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Exemplo:
- Um sujeito com o início de uma esquizofrenia era socialmente promovido porque tinha
a possibilidade de falar com os deuses. Mas, com a progressão da doença, havia a
despromoção social.
Pela primeira vez, surge uma concepção naturalista de doença mental – há uma
procura das causas da doença mental no homem e não em entidades divinas.
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Existiam duas escolas na Grécia Antiga que explicavam de forma diferente a doença
mental:
O Renascimento não trouxe benefícios aos doentes mentais, pelo contrário, manteve
práticas de perseguição e desrespeito. Contudo, alguns pensadores trouxeram alguns
avanços à psiquiatria.
Paracelso, foi uma excepção no seu tempo, já que procurou causas naturais da
doença mental. Acreditava que a doença mental era uma perturbação interna do corpo,
o qual estava intimamente ligado à alma. Paracelso é considerado o primeiro
psicoterapeuta.
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A psiquiatria foi constituída como especialidade médica no fim deste século, para
atender à necessidade de legitimar as restrições da sociedade burguesa e as
contradições de uma revolução que defendia a liberdade, a igualdade e a fraternidade,
mas que precisava, também, impedir as transgressões e manter a ordem burguesa e
suas novas referências, como a potência de trabalho para produzir riquezas.
Pinnel e Esquirol
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1. Psicose maníaco-depressiva: com um princípio abrupto, e evolução por surtos de
crise, havendo recuperação e normalidade no fim da crise; os doentes oscilam entre
períodos de depressão, períodos de excitação/mania e intervalos sem manifestação de
sintomas; não implicava deterioração do estado clínico (designação atual: perturbação
bipolar)
Vai chamar à demência precoce, esquizofrenia. Nem todos esses doentes evoluem
para a deterioração. O termo esquizofrenia (mente perdida) explicava a dissociação
entre os pensamentos e os sentimentos.
3. Constituição disfásica: típico dos jogadores de basket (muito altos, muito grandes e
com braços muito compridos); alterações endócrinas e hipofisárias (produção de um
grande número de hormonas de crescimento).
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Esta classificação não tem muito apoio científico, no entanto ainda se verificam alguns
casos de acordo com esta classificação.
KARL JASPERS
ALGUMAS NOÇÕES:
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Psiquiatria: é a especialidade da medicina que lida com a prevenção, atendimento,
diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais,
sejam elas de cunho orgânico ou funcional, com manifestações psicológicas severas.
Ex.: a depressão, o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a demência e os transtornos de
ansiedade. A palavra psiquiatria deriva do grego: “psyché” (alma) + “iatria” (cura) e quer
dizer “arte de curar a alma”. Doença mental = objeto da psiquiatria.
SAÚDE MENTAL
O termo Saúde Mental se justifica, assim, por ser uma área de conhecimento que, mais
do que diagnosticar e tratar, liga-se à prevenção e promoção da saúde, preocupando-
se em reabilitar e reincluir o paciente em seu contexto social.
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A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde
mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas
concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida.
Saúde mental: é um estado de boa adaptação, com uma sensação subjetiva de bem-
estar, prazer de viver e uma sensação de que o indivíduo está a exercer os seus
talentos e aptidões (Champlin,1989).
DOENÇA MENTAL
A doença mental engloba um amplo espectro de problemas patológicos que afetam a
mente, usualmente provocando grande desconforto interior e alterando
comportamentos. Provoca uma enorme variedade de sintomas entre as quais queixas a
nível do humor, percepção, imaginação e pensamento. Diferentes sinais e sintomas
reúnem-se e evoluem no tempo, têm em comum tornarem a pessoa disfuncional, a
nível pessoal, familiar, social e laboral, alterando, tanto pela intensidade como pela
persistência, o dia-a-dia da pessoa que sofre.
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Vamos descrever alguns sinais e sintomas das principais funções psíquicas. Em um
transtorno mental podem estar presentes vários deles ao mesmo tempo, assim como
um mesmo sintoma pode pertencer a quadros psíquicos diversos. Nem sempre os
nomes são muito fáceis de serem gravados, mas é importante para o técnico de
enfermagem engajado na Saúde Mental ter melhor compreensão dos termos usados
pelo restante da equipe a fim de estabelecer com ela uma troca adequada.
Alterações da sensopercepção
As alucinações são sensações ou percepções em que o objeto não existe, mas que é
extremamente real para o paciente, e ele não pode controlá-las pois independem de
sua vontade. Assim, numa alucinação auditiva, o paciente não dirá “parece que ouço
vozes”, e sim “as vozes voltaram e estão me dizendo para não escutar o que você diz”.
As alucinações podem ser auditivas, visuais, gustativas, olfativas, táteis, cinestésicas e
das relações e funções corporais.
Nas ilusões, ao contrário das alucinações, o objeto percebido existe, mas sua
percepção é falseada, deformada. O paciente pode, por exemplo, estar convencido que
o teto está baixando e que poderá esmagá-lo.
Alterações do pensamento
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a) Alterações da direção do pensamento:
Em geral possui boa fluência verbal e possui grande dificuldade de interromper o fluxo
do seu pensamento, que é contínuo. O indivíduo “emenda” um assunto no outro de tal
maneira que torna difícil sua compreensão. Bastante típico dos quadros maníacos.
Quando o indivíduo constrói sentenças corretas, muitas vezes até rebuscadas, mas
sem um sentido compreensível, fazendo associações estranhas, tem-se a alteração de
desagregação do pensamento, que é típica da esquizofrenia. Um bom exemplo é a
seguinte frase “se você não gostava de jaca porque roubou minha bicicleta?”
Já as ideias delirantes são ideias que não correspondem à realidade, mas que para o
indivíduo são a mais pura verdade. Tais ideias assumem a característica de serem
indiscutíveis mesmo com a mais profunda lógica, pois o indivíduo fundamenta-as em
uma lógica à parte.
Alterações da linguagem
Na ecolalia há repetição, como em eco, das últimas palavras proferidas por alguém; na
glossolalia, o paciente usa a linguagem de forma estranha e incorreta, muitas vezes
com a criação de novos termos, incompreensíveis (neologismos).
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No mutismo, o indivíduo mantém-se mudo, sendo comum em estados depressivos e de
esquizofrenia catatônica.
Alterações da consciência
O delírio é uma alteração transitória na qual o paciente não consegue reter, fixar e
evocar informações, a atividade mental organizada é reduzida. O ciclo sono-vigília
geralmente é desorganizado, pois tende a oscilar durante o dia e ser mais marcante à
noite, isto é, dorme e logo após acorda em crise de delírio.
Nos estados crepusculares, o paciente pode aparentar estar em pleno domínio de sua
consciência, mas há um estreitamento da mesma.
Quando o indivíduo não consegue ter uma percepção globalizada das situações,
havendo geralmente considerável diminuição no padrão de sensopercepção,
pouquíssimo entendimento das impressões sensoriais e lentidão da compreensão
denominamos de obnubilação. Normalmente, a pessoa mostra-se confusa.
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No estado de confusão, o indivíduo não consegue falar nem pensar “coisa com coisa”,
não consegue integrar coerentemente o que está vivendo, e a ligação que faz entre o
que vê, ouve, fala sente e pensa, ocorre de forma muito estranha.
Alterações da memória
Alterações da afetividade
Alterações do sono
Podem ocorrer como um sintoma ou como o próprio transtorno mental, ou ainda, como
reação adversa a determinados medicamentos.
Encontramos mais facilmente a insônia, que é a falta de sono durante uma parte ou
toda a noite (ou período habitual de sono do indivíduo).
Pode ser inicial (a pessoa custa a “pegar no sono” – mais característica de quadros de
ansiedade), ou terminal (a pessoa acorda de madrugada e não consegue voltar a
dormir – mais característico da depressão). Já a narcolepsia é sono em excesso
durante todo o dia.
