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Introdução à Psicopatologia I

PSICOPATOLOGIA I

Psicopatologia. Estudo sistemático das vivências, cognições e comportamentos que são


produto de uma mente perturbada.
 Explicativa;
 Descritiva:
o Manifestações objetivas;
o Manifestações subjetivas.

Sintoma. Toda a informação descrita pelo doente a partir das suas vivências, sensações
e impressões.
 Não passível de confirmação.
Sinal. Alteração objetiva, passível de ser percebida.
Semiologia. Modo de examinar um doente, tendo em consideração os seus sinais e
sintomas.
 Pesquisa, classificação e ordenação dos sintomas e sinais das doenças.
o Diagnóstico.

Etiologia. Estudo das causas.


Doença crónica. Aponta para um quadro que não é resolvido num curto espaço de
tempo.
 Continuidade dos sintomas;
 Disrupção da qualidade de vida e atividades da pessoa.
Quadros agudos. Curso acelerado, implicam grande mal-estar e afetam claramente a
vida da pessoa.
 Início dos sintomas pode ser abrupto ou intenso;
 Fase de deterioração até ao máximo de sintomas;
 Recuperação com desaparecimento gradual dos sintomas.
Crise (ataque). Surgimento e remissão abrupta de sintomas, durante minutos ou horas.
Episódio. Geralmente dura dias ou semanas.

CONCEITO DE NORMALIDADE VS. ANORMALIDADE

Dificuldade na definição de comportamento anormal.


 Nenhum critério é por si só indicador/suficiente de conduta normal;
 A anormalidade deve ser definida por vários critérios;
 Um sintoma isolado não é patológico.
o Como ausência de doença;
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o Como bem-estar;
o Estatística;
o Funcional (…).

DISTÚRBIO PSICOLÓGICO

Disfunção psicológica. Alteração no funcionamento habitual cognitivo, emocional ou


comportamental do indivíduo.
Sofrimento pessoal ou limitações no funcionamento.
 Sofrimento é frequente;
 Sofrimento é ausente;
 Limitações nas áreas importantes da vida do sujeito;
 A limitação do funcionamento não se aplica a todos os distúrbios.
Resposta que não é típica ou culturalmente esperada.
 Desvio da média/norma – pouco frequente dentro de um quadro cultural;
 Importância do contexto cultural na análise de um comportamento;
 Importância de subgrupos.
Uma disfunção cognitiva, emocional ou comportamental que é inesperada no seu
contexto cultural e está associada a um sofrimento pessoal ou acentuadas limitações
funcionais é anormal.

ESTUDO DAS PERTURBAÇÕES PSICOLÓGICAS

I. Descrição Clínica. Especificar aquilo que torna a perturbação diferente do


comportamento normal ou de outras perturbações (diagnóstico diferencial).
 Agrupar os pensamentos, os comportamentos e as emoções numa
combinação única e definir os graus de intensidade, frequência e
duração;
 Prevalência da perturbação;
 Incidência da perturbação;
 Idade de início;
 Idade do doente;
 Ratio por sexo;
 Curso de evolução da perturbação (crónico/episódico).
II. Investigação da Etiologia.
 Causas da perturbação.
o Dimensões biológicas, psicológicas e sociais;
 Desenvolvimento e manutenção.
o Interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.
III. Tratamentos e Resultados.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE DOENÇA MENTAL

Aspetos culturais. Conceção de doença mental e expressão da doença mental.


Povos primitivos.
 Explicação mágica/divina;
 Manifestação dos deuses;
 Cura – sacerdotes, curandeiros, feiticeiros.
Gregos e a conceção naturalista.
 Conceção naturalista de doença mental (causas – Homem);
 2 Escolas.
o Psicogénese – alter/humor;
o Organogénese – lesões anatómicas no cérebro.

Idade média.
 Possessão pelo diabo/demónios;
 Tratamento – exorcismo, castigos, tortura.
 Fase final da Idade Média.
o Doentes – agitados e violentos;
o Prisão e “barco dos loucos”.

Renascimento.
 Conceção mágico-supersticiosa.
o Causas – bruxaria e magia;
o Práticas de perseguição e desrespeito.
 Paracelso – perturbação interna do corpo  alma.
Romantismo.
 Conceção teológica e moralista;
o Causas – paixões excessivas, desorganizadas;
o Tratamento – tratamentos morais (castigo e purificação).

