciente é
praticamente a única ferramenta para a
propedêutica e o diagnóstico psiquiátricos, o
que faz dela o centro dessa discussão.”
AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
Avaliação estruturada de sinais e sintomas, que permite a
geração de hipóteses diagnósticas ou diagnósticos
específicos.
Realizado por profissionais da área de saúde mental.
Observação, entrevistas, relato de terceiros, escalas de
avaliação, testes psicológicos e neuropsicológicos.
Entrevistas: ANAMNESE
EXAME DO ESTADO MENTAL
UTILIZAÇÃO DO MEEM
PROCESSO DE AVALIAÇÃO- ANAMNESE
LOCAL E CONDIÇÕES
Garantir segurança e privacidade ;
Sempre tentar entrevistar o paciente a sós ;
Não fazer anotações prolongadas durante a entrevista.
ENTREVISTADOR
Conhecimento teórico “Ser mais que um ouvido compreensivo”
Fazer aliança com o paciente
Contato visual
Escuta empática
Respeitar momentos de choro e silêncio
Evitar julgar o paciente e induzir respostas
Pode ser necessário perguntar diversas vezes a mesma coisa
Resumir periodicamente o que entendeu
O diagnóstico não deve ser uma preocupação fundamental na primeira entrevista
Identificar o “tipo” de paciente para direcionar o tipo de pergunta
COMPONENTES DA ANAMNESE
Identificação
Queixa principal
Motivo do encaminhamento
História da doença atual : Início e evolução
Revisão sintomatológica
Antecedentes médicos
História psiquiátrica pregressa
Tentativas de suicídio
Padrão de relacionamento interpessoal
Personalidade pré-mórbida
Antecedentes familiares
Hábitos e estilo de vida
História de vida Diferenciada por etapas • DNPM • Relação com a família •
Acontecimentos relevantes • História conjugal • Impacto da doença na vida • Rede
de apoio social
POSTURA DO/A ENTREVISTADOR/A
EVITAR:
postura rígida e estereotipada;
julgamentos de valor;
reações de compaixão;
A entrevista:
Formação técnica
Destreza para detecção de alterações psicopatológicas
Capacidade de estabelecer uma boa relação
Capacidade de expressão da queixa
Percepção do psiquiatra a partir da anamnese subjetiva
Necessidade de mais entrevistas?
Necessidade de fontes externas?
Efeito halo (influência da 1ª impressão)
Contato visual
Escuta empática
Respeitar momentos de choro e silêncio
Evitar julgar o paciente e induzir respostas
Pode ser necessário perguntar diversas vezes a mesma coisa
Resumir periodicamente o que entendeu
O diagnóstico não deve ser uma preocupação fundamental na
primeira entrevista
Identificar o “tipo” de paciente para direcionar o tipo de
pergunta
A IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO
PSIQUIÁTRICO
Os sistemas classificatórios de
diagnóstico atuais e oficiais em
Psiquiatria são a CID-10 e o DSM-
V
“Quem não sabe o que procura, não sabe
interpretar o que acha” Claude-Bernard,
fisiologista.
BIBLIOGRAFIA
DALGALARRONDO, P. Piscopatologia e
Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto
Alegre, ArtMed Editora, 2000. cap. 8, pág 50-60
HIPERVIGILÂNCIA
ESTADO VIGIL
SONOLÊNCIA (TORPOR)
OBNUBILAÇÃO (TURVAÇÃO)
ESTUPOR
COMA
Delirium
Distúrbios:
Apatia – falta de interesse.
Amnésico – alterações da memória
Confusional – turvação da consciência
Delirante – juízo patológico da realidade
Oligofrênica- Rebaixamento intelectual
SOBRE A ORIENTAÇÃO AUTOPSÍQUICA
Pode-se dizer que o paciente está bem orientado quanto a noção do eu,
quando fornece ele próprio dados de sua identificação pessoal, revelando
saber quem é, como se chama, que idade tem, qual sua nacionalidade,
profissão, estado civil, etc.
Amplitude
Focal- concentra-se sobre um campo delimitado
da consciência
Dispersa
AVALIAÇÃO:
5. DISTRATIBILIDADE
Atenção inconstante, é um estado patológico
caracterizado pela incapacidade de se deter em
algo, ex.:TDAH).
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)
F90 (Transtornos hipercinéticos)
Suas relações com os adultos são freqüentemente marcadas por uma ausência de
inibição social, com falta de cautela e reserva normais (IMPULSIVIDADE).
4. Alucinação
(latim= alucinare: privado da razão, enlouquecido). É a
percepção sem a presença do objeto. Podem ser visuais,
auditivas, táteis, olfativas, somáticas ou cenestésicas (sentir
o fígado apodrecido), cinestésicas ou motoras (falsa
percepção de movimento).