Alterações do Movimento
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Na estereotipia, o indivíduo costuma repetir continuamente e sem necessidade
determinados movimentos, sem que haja uma lógica facilmente observável. Já os
tiques são movimentos rápidos e involuntários, também repetitivos.
E a catalepsia que é uma atitude de imobilidade, tal como se fosse uma estátua,
mantida pela pessoa inclusive com posturas aparentemente incômodas.
Dentro das diretrizes dos Serviços de Saúde, propõe-se a implantação de uma rede de
serviços aos usuários que seja plural, com diferentes graus de complexidade e que
promovam assistência integral para diferentes demandas, desde as mais simples às
mais complexas/graves. As abordagens e condutas devem ser baseadas em evidências
científicas. Esta Política busca promover uma maior integração social, fortalecer a
autonomia, o protagonismo e a participação social do indivíduo que apresenta
transtorno mental. Os pacientes que apresentam transtornos mentais, no âmbito dos
serviços de saúde, recebem atendimento na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
No Brasil por exemplo, paralelamente a todo este processo, a política com relação ao
tratamento dos transtornos mentais permaneceu sempre “atrelado” ao modelo europeu
do século XIX, centrado no isolamento de psicopatas ou indivíduos suspeitos,
toxicómanos e intoxicados habituais em instituições fechadas, mesmo quando tal
modelo tornou-se ultrapassado em muitos outros países.
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No fim da década de 1980, a partir das transformações sociais e políticas que vinham
acontecendo no campo da psiquiatria, em países da Europa (Inglaterra, França e
principalmente na Itália) e nos Estados Unidos da América, inicia-se no Brasil o
movimento da Reforma Psiquiátrica. Este movimento recebeu esta denominação por
apresentar e desencadear que vão muito além da mera assistência em saúde mental.
Estas vêm ocorrendo nas dimensões jurídicas, políticas, socio-culturais e teóricas.
Em Angola até no ano de 2011, ainda não houve sinais evidentes de estruturação de
um sistema de saúde mental, porém, há vontade expressa pelos gestores de
instituições assistenciais e de programas de saúde mental, de elaboração da política
nacional de saúde mental e de legislação afim. Das instituições assistenciais existentes
no país, apenas um de nível terciário de assistência, da categoria de hospitais centrais
com previsão de 300 leitos, mas funcionando com apenas 106 leitos “em Luanda”. As
demais instituições situam -se ao nível secundário de assistência e são da categoria de
hospitais gerais, “Lubango e Huambo), funcionando com menos de 100 leitos.
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as internações psiquiátricas, substituindo progressivamente os leitos psiquiátricos por
uma rede integrada, formada por núcleos de atendimentos, redes de apoio, hospitais-
dia e recomenda o fortalecimento da atenção básica e a da atenção psicossocial
comunitária, sugerindo a cada país encontrar o melhor caminho, respeitando as
particularidades sociais, económicas e culturais (OMS, 2009).
Desta forma, para que não houvesse um rompimento abrupto entre a unidade de
internação e o atendimento ambulatorial, surgiram estruturas intermediárias entre a
hospitalização psiquiátrica e a integração do paciente à sociedade, que receberam
nomes como hospitais-dia, lares abrigados, CAPS, com atuações diferentes descritas a
seguir:
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Num hospital-dia, trabalha-se com terapias individuais, com intervenções familiares,
mas, sobretudo, trabalha-se em grupos, assim denominados: grupo de pacientes, grupo
terapêutico (equipe terapêutica e pacientes) e equipe terapêutica (equipe
multiprofissional e interdisciplinar).
De forma direta ou indireta, toda a equipe terapêutica participa nas diferentes atividades
assistenciais, fazendo com que haja uma tomada de decisões de forma conjunta, troca
de informações entre os diferentes profissionais, planejamento e estabelecimento
conjunto do conteúdo das atividades assistenciais e, definição por todos dos papéis e
tarefas de cada membro da equipe em cada uma delas.
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• Oficinas de expressão plástica - Terapeuta ocupacional, a enfermagem e o grupo
de pacientes.
LARES ABRIGADOS - são locais onde podem viver ou morar um grupo de portadores
de transtornos mentais num clima familiar, sob tutela de uma equipe assistencial, por
um período mais ou menos longo. É totalmente integrado à comunidade e permite uma
vida autônoma. Não raro, devido à ausência da família, alguns lares tornam-se uma
residência definitiva.
A equipe que trabalha com lares abrigados apresenta um programa estruturado cujos
objetivos são o desenvolvimento da autonomia da pessoa e do grupo e a
ressocialização. Para detectar se estes objetivos foram atingidos, são necessárias
reuniões periódicas entre os profissionais da equipe. Essas reuniões servem para os
levantamentos de problemas e conflitos que surgem nas relações e nas tarefas
cotidianas para ajudar a superá-los.
A equipe de enfermagem assume aqui uma importância vital. Ela é quem mais está
presente em visitas e as suas orientações de educação para a saúde e higiene são
indispensáveis. Nestes lares, a detecção precoce de agravos à saúde assume tal
relevância que pode pôr o trabalho a perder caso falhe.
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Também está a cargo da equipe de enfermagem a supervisão e, em alguns casos, até
a administração medicamentosa, assim como a detecção de possíveis efeitos
colaterais.
De acordo com a realidade local, o CAPS assume táticas diferentes para enfrentar os
problemas decorrentes das diversas formas de viver. Assim você jamais encontrará um
CAPS igual ao outro. Porém, eles trazem como ponto comum a luta pela
desospitalização, a realização das oficinas terapêuticas e a atuação de uma equipe
multiprofissional. Pode atuar em associação com uma emergência psiquiátrica, e o
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paciente que sai deste setor será avaliado imediatamente para ser inserido em
atividades do CAPS, sem que haja necessidade de internação.
“Dizem que a primeira impressão é a que fica”. Esta frase popular bem pode estar
expressando uma realidade quando pensamos em assistência em saúde. No setor de
Saúde Mental, ela assume uma conotação especial, pois a sensação que o paciente
experimenta quando chega ao setor não é somente relevante; assume um papel
essencial no seu tratamento.
A maneira como é recebido, a expressão das pessoas que lhe atendem ou mesmo o
tom de voz com que falam, são capazes de gerar sentimentos que tanto podem
determinar o tratamento como afastar o indivíduo. Não é raro o paciente sair de um
setor de atendimento jurando que não volta mais porque foi maltratado pelo profissional
que o atendeu ou porque não “foi com a cara” daquele profissional. Não cabe
discutirmos aqui se ele volta ou não ao setor, mas sim no tempo em que ele adiará o
tratamento.
- Planta física - O ambiente deve ser arejado e de preferência amplo e bem iluminado,
de modo a transmitir sensação de segurança e bem-estar. O profissional deve
preocupar-se em tornar o ambiente o mais belo e agradável possível, simples, porém
aconchegante.
- Higiene ambiental - Ninguém pode sentir-se bem num ambiente sujo. Muitas vezes
devido ao fato de que os transtornos mentais não são transmissíveis, os profissionais
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de saúde tendem a relaxar com a manutenção da higiene. No entanto, é importante que
ela se mantenha não somente pela questão do bem-estar, mas também para evitar
surtos de doenças infecto-parasitárias e infestações.
Nível primário
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• Promoção e prevenção - Campanhas para reduzir o estigma dos portadores de
transtornos mentais, incluindo orientação à população em relação às doenças mentais
e apoio à criação e ao fortalecimento de associações de familiares e portadores de
transtornos mentais:
- Ampla divulgação dos serviços de saúde mental, assim como orientação sobre a
forma como procurá-los e utilizá-los, proporcionando a detecção e tratamento precoce
dos acometidos de transtornos mentais.
Nível secundário
Atendimentos ambulatoriais
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controlo das doenças mentais em fase aguda e, quando combinado com a dispensação
de medicamentos, mostra uma elevada taxa de resposta terapêutica com baixo custo.