Séc. XIX e XX.


 Conceção científico-naturalista;
 Pinnel.
o Tratamento humanitário das doenças mentais nos asilos – doentes
começam a ser estudados e envolvidos em atividades.
 Esquirol.
o Intervenções terapêuticas (alucinações, delírios…).
 Séc. XIX.
o Perturbações mentais – doença e sintomas, doença orgânica;
o Estudos sobre a doença mental.
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 Kraeplin e a abordagem nosológica.


o Método nosológico;
o 2 tipos de psicoses: psicose maníaco-depressiva e demência precoce.
 Bleuler e o conceito de esquizofrenia.
o Esquizofrenia – dissociação entre os pensamentos e os sentimentos;
o Catatónica – sintomas motores;
o Hebefrénica – desorganização do pensamento;
o Paranóica – delírios e alucinações.
 Kretschemer: biótipo e personalidade.
o 1. Constituição Pícnica – extrovertido/ciclotímia/PMD;
o 2. Constituição Laptosómica – introvertidos/esquizoides/esquizofrenia;
o 3. Constituição Disfásica – alterações endócrinas e hipofisárias.
 Karl Jaspers.
o Fenomenologia no estudo das doenças mentais;
o Abordagem fenomenológica em psicopatologia.

KARL JASPERS E A ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA

Psicopatologia. Ciência autónoma inteiramente independente da Psiquiatria.


 Nasceu em Oldenburg (Bremen);
 Direito, Filosofia e Medicina;
 1913 – Psicopatologia Geral;
 Fenomenologia.
o Descrever as manifestações psicopatológicas subjetivas (fenómenos
subjetivos);
o Ordená-las e classificá-las;
o Criar uma terminologia para as designar.

Significado. Apreende os factos em relação a si próprio/conhece o outro dando


significado às suas vivências.
Compreensão. Atualização das suas vivências dentro de mim.
 Permite a explicação – estabelecer relações científicas entre os fenómenos;
 Instrumento de categorização.
Transcendência. Colocar no lugar do outro e se for diferente abdicar de mim próprio.
 Compreensão estática. Relação causal (Psicopatologia Descritiva/Exame
Mental);
 Compreensão genética. Relação temporal (Compreensão da evolução dos
casos).
Compreensão genética.
I. Reação. Alteração no funcionamento normal (normalização);
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II. Desenvolvimento. Acontecimento que se desenvolveu não volta ao normal;


III. Processo. Rutura na personalidade – não pode haver reestruturação.
Compreensão estática. Estabelecer nexo causal entre fenómenos simultâneos –
descrição psicopatológica.

MODELOS TEÓRICOS

Correntes dominantes. Corrente biológica, sociológica e psicológica.


 Abordagem biopsicossocial.
Corrente biológica.
 Sinais e sintomas, causas e tratamento – físico;
 1930 – Eletrochoque (< ideias delirantes e < agressividade de certas formas de
depressão severa);
 1953 – Clomipramina/importância do lítio no controlo dos estados de humor.
Corrente sociológica.
 Causas e consequências sociais da doença mental;
 Fatores sociais que possam ter uma causa etiológica;
 Acontecimentos de vida social;
 Aspetos familiares – etiologia, manutenção e agravamento;
o Família de origem;
o Casais adultos.
 Alteração nos hospitais psiquiátricos;
o Comunidades terapêuticas;
o Hospitais de dia.

Corrente psicológica.
 Ênfase nas causas psicológicas;
o Experiências precoces;
o Acontecimentos traumáticos;
o Experiências de aprendizagem disfuncionais;
o Pensamento irracional ou ilógico.
 Ênfase nos tratamentos psicológicos;
o Psicoterapia;
o Terapia comportamental;
o Terapia cognitiva.

