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INSTITUTOPOLITÉCNICOPRIVADOAGP

ENSINOPARTICULAR

CURSO:TÉCNICODEENFERMAGEMGERAL

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E
PATOLOGIAS DE URGÊNCIAS

ADOCENTE
______________________________

Lic.MarcelinaVité

Cuito-Bié,2022
UNIDADENºII

TEMA:AssistênciadeEnfermagemaosPacientesemSituaçõesdeUrgênciaeEmer
gência

Sumario:Distúrbiosmaisfrequente
-Sinaisesintomas
-CuidadosdeEnfermagem
-Tratamento

INTRODUÇÃO
Adoréosintomaquecommiorfrequênciafazcomqueapessoaprocureajudamédica.
Éacausamaisfrerquentedesofrimentoedescapacidadeparamuitaspessoasoquals
ignificativamentediminuiasuaqualidadedevida.Deacordocomdistintasliteraturas,
existemváriasdefiniçõesdador:Segundoodicionárioterminológico,adoréaimpress
ãopenosaexperimentadaporumórgãoouparteetransmitidaaocérebropelosnervos
sensitivos;masnãodizrespeitoadordaalma.
SegundoRitchet,adoréumafunçãosaudávelquenosobrigaacrueisadvertências,ac
uidardonossoorganismo.
DeacordocomLindaJoãoCarpenito,adoréoestadonoqualumindivídoesperimenta
ereportaapresençadedesconfortoseveroousensaçãodeincofortabilidade.Embora
sejaangustianteador,énamaioradoscasosummecanismodeamparoqueavisaoindi
vídoqueostecidosdoorganismoestãosendodanificadosouestãoaopontodedesfaz
er-se.
Adortemtrêscomponentesfundamentaisquesão:estímulo,apercepçãoeareação.
Dor,conceito:Podeserdefinidacomoaexperienciasensitivaeemocionaldesagrad
ávelassociadaourelacionadaalesãorealoupotencialdostecidos.Adorpatológicaéu
mestadodedoençacausadapordanoaosistemanervosoouporsuafunçãoanormalfi
bromasouneuropatias.

FISIOLOGIADADOR
Emgeralseaceitaqueadorseiniciacomestímulodeterminaçõesnervosassensoriais
livreslocalzadasnasuperfíciedocorpoouemextruturasmaisprofundas.Asterminaç
õesnervosassensoriaisparecemserdiferencialmentesensívelaosestímulosdoloro
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sos.Tambémalgumaszonasdocorposãoricasemterminaçõesnervosassensoriaisli
vressensívelaoestímulodolorsoenquantoemoutrasnãosão,apeleestáabundante
menteprovidadeterminaçõesnervosasetambémalgunsórgãosinternoscomoaspar
edesdasartérias,easarticulações.Outrosórgãostêmmenosreceptoressensíveisad
or,océrebroeosalvéolospulmonareseoparênquimahepáticonãotemnenhumrecep
torsensívelador.
Aendorfinasãoneurotransmissoresqueinibematransmissãodesinaisdedorepromo
vemsentimentosdeeuforiasefelicidades.Essesmensageirosquímicossãoproduzid
osnaturalmentepelocorpoemrespostaádor,mastambémpodemserdesencadeado
sporoutrasactividades,comoexcessoaeróbico.
TIPOSDEDORES
 Dornociceptiva:causadapelaestimulaçãodosreceptorescomonastermina
çõesnervosasdapelequandoháumalesãonostecidosdocorpo;ex:artrite,dor
mecânicadascostas,oudorpós-cirúrgica.
 Dorinflamatória:éfrequentementesentidaquandohádanodeumtecidomol
enosistemamúsculo-
esqueléticoqueocasionaumainflamação;ex:Doençadegota,artritereumatoi
de.
 Dorneuropática:causadaporlesãooudisfunçãodosistemanervososoma-
sensorial,tambémocorreporumproblemadetransmissão.Éumtipodedorcró
nicaqueocorrequandoosnervossensitivosdosistemanervosocentraleperifé
ricosãoferidosoudanificados;ex:Neuropatias.
CaracterísticadaDor:pulsátil,cólica,latejante,empeso,pressão,queimação,ferro
ada,podeteriniciosúbitoouinsidioso.
TRATAMENTOECUIDADOSDEENFERMAGEM
1. Repousonoleito;
2. Apoiopsico-emoncionalafimdeacalmaradoreansiedade.
3. Administraranalgésicosquepodemajudaradiminuiradorcomoporexemploa
Dipirona.
4. Anti-
inflamatóriosparaaliviarainflamaçãoquenormalmentecausaadorcomopore
xemplooDiclofenac.
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5. Relaxantemuscularprincipalmenteparadorcomoporexemplo:benzodiazep
am.
6. Avaliarascaracterísticasdadorquantoaoseuinício,localizaçãoeirradiação.
7. Mudançaconstantedeposiçãoaopaciente.
CEFALEIAS
Éadordecabeçadifusaoulocalzadaquepodeexacerbar-
sedevidoaoefeitodeinfluênciasexteriores(luz,ruido,movimentos)oudecausasinter
nas,emonções,trabalhointelectual.Éumdossintomasmédicosmaisfrequentes.Est
udosepidemiológicostêmbuscadoestimarasuaprevalênciaemdiferentespopulaçõ
eseoseuimpacto,tantonapopulaçãocomonosistemadesaúde.Nosambulatóriosde
clínicamédica,acefaleiaéaterceiraqueixamaisfrequente,suplantadoapenasporinf
eçõesdeviasaéreasedispepsias.NasUnidadesdeSaúde,acefaleiaéresponsávelp
or9,3%dasconsultasnãoagendadas,enosambulatóriosdeneurologiaéomotivomai
sfrequentedeconsulta.