Nível terciário
• Centros de Atenção Integral em Saúde Mental (CAISM), que são serviços que
devem atuar tanto na atenção secundária como na terciária, pois contemplariam um
atendimento completo em todos os níveis de complexidade (ambulatório, pronto-
socorro, CAPS, AME, hospital-dia e hospital para internação em tempo integral),
exercendo papel de formação e capacitação de profissionais de saúde mental em áreas
carentes de recursos humanos, além de dar suporte técnico para os CAPS e CAISM
seriam ideais para regiões e localidades onde uma rede de atenção em saúde mental
esteja se estruturando.
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• Leitos de Longa Permanência, destinados a pacientes com comprometimento para a
manutenção de atividades básicas de vida diária e que não possuem apoio familiar.
Esses serviços devem ser financiados também com verbas da assistência social.
1- Período Pré-Natal
É comum pensar que a vida começa com o nascimento. Porém, os nove meses (em
média) que o antecedem são responsáveis por um complexo desenvolvimento
intrauterino. As características genéticas já começam a interagir com o meio no qual o
bebê se encontra. A alimentação da mãe afeta diretamente no crescimento e o bebê
passa a responder à voz da mãe, a distingui-la das demais, e ter preferência por ela.
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2- Período da Primeira Infância
A primeira infância começa com o nascimento e vai até os 3 anos de idade. Nos
primeiros meses, os cinco sentidos começam a se desenvolver. Na parte cognitiva, “as
capacidades de aprender e lembrar estão presentes mesmo nas primeiras semanas. O
uso de símbolos e a capacidade de resolver problemas se desenvolvem por volta do
final do segundo ano de vida”. (Papalia, sd).
Neste período, a criança começa a formar vínculos fortes com os pais ou cuidadores.
Há o início da percepção de si mesmo (autoconsciência) e o interesse por outras
crianças.
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processo e igualmente na estimulação da memória e da linguagem (que melhoram
independentemente da escola).
5- Período da Adolescência
Como sabemos, nesta fase ocorre a maturidade reprodutiva, quando se torna possível
para os indivíduos serem pais ou mães. A saúde é afetada, geralmente, pelo
comportamento, como transtornos alimentares ou uso de drogas.
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Aqui vemos que a fase anterior, a adolescência pode se prolongar, ainda e haver uma
certa intersecção de fases. Afinal, não é possível demarcar com precisão quando
começa a idade adulta. Alguns argumentam que esta se inicia com o primeiro trabalho
e o autossustento, outros com o início da faculdade ou com a constituição de uma nova
família.
Esta fase vai dos 40 aos 65 anos de idade. Há mudanças significativas nas condições
físicas (saúde, vigor), porém, com grandes diferenças de uma pessoa para outra. “As
mulheres entram na menopausa. As capacidades mentais atingem o auge, a
especialização e as habilidades relativas à solução de problemas práticos são
acentuadas. A produção criativa pode declinar, mas melhor em qualidade. Para alguns,
o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo, para outros, poderá
ocorrer esgotamento ou mudança de carreira. A dupla responsabilidade pelo cuidado
dos filhos e dos pais idosos pode causar estresse. A saída dos filhos deixa o ninho
vazio” (Papalia, sd).
Este período começa a partir dos 65 anos. “A maioria das pessoas é saudável e ativa,
embora geralmente haja um declínio da saúde e das capacidades físicas. O tempo de
reação mais lento afeta alguns aspectos funcionais. A maioria das pessoas está
mentalmente alerta. Embora a inteligência e memória possam se deteriorar em algumas
áreas, a maioria das pessoas encontra meios de compensação. A aposentadoria pode
oferecer novas opções para aproveitar o tempo. As pessoas desenvolvem estratégias
mais flexíveis para enfrentar perdas pessoais e a morte eminente. O relacionamento
com a família e com amigos íntimos pode proporcionar um importante apoio. A busca
de significado para a vida assume uma importância fundamental” (Papalia, sd).
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Precisamos compreender que nós, seres humanos, funcionamos como um todo, ou
seja, vários fatores influenciam ao mesmo tempo os nossos comportamentos, as
nossas escolhas. Por exemplo, se alguém desenvolve um medo excessivo da violência
atual, a ponto de recusar-se a sair às ruas, ou até mesmo a atender o telefone, assistir
televisão ou chegar ao portão de casa, podemos pensar de imediato que há várias
causas colaborando para isso, como: a história de vida do indivíduo, se foi uma criança
muito protegida ou excessivamente exposta; os mecanismos fisiológicos que atuam na
resposta de medo; o próprio aumento da violência nos dias atuais e a exploração que a
imprensa faz disso; alguma perda de pessoa querida em período recente. Tudo pode
atuar ao mesmo tempo.
Muitas vezes podemos achar difícil de entender como sintomas tão “emocionais” como
sentir-se culpado ou ter pensamentos repetidos de morte ou ouvir vozes possam ter
também uma base orgânica, mas ela existe. O envelhecimento, o abuso de álcool ou
outras substâncias são exemplos comuns. Em muitos casos essa base já pode ser
identificada e descrita pelos especialistas, em outros casos ainda não.
O que se sabe é que sempre que temos alguma emoção, seja ela agradável ou
desagradável, ocorrem uma série de trocas elétricas e químicas em nosso cérebro, o
que já constitui, por si só, um fator orgânico.
O nome “genético” vem da palavra genes, que são grandes moléculas que existem
dentro de nossas células contendo informações sobre como nosso corpo deve se
organizar. As informações contidas nos genes são muitas e não são todas que
utilizamos; algumas ficam guardadas.
Ainda assim, é uma grande armadilha acreditarmos que aí está “toda” a causa da
doença mental, pois passamos a acreditar que a solução do problema só estará neste
ponto e deixamos de prestar atenção em todos os outros aspectos da pessoa que
atendemos em sofrimento mental.
Dessa forma, a constituição genética precisa ser vista como uma “facilidade orgânica”
para desenvolver um determinado transtorno mental, mas não há garantias de que, ao
longo da vida do sujeito, tal fato ocorrerá, visto que dependerá de outros fatores para
que tal “tendência” de fato se manifeste.
b) Fatores pré-natais
c) Fatores peri-natais
d) Fatores neuro-endocrinológicos
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O transtorno mental pode também aparecer como consequência de determinada
doença orgânica, tal como infecções, traumatismos, vasculopatias, intoxicações, abuso
de substâncias e qualquer agente nocivo que afete o sistema nervosos central.
2- Fatores Ambientais
Você acorda pela manhã e percebe que o tempo mudou. O sol que havia ontem não
apareceu hoje, faz frio e cai forte chuva. Ao se preparar para sair, com certeza você
buscará roupas mais quentes e procurará se proteger com capa ou guarda chuva.
Estamos, assim, procurando nos ajustar aos fatores ambientais (nesse caso,
climáticos).
Para melhor compreensão, podemos dizer que os fatores ambientais podem ser
sociais, culturais e econômicos.
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Como sociais podemos compreender todas as interações que temos com o outro,
nossas relações pessoais, profissionais e com outros grupos. Estudos falam da
importância das pessoas significativas em nossa infância e de como ficam marcadas
em nós as suas formas de pensar e agir, assim como as reações que passamos a ter
influenciam o nosso comportamento diante de outras pessoas. Se, com as pessoas
importantes de nossa infância, aprendemos que existem pessoas que não são
confiáveis e que devemos estar sempre atentos para não sermos enganados,
possivelmente teremos dificuldades em confiar em alguém mesmo em nossa vida
adulta.
Outro grupo de fatores ambientais que podemos perceber como exercendo influência
sobre nós são os econômicos. Nesse tópico tanto podemos nos referir à nossa
possibilidade mais direta de aquisição de bens, ou seja, “nosso bolso”, quanto às atuais
condições sociais, onde a miséria, aliada à baixa escolaridade, pode levar ao aumento
da criminalidade e, esta ao aumento de tensão em nosso dia-a-dia.