Freud e a Psicanálise.
 Importância histórica da Psicanálise;
o Estudo das perturbações psiquiátricas em termos psicológicos;
o Continuidade entre comportamento normal e patológico;
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o Método introspetivo.
 Assumpção nuclear. Os comportamentos “anormais” são o reflexo da
existência de conflitos no inconsciente.
 Estrutura da personalidade;
o Id. Origina o Ego e o Superego e é o reservatório da energia psíquica;
o Ego. Componente psicológica, executivo da personalidade que controla a
ação, seleciona as caraterísticas do ambiente às quais irá responder e
decide que instintos serão satisfeitos e como;
o Superego. Componente social da personalidade e força moral da mesma.
 Importância do inconsciente e os seus conflitos;
 Importância das experiências precoces;
 Técnicas. Associação livre, interpretações e análise e interpretação de sonhos;
 Críticas ao Modelo Psicanalítico;
o Instintos sexuais – a base de todo o comportamento;
o Tratamentos de longa duração;
o Não se baseia no método científico/experimental;
o Impossível testar a sua validade teórica.

Movimento Behaviorista (Watson).


 Paradigma do condicionamento clássico;
 Paradigma do condicionamento operante;
 Paradigma da aprendizagem social.
Condicionamento clássico. Estímulo – organismo – resposta.
Condicionamento operante. Resposta – contingência – consequência.

Conceitos fundamentais.
 Estímulo incondicionado/resposta incondicionada;
 Estímulo condicionado/resposta condicionada;
 Generalização do estímulo/generalização da resposta;
 Discriminação/extinção;
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 Técnicas terapêuticas.
o Exposição gradual e mediatizada (dessensibilização sistemática);
 Estímulo fóbico + estimulação de uma resposta antagónica.
o Exposição direta (extinção/habituação);
 EC + EI – prevenir resposta de evitamento/fuga.
 As respostas emocionais obedecem a processos de aprendizagem equivalentes
aos de qualquer outra resposta animal e humana;
 As neuroses resultariam da ocorrência de um acontecimento traumático produtor
de respostas emocionais de medo.
Paradigma do Condicionamento Operante (Skinner).
 Contingência. Consequência aparece imediatamente após a resposta.
 Extinção. Retirada de consequências reforçadoras.
 Discriminação. Estímulos discriminativos = probabilidade de ocorrência de
consequência reforçadora.
 Reforço.
o Reforço positivo. Reforça quando aparece;
o Reforço negativo. Reforça quando desaparece;
o Reforços sociais. Maioritariamente simbólicos e sociais.
 Punição.
 Moldagem ou aproximações sucessivas.
 Os problemas de comportamento humano têm a ver com:
o O reportório comportamental do indivíduo não incluir determinado
comportamento ou o comportamento ter uma duração, intensidade e
frequência insuficiente;
o O reportório comportamental do indivíduo incluir comportamentos em
excesso cuja eliminação ou redução da frequência, duração ou
intensidade é necessária;
o As estratégias terapêuticas operantes são técnicas que procura promover
a diminuição ou aumento de um comportamento através da manipulação
das consequências e dos estímulos discriminativos.
Paradigma da Aprendizagem Social.
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Ao longo do procedimento da aprendizagem por observação, intervêm quatros


subprocessos cognitivos.
 Atenção. Sem atenção não há modelamento, pois a simples exposição não é
suficiente para assegurar a aquisição de uma resposta motora ou cognitiva;
 Retenção. Sem retenção, há uma reduzida probabilidade de influência desse
acontecimento no nosso reportório comportamental;
 Produção. Quando um comportamento de um modelo é aceite como próprio
para o observador e tende a ter consequências positivas, é suscetível de ser
reproduzido;
 Motivação. Podemos não executar um novo comportamento até que haja
motivação ou incentivo para fazê-lo.
Paradigma Cognitivista (Beck).
I. Estrutura cognitiva (esquemas).
a. Taxonómicos (os mais simples);
b. Autoesquemas – referem-se a um tipo de informação sobre nós mesmos
que guia o processamento de informação social auto-relevante.
II. Processos cognitivos.
a. Erros de processamento da informação.
III. Produto cognitivo.
a. Nível puramente voluntário (curta duração, habitualmente reflexivos,
“pensar”);
b. Nível automático (surgem espontaneamente em confronto com as
situações; estes pensamentos automáticos estão relacionados com as
nossas emoções).

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA

Classificação Diagnóstica. Formulação diagnóstica; elaboração do plano de


tratamento; previsão em termos de prognóstico; definir políticas de saúde adequadas ao
perfil nosológico de uma determinada sociedade.
Antecessores. Pinel, Kraeplin e Bleuler.
Séc. XIX.
 Doenças mentais indistinguíveis das doenças físicas.
Censo 1840.
 1ª tentativa de quantificar os doentes mentais;
o Categoria única – idiota/insanidade.

