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Apontamentos de Psicologia Clínica e da Saúde

Definição de Psicologia Clínica: “ É uma psicologia individual e social normal e


patológica; diz respeito ao recém-nascido, ao jovem, ao adolescente, ao jovem adulto,
ao homem maduro e, por fim, ao ser que envelhece e que morre.O psicólogo clínico
recebe uma formação de base necessária mas não suficiente para se tornar
eventualmente psicoterapeuta, ficando à sua responsabilidade a aquisição, no exterior,
da sólida experiência exigida nos aspectos pessoais e técnicos”. Anzieu, D. (1983)

“O estudo da relação do sujeito com a sua situação, dos processos psicológicos


envolvidos nas perturbações e dos determinantes psicológicos”. Pedinielli, (1999)

Psicologia Clínica designa: Um saber; um lugar; uma actividade!

No século XIX surgiu a Psiquiatria Clínica, e é desta que nasce a Psicologia Clínica.
Emergência da Psicologia Clínica - Processo de (des) hospitalização (Reforma
Psiquiátrica)

 Robert Castel (1945): Práticas psicoterapêuticas nas instituições psiquiátricas;


Abordagem não médica da loucura “pôr sob tutela categorias da população”;
Loucura atribuída a lesões do cérebro, porém incurável para alguns; Alienistas:
desenvolvimento de uma etiologia da loucura (curável pela educação; procura da
inteligibilidade da loucura);

No século XVIII a clínica era considerada um olhar, um saber e um discurso.

 Foucault, M. (1972): Organização da medicina (controlo higiénico e social) e


reorganização do campo hospitalar – Escola (empirismo): Clínica dos casos
(classificação, sistemas e nosologia: Sydenham, Pinel); Perspectiva experimental
e científica (século XIX, anátoma pedagógica)( observação, comparação e
medida); Nova definição do estatuto do doente na sociedade – Revolução
Francesa; Relação entre a assistência e a experiência - Mudança ontológica e
epistemológica;

Psiquiatria: Olhar médico, pedagógico e psicológico.

 Perspectivas – Organicista (Fluidos corporais; Problemas cerebrais; Disfunções


neurológicas; Componentes neuroquimícos); Psicológica (Na vida moral; Na
vida de relações; Desordens emocionais (indivíduo e relação com o ambiente);
 Pinel /Rush – físicas/hereditariedade/ morais
 Tuke – da Sociedade

Abordagem Clínica: A partir do indivíduo; dos fenómenos psicológicos complexos; das


interacções entre o indivíduo e o meio; da forma como o homem constrói o seu mundo;
Psicologia Clínica

 Influência do Romantismo (V. Hugo, Stendhal / Baudelaire…) – Descreve em


profundidade aspectos psicológicos até aí negligenciados -» Culto do Eu contra
óptica mecanicista e organicista;
 Encontro da medicina com filosofia – Visão psicossomática do homem: Jackson
(1875) 1ºs esquemas descritivos do Sistema Nervoso; Pinel (1793) Bicêtre
liberta os loucos; Tuke e Rush – Humanismo; Kraepelin (1856-1925) - recolha
de dados, medida, cálculo; Charcot (1825-1893) Salpêtrière – Histeria, hipnose

Janet, P. (Salpêtrière) emprega o termo; Foi o primeiro a usar “psicologia Clínica” em:
Nérvroses et idées fixes (1887)

 1920 Certificação em Psicologia Clinica - APA- Desinteresse durante 7 anos ;


 1935- Divisão de Psicologia Clínica APA – Definir as capacidades
comportamentais e características do sujeito através de: Métodos de medição e
análise; Observação; Integração com exames físicos e história social;
 1949- É retomado por Lagache em França;
 1879- Estudos de Filosofia – Professor no Liceu
 1889 – Iniciou estudos de medicina – Neurologista; Tese Doutoramento em
Psicologia; Charcot deu-lhe Laboratório Experimental – Salpêtrière; Professor
de Psicologia Experimental

Lightner Witmer (Doutourado em Leipzig 1892):

 1867/1956 - Filadélfia – Pensilvânia: Estudou Direito depois Psicologia;


 Com E. Titchener – Sociedade Psicologia Experimental (Universidade
Pensilvânia)
 Avaliou e tratou crianças com problemas escolares 1896
 Procedimentos de avaliação com crianças com debilidades
 1896: Apresentou reunião APA (Pensilvânia): Método clínico vs Método de
Diagnóstico no ensino; Em oposição ao laboratório – função útil do psicólogo;
“Readaptação psicológica” de indivíduos com ferimentos cerebrais
 1907: Witmer funda o primeiro jornal clínico – The Psychological Clinic