Vale observar que todos estes grupos de fatores ambientais estão presentes tanto em
meios menos extensos, como a família, quanto em meios mais amplos, como a própria
humanidade.
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aspectos emocionais estamos falando de formação de identidade, que se inicia
justamente com a conjugação dos aspectos físicos e ambientais.
Cada pessoa vem a este mundo como ser único, diferente de todos os outros. Cada um
de nós apresenta, mesmo ao nascer, uma forma de interagir com o mundo que
influencia o comportamento de quem está à nossa volta e é influenciado por ele. Não é
incomum as mulheres que possuem mais de um filho afirmarem que foram bebês
totalmente diferentes: um dormia mais, outro chorava o tempo todo, ou estava sempre
doente.
Também devemos lembrar que, quando nascemos, já trazemos conosco uma “história
de vida”. Se fomos desejados ou não, se somos o primeiro filho ou o décimo, se nossa
estadia na barriga foi tranquila ou cheia de altos e baixos, se a mamãe fez uso de
algum medicamento ou droga que tenha nos deixado mais agitados ou mais apagados,
se tivemos ou não dificuldades maiores no parto, se fomos bem atendidos e fomos logo
para perto da mamãe, ou se tivemos que ficar mais tempo longe (indo para uma UTI
neonatal, por exemplo), se a mamãe ficou bem após nosso nascimento (disponível para
gente) ou se teve, por exemplo, uma depressão puerperal.
Bom, estes são só alguns exemplos que mostram que nós já “botamos o pé na vida”
com algumas características que nos são individuais e que as interações que vamos
estabelecer com o mundo, a partir de nosso nascimento, serão formadoras de um modo
de ser caracteristicamente nosso, mais ou menos ajustado, ao qual chamamos
personalidade.
Ao nascer, o bebê não tem ainda consciência de si mesmo e do mundo à sua volta.
Não consegue diferenciar suas sensações internas do mundo externo. Apenas
consegue perceber sensações boas (prazerosas) e más (desprazerosas). A fralda
molhada dá desprazer e ele chora. O colo da mamãe dá prazer (possivelmente lembra
o conhecido aconchego do útero e dá segurança) e ele dorme.
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que é o ponto de partida para sentimentos como segurança, otimismo e fé na vida
adulta. Além disso a formação do vínculo afetivo com a mãe ou pessoa substituta faz
com que o bebê ganhe condições para amadurecer e voltar-se para conhecer e
experimentar o mundo.
Imagine-se chegando sozinho a um país estranho, onde você não conhece a língua, os
costumes, nada (que sufoco, não?). Agora imagine que nesse lugar esteja te esperando
alguém que fala a sua língua (que alívio!), e que pode te ensinar tudo quanto você
precisa para se adaptar melhor. A mãe e o pai, ou pessoas substitutas, atuam mais ou
menos como “guias turísticos” do mundo para o bebê que chega. A grande diferença é
que o bebê é um “turista” até mesmo em seu próprio corpo, precisando de alguém para
ajudá-lo a se conhecer.
Acontece que quando o bebê não tem suas necessidades atendidas, ele não tem ainda
a capacidade de suportar a sensação ruim para aguardar a boa. O bebê não diz para si
mesmo: “Ah! Agora estou com fome, mas mamãe não pode me dar de mamar porque
está a tomar banho. Tudo bem! Quando ela sair do banheiro, eu choro de novo. ”
Não! Para o bebê recém-nascido, a fome é um desprazer tão intenso que, se não
atendida, adquire tons de ameaça de destruição (mais ou menos como nos sentiríamos
diante do fim do mundo). Nesses momentos o bebê experimenta profunda sensação de
desamparo.
À medida que vai estabelecendo trocas positivas com as pessoas que cuidam dele, o
bebê vai criando uma diferenciação entre ele e o restante do mundo (que, nesse
momento, ainda são as pessoas mais próximas) e vai adquirindo uma certa tolerância à
frustração e maior capacidade de espera, pois já consegue “antecipar” (fazendo uso da
memória) a satisfação de suas necessidades.
provoca no ambiente.
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terapia intensiva (UTI), o cuidar pode tornar-se mecânico devido à alta complexidade de
equipamentos e tecnologia. Estes fatores, portanto, podem favorecer um
comportamento da equipe pouco comprometido com os sentimentos dos doentes e
seus familiares, resultando na desvalorização da assistência humanizada.
O profissional da saúde deve entender que seu ofício vai além de cumprir horário, de
respeitar as normas de trabalho, entre outras responsabilidades. Lidar com vidas
humanas demanda, acima de tudo, um posicionamento individualizado com estima e
apreço.
Ao exercer essa profissão, a pessoa precisa saber manter a calma quando, por
exemplo, o paciente está em desespero ou ansioso pela sua recuperação. No caso de
sofrimento, dar uma palavra de acalento pode ser bastante significativo e contribuir
diretamente para o restabelecimento do enfermo.
Por outro lado, o familiar também passa a ser um elo entre o técnico de enfermagem e
o paciente. Por meio de orientações dadas pelos profissionais da saúde, os familiares
sentem-se mais tranquilos, influenciando positivamente o paciente na sua recuperação
plena.
Como se pode ver, a relação entre técnico de enfermagem e paciente é algo a ser
aprimorado a cada dia do exercício da profissão. Saber oferecer cuidado, carinho e
otimismo a familiares e pacientes requer vocação e disposição em servir ao próximo.
Por avaliação psicológica entende-se uma série de procedimentos que têm por objetivo
medir fenômenos ou processos psicológicos. Refere-se, seguindo o pensamento de
Alchieri e Cruz (2003), ao modo de conhecer os processos psicológicos, que podem
utilizar-se tanto de procedimentos que visam diagnóstico e prognóstico quanto de
outros que examinam as condições psicológicas, verificando estrutura e dinâmica de
funcionamento, competências, habilidades, inteligência, entre outros. Nesse caso,
observe-se que a avaliação psicológica está respaldada pela construção científica da
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disciplina, como procedimento teórico e tecnicamente organizado em torno de
instrumentos de testagem e avaliação, para responder a demandas específicas,
circunscritas a quem solicitou e em determinado espaço temporal, não mais apenas
pela dicotomia psicotécnico/psicodiagnóstico. Além disso, para que uma avaliação
psicológica seja realizada de forma adequada e bem sucedida, o psicólogo precisa ir
além dos conhecimentos essenciais da Psicologia (Psicopatologia, Psicologia do
Desenvolvimento e da Personalidade, entre outras), será necessário conhecer as
técnicas de investigação psicológica (nelas incluem-se as entrevistas, observações,
dinâmicas de grupo e testes psicológicos) e dispor de conhecimento em psicometria.
Cada instrumento de avaliação deve obedecer a suas condições de aplicação, devendo
sempre ser adequadas aos objetivos da demanda, ao que se pretende avaliar e
entender (CASULLO, 1999; ANASTASI; URBINA, 2000; PASQUALI, 2005). A entrevista
na avaliação psicológica recebe diversas definições, de acordo com a base teórica que
a acolhe, propósito e abrangência. Uma definição que parece dar conta de explicá-la é
baseada na proposta de Tavares (2000) que explica ser a entrevista um conjunto de
técnicas de investigação - um processo - que ocorre num tempo delimitado, é dirigida
pelo psicólogo que se utiliza dos conhecimentos que tem, estabelecendo uma relação
profissional com o entrevistado, com o objetivo claro de descrever e avaliar aspectos
pessoais, relacionais ou contextuais, para ao final tomar algum tipo de decisão que
pode incluir recomendações, orientações, diagnóstico, encaminhamento, contratação
de serviços, desligamento ou qualquer tipo de intervenção que beneficie o entrevistado.