Censo 1880.
 Sete formas de insanidade: mania, melancolia, monomania, paresia, demência,
dipsomania e epilepsia.
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1ª metade do séc. XX.


 Categorias psiquiátricas: experiência de poucos psiquiatras que tratavam doentes
psicóticos.
Durante a 2ª Guerra Mundial.
 Reações emocionais apresentadas pelos soldados, não se enquadravam nos
quadros descritos nos manuais de classificações diagnósticas.
 1917 – Comité de Estatística da Associação Médico-Psicológica;
o “A presente condição com respeito à classificação das doenças mentais é
caótica. Esta condição desacredita a ciência da psiquiatria e reflete-se
desfavoravelmente sobre a nossa Associação”.
 Publicação da 1ª nosologia psiquiátrica padronizada – 22 grupos diagnósticos
(fundamentos biológicos Kraeplin).
Década de 70 (séc. XX).
 Necessidade de padronização de critérios essenciais para a pesquisa.
1948. CID-6.
 Não permite classificação de síndromes cerebrais crónicas, diversas
perturbações da personalidade (…);
 Interesse psiquiatras norte-americanos.
1952. DSM-I.
 Enumeração de perturbações sem utilização de critérios.
 Grupo em que perturbação resultava ou era desencadeada por disfunção cerebral
primária;
 Grupo em que perturbação resultava ou era desencadeada por incapacidade do
indivíduo em adaptar-se, e no qual a disfunção cerebral era secundária à doença
psiquiátrica.
1968. DSM-II.
 Desenvolvida quase conjuntamente com CID8;
 Contém categorias não existentes na CID.~
1980. DSM-III.
 Critérios operacionais específicos de inclusão/exclusão;
 Cinco eixos diagnósticos.
1994. DSM-IV.
 Manutenção abordagem categorial;
 Recomendação: não aplicação por indivíduos sem treino;
 Nova secção: variações culturais de perturbações mentais
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I. Cinco Eixos (síndrome clínico, perturbações da personalidade e específicas do


desenvolvimento, doença física concomitante com a condição psicopatológica,
problemas psicossociais e nível geral de funcionamento);
II. O diagnóstico só se efetua mediante crises operacionais baseados na observação
dos comportamentos do doente, assim como na intensidade e duração da
perturbação;
III. O sistema é amplo e complexo, oferece a possibilidade de classificação da
maioria das perturbações do comportamento, tanto da infância e adolescência,
como nos adultos;
IV. Oferece informação complementar acerca da idade de início da perturbação, do
curso, dos fatores implicados no desenvolvimento do mesmo e predisposição,
frequência e o diagnóstico diferencial.
CID.
 CID-5. Uma categoria: perturbações mentais e deficiência;
 CID-6. Secção V – perturbações mentais, psiconeuróticas e da personalidade;
 CID-6 e CID-7. 26 categorias diagnósticas;
o Grande insatisfação dos psiquiatras em relação a esta classificação;
o 1965. CID-8.
 CID-10. 21 capítulos;
o “Família de documentos”.

CID-10.
 Três níveis de diagnóstico. Confiável, provisório e provável.
 Três apresentações.
o Glossário abreviado. Caraterísticas principais de cada perturbação –
codificadores estatísticos e bibliotecários médicos;
o Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Caraterizações aceites com
um nível intermédio de especificidade – cuidado regular do doente e
estudos clínicos amplos;
o Critérios diagnósticos. Definições mais precisas e rigorosas – pesquisa.
 Três eixos.
o Eixo I. Diagnóstico clínico (perturbações mentais e condições médicas
graves);
o Eixo II. Deficiências (consequências da perturbação no desempenho dos
papéis sociais básicos);
o Eixo III. Fatores contextuais (retratar o contexto no qual a doença se
insere).
 Código alfanumérico (5 carateres, sendo 1º letra F). F00.0.
Calendarização e contextualização.
1999.
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 Conferência para definir prioridades de pesquisa. Entre os participantes


