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Psicopatologia I
24.09.19
Observações iniciais:
 As cadeiras (Psicopatologia I e II) apresentam funcionamento independente.
 Introdução à psicopatologia.
 DSM - “bíblia” dos psicólogos/psiquiatras: pode ser facilmente encontrado facilmente
na Internet.
 Avaliação da cadeira:
o 1ªavaliação - teórica (7, 5 valores): escolha múltipla, verdadeiro/falso e
resposta rápida. 80% é sobre exame mental
o 2ª avaliação: 12,5 valores - última aula do semestre
 5 valores - avaliação teórica
 7.5 valores – casos clínicos/práticos
 Dica: atenção aos casos práticos que apareçam nas práticas.
 Fotografar casos práticos é proibido
O que é Psicopatologia?
 Há uma grande dificuldade de estabelecer o que é normal e patológico. Logo, nenhum
critério é 100% eficaz.
 Psicopatologia = estudo das doenças da alma
 Estudo dos sintomas (atitude, cognição, vivências emocionais....)
 POC – TOC = pensamentos sistemáticos (obsessões) acerca de determinados
assuntos. Há uma tendência de lidar com isso por meio das compulsões;
 Todas as perturbações obedecem à uma lógica - produto de uma perturbação mental.
o Cognição, Emoção e Pensamento (ABC)
 O desafio é deixar os juízos de fora, não realizar julgamentos.
 Experiência subjetiva é importante nesta cadeira – ler a experiência do indivíduo.
Psicopatologia explicativa: motivos, o que explica porque determinadas pessoas têm
determinada condição psiquiátrica, modelos de compreensão, fatores de predisposição.
Psicopatologia descritiva: descrição rigorosa e o mais objetiva do fenômeno psíquico.
 Importância da linguagem.
 Foco da cadeira.
Normalidade: a problemática do conceito de normalidade e de doença em Psiquiatria
 Os seres humanos são muito parecidos, portanto, há uma diferença muito pequena
entre indivíduos saudáveis e os doentes. O que varia é o grau.
 O contexto e o grau são distintos. Os sintomas são os mesmos.
 Estímulos imaginários e reais resultam na ativação cerebral. Uma situação de perigo
falsa pode engatilhar mesmos sintomas que uma real situação.
 Logo, o que distingue a situação, o grau/intensidade distinguem o normal de
patológico. Tudo é uma construção social.
Perturbação patológica: 4 critérios que precisam estar presentes simultaneamente para
considerar uma situação patológica
1. Quebra e alteração do funcionamento prévio do indivíduo.
o Diferença significativa entre comportamento
o Não há verdades. Esses limites são arbitrários.
o Onde colocar as fronteiras? Todas elas são artificiais.
o Não há preto e branco.
o Não é possível utilizar critérios de presente/ausente. Utiliza-se a intensidade.
o Fenômeno dimensional.
2. Grau de sofrimento significativo, acentuado.
o Perturbação gera sofrimento e o segundo mantem a perturbação.
o O sofrimento é inevitável e inerente, o que constitui um obstáculo. Nem tudo o
que causa sofrimento é patológico.
o Mesmo não havendo perturbação pode haver sofrimento. A forma como
lidamos com o sofrimento podem aumentá-lo. Psicólogo tem papel
fundamental nessas situações.
 Processos de regulação adaptativos.
3. Limitação, interferência clinicamente significativa no funcionamento do indivíduo.
o O mais fácil de perceber.
o Ultrapassa a escolha, deixa de ser liberdade.
o Decisão x padrão psicopatológico.
4. Resposta socialmente não esperada.
o Resposta atípica.
o Determinadas patologias apresentar critérios de temporalidade.
 Ex.: Luto – quando o luto é dura anos.

 A avaliação é extremamente importante. Dá pistas para a intervenção; O rótulo é o


que menos importa.
 Há casos em que os pacientes querem ajuda, mas apresentam dificuldade para abordar
a questão central que os levou lá. Ex.: comportamentos aditivos e bulimia nervosa.
 Contexto clínico: importância enorme na intervenção e avaliação.
 A tarefa do psicólogo é fazer o paciente a beber um copo de água; para o paciente o
copo contém veneno - relação terapêutica.
 Veneno = patologia
 A relação terapêutica é o ingrediente principal que garante o sucesso do tratamento. A
confiança é indispensável.
 Aceitação genuína do outro – compreensão do que o paciente está vivenciando.
Aquilo que estamos vivendo e somos hoje apresenta uma relação direta com a
bagagem que carregamos.
o Capacidade de ser compassivo: identificar o sofrimento e ter coragem para
reduzir e prevenir o sofrimento do outro. Não é ser bonzinho.
o Mãe crítica: julgamento x mão compassiva
 Em psicoterapia não há certo ou errado; o que está em jogo é a eficácia.
 O cérebro está programado para evitar ou fugir de situações desagradáveis - a curto
prazo causa um alívio, entretanto, há médio/longo prazo o evitamento do sofrimento
causa mais dor do que o sofrimento em questão.
 É automático julgar. O nosso cérebro está programado pra julgar.
 Lógica da compaixão: a maior parte daquilo que somos é resultado das experiências
que vivemos (experiências determinantes) Não temos nenhum controle nenhum sobre
a maior parte dos acontecimentos significativos. Determina a forma como nos
comportamos.
 Caso da “Inês”.
 Como treinar a aceitação genuína do outro?
o Identificar todas as vezes que estamos avaliando. A mente é julgadora – tarefa
desta semana.

15.09.19
Exame mental
 Descrição dos fatos.
 Exame mental - observação e descrição objetiva do comportamento
 Alterações orgânicas, que podem apresentar causas variadas. Não são
necessariamente alterações psicológicas.
 Todas as alterações precisam indicar a presença de uma perturbação psiquiátrica.
 No conjunto: os sintomas indicam se é um caso da psiquiatria ou da neurologia.
 Ferramenta para estudar posteriormente.
 Um dos componentes chave da avaliação psquiátrica.
 Evidenciar sinais e sintomas de doenças.
 Avaliação objetiva que só pode ser lida de forma global. Os sintomas não podem ser
avaliados separadamente. A combinação e a leitura integrada podem dar pistas para
um diagnóstico.
 Exame mental: apresenta 11 áreas. A ordem pode variar.
o Apresentação do doente.
o Motricidade e linguagem.
o Contato – forma como indivíduo se relaciona com o profissional,
o Consciência e atenção - atenção neste ponto.
o Humor, afetividade e ansiedade.
o Pensamento.
o Percepção.
o Alterações da estrutura do EU.
o Memória.
o Inteligência.
o Funções biológicas vitais.

 Apresentação do doente:
o Como vem? Sozinho? Acompanhado?
o Estado do paciente: aparência, higiêne...
o Como se apresenta? Adequada a idade, contexto...
o Iniciativa própria ou imposição:
 Patologia psicótica: forçado - alcoólatras, anoréxicos...; não
reconhecem a gravidade da sua condição.
▫ Não apresenta crítica do seu estado – doente não faz ideia do
porquê está lá.
 Patologia neurótica - insight; o doente reconhece que o comportamento
que apresenta é problemático e que suas consequências são negativas.
o Aparência: conformidade com o que é esperado – idade, higiene, contexto,
temperatura...
o Postura - constituição física do doente, se pertinente.
o Ex. Paciente com 70 anos com perfume intenso; apresentação extravagante
que não condizia com sua idade ou com sua situação socioeconômica;
comportamento sedutor em relação ao terapeuta – caso maníaco.
o A apresentação pode dar dicas.
o Em psicopatologia não há uma linearidade.
o O diagnóstico começa quando se busca a pessoa na sala de espera.