Entende-se ainda que a entrevista, enquanto uma técnica e um processo, não precisa
estar restrita a um único encontro, a um único momento exclusivo (LEITÃO; RAMOS,
2004). O psicólogo necessita e tem o direito de refletir a respeito dos dados coletados à
primeira vista, precisa planejar os passos seguintes e dar continuidade ao processo de
entrevista e, quando for o caso, incluir outros instrumentos, o que consiste em formatar
a avaliação psicológica. Observe-se que assim a entrevista posiciona-se de acordo
com a sua magnitude e grau de importância na avaliação psicológica, por ser a técnica
que permite o levantamento preliminar de informações sobre uma pessoa, recurso que
permite, inclusive, definir a série de procedimentos que em continuidade integrarão a
avaliação psicológica como um todo. Obviamente que a entrevista não se limita a este
procedimento inicial, pois durante todo o processo de avaliação psicológica poderá
38
haver a aplicação de etapas e técnicas de entrevista de acordo com o objetivo ou
finalidade que originou a entrevista em si.
Surgem pelo menos duas diferenças essenciais entre a entrevista clínica utilizada em
psiquiatria e em psicologia, sendo as duas abordagens, no entanto, complementares e
necessárias:
A finalidade da entrevista
39
didático, seguem algumas finalidades dadas às entrevistas, provavelmente as mais
usuais e com as quais os psicólogos se deparam em seu trabalho cotidiano:
40
c) Entrevista de Encaminhamento: Este tipo de entrevista é bastante utilizado em
contextos clínicos, hospitalares e escolares. Tem por finalidade, como o próprio nome
diz, encaminhar o indivíduo para instituições e/ou profissionais que possam dar
continuidade ao seu atendimento, ao seu tratamento ou mesmo ao processo de
avaliação psicológica. A entrevista de encaminhamento pode ser uma decorrência da
entrevista diagnóstica, por exemplo, o encaminhamento para psicoterapia; da não
adequação do tipo de atendimento psicoterápico que o psicólogo sabe fazer à
psicopatologia que o paciente apresenta, é outro exemplo, ou seja, o psicoterapeuta irá
encaminhar para um colega em condições de prosseguir com o paciente,
redirecionando o tratamento de acordo com a necessidade. Entretanto também existem
aquelas entrevistas de encaminhamento que decorrem de uma breve entrevista inicial,
que funciona como uma triagem com a finalidade apenas avaliar a demanda do
indivíduo para que se possa propor o seguimento do atendimento. É bastante comum
que isso ocorra, conforme Tavares (2000), em serviços de saúde pública. A entrevista
de triagem e encaminhamento servirá especialmente para avaliar a gravidade da crise,
se é necessário encaminhar para avaliação psiquiátrica imediatamente, para qual
profissional encaminhar e assim por diante.
41
Os tipos de entrevista referem-se ao seu aspecto formal ou à sua estrutura. Entende-se
que toda entrevista, como processo de se capturar informações sobre alguém, é uma
pesquisa. Por este motivo a proposta de Gil (1999) de classificação das entrevistas de
acordo com seu aspecto estrutural, pode ser aplicada para o que se pretende explicar
neste item. Seguindo o pensamento do autor, as entrevistas podem ser classificadas
em: entrevista estruturada, semiestruturada, e não estruturada. Outras possíveis
nomenclaturas utilizadas para discutir os tipos de entrevista são: entrevista aberta ou
não diretiva (a mesma que a não estruturada), entrevista diretiva ou fechada (ou
estruturada), e a entrevista semiestruturada que também é conhecida com semidiretiva
ou semiaberta. Para entender melhor cada tipo, seguem algumas descrições acerca de
cada um deles:
43
observar que o entrevistador precisa conhecer cada tipo e sua aplicação, justamente
para que possa fazer a melhor escolha de acordo com a sua necessidade.
DISTÚRBIO DO SONO
INSÓNIA
A insónia é a dificuldade em conciliar o sono ou permanecer adormecido, ou uma
alteração no padrão do sono que, ao despertar, leva à percepção de que o sono foi
insuficiente.
A insónia não é uma doença, mas um sintoma. Pode ser consequência de diversas
perturbações emocionais e físicas e do uso de medicamentos. A dificuldade em
conciliar o sono é frequente entre jovens e idosos e muitas vezes manifesta-se no
decurso de alterações emocionais, como a ansiedade, o nervosismo, a depressão ou o
temor. Há mesmo pessoas que têm dificuldade em conciliar o sono simplesmente
porque não experimentam cansaço, nem físico nem mental.
As pessoas com uma alteração no seu padrão de sono podem experimentar inversões
no ritmo do sono, isto é, conciliam o sono em horas menos adequadas e não
conseguem dormir quando deveriam fazê-lo. Por vezes, devem-se ao efeito secundário
de um fármaco. O padrão de sono pode ver-se alterado por lesões no relógio interno do
cérebro (provocadas por uma encefalite, um icto ou uma doença de Alzheimer, por
exemplo).
Causas
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Se a causa da insónia se dever ao stress emocional, será mais útil um tratamento para
aliviar o stress em vez de tomar medicamentos para dormir. Quando a insónia se
manifesta com depressão, deve dirigir-se ao médico, que fará uma avaliação global e
prescreverá um tratamento. Certos antidepressivos costumam induzir o sono devido às
suas propriedades sedantes.
Diagnóstico
Tratamento e prevenção
Dado que provavelmente o número total de horas de sono diminui com a idade, pode
ser útil para as pessoas mais velhas irem dormir mais tarde ou levantarem-se mais
cedo. As pessoas com insónia podem melhorar o seu estado se permanecerem
tranquilas e relaxadas antes de se deitarem, procurando criar nos seus quartos uma
atmosfera que convide ao sono. Para isso, é necessária uma luz ténue, o mínimo de
ruído possível e uma temperatura agradável no quarto.
HIPERSÓNIA
É uma condição que faz com que o indivíduo sinta um sono excessivo durante o dia,
às vezes incontrolável. Isso faz com que durma em horários pouco apropriados ou por
um período maior durante a noite. Diferentemente da narcolepsia, a hipersonia só
produz a vontade de dormir, mas, na maioria dos casos, o paciente consegue se
manter acordado. Todos nós temos hábitos de sono que atendem às nossas
necessidades, assim, a quantidade de horas dormindo é variável. Porém, pessoas
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que sofrem com esse distúrbio do sono podem passar 10 horas dormindo
ininterruptamente.
Causas
Narcolepsia;
Apneia obstrutiva do sono;
Obesidade;
Alcoolismo;
Traumas na cabeça ou doenças neurológicas (p.ex.: esclerose múltipla);
Uso regular de tranquilizantes;
Problemas genéticos.
Sintomas
Para diagnosticar este distúrbio, é preciso que os sintomas já estejam ocorrendo há,
pelo menos, três meses. Os sintomas mais recorrentes são dificuldade para acordar,
necessidade de dormir, em média, 10 horas por noite, cansaço durante o dia,
exaustão, desorientação, falta de concentração, perda de memória, bocejo constante
e irritabilidade.
Tratamento
Prevenção
ANSIEDADE
Sintomas
São: tensão muscular, dificuldade de respiração, suor nas palmas das mãos, doenças
estomacais, sensação de desmaio iminente, sensação de choque, sensação de terror,
tremor, desorientação, desconcentração, fraqueza, tensão arterial alta ou baixa,
tontura, medo de enlouquecer, medo exagerado, cansaço, irritabilidade, sensação de
irrealidade, inquietação de espírito, taquicardia, palpitações, vertigem, dificuldades
intestinal, vómitos, dificuldade em dormir, alterações nas funções sexuais, sudoração,
onicofagia e mudanças nos hábitos de alimentação.