Sigismund Schlomo Freud (1856-1939):

 Médico neurologista fundador da Psicanálise;


 Iniciou estudos com histeria e com a hipnose
 Causa das doenças psicológicas e não orgânicas
 Utilizou clínica da psicanálise como tratamento da
 Psicopatologia
1949 - Evolução da psicologia clínica em França e nos EUA:

 França – define-se por um procedimento (ter em conta a singularidade totalidade


da situação), um método (estudo de caso e observação não padronizada) e um
domínio de aplicação. Tem como referência a Psicanálise (pratica e conceitos).
Termo Psicologia Clínica retomado por Lagache.
 EUA - Refere-se a um saber científico que valide a abordagem, instrumentos e
concepções – contribuição para a renovação. Insiste em rigor metodológico, nas
técnicas de avaliação e de objectivação, sem por isso abandonar a referência à
singularidade e à relação.

Psiquiatria/ Psiquiatras: A situação: o doente (doença); Sintomas e Quadros clínicos;


Explicação da patologia - Porquê?; Intervenção biológica – farmacoterapia; Psiquiatria
de ligação.

Psicologia / Psicólogos: A situação: o sujeito / a pessoa; Dimensões intra psíquicas


(experiência psicológica, cognições, afectos e comportamentos) e relacionais;
Compreensão do vivido – Como?; Intervenção Psicológica - Aconselhamento/
psicoterapias; Psicologia da saúde.

Modelos Clássicos: Diferentes explicações para o desenvolvimento do comportamento


e para o modo como se pode tornar problemático; Influenciam a avaliação, intervenção
e pesquisa dos clínicos.

 Dinâmico – Psicanálise: Investigação de Processos Psíquicos; Teoria


Explicativa das Perturbações Mentais; Método de tratamento de perturbações
neuróticas; Teoria Geral do Psiquismo (metapsicologia – ) Lagache, 1956.
Diferenciação da psique em instâncias - Teoria do aparelho psíquico:
1. 1ª Tópico: Inconsciente, Pré-Consciente e o Consciente
2. 2ª Tópica: Id, Ego e Superego.
Dimensão do inconsciente; Funcionamento psicológico; Processos intra-psíquicos,
funções do ego, organização estrutural; Padrões e transacções interpessoais, processos
transferenciais.
-» Dinâmico – Psicanálise /Psicoterapias Breves: Comportamento normal e patológico
como sendo determinado por: Processos intra – psíquicos e conflitos entre o Id, Ego e
Superego (raízes na infância); Os conflitos andam à volta da expressão de instintos:
sexuais e agressivos; Os mecanismos de defesa utilizados pelo Ego mantêm-nos sem
conhecimento dos conflitos; Os comportamentos manifestos dependem da natureza e
gravidade dos conflitos.
-» Teorias derivadas de Freud:
Adler - Dão menos importância aos instintos e ao inconsciente e foca-se no: Papel
adaptativo do Ego; Na importância do sócio cultural; Na construção do sujeito; Nas
perturbações do comportamento -» Técnica: Associação livre; Transferência e contra
transferência; Interpretação dos sonhos: Desenvolvimento psico-sexual na criança;
Complexo de Édipo; Conflito intrapsíquico entre formação de pensamentos intra-
psíquicos; Teoria das pulsões: Eros e Tanatos.

Teoria do dualismo pulsional: Eros- tanatos (agressividade e auto-agressividade);


Teoria do fantasma: jogando com processos de interiorização e exteriorização: Papel
do simbolismo e das relações de objecto arcaico (Klein – clivagem e identificação);
Fairbain, Balint, Winnicott – vida imaginária (traumatismo e fixação)
Clínica do narcisismo – perturbações da personalidade (pobreza de investimentos
libidinais);
Organização estrutural da Personalidade: Neurótica, psicótica e borderline
(Kernberg, 1984);
Dolto, F. (1983): Psicologia Clínica (Trabalha a realidade; Testes e psicoterapia de
apoio); Psicanálise (Trabalha o fantasmático; Manipulação e análise da transferência;
Definição de quadro preciso; Neutralidade benevolente do analista; Acesso às
formações do inconsciente).
-» Psicoterapias de inspiração analítica: face a face, duração, frequência.
-» Psicoterapias Breves - Modelo estrutural – visa identificação do conflito primário da
problemática actual modelo integrativo/Eclético – integra técnicas e conceitos de
diferentes quadrantes teóricos: empatia e neutralidade, da passividade à intervenção,
focal (trabalho de elaboração)
-» Psicoterapias de Grupo - Grupanálise e Psicodrama (Grupo em disfuncionamento /
centrando acção num sujeito)