 Motricidade e linguagem
o É a atitude e movimento do humor ativo.
o Escala: olhar slides
 Acinesia (sem movimento algum) - hiperatividade
o Motricidade = movimento, nível de atividade do indivíduo.
o Inquietação: preocupação
o Agitação: mais intensa que a inquietação, com maior duração.
o Obs.: os doentes geralmente apresentam um nível de agitação no início da
consulta, que tende a abaixar com o decorrer da sessão.
o Hiperatividade: energia descontrolada, descontrole completo.
 Geralmente as atividades são iniciadas e não terminadas.

o Alterações motoras e de linguagem - neurológicas (ambas)


 Apraxia: o movimento não corresponde à intenção.
▫ Alterações neurológicas.
 Tremores:
▫ Tremor estático: surge quando o indivíduo está relaxado. Tende
a desaparecer quando o doente se coloca em movimento.
o Parkinson, alcoolismo, síndromes de privação, pessoas
idosas, personalidades ansiosas.
▫ Tremores posturais e de ação: Presentes em determinadas
posturas corporais.
▫ Tremores intencionais: aparece quando o indivíduo tenta
realizar determinado movimento. Um dos sinais de esclerose
múltipla.
 Reflexo de apertar: o doente aperta automaticamente tudo aquilo que
está na sua mão. Todos apresentam lesões cerebrais orgânicas que
podem ser identificadas;
 Reações magnéticas: a mão do doente segue o objeto como se fosse um
imã.
o Alterações motoras compreensíveis psicologicamente

 Tiques: contrações breves e involuntárias. Ocorrem mais comumente


nos músculos da face. O doente pode controlá-los por alguns segundos.
Podem aparecer em indivíduos sem nenhum quadro clínico.

 Compulsões - movimento voluntário. O doente não gosta do


comportamento e parece ser um ato involuntário. Com a psicoterapia é
possível fazer com que o doente deixe as compulsões, mas não os
tiques. Pensamentos obsessivos de caráter irracional.
▫ “Não sou capaz de resistir” - para resistir é preciso que o doente
aguente a ansiedade subjacente.
▫ Pensamentos intrusivos - desagradáveis, dolorosos.
▫ As compulsões não estão necessariamente diretamente
associadas com a temática da obsessão.
▫ Compulsões x rituais saudáveis: as compulsões patológicas
consomem horas. Ritual saudável - checar chaves várias vezes
antes de sair de casa.
▫ Ocorre contra a vontade do indivíduo, mas é voluntária.
▫ Tem como objetivo a diminuição da ansiedade.
▫ Egodistônica - “eu faço isso porque minha cabeça não funciona
bem e me manda”.

o Alterações motoras compreensíveis psicologicamente


 Manuseamento: individuo manipula tudo aquilo que alcança.
 Maneirismo: execução de gestos, posturas fora do normal.
▫ Bizarro, exagerado.
▫ Podem ocorrer em indivíduos sem perturbações.
▫ Perturbações da personalidade e esquizofrênicos.
 Preservação: pessoa continua a executar ação mesmo depois de ter
concluído seu objetivo.
▫ Repetição de palavras ou frases fragmentadas.
▫ Ansiedade, esquizofrenia
 Disartria
 Disfasia: doente reconhece objetos, mas não consegue nomeá-lo.
 Afasia: alterações na fala.
▫ Sensorial: Wernickle
▫ Motora: Broca
 Ecopraxia: imitação de ações simples de forma involuntária.
 Ecolalia: ecopraxia – fala. Repete aquilo que escutou.
 Logocolonia:
 Palilália:
 Coprolália: dizer obscenidades de forma compulsiva e explosiva.
 Neologismo: palavras inventadas.
▫ Esquizofrenia, mania.

 Contato:
o Que tipo de contato o doente estabelece com o clínico?
o É possível alterar o estado emocional pela postura – os grupos musculares
apresentam ligações que implicam alterações de humor.
o Rir mesmo sem vontade – maior disposição: comprovação empírica.
 Pediu-se aos participantes que colocassem uma caneta na boca –
músculos faciais responsáveis pelo sorriso ou por expressão
cabisbaixa. Houve uma diferença significativa entre as respostas dos
dois grupos.

 Consciência e atenção:
o A interpretação dos sintomas pode variar conforme o nível de consciência do
doente.
o Estado de consciência claro: consciência de si e do ambiente que a cerca, o
que faz....
o Consciência do ambiente - orientação alopsiqúica: tempo, espaço...
o Consciência do eu - orientação autospiquíca: informações acerca do
paciente, marcos históricos do eu.
o Nível de atenção: a pessoa é capaz de ter uma atenção clara.
 O doente consegue prestar atenção e responder adequadamente aquilo
que foi perguntado.
o Alterações do estado de consciência: normalmente apontam para quadros
orgânicos (ex.: intoxicações por drogas/químicos, lesões, doenças metabólicas,
reações psíquicas anormais...). Podem ser transitórios ou permanentes.
o Há alterações da consciência que são consideradas normais: sono,
o Hipnose, epilepsia, coma, desmaios.
o Para que haja um diagnóstico, é preciso que haja a clareza da consciência.
 O paciente pode ter a consciência alterada por febre, drogas...
 Quem é, onde está, capaz de responder as questões perguntadas;
o Atenção:
 Ativa: Foco em determinado acontecimento. Há um esforço do
indivíduo. Diminui quando há altos níveis de cansaço e ansiedade.
 Passiva: Sem esforço, houve algo que roubou a atenção do indivíduo.
Pode ser um acontecimento externo ou interno.
▫ Ex.: quando estamos preocupados com algo.
▫ Piloto automático.
 Quando uma aumenta, a outra diminui. São inversamente
proporcionais.
 Problemas de memória: problemas de atenção.
▫ Ansiedade, depressão.
 A atenção é extremamente vulnerável.

22.10.19
Caso prático: 05 de novembro
Ficha semelhante a que irá ser cobrada na avaliação.
Pode trazer o material de apoio.
Continuação: exame mental
 Toda a psicopatologia tem alteração na afetividade, humor e ansiedade.
 Humor reativo/endógeno: tonalidade do humor
o Reação aos acontecimentos de determinada forma.
o Reativo: reação a determinado acontecimento; pode ser um acontecimento
banal. Depende da forma como o interpretamos.
o Endógeno: não há nenhum tipo de associação com nenhum acontecimento
prévio. Parece interno do indivíduo.
o Todos apresentam alterações de humor. As alterações diárias são ditas leves.
o Por que nos lembramos mais dos estados negativos?
 Funcionamento normal: a mente fixa e sofre os acontecimentos
negativos.
 Tudo o que é negativo atrai a nossa atenção e nos faz funcionar.
 Função adaptativa – a evolução humana foi assim.
 Desagradável = ameaça.
 A mente ativa os mesmos mecanismos tanto para a ameaças externas,
tanto para os internos.
 Os internos não existem de fato e são interpretação dos fatos
individual.
o Não é preciso ter perturbações psicológicas para experimentar os picos.
o Quando há humor adequado para aquela situação: humor sintônico.
 Ex.: choro quando ocorre uma situação triste.
o Humor varia entre dois polos:
 Tristeza: humor depressivo – ex: metáfora do encurralamento
 Perda da esperança.
 Depressão - falta de energia: o indivíduo acredita que não vale
a pena lutar;
 Euforia - elação de humor: grandiosidade, “sou capaz de tudo”,
felicidade intensa.
 Pensamento acelerado
Humor, afetividade e ansiedade:
 Humor: depressivo, elevado/eufórico e elacção, eutímico (normal - não é estático. Há
alterações, variações de tonalidade, contudo, as variações não são perceptíveis),
disfórico (irritabilidade – ansiedade, medo, ameaça).
o Lábil: variações rápidas - mudanças de humor bruscas.
 Labilidade: não é possível associar ao fator desencadeador.
o Humor delirante: paranoico - Roberta
 Muito frequente na esquizofrenia