Causas
Fatores de risco
Alguns fatores podem influenciar nas possíveis causas tais como: fatores genéticos e
fisiológicos - pode ser herdado tendo em conta o historial familiar; ambientais -
alcoolismo, (p. ex., a morte de um parente ou animal de estimação; doença do
47
indivíduo ou de um parente; mudança de escola; divórcio dos pais; mudança para
outro bairro; imigração; intromissão parentais, superproteção, separação parentais,
um desastre que envolveu períodos de separação das figuras de apego). Outras
doenças podem iflueciar no desenvolvimento da ansiedade (por exemplo hipertensão,
coração, estresse, etc.).
Consequências
Tratamento
Prevenção
ANGÚSTIA
É certo que todas as pessoas a possuem, mas não em alto nível. Nesse estado, ela
se manifesta motivada por um dos Transtornos de Ansiedade (pânico, fobias,
obsessões), por reações no corpo e manifestações que envolvem, ou não, uma
doença orgânica.
Sintomas
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Batimentos cardíacos desacelerados;
Pensamentos negativos e sentimento de preocupação;
Dores de cabeça e enxaquecas frequentes;
Dores musculares;
Insônia;
Alterações do apetite;
Desânimo e abatimento mental;
Dificuldade de concentração em tarefas;
Falta de ar e crises de pânico e medo;
Tremores, calafrios, suor à noite e ataques de diarreia.
Causas
A maioria dos casos de angústia estão relacionados a um estilo de vida com situações
que favorecem o sentimento de culpa, arrependimento, insegurança e frustração .
Mesmo assim, existem situações em que a dor surge sem um motivo aparente,
variando de acordo com cada pessoa.
Tratamento
Tratamento medicamentoso
A dor causada pela angústia pode receber tratamento através de praticamente todas
drogas utilizadas pela psiquiatria. Estabilizadores de humor, anticonvulsivantes e
benzodiazepínicos geralmente são indicados para aliviar a ansiedade, fadiga e
insônia.
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Durante o tratamento da angústia, o antidepressivo tricíclico amitriptilina (Elavil) é o
mais recomendado para ser utilizado como analgésico, principalmente por sua
atuação sedativa contra a dor e aumento de atividade dos neurotransmissores
norepinefrina e serotonina.
Psicoterapia
Prevenção
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Causas
Todos os Ataques de Pânico são réplicas do primeiro ataque, em que o medo sentido
foi tão grande que se começa a ter medo de o voltar a sentir. As pessoas podem sentir
o primeiro episódio de Pânico em qualquer circunstância, como por exemplo ao
dormir, ao conduzir, num centro comercial, em casa, entre outras situações.
Sintomas
Dificuldade respiratória;
Tonturas ou sensação de desmaio;
Aumento da frequência cardíaca;
Tremores;
Transpiração;
Náuseas ou diarreia;
Dores abdominais;
Formigueiros;
Afrontamentos ou calafrios;
Aperto no peito.
Tratamento
Prevenção
DEPRESSÃO
Depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e séria que afeta
negativamente como o sujeito se sente, como pensa e como age.
Sintomas
Fatores de risco
A depressão pode afetar qualquer pessoa – até mesmo uma pessoa que parece viver
em circunstâncias relativamente ideais.
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Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);
Hiperconexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de internet e
redes sociais;
Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou abuso;
Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou
a perda de uma pessoa muito querida;
Fibromialgia e dores crônicas.
Tratamento
Em alguns casos, um exame de sangue pode ser feito para garantir que a depressão
não seja causada por uma condição médica como um problema de tiróide. A avaliação
é para identificar sintomas específicos, histórico médico e familiar, fatores culturais e
fatores ambientais para chegar a um diagnóstico e planejar um curso de ação.
Tratamento medicamentoso
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Os psiquiatras geralmente recomendam que os pacientes continuem tomando
medicação por seis ou mais meses depois que os sintomas melhoraram. Tratamento
de manutenção a longo prazo pode ser sugerido para diminuir o risco de episódios
futuros para certas pessoas de alto risco.
Psicoterapia
A psicoterapia pode envolver apenas o indivíduo, mas pode incluir outros. Por
exemplo, a terapia familiar ou de casais pode ajudar a resolver problemas dentro
desses relacionamentos íntimos. Terapia de grupo envolve pessoas com doenças
semelhantes.
Prevenção
Excesso de trabalho
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Enquanto permanecer ocupado não é um problema, ter atividades demais, muito
cedo, pode ser.
Contudo, é muito importante conhecer os próprios limites e tentar manter uma vida
equilibrada. Se você está propenso à depressão, isso é de sua responsabilidade –
assim como escovar os dentes ou obedecer aos limites de velocidade.
Exercícios regulares
Uma análise de 2009 descobriu que o exercício ameniza a depressão, bem como a
terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou antidepressivos. Uma combinação de
resistência e aeróbica parece melhor do que o exercício aeróbico sozinho. Exercícios
com foco meditativo, como tai chi e yoga, também ajudam.
FOBIAS
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Fobia nem sempre é uma doença em si. Pode ser um sintoma de outra causa
subjacente – geralmente um transtorno mental. De qualquer forma, o medo sentido
por pessoas que têm fobia é completamente diferente da ansiedade que é natural dos
seres humanos.
O medo, por si só, é uma reação psicológica e fisiológica perfeita que surge em
resposta a uma possível ameaça ou situação de perigo. Já a fobia não segue uma
lógica propriamente dita, e a ansiedade nesses casos é incoerente com o perigo real
que aquilo representa.
A fobia costuma ser de longa duração, provoca intensas reações físicas e psicológicas
e pode comprometer seriamente a qualidade de vida de quem a tem.
Tipos
Existem diversos tipos de fobias, que vão desde o medo intenso de situações sociais
(fobia social), de lugares cheios de pessoas (agorafobia) até o medo de animais,
objetos ou situações específicas (fobia simples).
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No entanto, sabe-se também que as fobias podem ter uma ligação bastante direta
com traumas e situações passadas.
Todas as pessoas passam por momentos difíceis, mas algumas delas podem
desenvolver, com o tempo, sentimentos de angústia que podem evoluir para um
quadro de fobia.
Fatores de risco
Idade
Histórico familiar
Se alguém de sua família tiver algum tipo fobia, você tem mais chances de
desenvolvê-la também.
Esta poderia ser uma tendência hereditária, mas especialistas suspeitam que crianças
sejam capazes de aprender e adquirir fobia somente observando as reações de uma
pessoa próxima, da mesma família, a alguma situação de pouco ou nenhum perigo.
Temperamento
Evento traumático
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Passar por uma situação traumática ou por uma série de eventos traumáticos ao
longo da vida podem levar ao desenvolvimento de uma fobia.
Sintomas
Há três diferentes tipos de abordagem que podem ser seguidos pelos especialistas
e pacientes: a psicoterapia, o uso de medicamentos específicos ou, ainda, a união
de ambos.
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Medicamentoso
Anafranil
Cloxazolam
Clomipramina
Olcadil
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu
caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
Complicações
Isolamento social: evitar lugares, coisas e pessoas que você teme pode
causar problemas profissionais, familiares e de relacionamento;
Depressão: muitas pessoas com fobias estão mais sujeitas a desenvolver
depressão e outros transtornos de ansiedade;
Abuso de substâncias: o estresse de viver e conviver com uma fobia pode
levar ao abuso de substâncias e à dependência química e psíquica, como o
tabagismo, o alcoolismo e o vício em determinados tipos de drogas;
Suicídio: alguns indivíduos com fobias específicas são mais propensos a
cometer suicídio.
Prevenção
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DOENÇA PSICOSSOMÁTICA
Entretanto, esses sintomas não podem ser explicados por nenhuma alteração orgânica,
já que nos exames de confirmação diagnóstica, não aparece nenhuma doença que
cause esses sinais.
Então, essas doenças acontecem quando o sujeito tem algum desequilíbrio no seu
estado emocional e esse acúmulo de fatores causa dores e problemas físicos.