 Existencial – Humanismo Desenvolveu-se entre 1950 e 1960 em reacção á


psicanálise e ao Behaviorismo; Carl Rogers – 1902 – 1987/ Abraham Maslow
(1908-1970 – procura de auto realização: concepção da existência
(existencialismo); centração no homem concreto (humanismo)
 Gestalt de Pearls /Análise transacional de E. Berne (análise do eu): Centrada
na pessoa de Rogers 1942 – o sujeito é responsável pela sua mudança (Sentido
da vida e seus valores; liberdade; responsabilidade; consciência - Growth)
 Sistémicas: cibernética – Wiener (1948); comunicação – Bertalanffly (1971);
universalidade na integração e organização (teoria caos) – Whollness.
Sistema – todo complexo em oposição ao pensamento linear de causalidade
determinista; Análise da comunicação e das perturbações nos grupos (família);
Interesse pelos fenómenos interpessoais e contextos; Disfunções dos sistemas de
comunicação Bateson (1951) - comunicação paradoxal; double- bind; Terapia
familiar e de casal - Whitaker - Selvini- Palazzoli.
 Cognitivas: Raciocínio e tratamento da informação; Crenças disfuncionais e
erros no processamento de informação -» perturbações emocionais e
comportamentais; situação diferente de interpretação da situação;
 Cognitivo – comportamental (década 50): foca-se no comportamento
quantificável e assume que é influenciado pela experiência. Consideram os
sintomas comportamentos aprendidos e reforçados: Pavlov (1927) - década 50:
Lazarus, Wolpe e Eysenck -» Procuram modificar os comportamentos
patológicos ou modos de pensamento: na depressão e na neurose obsessiva.
-» Técnicas de reaprendizagem: dessensibilização sistemática; exposição;
imersão; técnica assertiva; retroacção biológica (bio- feedback).
-» Bandura et Rosenthal (1977): Interesse processos mediadores entre estímulo
e resposta - terapia emocional (Ellis); modificação cognitivo-comportamental de
Meichenbaum; terapia cognitiva de Beck.
Psicólogos clínicos - Contextos de intervenção

1. - Clínica privada - pedido

2. Serviços de saúde - Serviço Nacional de Saúde (Estágio 3 anos) Decreto- Lei 241, de
1994 – Portaria 171, 1996 e 191 de 1997: Estudo psicológico de indivíduos e elaboração
do psicodiagnóstico; Estudo psicológico de grupos populacionais determinados
(prevenção e tratamento); Participação em Programas de Educação para a saúde;
Aconselhamento psicológico individual, conjugal, familiar ou de grupo; intervenção
psicológica e psicoterapia; Responsabilidade escolha administração e utilização do
equipamento técnico; integração em equipas multidisciplinares de serviço de urgência;
Participação em reuniões científicas; Participação em acções de formação na área da
especialidade e afins; Participação em programas de investigação; Responsabilidade no
sector ou unidade de serviço; Participação em júris de concurso e avaliação; Perícias da
personalidade; Saúde mental; Cuidados continuados e paliativos; Relação precoce; Em
crise; Neuropsicologia; Sexologia

3. Comunitária: Instituições de solidariedade social

4.Autarquia: Populações com necessidades específicas (crianças adolescentes, idosos)

5. Informação e aconselhamento telefónico: Apoia à vítima / SOS grávida/ SOS criança,


SOS Droga, SOS Sida; SOS voz amiga/ SOS deixar de fumar, Linha contra o cancro,
contra o álcool;

6. Lei nº57/2008 – 4 de Setembro; Comissão instaladora 16/4/ 2009

7. – Criação da Ordem dos psicólogos (2010)

Domínios de intervenção e actividade

Principais funções: avaliação; tratamento; pesquisa; ensino; com todos grupos etários

Focam-se: normalidade e grandes grupos de problemas (ansiedade; depressão; psicoses;


stress ocupacional; deficiência mental; dificuldades de aprendizagem)

Ambientes: Clínicas; Centros de Saúde; Departamentos de Saúde Mental;


Departamentos Universitários de Psicologia; Unidades de Saúde Primárias
diferenciadas; Ipss; Ong´s

Domínio da Psicologia Clínica - Uma actividade prática; Intervém: com meios


próprios; num domínio circunscrito; pelo pedido do próprio ou de outros técnicos;
Psicologia Clínica

Entre as duas guerras a função da Psicologia é de diagnóstico (Escola de Fribourg –


en- Brisgau);