Humor depressivo: reação normal à frustração crónica de desapontamento


 Metáfora: zebra
 O cérebro humano leva em consideração o passado e elabora cenários futuros.
 Na maior parte do tempo não sofremos com o presente – sofrimento por antecipação.
 O sofrimento humano sofre por cenários hipotéticos que não aconteceram e muitas
vezes nunca vão chegar a acontecer.
 Temperamento – inato: a forma como lido com o meu temperamento, a forma como
eu reajo as minhas emoções.
Ansiedade:
 Estado intenso bem desagradável.
 A percepção de ameaça é sempre um precedente da ameaça.
 Estado de alerta do organismo que obriga o indivíduo a reagir.
 Resposta complexa: envolve alterações em diferentes níveis.
o Alterações cognitivas (pensamentos), afetivas, fisiológicas, comportamentais e
motivacionais (motores).
 Ativação que conduz à uma resposta defensiva.
 Função adaptativa.
 A ansiedade promove uma resposta automática - não há tempo de pensar.
 As respostas motoras podem ser: fuga, luta ou congelamento. Geralmente elas são
automáticas e não as escolhemos. Comuns aos homens e aos animais.
 A percepção de recursos influencia: o que é mais efetivo para a minha defesa?
 Níveis de resposta: fisiológico/vegetativo, motor/comportamental, cognitivo.
o Vegetativo: manifestação orgânica - ex.: batimentos cardíacos.
o Motor: comportamental – fuga, luta ou congelamento.
o Cognitivo: padrão de pensamentos – geralmente é caracterizado pela
preocupação e pelo medo.
 A ansiedade pode ser desencadeada por coisas muito primárias que não percebemos.
 Uma das principais respostas, responsável pela sobrevivência do homem até hoje.
o Essencial para o cotidiano. Muitas respostas/funções são ativadas pela
ansiedade.
 Ansiedade x Desempenho = quando a ansiedade é extremamente alta prejudica o
desempenho - patológica. Em níveis normais ela potencializa o desempenho.
 Todos nos sentimos ansiosos.
 Situações sociais – julgamento, medo de falhar: incomoda que o outro tenha uma
percepção negativa de nós. Os humanos são inatamente sociais; logo, o outro precisa
ter uma percepção positiva de mim para eu ser escolhido. Se eu não for escolhido eu
me sinto sozinho.
 Isso não significa que devemos condicionar o nosso comportamento ao que os outros
pensam.
 A percepção do outro apresenta um impacto em nós.
 Pessoas com ansiedade social buscam um comportamento que não irá ser criticado,
contudo, isso não existe. Não há como escapar do julgamento.
 História do velho, do menino e do burro.
 Enviesamento da interpretação do perigo – casos clínicos
 Probabilidade x Possibilidade = a possibilidade existe; em psicopatologia tratamos de
probabilidade.
o A possibilidade sempre existe – ex: existe a possibilidade de o teto cair, mas a
probabilidade é baixa.
Pensamento:
 Pensamento normal – atinge um objetivo por determinado caminho.
Existem múltiplas alterações de pensamentos:
 Curso: como os cursos do pensamento se desenvolvem?
o Taquipsiquia – taqui = rápido
o Bradipsquia – lento
o Fuga de ideias
o Inibição
o Bloqueio
Quais são características da taqui e quais da bradi? Para a próxima ideia
o Fuga de ideias: ideias fogem
 É possível compreender o conteúdo do discurso.
 Em casos mais graves não é possível compreender o objetivo do
discurso.
 Maníacos, esquizofrenia.
o Inibição:
 Número de ideias decresce.
 Depressão.
 Lentidão.
o Bloqueio do pensamento
o Pseudo-bloqueios: quando perdemos o fio da conversa por conta da ansiedade,
cansço.
O impacto de uma perturbação em um indivíduo pode desencadear a depressão.
A fuga é típica dos maníacos.
Mania e depressão são polos opostos.
 Alteração da forma do pensamento: de que forma vou chegar até aquele objetivo?
o Perseverante: as alterações persistem para além do necessário.
 Temática que mesmo não sendo relevante aparece outra vez.
 Ex. Tia Keiko
 Diretriz inapropriada: preocupação excessiva, ruminação.
 O indivíduo apresenta um padrão ruminativo.
 Alterações cerebrais, depressão, obsessão.
o Circunstancial:
 Tipo de discurso que se caracteriza pelo excesso de detalhes.
 Detalhes triviais que não são relevantes.
 O pensamento atinge seu objetivo, mas há uma lentidão. Muitas das
informações são desnecessárias.
 Esquizofrenia, perturbação obsessiva-compulsiva.
 É difícil acompanhar esse tipo de discurso.
o Tangencial:
 Indivíduo responde sistematicamente ao lado aquilo que perguntamos.
 O raciocínio nunca atinge o seu objetivo.
 Pode ser semelhante ao circunstancial.
o Sobrinclusivo:
 Não existem fronteiras.
 Mais típico da esquizofrenia.
 Inclusão temáticas que não tem nada a ver, incoerentes.
 Não há uma lógica.
 Discurso completamente desagragado - associação de palavras.
 Estruturação que mostra uma deterioração das competências
cognitivas.
o Posse:
 Geralmente, os indivíduos entendem os seus pensamentos como sendo
deles.
 Alteração da posse: o afetado acha que pode ser influenciável e que os
outros podem roubar seus pensamentos.
 Perda de controle, do sentido de posse.
 Obsessão, fobia, inserção/roubo/divulgação.
o Obsessões:
 Emanam do próprio eu.
 Impõem-se contra a vontade de indivíduo.
 Despertam luta interna – eu não quero pensar, o que eu faço?
 Tem um conceito absurdo ou falta de sentido.
 Tendência à interação ou repetição sistemática.
Pensamento intrusivo: não quero pensa-lo, mas ele emerge – nos doentes: lutas
internas. Os doentes têm medo de pensar nisso. Confundem pensamento com
comportamento.
Quanto mais se luta, mais frequente se torna isso.
29.10.19
Bonificação em projeto (0,5): estudo do sentimento da solidão - apresenta um link (19.11)
15 dias para descarregar a amostra
Pedir para duas pessoas preencherem e colocarem o número de estudante.
Protocolo: medidas de auto resposta – 15, 20 minutos.
Continuação: pensamento
Alterações da posse do pensamento: em relação ao controle.
 Incapacidade de controle - obsessão, fobia.
 Sentimento de perda da posse dos meus pensamentos.
 Controle, posse.
1. Obsessão:
 Pensamento intrusivo – normativo; associação de ideias; não desejo o ter.
 A obsessão começa quando há uma confusão com a realidade.
 Obs.: os nossos pensamentos não dizem nada sobre nós - estímulos.
 Indivíduo começa a lutar para não pensar naquilo.
 Supressão de pensamentos - “a partir de amanhã não irei pensar nisso”, “eu
não quero pensar nisso”. A regra contém o conteúdo; ele está mais acessível a
memória.
 Não temos controle – temos a percepção de controle dos nossos pensamentos.
 Distração.
 Quando lutamos contra uma ideia tornamo-las mais relevante – a aceitação é
uma estratégia mais eficaz. Oposto do evitamento do pensamento.
 Obsessivos lutam para evitar a ansiedade.
 Pensamento intrusivo – gera grande luta interna.

2. Fobias:
 Reação irracional a um estímulo fóbico.
 O paciente percebe que o medo é irracional
 Perda de controle.

3. Alienação do pensamento:
 Três tipos:
 Inserção: pensamentos que foram colocados.
 Roubo.
 Divulgação.
 Obs.: Geralmente os dois itens vêm associados. Ex.: aquele
jornalista roubou os meus pensamentos e está divulgando-os.
Alterações do conteúdo do pensamento:
 Delírio: falsa crença; ideia falsa.
o Ideia falsa – inabalável: o indivíduo apresenta uma convicção absurda. Não
vale a pena tentar convencê-la do contrário.
o Não há argumento que podem fazer o sujeito mudar a cabeça – não cede à
argumentação lógica.
o Não apresentam estrutura e não são condizentes com o contexto.
o Delírio mal organizado – a pessoa não sabe responder as perguntas, mas isso
não quer dizer que ela ceda.
o Certeza, incorrigibilidade, implausibilidade ou falsidade do conteúdo –
principais propriedades dos delírios.