Dessa forma, fica evidente que a mente e o corpo formam um sistema único e estão
ligados até mesmo no seu inconsciente.
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Após a publicação do DSM-V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5ª
edição) em 2013, foi criado o termo Transtorno de Sintomas Somáticos (TSS).
Por isso, muitos profissionais da área da saúde preferem usar esse termo (TSS) e não
“somatização” ou “doença somática”, a fim de não rotular o paciente.
Causas
Não existe uma causa única para o desenvolvimento de uma doença psicossomática.
Seu desenvolvimento depende de uma predisposição pessoal e orgânica, em como o
corpo e o psicológico interagem e reagem frente a certas condições e/ou situações de
vida.
Sobrecarga profissional;
Eventos traumáticos prévios (seja na infância ou na vida adulta);
Vítimas de violência psicológica, física ou sexual;
Mudança nos padrões de relacionamento;
Perdas financeiras;
Influência genética;
Luto.
Sintomas
São múltiplas as formas que uma doença psicossomática pode se manifestar, através
de sintomas físicos e psicológicos.
Ansiedade;
Irritabilidade;
Impaciência;
Tristeza;
Falta de interesse nas atividades diárias;
62
Exaustão.
Os sintomas físicos mais frequentes incluem:
O diagnóstico é muitas vezes difícil e demorado, pois são necessários exames que
confirmem que não existe uma desordem no organismo e posteriormente é realizado o
encaminhamento para um psiquiatra. No entanto, outras especialidades médicas
também podem sugerir as doenças, através dos exames físicos e laboratoriais, que não
apresentam alterações.
Como é possível perceber através dos sintomas listados acima, são muitas as formas e
apresentações das doenças psicossomáticas. Aqui citaremos algumas doenças que
podem surgir ou se agravar a partir de um trauma psicológico:
Enxaqueca;
Síndrome do Intestino Irritado;
Alergias alimentares, respiratórias e/ou de pele;
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Gastrite;
Impotência sexual;
Infertilidade.
Complicações possíveis
Alcoolismo;
Desajustes conjugais ou familiares;
Uso casual ou abuso de drogas ilícitas;
Troca constantes de emprego ou desemprego;
Estado geral de saúde ruim ou pouco saudável;
Problemas para manter relacionamentos afetivos ou no ambiente de trabalho;
Muita dificuldade para lidar com as intercorrências ou adversidades da vida
diária;
Tendências a outros transtornos mentais, como ansiedade patológica, crises
depressivas ou múltiplos transtornos de personalidade;
Risco maior para o suicídio induzido pela desmotivação quanto ao futuro ou
devido à ausência de resposta dos tratamentos contra a depressão;
Acentuação de dívidas por causa de consultas excessivas para tratamentos
mentais ou para as doenças que julga ter.
Tratamento
A boa notícia é que esses distúrbios podem ser solucionados mediante intervenção
terapêutica adequada. A meta do tratamento é a reabilitação gradativa do estado
mental do paciente, de modo que ele consiga melhorar os principais sintomas e retome
a autonomia sobre a vida.
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As metodologias mais indicadas para a reestruturação da saúde mental e física dos
pacientes com doenças psicossomáticas são:
Apoio psicológico
Como a maioria dos sintomas físicos podem estar vinculados ao desgaste psicológico e
a ansiedade e depressão de alto nível, a intervenção psicoterapêutica é a mais indicada
no início do tratamento.
Tratamento psiquiátrico
A prevenção de doenças psicossomáticas envolve toda forma que nos ajuda a lidar
com os problemas emocionais, seja através da psicoterapia ou de medidas naturais,
como meditação e fitoterápicos. A prática regular de atividades físicas, aliada a uma
alimentação saudável também é fundamental para a promoção do bem-estar e controlo
emocional.
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ALCOOLISMO
O álcool também pode ser consumido “socialmente” sem que a pessoa se torne
alcoólatra. Na verdade, dentro do consumo “social” de álcool deve-se considerar como
aspectos separados e clinicamente específicos:
O alcoolismo gera custos muito altos para os serviços de saúde em todo o mundo, além
de outros representados pela queda de produtividade, pois os alcoólatras têm os seus
rendimentos profissionais seriamente prejudicados ou ficam impedidos de trabalhar.
Causas
Em nosso meio, as bebidas alcoólicas são cada vez mais consumidas e até exaltadas e
as pessoas são introduzidas nelas cada vez mais cedo. É verdade que a maioria das
pessoas que consome bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra, mas essa
disponibilidade aumentada estimula em muito o alcoolismo. Outros fatores sociais,
67
psicológicos e sobretudo genéticos, contribuem decisivamente para a instalação do
alcoolismo.
Fatores de risco
Genes
Idade
Um estudo sugeriu que as pessoas que começam a beber álcool antes dos 15 anos
podem ter maior probabilidade de ter problemas com o álcool mais tarde na vida.
Acesso fácil
Parece haver uma correlação entre fácil acesso ao álcool, como baixo custo, e abuso
da substância. Um estudo registou uma queda significativa nas mortes relacionadas ao
álcool depois que um estado norte-americano aumentou os impostos sobre o álcool. O
efeito foi encontrado quase duas a quatro vezes o de outras estratégias de prevenção,
como programas escolares ou campanhas na mídia.
Estresse
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Depressão e ansiedade
No entanto, nessas situações, o uso das bebidas alcoólicas pode ser bastante
prejudicial. A substância altera os níveis de serotonina e outros neurotransmissores no
cérebro, o que pode piorar a ansiedade.
Consequências
O consumo crônico do álcool por prazo muito longo acaba por levar a mudanças
psicológicas profundas, entre as quais aquelas que incluem alterações dos padrões
éticos e emocionais da pessoa, deterioração das relações familiares e sociais e
descaso com as tarefas laborativas. O alcoólatra (e às vezes mero usuário o não
alcoólatra) pode ter um comportamento violento e até mesmo criminal.
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Tratamento
Quanto aos remédios, até muito recentemente não se tinha nenhuma medicação
visando diminuir o desejo pelo álcool. Muito recentemente três substâncias,
nomeadamente a naltrexona, a ondansetrona e o acamprosato, vêm sendo testadas
com esse objetivo, mas são de uso muito recente e ainda não contam com uma
experiência inquestionável.
No entanto, muitos alcoólatras não conseguem conter o desejo pelo álcool e acabam
por interromper a medicação. Alguns nem mesmo conseguem esperar pela eliminação
dele e, ingerindo o álcool, experimentam os sintomas desagradáveis que a associação
acarreta.
Prevenção
Ter atividades de interesse em que o álcool não seja contemplado é uma das formas de
prevenir o alcoolismo, bem como encontrar formas alternativas de relaxar e lidar com o
stress.
Existem algumas indicações que podem ser úteis na prevenção do alcoolismo. São
elas:
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Evite situações de risco nas quais achas que vai acabar por beber mais do que a
conta;
TOXICOMANIA
Causas
Não há um único fator que cause todos os casos de dependência de drogas. Pelo
contrário, na maioria das vezes haverá certos riscos que tornarão esse resultado mais
provável. Em geral, as possíveis causas são divididas em três tipos: psicológico, social
e genético.
Por outro lado, as causas sociais são as mais estudadas. Estes incluem alguns, como
pressão de um grupo, falta de recursos financeiros ou má educação sobre os riscos de
drogas.
71
Finalmente, as causas genéticas referem-se a certos componentes hereditários que
têm sido mostrados para desempenhar um papel no surgimento de problemas de abuso
de substâncias. Assim, algumas pessoas estariam mais predispostas desde o
nascimento para se tornarem viciadas.
Sintomas
Cada droga causa efeitos diferentes dependendo do tipo da droga e da pessoa que as
consome. No entanto, existem alguns sintomas comuns que podem nos ajudar a
identificar quando alguém está caindo em um vício dessas substâncias.