Após II Guerra – Contribuiu para resolução de problemas das vítimas (Europa e EUA)
focando as doenças mentais e o ajustamento;

Em 1949 com Lagache aplicada ao individuo normal – estudo do homem concreto e


completo em situação - investigação sistemática de casos individuais;

Em 1960 – É tida como ramo da Psicologia científica que tem por objecto os problemas
e os distúrbios psíquicos assim como a componente psíquica dos distúrbios somáticos –
homem psicopatológico ;

1993 – Huber: A Psicologia Clínica não se limita a uma escola; Desenvolve-se num
contexto cada vez mais interdisciplinar (fenomenologia, linguística, economia, direito, e
as ciências da vida e da saúde); Método clínico não se usa no singular;

Método Clínico (Tradição médica)

Primado do observar, nomear --» significado, contexto e totalidade;

 Singularidade do sujeito (Em França fundador da Psicologia Clínica)


 Ideia de contemporaneidade entre pesquisa e tratamento

Para Huber: Método de pesquisa (estudo de caso, estatística, os planos experimentais,


estudo normativo ao nível do diagnóstico e da avaliação clínica: entrevista de
diagnóstico, os testes, a observação e análise do comportamento, análise
psicodinâmica , os métodos biológicos); Observação – sugere hipóteses – conclusões
teorias

Piaget: Método clínico como experimentação que faz emergir o facto psicológico -
sujeito participa - interacção participada entre investigador e investigado;

Pode usar técnicas precisas de recolha de informação: testes, escalas, medidas


fisiológicas, entrevistas: clínica armada; clínica naturalista (mãos nuas)

Estudo aprofundado e exaustivo de um caso – visa compreender o sujeito: a


dinâmica, a génese, a totalidade que permita mudança positiva do sujeito; produção de
um saber; actividade de pesquisa (actividade prática e produção teórica);

Técnicas de avaliação
 Os métodos: período do ciclo de vida; objetivos do clínico; abordagem teórica
em função do tempo; consistência e validade

 Objetivos da avaliação: descrição; diagnóstico

 Processo Incluí: Planificação; Recolha; Processamento; Comunicação devolução


oral ou escrita; relatório claro, relevante e útil para quem pede;

 Observação – num encontro concreto e actual visa o objecto, psiquismo e os


seus processos observáveis através dos efeitos
Vantagens da Observação: fornece meios para estudar ampla variedade de fenómenos;
permite explorar temáticas não passíveis de respostas (relação precoce); comparar
respostas verbais com comportamentos; evidencia dados que não estão no guião da
entrevista; não está dependente do estatuto cultural, educacional ou sócio económico;
não depende da reflexão;
Desvantagens: observação modifica objecto observado; nem todos os aspectos são passíveis de
ser observados; obriga a muito tempo de análise; atitude do observador;

 Entrevista (Para Chiland, C. é relação de tratamento): Coloca o problema do


referente; o grau de fiabilidade do discurso; posição assimétrica entre
sujeito/psicólogo (estatuto, função, formação); Permite perceber a economia
psíquica, a organização dos mecanismos de defesa (análise discurso);
Tipos de Entrevista: avaliativa; terapêutica;
O discurso do sujeito fornece: Organização Psíquica: Factos da Realidade e Factos do
Imaginário.
Dimensão de escuta: posição de neutralidade benevolente (Chiland); o psicólogo
controla as suas reacções emocionais perante idealizações, expectativas, agressividades
do paciente; reconhece e respeita a organização defensiva do sujeito. A intervenção não
deve ter efeitos prejudiciais e deve antever dificuldades; Empatia (Rogers) capacidade
de entrar no mundo subjectivo do sujeito; Função continente (Bion), ser receptáculo
estável para as angústias do paciente;
Dimensão de colocar questões (Não interrogatório – ética): favorecer a produção do
discurso (o que diz sobre os factos e como diz): Implica definição de limites – Pedido,
Espaço, Tempo;
Técnicas da entrevista (Craig1989): questionamento; reflexão; reformulação;
clarificação; confrontação; silêncio; exploração; reestruturação; humor;

 Testes e Escalas: situação padronizada (estímulo/comportamento e estatística);


validade /fidelidade estuda fenómenos precisos e circunscritos em função do
objecto de estudo (instrumentais, cognitivo, personalidade, escalas avaliação);

 Técnicas expressivas - Produção gráfica (Lagache, técnicas documentais):


Desenho (valor expressivo do grafismo, valor narrativo, valor projetivo
“Widlôcher”, Squiggle de Winnicott; Modelagem; Diários, escritos e resultados
escolares;
Diagnóstico

 É o resultado de um processo complexo: decidir se há razão para intervir; se há


patologia mental; não reduzir sujeito a nome; compreender a sua particularidade;
 Dois modelos de classificação: Classificação Etiológicas (assenta na descrição
dos sintomas); Classificação sindromática (apela a noção de doença taxonomias
DSM IVR ou ICD 10 fornece critérios de inclusão e exclusão, e árvores de
diagnóstico).
 1. Classificações Psicanalíticas: Bergeret propõe 3 grupos divididos em função
da, Angústia, Tipo de relação e Mecanismos de defesa.