 Delírio primário/secundário:
o Não há a associação com nenhum acontecimento patológico prévio – delírio
primário.
 Ou seja, não podem ser compreendidos a partir de outros
acontecimentos psicológicos.
 Esquizofrenia.
o Secundário – formatado a partir de um fenômeno primário, uma alucinação,
alteração de humor. São uma elaboração. Podem surgir a partir de outros
delírios e ficarem compostos.
 Ex.: a partir de experiências de roubo e divulgação de pensamentos.
 São uma elaboração que se dá para explicar o acontecimento de outros
fenômenos.
o Verdadeiros delírios: geralmente são primários.
 Delírios:
o De grandiosidade; de ciúmes (violência doméstica); de culpa (erro
irreparável); de ruína (tudo chegou ao fim); místicos (missão, destino definido
por uma divindade); erotomaníacos (indivíduo acredita que é amado por
alguém que nunca falou...) – olhas slide
 Mal sistematizados – mal organizado.
o Não há respostas.
o Quadros de esquizofrenia iniciais.
 Delírios bem organizados – quadros de esquizofrenia paranoides adiantados.
 Percepção delirante – alteração de conteúdo de pensamento
o Sinal de primeira linha para o diagnóstico de esquizofrenia,
o Eu percepciono normalmente a coisa e atribuo um significado completamente
descabido.
 Ex.: Ver a caneta e pensar que a pessoa que a segura quer te matar.
o Atribuição de um novo significado – autorreferenciado.
o Não há perturbações na percepção.
o Não associação entre aquilo que é percepcionado e aquilo que é lido.
o Sem lógica, sem associação.
 Interpretação delirante:
o Indivíduo interpreta a percepção tendo em vista algo.
o Interpreta determinado estímulo associando a uma ideia que já tem.
Percepção:
 Ilusão:
o Percepção incorreta de um determinado estímulo
o Estado emocional ou outras circunstâncias transformam o estímulo.
o Ex.: Sombras em rua escura – perigo. O medo transforma a percepção.
o A percepção fica contaminada pelo estado de humor.
o Há um estímulo externo que desencadeia.
 Alucinação:
o Percepção sem objeto.
o Não há um estímulo mínimo para a ocorrência da percepção.
o A alucinação vem dentro – não há estímulo externo; é formulada
internamente, mas é percebida como se viesse de fora.
o Ocorre na mente, experimentada na ausência de estímulo externo.
o Alucinação auditiva – ausência de som.
o Para o indivíduo que vivencia, é como se o estímulo vem de fora.
o Alucinação – a pessoa tem a percepção e a convicção de que aquilo existe.
o Ausência de estímulo externo desencadeante.
o Abrangem todas as modalidades dos nossos sentidos.
o Somáticas: corpo - “sinto o veneno subir junto com meu sangue”
o Auditivas: mais frequentes e as mais típicas na esquizofrenia; podem aparecer
em casos de depressão.
 Agride o indivíduo – “ela é uma fraude”, “ela tem que se matar:
esquizofrenia”.
o Vozes contínuas
o Eco do pensamento
 Na depressão: segunda pessoa – “você é”.
 Elementares: só ruídos, sons.
 Parcialmente organizadas: formação de determinados padrões de
músicas, melodias.
 Completamente organizadas: vozes – vozes imperativas, comentários
sobre o sujeito, sonorização do pensamento.
 Deprimidos – culpa: vozes reprovadoras; delírio de culpa; alucinações
auditivas. Não são contínuas como na esquizofrenia. Mais curtas.
o Visuais:
 Típicas em quadro de alcoolismo, abstinência.
o Olfativas:
 Patologia orgânica.
 Cheiros intensos.
o Gustativas;
o Táteis – cocaína.
o Somáticas: torções corporais ou dores – ex.: “sinto que estão arrancando os
meus órgãos”
o Causas:
o Perda do eu – alterações em outras áreas do exame mental.
o Perda do limite da realidade e do eu.
 Perda da identificação espacial de si próprio – Despersonalização.
o É como se estivesse vendo de fora. “Parecia que não era eu”
 Desrealização: irrealidade do mundo exterior. Algo está diferente.
o Mesmo sentido de estranheza, mas em relação ao ambiente.
 Autonegação do eu
Memória:
 As alterações são muito raras em quadros psicopatológicos. Geralmente ocorrem em
quadros orgânicos – lesões físicas.
 Dificuldade de memória, perda – geralmente essas queixas não tem relação com a
memória: relação com a atenção.
o A atenção sofre alterações em boa parte dos quadros clínicos.
 Memória de fixação/evocação: métodos de avaliação distintos
o Fixação
o Evocação: acontecimentos importantes
 Amnésia
 Paramnésia: lapsos de memória são preenchidos por memórias falsas.

Inteligência:
 Alteração no nível intelectual – quando há suspeita: pede-se que seja realizada uma
avaliação cognitiva
 QI – Bateria de testes
 Só é feita quando se suspeita que as respostas do indivíduo estão sendo afetadas pelo
nível de inteligência.
Funções biológicas vitais:
 Fome, sede, sono, libido e o instinto de conservação.
 Normalmente, quando há alteração no humor, essas funções sofrem,
 Fome:
o Apetite
 Aumento/diminuição – em casos psicopatológicos podem ocorrer
ambos.
 Padrão alimentar pode sofrer mudanças
 Restrição alimentar, aumento e diminuição – anorexia e depressão.
 Quando considerar isso um sintoma importante? Associação com uma
perda de peso significativa.
 Depressões atípicas: pode haver um aumento significativo do apetite –
polifagia, episódios de ingestão compulsiva.
 Perda de controle – compulsivo: pessoa não consegue parar de
comer.
 Ingestão acima do que a maioria das pessoas seria capaz de
comer em tal situação.
 Não há uma seleção cuidadosa dos alimentos.
 Pica – pessoas que comem cabelos, papel, giz, pedra...
 Pode aparecer associado a outros quadros clínicos –
esquizofrenia, anorexia.
 Coprofagia – doente come as próprias fezes.
o Sede:
 Geralmente associadas a quadros orgânicos.
 Equilíbrio sódio/potássio – regula batimentos cardíacos.
 Desequilíbrio pode causar falência cardíaca.
 Polidipsia: sede demais – tendência incontrolável de ingerir líquidos.
 Pessoas podem desenvolver problemas de concentração de
sódio – muito baixas.
 Os motivos ainda não são claros.
 Desequilíbrios neuroquímicos
o Sono:
 Alteração de sono está presente em quase todas as patologias.
 Hipersônica – horas excessivas de sono.
 Evitamento de atividades pode causar sono.
 Insônia
 Inicial: dificuldade de adormecer – preocupação, ansiedade;
o Doentes demoram pra dormir.
o Perda de outros estímulos – nosso pensamento foge para
as preocupações. Ocorre a ativação em vez do
relaxamento.
o Ansiedade, perturbação obsessiva compulsiva.
 Intermédia/Terminal
o Indivíduo desperta no meio do sono.
o Quadros depressivos.
o Nas depressões mais graves, o indivíduo pode
adormecer com facilidade.
o Anorexia: déficits alimentares – quando há fome, o
sono é interrompido (mecanismo de evolução – fome
provoca a ativação para buscarmos alimentação)
o Libido:
 Aumento: quadros maníacos.
 Comportamentos de risco.
 Ausência: depressão
o Conservação:
 Tendências suicidas.
 É uma tendência evolucionaria.
 Idealização de um plano suicida.
 Quadros graves de depressão, psicoses, esquizofrenias e perturbações
da personalidade.
Fim da matéria da frequência I
05.11.19
Caso prático: olhar folha