CARACTERÍSTICAS DAS ALUCINAÇÕES
Projeção exterior – a vivência da alucinação é no espaço exterior, o
sujeito localiza, projeta. Toda a alucinação tem projeção para o espaço
exterior.
https://www.youtube.com/watch?v=S3JVm8sUVp8
MEMÓRIA
MEMÓRIA
É a capacidade de registrar, manter e
evocar as experiências e os fatos já
ocorridos. A capacidade de memorizar
relaciona-se intimamente com o nível de CS,
com a atenção e com o interesse afetivo.
Está intimamente relacionada com a
aprendizagem, pois tudo o que uma pessoa
aprende em sua vida depende intimamente
da capacidade de memorização.
São fixados na memória fatos ou situações que
quando ocorreram provocaram emoções associadas:
prazer, medo, etc, ou que foram significativas para a
pessoa. Ao ser evocada, a lembrança pode trazer a
emoção a ela associada.
a-pela extensão:
-parciais: esquecimento de um nome, um local, uma língua;
-total: perda total das lembranças;
b-pelo mecanismo:
-de fixação: por falta de reações lógicas, referenciais
cronológicos e memorização;
-de evocação ou psicógena: por inibição emocional da
evocação;
-conservação: por extinção definitiva das lembranças
antigas demais;
c-paramnésias:
-déjà vu: sensação de familiaridade com uma
percepção efetivamente nova.
disforia: mau-humor
humor deprimido
irritabilidade: hiper-reatividade
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
PROCESSO VOLITIVO
1. Intenção ou propósito
2. Deliberação ou ponderação
3. Decisão propriamente dita
4. Execução ou atos psicomotores
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA VONTADE
• Hipobulia / Abulia
CONCEITO
Formado através das representações. Elemento
puramente cognitivo, exclui a sensorialidade.
JUÍZO
Relações entre os conceitos (Ex: cadeira + utilidade=
“A cadeira é útil”)
RACIOCÍNIO
Relação entre os juízos.
O curso caracteriza-se pela quantidade de idéias que vêm
ao pensamento, podendo ser de abundante a escassa; e
pela velocidade com que as idéias passam pelo
pensamento, de modo que o curso pode ser rápido,
lentificado ou estar completamente bloqueado.
1. Desagregação do pensamento:
Ocorre uma quebra dos laços associativos. O pensamento se mostra
despedaçado e desagregado, perdendo assim toda a coerência lógica
(“Não fala coisa com coisa”).
2. Prolixidade :
Caracteriza-se como um discurso cheio de detalhes irrelevantes.
Decorre de uma incapacidade de sintetizar o discurso. É típica da
epilepsia e da debilidade mental.
3. Fuga de idéias:
Caracteriza-se pela variação rápida e incessante de tema, com
preservação da coerência do relato e da lógica na associação de idéias.
A tendência dominante do pensamento está enfraquecida e,
consequentemente acontece um afastamento da idéia-alvo.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DO PENSAMENTO
4. Perseveração :
É uma recorrência exagerada e inadequada no discurso de
um mesmo tema. Ocorre uma fixação persistente numa
única idéia-alvo e um empobrecimento dos processos
associativos.
5. Minuciosidade:
Caracteriza-se por um discurso com um numero exagerado
de detalhes relevantes. Estes detalhes são introduzidos
para enriquecer a comunicação e, ansiosamente para evitar
possíveis omissões
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DO PENSAMENTO
Alterações:
Falar coisas inapropriadas; ser inconveniente; gastar mais do que pode; não
medir conseqüências; não se dar conta da gravidade da doença; não reconhecer
limitações.
1. Persecutórios
2. Depreciativos
3. Religiosos
4. Sexuais
5. De poder, riqueza, prestígio ou grandeza
6. De ruína ou culpa
7. Conteúdos hipocondríacos
DIMENSÕES DO DELÍRIO (INDICATIVOS DE GRAVIDADE)
Definição de Linguagem
• Emissor: é o remetente
• Receptor: é o destinatário da mensagem, para
quem a mensagem foi enviada
• Mensagem: o que é transmitido, o conteúdo.
• Código: meio através do qual a mensagem é
transmitida: fala, escrita, gestos, imagens.
• Canal: meio pelo qual a mensagem pode
circular: jornal, revista, TV, rádio, e o próprio ar.
• Contexto: é a situação na qual emissor e
receptor estão inseridos.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DA LINGUAGEM
AFASIAS:
São distúrbios de linguagem causados por lesão das áreas corticais de associação
responsáveis pelo processamento lingüístico.