Sintomas físicos
Dentro desses tipos, os mais perigosos são aqueles que têm a ver com o
funcionamento interno do corpo. Geralmente é impossível detectá-los a menos que
testes médicos específicos sejam feitos. No entanto, é importante estar ciente deles.
Assim, por exemplo, drogas podem causar alterações no cérebro, hormônios ou órgãos
internos do corpo. Além disso, como são substâncias tóxicas até certo ponto, a saúde
geral vai piorar. No caso de algumas drogas, até mesmo uma overdose pode levar à
morte do consumidor.
Quanto aos sintomas externos, eles geralmente são mais fáceis de detectar, mas muito
menos graves. Assim, entre eles podemos encontrar mudanças bruscas de peso,
vermelhidão dos olhos, queda de cabelo ou dentes, ou feridas nas partes do corpo
pelas quais ocorre a entrada da droga.
Sintomas comportamentais
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Dificuldade de concentração
Isso pode resultar, por exemplo, na incapacidade de prestar atenção prolongada a uma
coisa, ou na dificuldade em formar pensamentos coerentes.
Mudanças de personalidade
Por causa de mudanças no cérebro, as drogas podem alterar a forma como uma
pessoa se relaciona com o mundo ou a maneira como pensa.
Estes podem variar desde os mais comuns, como depressão ou ansiedade, até os
muito mais graves, como transtornos de personalidade ou esquizofrenia.
Tipos
Abaixo você encontrará uma descrição das famílias de drogas mais comuns e alguns
de seus efeitos.
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Estimulantes
Depressivos
Alucinógenos
Drogas alucinógenas não costumam causar vício físico. No entanto, seus efeitos na
mente podem se tornar muito perigosos. São drogas que causam a perda da noção de
realidade em maior ou menor grau.
Algumas das substâncias mais comuns desse tipo são LSD (Dietilamida do Ácido
Lisérgico), cogumelos mágicos, peiote ou ayahuasca. Seus efeitos colaterais podem
incluir paranoia extrema, ansiedade ou alucinações recorrentes. A maconha também
tem certos efeitos alucinógenos.
Dissociativa
Esse tipo de droga faz com que o usuário sinta que se separa do próprio corpo. Assim,
você terá a sensação de se observar de fora. Por outro lado, eles também causam um
certo componente de relaxamento.
Seus efeitos colaterais mais graves são transtornos de humor, tendências suicidas,
evasão social e problemas de fala. Entre os mais conhecidos estão cetamina e PCP
(fenciclidina).
Opioides
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O grupo opioide contém algumas das drogas mais perigosas do mundo. Seus efeitos de
curto prazo são uma sensação intensa de euforia e redução da dor, seguido por
sintomas extremamente desagradáveis quando a dose é passada.
A mais conhecida delas é a heroína, embora a morfina, uma droga usada no tratamento
de alguns problemas médicos, também pertence a esse grupo.
Seus efeitos colaterais são vício extremo, dor severa, problemas de concentração e
perda de faculdades mentais.
Inalantes
O último grupo de drogas inclui uma série de substâncias que são consumidas pela
sucção dos vapores que liberam. Eles também são conhecidos como "poppers".
Alguns de seus efeitos mais comuns são o aumento da excitação e do prazer sexual, e
uma sensação de relaxamento momentâneo.
A longo prazo, o uso de inalantes pode causar danos cerebrais, desgaste do septo
nasal, alucinações ou perda de memória.
Tratamentos
Existem muitas abordagens que podem ser usadas para tratar o vício em drogas.
Alguns deles envolvem o uso de medicamentos. Em vez disso, outros decidem se
concentrar no tratamento dos aspectos mentais ou sociais do vício em drogas.
Terapia cognitivo-comportamental
Intervenção social
Medicação
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Finalmente, em alguns casos, a medicação pode ser usada para aliviar os sintomas
mais graves da síndrome de abstinência de uma droga.
Isso pode ajudar a pessoa a deixar a substância por conta própria. Em outros casos, no
entanto, essa abordagem deve ser acompanhada por algum outro tipo de terapia.
Prevenção
EPILEPCIA
A epilepsia é uma doença cerebral que se manifesta por convulsões e perda dos
sentidos devido ao mau funcionamento ou alteração temporária do cérebro (espécie de
curto circuito que acontece no cérebro e se espalha para todo o corpo).
Causas
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Pode ser de causa desconhecida etc.
Manifestação
3. Ausencial ou Desligamento – a pessoa fica com olhar fixo, perda de contato com
meios por segundos por isso muitas vezes fica desconhecida por familiares e
professores.
Tipos
a) Convulsional ou ataque – a pessoa pode cair ao chão, apresenta contrações
musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração
ofegante, perda de consciência, as vezes urina.
b) Ausencial ou Desligamento – a pessoa fica com olhar fixo, perda de contato com
meios por segundos por isso muitas vezes fica desconhecida por familiares e
professores.
c) Parcial complexa - a pessoa anda sem direção (como louco), falando de modo
involuntário, falta de controlo dos atos, fazendo movimentos automáticos, mastigando e
depois da crise não se lembra do que aconteceu.
Diagnóstico e tratamento
Só o médico pode diagnosticar e tratar a doença. Nem sempre tem cura, porém pode
se tomar os medicamentos por toda a vida. Alguns medicamentos têm sido,
carbamazepina, meprobamato etc. Nunca interromper a medicação.
Antes da crise
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Não é aconselhável passar a noite num quarto com iluminação intensiva e mau
cheiro;
Não é recomendável cozinhar nem conduzir sem autorização do médico;
Não ouvir música muito alta ou estar em locais com muito barulho, não usar
auricular; não passar a noite com o rádio a tocar;
Não ingerir bebidas alcoólicas ou drogas e bebidas energéticas ou com
cafeína…;
Não usar medicamentos sem a prescrição médica;
Não frequentar ou permanecer em lugares com luzes coloridas;
Não frequentar rios, piscina, praia e lugares muito agitados;
Não suportar altas temperaturas (sol muito ardente);
Não fazer muita leitura cansando a mente;
Não ficar em frente da TV longas horas;
Praticar exercícios físicos ligados ao bom nível de vida ajuda na autoestima;
Deve se tomar o remédio corretamente (hora certa, quantidade certa, sem parar)
seguindo a orientação do seu médico;
Ter uma dieta balanceada (muitas frutas, sumos naturais e pouca gordura);
Dormir o suficiente pelo menos 8 horas por noite evitando perder sono;
Evitar vida ou ambiente estressante demais. Deve se procurar formas de
descontrair divertir se, passear, realizar atividade úteis de modo a ocupar o
tempo, ser motivado e optar pela inclusão em vez de exclusão;
Não recorrer a igrejas ou outras situações ligadas a orações porque gritos e
muito barulho além de atrofiar o indivíduo, pode fazer crer a pessoa afetada
sentimentos de pânico relacionado a existência de espírito maligno no
organismo;
Controlar os níveis de açúcar, peso, colesterol.
Durante a crise
Durante o ataque não bater, não jogue água sobre ele, não privar os membros,
não dar medicamento, deve estar deitada, deve se proteger a cabeça para não
embater em algum lugar;
Deve se desabotoar os primeiros botões da roupa para não se sufocar;
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Nunca segure a pessoa (deixe – a debater-se) até parar, mas só se for num
lugar livre de objetos. Retirar de perto objetos que podem machuca-lo;
Deve se colocar a pessoa deitada de costas, deve se colocá-lo num lugar
confortável;
Caso esteja babando vire a cabeça na posição lateral para evitar sufoco;
Depois da crise deixe a pessoa a descansar.
O ataque tem uma duração de 3 a 5 minutos nem sempre existe premeditações. Não é
contagiosa pode ter contanto com a saliva ou com o paciente.
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UNIDADE IV - ESTUDO DAS DOENÇAS E DOS DOENTES MENTAIS E SUA
ASSISTÊNCIA
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