Início da matéria da 2ª frequência


14.11.19
Avaliação será feita no mesmo dia.
 Escolha múltipla - 30 questões.
Módulo II - Perturbações da Personalidade
 11 perturbações da personalidade.
 EX.: personalidade obsessiva compulsiva.
 Há três dimensões distintas.
Traços:
 Características amplas (não são especificas em relação a um domínio) e duráveis -
independente do contexto.
 Permitem dar uma coerência ao comportamento do indivíduo.
Traços x perturbações:
 Não adaptação ao contexto – impacto negativo no indivíduo: perturbações.
 Falta a maleabilidade – perda da flexibilidade: patológico e não adaptativo.
 Padrões persistentes.
 Características mal adaptativas: regra pela regra.
 A regra existe por si só quando há uma perturbação.
 Cumpre-se a regra independente do contexto.
 Impacto negativo muito significativo, sofrimento.
 Os doentes têm dificuldade em perceber que se trata de uma perturbação - perturbação
perdura por muito tempo.
Perturbações da Personalidade:
 Padrão de funcionamento difuso - não é específico de nenhuma área, algo difuso,
generalizado.
 Funcionamento dicotômico.
 Não há um ponto de início, ao contrário da depressão....
 Padrão que se mantém que geralmente apresenta na adolescência ou na fase adulta.
Obs: pico da vulnerabilidade - início da fase adulta. Muitas exigências, sensação de perda de
controle.
 A pessoa sente que a sua vida está prejudicada, mas não encontra o foco.
o Indivíduo sente o resultado, mas não consegue associar com o foco do
problema.
o É tão permanente, estável que a pessoa tem dificuldade de encarar como um
problema.
 É possível apresentar um transtorno de personalidade e outra patologia,