Tipo Angustia Tipo de Relação Mecanismo defesa

Neurose Castração Genital Recalcamento

Estado Limite Perda objecto Anaclítica Desdobramento de


imagens

Psicose Fragmentação Fusional Recusa da realidade

Técnicas terapêuticas: Relaxamento

Investigação: Observação /leitura/ discussão; Interrogações / questões; Revisão da


literatura: Formulação do problema; Respostas possíveis – hipóteses e variáveis;
Desenhos de investigação aspectos éticos; Procedimento; Observação / recolha de
amostra; Análise e discussão dos resultados; Conclusões; Publicação e ou comunicação
dos resultados;

Intervenções

Intervenções do Psicólogo Clínico: Em crise; Comunitária; Institucional; Na saúde;

Os meios Psicológicos -Técnicas Terapêuticas (Palmade 1984): terapêuticas pelo


repouso e isolamento psicológico (retiros e internamentos afastamento dos focos de
tensão); Terapêuticas de encorajamento e apoio (terapias apoio); Educação e reeducação
(aquisição de novas competências ou recuperação de competências perdidas por
acontecimento acidental); Terapêuticas pela actividade (grupos de actividade, terapias
pela arte, ocupacionais e ergoterapias); Psicoterapia compreensiva: psicoterapais
existenciais e métodos não directivos;
Contextos: Centros de saúde e hospitais; Prisões; estabelecimentos de reinserção social;
escolas de todos os graus de ensino; empresas; actividades profissionais que necessitam
de elevados patamares de auto conhecimento e controlo emocional;

Complementaridades: Aconselhamento psicológico; Neuropsicologia; Prevenção e


Promoção da Saúde; Sexologia; Saúde Mental

Técnicas Terapêuticas

 Psicoterapias individuais e de grupo; Psicoterapia – Homem – Relação – Bem


estar; Relação formal e temporalmente limitada centrada na problemática
apresentada pelo sujeito. É sempre relação unilateral (Goddstein,1991 ; Kleinke,
1994); Processo de Mudança que visa: mudança no modo de expressar
sentimentos; reduzir a rigidez dos mecanismos psicológicos; aumentar a
diferenciação das perceções e anular os desvios entre a Ego e os seus ideais;
limitar a dependência; desenvolver capacidades de agir e de assumir riscos.
 A Psicoterapia começa com entrevista (Pedinielli &Rouan, 2003): avaliar o
pedido; realizar anamnese; identificar apoio objectal; identificar papel dos
fantasmas nas relações interpessoais; formas de mentalização;
 Condições que favorecem o processo terapêutico: empatia do terapeuta
(capacidade de compreender o quadro interno do outro); do terapeuta de
elementos da compreensão empática; a congruência na relação, autenticidade,
ausência de comportamento defensivo do terapeuta; valorização positiva
incondicional do cliente;
 Factores comuns que as diferentes psicoterapias partilham:
(Karagu, 1986) experiência afectiva facilitadora de mudanças; um novo domínio
cognitivo capaz de proporcionar diferentes formas de perspectivar a vida e interpretar os
acontecimentos; uma regulação comportamental traduzida nas novas maneiras de dar
resposta a questões do quotidiano;

(Stilles, Shapiro & Elliot, 1986): todas oferecem aceitação empática e acolhimento aos
seus clientes; em todas os clientes participam activamente no processo e são
estimulados a acreditar que podem mudar e que a psicoterapia é uma ajuda; todas
tentam promover no cliente o desenvolvimento de um importante vínculo emocional
para atingir a aliança terapêutica;

(Cordioli, 1998): relação significativa entre cliente/ terapêutica investida


emocionalmente e de intensa confiança; uma teoria explicativa dos problemas do cliente
e na qual o técnico se fundamenta; novas informações sobre a natureza dos problemas
sentidos e novas perspectivas sobre a forma de os ultrapassar; esperança na ajuda que o
terapeuta pode proporcionar em função das suas qualidades e capacidades; novas
experiências da vida sentidas como positivas e que implicam maior auto confiança;
oportunidade para expressar emoções;

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