CLASSIFICAÇÃODASCEFALEIAS
 Ascefaleiasprimárias
Sãodoençascujosintomaéprincipal,porémnãoúnico,sãoepisódiosrecorrentesded
ordecabeça(migrânea,cefaleiadotipotensionalecefaleiaemsalvas).
 Ascefaleiassecundárias:
Sãosintomadeumadoençasubjacente,neurológicaousistêmica(meningite,dengu
e,tumorcerebral).Odiagnósticodiferencialentrecefaleiaprimáriaousecundáriaées
sencial.Acausadacefaleiasecundáriahabitualmentedeveserinvestigadapormeiod
eexamessubsidiários.

AsCefaleiasPrimárias
1.1Migrânea(enxaqueca):éumadordecabeçalatejante/
pulsátiledeforteintensidade,delocalizaçãounilateralemdoisterçosdoscasos,muda
ndodeladodeumacriseparaoutra,associadasanáuseasouvômitos,podendoacom
panhar-
sedefotooufonofobia,exacerbadaporatividadesfísicas.Seaduraçãodacriseémaior
que72horas,estamosdiantede:estadomigranoso.

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Aura:complexodesintomasneurológicosquesedesenvolvegradualmente(aolong
odenomínimo5minutos)eduraaté60minutosquegeralmenteprecedemaumacrise
migranosa.Aauratípicaéumdistúrbiovisualconstituídoporpontosfosfenos,perdaou
distorçãodeumdoshemicamposvisuaisoupartedeles.Àsvezesassociam-
separestesiaunilateraloudisfasia.

ComplicaçõesDaMigrânea:
Estadomigranoso:cefaleiaintensaqueduramaisque72horas,comintervaloslivres
inferioresa12horas,àqualassociam-
senáuseasevômitosporhorasseguidas,levandoadesidrataçãoeassuasconsequê
ncias,comoanecessidadedeinternar.
Infartomigranoso:éumataqueidênticoaosoutrosepisódios,masossintomasdevid
aeaaurapersistempormaisde60minutosesãoassociadosauminfartodemonstrado
noexamedeneuroimagem.
Migrâneacrônica:éoaumentodafrequênciadascrisesatétornarem-
sediáriasouquasediárias(>15diaspormêscomdorpormaisde3meses).Sãofatores
deriscoparacronificação:fatoresemocionais,estresse,doençaspsiquiátricaseabus
odeanalgésicos.

1.2Cefaleiadotipotensional:Acefaleiadotipotensionalepisódicaéamaisfrequent
edascefaleiasprimárias,compicodeprevalêncianaquartadécada.Suacriseédefrac
aoumoderadaintensidade,comsensaçãodeapertooupressãoe,namaioriadasveze
s,ébilateral.Surgeemgeralnofinaldatarde,relaciona-
secomstressefísico(cansaço,exagerodeactividadefísica,especialmentenocalore
sobosol),muscular(posicionamentodopescoçonosonoounotrabalho)ouemocional
.Porvezes,háhiperestesiaehipertoniadamusculaturaperi-
cranianaquepodeserpercebidacomapalpaçãocuidadosa.
1.3Cefaleiaemsalvas:cefaleiaunilateral,referidasempredomesmolado,forteinten
sidade(excruciante),localizando-
seemregiãoorbital,supraorbitaloutemporal.Associaçãoasinais/sintomascomo:
(lacrimejamentoehiperemiaconjuntival,congestãonasalerinorreia,sudoresefronta
l,miose,ruborfacial,eedemapalpebral)eduraçãolimitadade15a180minutos.