Classificação:
 Grupo A: paranoide, esquizoide, esquizotípica
o Padrão de pensamento interpessoal com muita dificuldade - indivíduos tendem
a parecer bizarros.
o Há um desconforto em estar com esses indivíduos.
 Grupo B: antissocial, borderline, histriônica e narcisista
o Antissocial: associação com crimes, psicopatas.
o Borderline: dificuldade de controle, comportamentos autodestrutivos,
necessidade de manter relações com proximidade extrema
o Descreve uma forma muito exagerada, dramática e dificuldade de controlar os
impulsos.
 Grupo C: evitante, dependente e obsessivo-compulsiva
o Dependência extrema – dificuldade enorme em tomar decisões; erro tem
consequências muito graves, dramáticas.
o Ansiosos.
Critérios:
 Identificação da perturbação da personalidade.
1. Padrão de funcionamento persistente - experiência interna: vivência - como ela
percepciona e a emoção associada a essa percepção. Desvio daquilo que é esperado,
normal.
 Experiência interna – comportamento reativo:
o Ex.: paranoico é um indivíduo tipicamente raivoso.
 Indivíduo apresenta determinado padrão mesmo quando não é culturalmente
esperado.
 O padrão se manifesta em pelo menos duas das seguintes áreas:
o Cognição - forma de percepção
o Afetividade – forma de sentir
 Labilidade, variação, e adequação da resposta emocional.
 Labilidade - flutuação de humor mesmo quando não há desencadeador.
o Funcionamento interpessoal.
o Controle de impulsos.
2. Padrão é persistente, inflexível é abrangente, não contextual.
3. Provoca um sofrimento clinicamente significativo.
4. Padrão estável e de longa duração - surgimento na adolescência, fase adulta.
a. Um acontecimento pode agrava-lo, mas não o desencadear –o surgimento é
extremamente tênue.
5. O padrão não é explicado pela perturbação mental.
a. Não exclui a existência de uma patologia.
6. Não é atribuído a efeitos fisiológicos.
Obs.: Essas perturbações não apresentam necessariamente sintomas como uma patologia. São
como as nossas características. Até um tempo atrás podia se dizer que esses traços eram
assintomáticos. Esses atributos estão tão vincados, vinculados ao indivíduo que são como
traços.
Diagnóstico:
 Processo complexo.
 Aquilo que será apresentado em psicopatologia - não é “real”.
o Os casos reais são muito mais dificeis de interpretar, diagnosticar.
 Ferramentas – entrevistas estruturadas: SCID II
Desenvolvimento e curso
 As perturbações podem ser encontradas em crianças e adolescentes: precisam estar
presentes por pelo menos um ano para serem diagnosticadas.
 Obs.: Antissocial não pode ser diagnosticada com menos de 18 anos.
 Diagnóstico com segurança só pode ser feito a partir da idade adulta.
Grupo A: excêntricos e esquisitos
Perturbação de Personalidade Paranóide:
o Raiva, desconfiança – percepção negativa mesmo quando o outro não deseja
prejudica-lo.
o Padrão de desconfiança e suspeita – outros como perigosos, malvados, querem
me prejudicar.
o Obs.: interpretação dos acontecimentos na infância - moldam o eu.
o Muito difícil estabelecer relações interpessoais – até mesmo na construção da
relação terapêutica.
o Perseguição.
o Questionam, desconfiam da lealdade e apoio de pessoas próximas – a pessoa
está sempre testando a sua lealdade. Há sempre a crença de que essas pessoas
iram fazer mal. Sistema de ameaça está sempre ativado.
o É preciso ter um contexto, uma história de vida violenta? Não. A psicologia
não é tão determinista. Contudo, contextos desfavoráveis aumentam a
vulnerabilidade.
o A forma como analisamos a situação é sempre enviesada.
 Nesse caso, esse enviesamento é brutal.
26.11.19
 Recurso: 3 versões
 7,5; 12,5; 20
 É possível fazer melhoria de uma das partes.
 Tudo o que não é em grupo ou oral é passível de melhoria.
Perturbações de personalidade: Cluster A
 Personalidades esquizoides, esquisotípicas.
 Esquizoide: criada por psiquiatra no início do século XX - tendência da pessoa a
dirigir seu foco atencional para o eu; isolamento em relação ao mundo exterior.
o Distinção: traços esquizoides x patologia.
o É preciso lembrar que: perturbação de personalidade – impacto visível,
significativo na vida do indivíduo. Não é transitório - algo que tem um longo
desenvolvimento.
o Indivíduos que apresentam padrão difuso – completo distanciamento das
relações pessoais (isolamento); inexpressividade – pobreza em relações a
expressões, emocionais. Pouca capacidade de responder emocionalmente ou
de expressão.
o Indivíduos - pouco desejo de intimidade.
o Como distinguir uma perturbação esquizoide de uma fobia social?
 Inexpressividade é muito mais forte no individuo esquizoide.
 Desejo de intimidade: só nos esquizoides é que existe pouco desejo de
se ter relação social. Aqueles com fobia social apresentam um
acentuado desejo de intimidade, mas o medo do julgamento os leva ao
isolamento.
 Ansiedade social: quero ter meu grupo de amigos, não quero ser
criticado.
 Esquizoide: desinteresse em relação aos outros.
 Autópsia da situação: análise do meu comportamento de forma
desmiuçada. Contenção emocional, todos os comportamentos parecem
ridículos
o Indiferença em relação ao julgamento dos outros, a crítica externa.
o Geralmente não há reatividade emocional visível.
o Afeto restrito – frios, distantes.
o Tendência de reagir de forma passiva em relação à situações adversar –
dificuldade de expressar raiva mesmo quando há provocação.
o Falta de competências sociais – poucos amigos, geralmente não tem parceiros,
moram com um familiar.
o Geralmente o funcionamento é cognitvo é normal ou até mesmo acima da
média.
o Esse tipo de indivíduo geralmente não procura ajuda. São pouco receptivos a
ajuda.
o Diagnóstico:
 Não deseja ou não desfruta de relações intimas - até mesmo a família.
 Quase sempre opta por atividades solitárias.
 Manifesta pouco desejo sexual.
 Poucas atividades trazem prazer.
 Não há amigos próximos.
 Indiferente à crítica, elogio dos outros.
o Muitos desses critérios podem sobrepor os critérios de outras patologias.
o O diagnóstico das perturbações não é exclusivo.
o Incomum em contextos clínicos - uma das menos estudadas.
Esquizotípica:
 Cluster A:
 Déficits sociais, capacidade reduzida do estabelecimento de relacionamentos íntimos.
 Comportamento excêntrico - geralmente são considerados esquisitos.
 Frequentes ideias auto-referenciais: pessoas acreditam que tem poderes...
 Interpretação enviesada – aquilo é um sinal de...
 Crença em eventos paranormais, espiritualidade, no sobrenatural.... - não apresenta as
características de um delírio. Há uma convicção. Mas ela não é absoluta.
 Ideias paranoides.
 Incapazes de compreender sinais interpessoais e lidar com o afeto. Interação com os
outros se dá de forma estranha, formal...
 Esquizo – foco interno e distanciamento do que é externo.
 Excentricidade – distanciamento das normas sociais, de uma normalidade.
 Diagnóstico: é preciso identificar pelo menos cinco – olhar slides.
 Muito difícil de diagnosticar esses indivíduos.
 Dificuldade: distinguir o que é cultural e o que ultrapassa as normas? - a importância
do contexto.
Grupo B: impulsivos
Borderline
 Principal característica é um padrão difuso de instabilidade nas relações interpessoais
e em relação a sua percepção individual.
 Impulsividade muito acentuada – eu sinto, eu faço (incapacidade, grande dificuldade
de controle de impulsos).
 Comportamentos exagerados, desproporcionais... - esses indivíduos apresentam
enorme medo de ser abandonados. Raiva desproporcional em relação a separações.
 Dificuldade daqueles que são próximos de corresponder às expectativas do indivíduo
borderline.
o Medo de abandono aumenta – desgaste.
 Esforços desesperados para evita o abandono: ações impulsivas que podem ser
autodestrutivas.
 Associadas a um sofrimento mais visível.
 O comportamento e o sofrimento são expressos de uma forma extremamente visível -
causa maior impacto.
 Tamanho da amigdala – controle de impulsos: meditação e mindfulness são muito
bem recebidos. O treino modifica o tamanho da amigdala. O tamanho da amigdala
aumenta, logo, há uma maior capacidade de controle de impulsos, de escolher como o
indivíduo irá responder.
 Raiva desproporcional em relação a separações ou quando há mudanças de planos
inesperadas, mesmo quando elas são justificáveis.
 Medo de abandono – necessidade de ter outras pessoas, ou medo de ficar só.
o Esforço desesperados: elogios - você é a melhor coisa que aconteceu comigo e
até comportamentos suicidas.
 Padrão de relacionamento intenso e instável - tendência de idealizar por completo o
parceiro.
 Vivência de enorme sofrimento - desilusão.
 Necessidade criar um grau de proximidade absoluta com a pessoa.
 Padrão que muda repentinamente da idealização a desvalorização.
 Nos primeiros encontros são extremamente cativantes - preocupação, empatia,
demonstram comportamentos de cuidado.
o Não é um cuidado genuíno.
 Mudanças drásticas na forma como percebem os indivíduos.
 Dificuldade na manutenção de relações longas.
o Padrão de picos.
 Instabilidade na forma como os indivíduos perspectivam as suas vidas.
o Muitos planos distintos – muitas mudanças.
o Mudanças súbitas na autoimagem, na relação consigo próprio.
 Perturbação borderline pode ser concomitante com outras patologias.
 Padrão: tenho medo de que essa pessoa me abandone, mas meus comportamentos
acabam o fazendo – paradoxal.
 Essa flutuação, mudança - mais importante do que os fatos de fato.
 Comportamento autodestrutivos são frequentes – grande recorrência na população
adolescente.
o Tentativa de expressar externamente o seu sofrimento interno.
o Culpa do outro.
o Automutilação - experiencias dissociativas
 Diagnóstico:
o Central: instabilidade a nível interpessoal e intrapessoal.
o Impulsividade
o Esforços desesperados para evitar amando-o – real ou imaginado.
o Padrão de relacionamentos interpessoais caracterizados pela intensidade e por
uma proximidade desadequados.
o Alternância entre extremos de idealização e de desvalorização.
o Impulsividade em pelo menos duas áreas destrutivas: gastos, vida sexual,
direção irresponsável, compulsão alimentar, abuso de substâncias.
o Comportamentos autodestrutivos.
o Instabilidade afetiva.
o Sentimento crônico de vazio – quase único do borderline.
 Típico dessa perturbação - sentimento de não ter nada.
o Raiva intensa e inadequada – dificuldade de controlá-la, o que pode levar a
comportamentos explosivos.
o Idealização paranóide - transitória: associada a sintomas dissociativos
intensos.
o Pode chegar até 6% da população.
 Gera em nós um sentime
 nto de cuidado.
Em termos de perturbação de personalidade, nós não sabemos a causa – os padrões vão se
desenvolvendo. É um erro achar uma causa única.
O relato = afetado pelo estado de humor – cuidado na relação de causalidade.
Ficha: exame de dezembro.
 Perguntas de escolha múltipla.
 Descrição de um caso de perturbação.
 Qual o padrão identificado? Qual a perturbação?
 3 ou 4 características que justifiquem.
 Caso prático: exame mental
 Hoje e amanha continua aberto.
03.12.19
Antissocial: cluster B
 De fácil visualização.
 Padrão de personalidade associado a uma alta criminalidade.
 Perturbações personalidade: experiencia interna e externa
o Interna: a minha percepção.
o Externa: meu comportamento.
 Indiferença completa aos direitos dos outros.
 São capazes de realizar outros indivíduos por motivos extremamente banais.
 Falta de empatia com o sofrimento do outro.
 Psicopatia e sociopatia.
 Mentira, falsidade, manipulação.
 Única que só pode ser diagnosticada a partir dos 18 anos – em termos legais.
 Na prática: o padrão de comportamento existe desde antes.
 Comportamento repetitivo e insistente - infração de regras sociais, das leis.
 Pretexto absolutamente banal que justifica comportamentos violentos, brutais.
 Impulsividade brutal - manifestação na forma de comportamentos agressivos.
Posterior negação da culpabilidade.
 Agressividade de conduta - agressão física é um pré-requisito.
 Não há somente a agressão física, outros tipos de comportamento também podem
estar presentes.
 O seu foco é o seu ganho, aquilo que eles desejam.
 Padrão de impulsividade – comportamento cotidiano, percurso profissional (mudam
rapidamente de profissão).
 Tendência de comportamentos de risco – sexual, direção, abuso de drogas...
 A impulsividade marca todo o grupo B - indivíduos que se encontram nesse grupo
apresentam dificuldade de manter um emprego, de manter a estabilidade acadêmica.
o Perante qualquer adverso há um movimento de mudança.
 Na maior parte das vezes os indivíduos vêm indicados por tribunais.
 Indicadores:
o Padrão de respeito, violação.
o Esse padrão deve estar presente desde os 15, mas o indivíduo só pode ser
diagnosticado aos 18 anos.
o Fracasso em ajuste as normas sociais em termos legais.
 Dossiê de problemas com a polícia, problemas com a escola..
o Tendência a falsidade.
o Impulsividade e fracasso na realização de prazos a longo prazp.
o Irritabilidade.
o Desprezo pela própria segurança e pela dos outros.
o Ausência de remorso - indiferença.
o Tem que ocorrer fora do contexto de uma esquizofrenia, bipolar.