encontram-se especialistas em estudos de família, genética molecular,
neurociência básica e clínicas, ciência cognitiva e comportamental, biologia,
estatística, genética, epidemiologia, saúde pública;
 A APA publica uma avaliação das forças e fraquezas do DSM (dos atuais
critérios e da nosologia), com base na investigação que estava a surgir e que não
apoiava as fronteiras estabelecidas para algumas perturbações mentais.
2000.
 Darrel A. Regier é recrutado do National Institute of Mental Health (NIMH)
para ser o diretor de pesquisa da APA e coordenar o desenvolvimento do DSM-
5.
2002.
 Publicação dos resultados provenientes das várias conferências numa
monografia intitulada A Research Agenda for DSM-5.
2004-2008.
 Em cada uma das 13 conferências concretizadas, os participantes escreveram
artigos que abordassem questões de diagnóstico específicos, com base numa
revisão da literatura e, a partir desses trabalhos e dos procedimentos da
conferência, desenvolveu-se uma agenda de pesquisa sobre o tema.
2006.
 A APA nomeia David J. Kupfer como Presidente da Comissão Elaboradora do
DSM-5, e Darrel A. Regier como Vice-Presidente.
 Aprovação da comissão elaboradora (28 membros) – Task Force.
2010.
 A APA lança uma nova página Web para que o público e os profissionais
pudessem contribuir para o DSM-5.
2011.
 Depois das revisões aos projetos iniciais de critérios e propostas de organização
de capítulos, ocorre uma segunda postagem.
2012.
 Após se obterem os resultados dos Ensaios de Campo do DSM-5, procedeu-se
ao terceiro e último período de postagens, em que se propunham critérios
definitivos.
2013.
 Apresentação do DSM-5 na Reunião Anual da Associação Americana de
Psiquiatria, em San Francisco, Califórnia.
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Objetivo para o desenvolvimento do DSM-5.


 Superar as limitações da versão prévia (DSM-IV);
 Integrar os avanços recentes do conhecimento científico, inclusivamente das
bases neurobiológicas das perturbações mentais;
 Proporcionar um manual baseado na evidência, que seja útil aos clínicos de
forma a ajudá-los a diagnosticar com precisão as perturbações mentais.
Principais alterações.
 Remoção da numeração romana;
o Tornar os processos de revisão futuros mais sensíveis aos avanços na
investigação, com atualizações incrementais até que seja necessária uma
nova edição;
o Base de investigação de perturbações mentais está a evoluir em termos
diferentes para diferentes doenças, as diretrizes de diagnóstico não
estarão vinculadas a uma data de publicação estática, mas antes aos
avanços científicos;
o Atualizações incrementais serão identificadas através de numeração
decimal (ou seja, DSM-5.1, DSM-5.2, etc.) até que seja necessária uma
nova edição.
 Harmonização com a Classificação Internacional de Doenças (CID-11);
 Medidas dimensionais (escalas de severidade; transversalidade ao longo das
perturbações);
 Ênfase nas questões de cultura e género;
 Diagnósticos Sem Outra Especificação (SOE) substituídos por Perturbação com
Outra Especificação ou Perturbação Não Especificada;
 Eliminação do sistema multiaxial;

 Reorganização dos capítulos;


o Para melhorar a sua utilidade clínica, o DSM-5 está organizado segundo
considerações relativas ao desenvolvimento e período de vida.
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DSM-5.
 Abandono da numeração romana;
 O nº total de diagnósticos não aumentou;
 Perspetiva desenvolvimental na organização dos capítulos;
 Remoção do Sistema Multiaxial;
 Estabelecimento da secção 3 – condições propostas, mas sem validade
diagnóstica estabelecida.
Estrutura organizacional.
 Perturbações do neurodesenvolvimento;
 Espectro da esquizofrenia e outras perturbações psicóticas;
 Perturbação bipolar e doenças relacionadas;
 Perturbações depressivas;
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 Perturbações de ansiedade;
 Perturbação obsessivo-compulsiva e doenças relacionadas;
 Perturbações relacionadas com stress e trauma;
 Perturbações dissociativas;
 Perturbações sintomáticas associadas;
 Perturbações da alimentação e do comportamento alimentar;
 Perturbações da eliminação;
 Perturbações do sono-vigília;
 Disfunções sexuais;
 Disforia de género;
 Perturbações da conduta, do controlo dos impulsos e disruptivas;
 Perturbações aditivas e abuso de substâncias;
 Perturbações neurocognitivas;
 Perturbações da personalidade;
 Perturbações parafílicas;
 Outras.

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