CEFALEIASSECUNDÁRIAS:Aquelesproduzidosporumadoençasubjacente
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Sinaisdealertaparacefaleiasecundária:
1. Sinaissistêmicoscomotoxémia,rigidezdanuca,rashcutâneo;portadoresden
eoplasiaouHIV,usuáriosdeimunosupressores;
2. Presençadedéficesneurológicosfocais,edemadepapila,convulsão;
3. Cefaleiaqueiniciouapósos50anos;
4. Cefaleiadeiníciosúbitoouprimeira;
5. Mudançadepadrãodacefaleiapréviaoucefaleiaprogressivadeintensidade,f
requência,duraçãoecefaleiarefratária.
TRATAMENTOECUIDADODEENFERMAGEM
1. Emtodososcasostentarmanteropacienteemrepousosobpenumbraemambi
entetranquiloesilencioso(leitosdeobservação);
2. Preparaçãopsicológicaafimdeacalmaradoreansiedade.
3. Noscasosemqueadortemduraçãoinferiora72horas,administrarantiemético
parenteralsehavervômitos;usopréviodemedicações:dimenidrato30mgpor
viaintravenosa(IV)diluídoem100mldesorofisiológicoa0,9%oudimenidrato5
0mgporviaintramuscular;
4. Administrarsumatriptano6mgporviasubcutâneasedisponível.Utilizados;
5. Recomenda-
sejejum,comreposiçãodefluidossorofisiológico0,9%porviaintravenosaseh
ouverindíciosdedesidratação;
6. Dipirona1gr(2ml)IVdiluídoemáguadestilada8ml;
7. Cetoprofeno100mgkgIVdiluídoemsorofisiológico0,9%(100ml)ou100mgIM
.
8. Senãohouvermelhoriasdadorapós2horasdeobservação,encaminharopaci
enteparahospitalterciáriopormeiodaCentraldeRegulaçãoparaavaliaçãodo
neurologista.Noscasosemquepacientechegaàurgênciacomdorhámaisde7
2horas
9. Seem1horaopacientemantiverador,administrarcloropromazina0,1-
0,25mg/kgIM(ampola25mg/5poratétrêsvezesnomáximo.
10. Evitarahipotensãoarterialesinaisesintomasextrapiramidais(comorigidezm
usculareinquietude)causadospelamedicação;nãorepetiradoseseocorrerhi
potensãoousinalsintomaextrapiramidal.

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11. Orientaropacienteanãolevantar-sebruscamente.
12. Administraroxigênioa100%,emmáscarasemrecirculação,comfluxode10-
12l/mindurante20minutos;
13. Apósmelhoriadoquadroálgico,opacientedeveserorientadoaevitarfactoresd
esencadeantes(bebidasalcoólicasesubstânciasvoláteis),atéofinaldoperío
dodecrises.Omédicodaurgênciadeveencaminharopacienteparaavaliação
peloneurologistaemnívelsecundário.
N.B:Analgésicoscomunseopioidessãoineficazesenãodevemseradministrado
s.

SÍNDROMECONVULSIVO
Ascrisesconvulsivassãoepisódiodecomportamentoinvoluntáriocaracterizadopor
alteraçãodaactividademotoraousensorial,comportamento,autonómicoouinconsci
ênciaqueresultadedescargasespontâneaseanómalasdeneuróniosencefálicos.
Convulsão:éumaperturbaçãomotora,sensorialoudecomportamento,devidoaum
adescargabioenergéticaparoxísticadosneuróniosaqualsecaracterizaporcontraçõ
esbruscainvoluntáriasdosmúsculosemextensazonadocorpoassumindoassimalg
umasvezesaspectosdetónicas,clónicasouassociadaaistotónica-clónica.
Dentreossíndromesconvulsivosmaiscomuns,destacam-seosseguintes:
convulsãofebrilecrisesepiléticas
AEpilepsiaéumTranstornoneurológicocrônicocaracterizadoporcrisessúbitasees
pontâneasassociadasàdescargaeléctricasanormaldosneuróniosasquaispodemg
erarconvulsões.
Causas
 Idiopática:genética,defeitododesenvolvimento.
 Adquirida,traumatismocraneo-
encefálico,meningiteemeningoencefalite,intoxicaçãomedicamentosa,desi
drataçãograve,hipoxemiaperinatal,hipoglicemias,tumores,eclâmpsia,téta
no,malária,alcoolismoanemiaeabstinênciadedrogasouálcool.
Classificaçãodasconvulsões
 Convulsõesparciaisoufocais:caracterizamseporsintomasmotoreslocali
zadose,amaisfrequenteéaconvulsãoadversiva(osolhoseacabeçaviramse