Histriônica:
 Necessidade patológica de ser o centro das atenções.
o Em termos de aparência, da forma de falar, do que contam.
 Em primeiros e segundos encontros esses indivíduos conseguem ter a nossa atenção.
o São fora da caixa.
 Em um contato mais próximo: deixam de ser o centro das atenções tão facilmente -
tendência de aumentar o comportamento para captar a atenção
 No contexto terapêutico: comportamento sedutor em relação ao terapeuta.
 Comportamento teatralizado, mas sedutor para chamar a atenção.
 Emocionalidade difusa e excessiva.
 Presente em vários contextos.
 Quando eles não são o centro das atenções - causa grande desconforto nesses
indivíduos.
 Lembras que padrão é diferente de perturbação.
 Toda a conversa e interações parecem que são um papel interpretado.
 Podem apresentar manifestações excessivas e dramáticas se não forem o centro das
atenções.
 Difusão em termos de emocionalidade - não há constância.
 Aparência e comportamento – excêntricos, podem ser desadequados em termos de
sexualização: importância da avaliação do contexto.
 Emocionalidade – todas as emoções misturadas para ter atenção.
 Indicadores:
o Interação - sexualmente sedutor, demasiado provocador.
o Desconforto quando o sujeito não é o centro das atenções.
o Mudanças rápidas em termos de emocionalidade – as emoções apresentam um
caráter muito superficial.
o Uso reiterado da aparência física.
o Discurso excessivamente impressionista e carente.
o Expressão teatral.
o Sugestionável – facilmente manipulados.
o Consideram as relações mais intimas do que realmente são.
 Dificuldade em manter relacionamentos interpessoais – exigências constantes de
atenção levam ao afastamento.
 Não toleram atraso de gratificação - ações voltadas para uma satisfação imediata.
 Em contexto clínico - maioria são mulheres. Alguns estudos mostram que atingem
igualmente ambos os sexos. Mulheres proocuram mais ajuda.
Obs: A questão na segunda frequência é identificar. Não é preciso descrever com as
palavras do DSM.
Narcisista:
 Padrão de grandiosidade.
 Eu sou melhor, logo, todos devem me admirar.
 Falta de empatia.
 Apresentação pode ser normal, mas o comportamento mostra que as relações com os
outros são hierárquicas. O indivíduo narcisista sempre se considera superior.
 Indivíduo gosta de falar.
 Exemplo da conferência: homem que tomou o tempo da próxima conferencista.
 Os outros são tratados como inferiores.
 Padrão difuso de grandiosidade.
 Sobrevalorização das capacidades pessoais e de suas conquistas.Desvalorização dos
outros.
 Arrogância, pretensão.
 Sentem que só são compreendidos por pessoas de condição elevada.
 “Eu gosto demais de fulano porque ele sempre me deu valor”.
 Foco no eu – acreditam que tem condições especiais.
 Tem que ter o melhor médico, usar o melhor sapato...
 Exigem admiração excessiva e acreditam que são merecedores de direitos especiais.
 Exploração involuntária do outro – desrespeito dos direitos dos outros.
 Crítica: reagem com desdém, ataque...
 O desempenho pode ser comprometido pela aversão as críticas...
o Apesar disso podem ter desempenho elevado por conta dessa perturbação.
 Desempenho pode ser minado por não aceitarem críticas.
 Diagnóstico:
o Exagerar suas conquistas, talentos, características pessoais.
o Preocupação com fantasias de poder...
o Crença de que é especial e único e só pode ser compreendido por pessoas de
elevada condição.
o Admiração excessiva.
o Explora as suas relações interpessoais.
o Falta de empatia.
o Padrão invejoso em relação ao outro e acredita que é alvo da injeja alheia.
 Esses traços podem ser adaptativos?
o Sim – em determinados contextos, vendedores de ideias/objetos físicos -
podem ser ótimos oradores.
o Pode haver ganhos.
Grupo C: ansiosos
Personalidade evitante: Robs
 Padrão difuso de inibição social.
o Surge no início da vida adula.
 Muito difícil de ser diagnosticada – confundida com a ansiedade social.
 Constrangimento, inferioridade, extrema sensibilidade à crítica externa,
desvalorização.
 Ponto de virada – ansiedade social. Houve um acontecimento desencadeador. Fator
precipitante (não é a única causa). As fobias não são desencadeadas por um único
fator.
 A perturbação: evolução longa durante a vida do indivíduo.
 Impacto social significativo no funcionamento social e profissional nos indivíduos.
 Sensibilidade é tão grande que palavras não são necessárias.
 Tentativa de evitar contatos interpessoais no trabalho - evitar falar no telefone.
o Esses eventos são momentos de avaliação que causam enorme ansiedade.
 Os casos não são tão engessados – na prática há muita discussão para que haja um
diagnóstico.
 Alta sensibilidade dos sinais de rejeição social – no hardware humano. Nesses
indivíduos há níveis mais elevados.
o Retirar os olhos e mudar o foco – sinal de rejeição.
o Todos estamos preparados para pegar esses sinais.
 Auto monitoração constante.
 Indivíduos se auto avaliam como se tivessem um déficit.
 Tendem a evitar o desenvolvimento de novas atividades, de correr riscos.
 Padrão de inferioridade – falta de competências para.
 Inibição, inadequação e hipersensibilidade à crítica.
 Inibição estrutural.
Dependente:
 Indivíduo que necessita do cuidado do outro.
 Comportamento de submissão.
 Medo da separação - baseado na crença que são capazes de sobreviverem sozinhos.
o Percepção que não são capazes de funcionar sem o outro.
 Grande dificuldade de tomar decisões, sobretudo as grandes.
 Pedem conselhos excessivamente.
 Tendem a ser passivos.
 Geralmente colocam a responsabilidade nas mãos de alguém próximo.
 Em muitos casos, a relação não é um mar de rosas. O medo de ficarem sozinhos faz
com que se submetam a esse tipo de situação.
 Na maior parte os indivíduos apresentam capacidade completamente adequadas.
o São completamente capazes e competentes.
 Relacionamentos mal adaptativos - tendência para padrões típicos de dominância.
Parceiros dominantes. Torna as relações mais desequilibradas.
 Só sai de um relacionamento quando há outro.
Personalidade obsessivo-compulsiva
 Preocupação com a ordem.
 Perfeccionismo, controle à custa da inflexibilidade.
 Param e perdem muito tempo em planejamento e organização. Quando uma peça sai
do lugar há um desespero.
 Perturbação: a própria função da regra se perde.
 Comportamentos de risco - indivíduos não gostam de ter gastos.
 Excessivamente cuidadosos.
 Precisam ter certeza – nunca temos certeza na vida.
 Medo enorme de errar – até mesmo no cotidiano. Tudo é um sofrimento e deve ser
planejado para não errar.
 Esse tipo de funcionamento: descuido com os outros.
o Inconveniências que causam nos outros.
 Padrões elevados causam sofrimento.
 Dedicação excessiva ao trabalho e a produtividade.
 Podem procrastinar atividades agradáveis.
 Sentem-se desconfortáveis quando estão tendo momentos de lazer.
 Passatempos seguem organizações.
 Tendem respeitar as regras com extrema consideração.
o Obediência inflexível à regra.
 Autocríticos.
 Acumuladores.
 Dificuldade excessiva em trabalhos de grupo.
 Não há flexibilidade nas perturbações.
10.12.19
Características clínicas de cada perturbação.
O que as distingue, o diagnóstico - estudo das características e dos critérios do diagnóstico.
Exame mental: apresentação do doente – inforestudante: olhar slides.
 Quando há um dado que diz que o paciente vem contra a vontade: falta de insight, de
juízo crítico acerca das suas dificuldades.
 Os outros ao redor o reconhecem, mas o indivíduo não tem essa noção.
 1ª hipótese - patologia psicótica. Mas é preciso olhar o contexto. Trata-se de uma
hipótese, não é obrigatório que seja.
Frequência:
Haverá turnos para a realização da frequência - duração: 1 hora e meia.
A matéria é cumulativa. O que muda é a forma que o conteúdo vai ser perguntado. As
perguntas passam a ser práticas.
Um caso prático para realizar o exame mental. Vai haver escolha múltipla, o que abrange só a
segunda parte (perturbações de personalidade).
Resumo clínico - identificar qual é, três características que permitem identifica-la - não é
fazer a transcrição, e sim, a tradução.
12, 10 sintomas, de frases que estão sublinhadas e enumeradas – quadro em que é preciso
preencher o sistema e dizer em que área do exame mental se encaixa.

Perturbações Bipolares:
 Alteração do estado do humor - característica mais central.
 Flutuação entre dois polos extremos: positivo e negativo.
 Há vários tipos.
 A mais conhecida é a do tipo I.
 Episódios de intenso humor depressivo intercalados com uma euforia contagiante, um
contetamento eufórico.
o Períodos intraepisódicos - entre os polos.
o Episódio maníaco - euforia.
o Episódios depressivos – extremo oposto: apatia, falta de força, sentimento de
vazio.
 Aumento da energia, da impulsividade, atenção e concentração, grandiosidade,
elevada autoestima. Aumento dos comportamentos de risco. A capacidade de avaliar
o perigo fica prejudicada. Gastos excessivos - tendência de gastar até mesmo o que nã
possuem. A pessoa não pondera acerca das consequências dos seus atos.
 Ex.: doente que reescreveu o pai nosso – ela mudou a oração e o mandou para o Papa.
Sentimento de grandiosidade que pode ser delirante.
 Elevação de humor e perda de limites.
 Episódio maníaco - caracteriza a perturbação bipolar I.
o Intercalados com episódios depressivos graves que são invalidantes.
 Tipo II: episódios depressivos com episódios hipomaníacos.
o Há uma elevação do humor, mas é menos intenso do que um episódos
maníaco. Não afeta tanto o indivíduo.
o Em um episódio maníaco – pessoa perde suas capacidades sociais e
funcionais.
 Ciclotímica: há sintomalogia depressiva, não estão reunidas as condições para
identificar um episódio depressivo.
 Perturbações I e II: ambas são graves. Não se pode dizer que uma é menos grave que
a outra. A III é menos intensa.
 Bipolar I: chega à depressão grave. Período normal seguido por episódio maníaco.
o Podem ocorrer também episódios hipomaníacos, mas os maníacos precisam
estar presentes para que haja o diagnóstico.
o Exigido de um episódio depressivo major e de um maníaco - pré-requisitos
para o diagnóstico.
o No tipo II: os maníacos não existem. Há estados mais levem em termo
maníacos. Humor mais elevado que o normal, mas não invalida o sujeito. Não
compromete de forma tão severa o indivíduo.
o Em um estado maníaco - tão elevado que o sujeito não consegue viver
normalmente.
 Ciclotimia: oscilação crônica - de humor.
o Mais leve.
o Não são episódios major, mas há uma oscilação crônica em relação aos polos
de humor: sintomalogia depressiva e maníaca.
o Distimia = perturbação depressiva a longo tempo.
o Longa duração - pelo menos 2 anos em adultos e 1 em crianças.
o Alteração do humor que é visível, mas não há elementos suficiente para um
diagnóstico do tipo I ou II.
o Ex.: o paciente atinge 1 dos 4 critérios.
o Há uma flutuação crônica - nunca atinge o pico da depressão ou da
mania/hipomania.
 Alterações bipolares - alterações bioquímicas, logo, são de grau.
 Quanto duram os episódios?
o Não há uma quantificação - enorme variabilidade individual.
o Tratamento adequado: estabilizadores de humor (farmacos que tem a ver com
o lítio.
o É muito difícil acertar na dosagem - período duro até encontrar o ponto de
equílibrio.
o Acompanhamento psicoterapeutico é essencial.
 Os pacientes acabam deixando de tomar a medicação - sentem falta dos estados
eufóricos.
 Episódio maníaco: perído distinto, discreto em que houve um humor anormal
persistentemente elevado e expansivo. Pode se manifestar pela irritabilidade. Energia
anormal.
o Picos de uma criatividade desmedida e desregulada.
o Duração de pelo menos uma semana em todos os dias.
o Alteração de humor e aumento de energia – impacto significativo na vida do
sujeito.
o Autoestima e grandiosidade aumentadas.
o Diminuição da necessidade de dormir - padrão de sono é alterado.
o Pessoa fica mais falante e há uma fala acelerada.
 Pensamento e linguagem podem ser cortados.
 Fuga de ideia.
 Taquipsiquia.
o Baixo grau de concentração - indivíduos começam muitas coisas, mas nunca
acaba nada.
o Envolvimento em atividades de risco potencial – gastos, comportamentos
sexuais de risco...
o Alteração de humor: impacto severo e evidente no funcionamento social e
comportamental do indivíduo.
 Características psicóticas: hospitalzação.
o Não pode ser por causa de drogas..
o Níveis de atividade aumentado.
 Episódio hipomaníaco:
o Duração: pelo menos 4 dias consecutivos.
o Os sintomas são os mesmos do episódio maníaco.
 Episódio depressivo:
o Sentimento de encurralemento – humor deprimido.
o Sintomalogia de inação.
o Toda a forma da pessoa é de desistencia - perda de energia: modelo negativo.
o Não tenho capacidade, o mundo é exigente, tudo tende a piorar.
 Visão negativa de mim, dos outros e do futuro.
o Sintomas presentes em pelo menos duas semanas:
 Humor depressivo ou perda de interesse.
 Alteração do peso.
 Alteração do sono.
 Agitação ou inibição psicomotora.
 A inibição é mais típica.
 Fadiga, cansaço, perda de energia - até mesmo para tarefas banais.
 Depressão - resposta moderna para a percepção de uma luta desigual.
 Desvalorização pessoa, culpa.
 Dificuldade de concentração - não há perda das capacidades
cognitivas. Indecisão completa.
 Pensamentos recorrentes acerca da morte: idealização suicida (seria
melhor se eu desaparecesse até realização de planos para acabar com a
própria vida).
 Ciclotímica:
o Sintomalogia hipomaniaca, sintomalogia depressiva.
o Persiste por pelo menos de 2 anos.
o Individuo não esteve sem sintomas por dois meses.
Obs.: Dados não serão cobrados na frequencia – frequencia em mulheres, homens...
Esquizofrenia:
 Sintomalogia é extremamente complexa.
 Não há sintomas exclusivos da esquizofrenia.
 Sintomas nucleares: delírios, alucinações auditivas, aleteração de pensamentos
(alienação é típica), comportamento motor desorganizado (tolo, infantil, caracterizado
pela agitação e pela dificuldade da realização de tarefas, redução da reatividade),
 Sintomas negativos = ausência. Expressão emocional diminuída, sem expressão
facial, contato visual vazio, redução das atividades iniciadas, diminuição da atividade
motora.
o Não há reatividade emocional.
o Pobreza de discurso – respostas breves, sem conteúdo.
o Aumento do tempo de latência.
o Diminuição da capacidade cognitiva: bradipsquia.
o Apatia – falta de energia. Muitas vezes se manifesta na apresentação do
doente.
 DSM – 5: esquizofrenia dura pelo menos 6 meses. Pelo menos um mês de sintomas
do critério A.
o Critério A:
 Delírios
 Alucinações.
 Discurso desorganizado.
 Comportamento catatonico.
o Uma ou mais áreas do funcionamento do indivíduo deve estar marcadamente
influenciada pelos sintomas.
 Idade típica: início da fase adulta – um dos marcos mais acentuados para o surgimento
da esquizofrenia.
o Pode surgir em outras fases da vida.
o Pico: 20 anos.
Importante: usar a linguagem da psicopatologia – os termos devem ser utilizados. A
professora desconta se não tiver linguagem apropriada.

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