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paraoladooposto)frequentementeafectandoasseguintesaéreas:lobo,front
al,temporaleparietal.
 Convulsõespsicomotoras:nestetipodeconvulsãoopacientepassaporum
períododecomportamentoalteradocomamnésiaecomincapacidadederesp
onderaestímulosambientais.Nãohápercadeconsciência,mas,noentanto,n
ãoselembradoseucomportamentodepoisdacrisenormalmente,segue-
seumperíododesonoprofundo.
 Convulsõesdepequenomal:caracteriza-
seporduasfasescompletamentedistinta:1FaseClónica-
quandoopacienteapresentamovimentosbruscoseintermitentecomo:revira
mentoocularouaura,
(olharperdidoouconcentradoemalgumacoisaporbrevessegundos)emissão
deumgrito,perdaimediatodaconsciência,contraçãogeneralizadaesimétrica
detodamusculaturacorporal,braçosflectidos,pernas,cabeça,pescoçoesten
dido,comduraçãode10a20segundos.2FaseTónica-
quandoodoentetemcontraçõesmuscularesexageradaseduráveis,como:m
ovimentosviolentos,rítmicoseinvoluntários,presençasdeespumanabocarel
axamentodeesfíncter.
Sintomascomuns
 Perdadeconsciência,olharpedidooufixo,grito,espasmostónico-
clónicodasextremidades,movimentosdepedalagens,movimentosdosolhos
oudesviodacomissuralabial,hiperactividadeealteraçõesdosono,moviment
osderotaçãodacabeçaerespiraçãoirregular,alteraçõesdadeglutição,injúria
sfísicas(mordidadalíngua),incontinênciaecoma.
Diagnostico:podeserfeitaatravésdehistóriaclínicacompleto,hemogramacomplet
o,LCR,EEG,TAC

Complicações
 Complicaçõesagudas:podemincluiraaspiraçãopulmonardoconteúdogás
trico,Hipo-
ventilação,hipoxias,acidosesmetabólicas,arritmiascardíacasfracturasemo
rtesúbita

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 Complicaçõestardias:déficeneurológicopermanenteresultantedecrisesc
onvulsivasprolongadas,edemacerebralemorte.
Tratamentodasconvulsões
Anticonvulsivantes:Carbamazepina,valproato,diazepam,etussuximida,fenobarbi
tal,entreoutros.
Prognostico:amaioriadaspessoascomepilepsiaaparentalevarumavidanormal.Ai
ndaqueatualmentenãotenhacuradefinitiva.

CUIDADOSDEENFERMAGEM
1. Desimpediraáreaemredordodoente,paraminimizarhipótesedeembate;
2. Deitarapessoaevitandoquedaetrauma
3. Posicionarodoenteemdecúbitolateral,evitandoaaspiraçãodeconteúdogástrico
,
4. Nãorestringirodoenteedesapertararoupa;
5. Retirarprótesesdentáriosedesobstruirasviasaéreas;
6. Monitorizaroucontrolarossinaisvitais;
7. Seodoenteestiveremcoma,prosseguircomentubaçãodasviasaéreaseadminist
rarO2;
8. Aspiraçãodesecreçõesquepossamexistirnabocaenasfossasnasais;
9. Removerobjectosevitandotrauma;
10. Afrouxarasroupasapertadas,
11. Protegeracabeçadapessoacomamão,roupaoutravesseiro;
12. Evitarlaceraçãodalínguacomumaespátulaenvolvidaemgases;
13. Limparassecreçõessalivares,comumpanooupapel,parafacilitararespiraçã
o;
14. Afastaroscuriosos,reduziraestimulaçãosensorial(luzebarulho);
15. Permitirqueapessoadescanseoudurmaapósacrise;
16. Administraranticonvulsivantesparapararasconvulsões.

BRONCOPNEUMONIA
Éumtipodepneumonia

Existemdoistiposdepneumonia,nomeadamentelobarebrônquica.Broncopneum
oniaafetaospulmõesebrônquios,podendoserumacondiçãoleveougrave,sendoqu
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e,quandoéviralcostumasermenosgrave.Broncopneumoniaédiferentedapneu
monialobular,ondeapenasumdosdoislóbuloséafetadonapneumonialobular,enq
uantoqueambososlóbulossofremdeumainflamaçãonapneumoniabrônquica.Nap
neumonialobular,umasubdivisãoouumasecçãointeiradopulmãopodemficarincha
das.

Fisiopatologiadabroncopneumonia
Asbactériassãoresponsáveispelatransmissãodabroncopneumonia.Adesordems
urgequandoabactériaentranospulmões.PseudomonasaeruginosaeStaphylococc
usaureussãoasformasmaiscomunsdebactériasquelevamaodesenvolvimentodep
neumoniabrônquica.Quandooslóbulospulmonaressãoinfetadosporbactérias,om
ucoproduzidopelospulmõespreencheossacosalveolares.Isto,porsuavez,resultan
umacondiçãoconhecidacomoconsolidação,queacontecequandooespaçoaéreoér
eduzidodevidoaoacúmulodemucodentrodospulmões.Areduçãodoespaçoaéreole
vaadificuldadesrespiratórias,taiscomorespiraçãosuperficialoufaltadear.
Causasdebroncopneumonia
Ambasasformasdepneumoniasãofrequentementecausadaspelocontatocomvírus
ebactériasnarotinadodia-a-
dia.AmaioriadoscasosdepneumoniabacterianaécausadapelabactériaEstreptoco
cospneumoniae,noentanto,nãoécomumqueapneumoniasejacausadapormaisde
umtipodebactéria.Outrospossíveisculpadosincluem:
 Staphylococco 
 Haemophilusinfluenzae 
 Klebsiellapneumoniae 
Sintomasdebroncopneumonia
Ossintomasdebroncopneumoniapodemdesenvolver-
segradualmenteouderepente.Broncopneumoniaviralpodeinicialmenteapresentar
-

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secomsintomasdegripe,masprogrideempoucosdias.Ossintomasdebroncopneum
oniaincluem: 
 Febretossefdudorese,calafrios,dordecabeça,dfadigaconfusãodelírio
Complicaçõesassociadasabroncopneumonia
 Derramepleural,Enfisema,Abscessopulmonar 
 Tromboflebiteperiférica,Paradarespiratória,Insuficiênciacardíacacongesti
va,Pneumoniacrônica,Doençacardiovascular,entreoutras.
Diagnósticodebroncopneumonia
Odiagnósticoatravésdarealizaçãodeumexamefísicoepoderámediratemperaturap
araprocurarumafebre.
Eletambémpoderáusarumestetoscópioparaauscultarospulmões,Atomografiaco
mputadorizadaqueirádizeraoseumédicoondeéqueainfeçãoestáaocorrernosseus
pulmões.
 Aculturadeescarro,quetestaumaamostrademucodospulmõesparadetermi
naracausadainfeção
 Abroncoscopia,queenvolveacolocaçãodeumacâmaranasuagargantadem
odoavisualizarosbrônquios.Istopodeserfeitoparadeterminarseexistemoutr
osfatoresqueestejamacausaracondiçãomédica
Tratamentodebroncopneumonia
Normalmente,broncopneumoniaviralnãorequertratamentomédicoemelhoraporsi
sónumaouduassemanas.Antiviraispodemajudarareduziraduraçãodadoençaeagr
avidadedossintomasassociadosàbroncopneumonia.Sevocêtiverumacondiçãoba
cteriana,oseumédicoiráprescreverantibióticosparadestruirasbactériasquecausa
mainfeção.Amaioriadaspessoassente-
semelhorumatrêsdiasapósoiníciodosantibióticoscomo:ascefalosporinas.Azitromi
cina,penicilina,bronco-dilatadores,Predmisolona.
Diagnósticodiferencialdabroncopneumonia
 Asma 
 Bronquiectasia 
 Câncerdepulmão 
 Edemapulmonar 
CUIDADOSDEENFERMAGEM
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1. Hidratar,preferivelmente,porviaoralparafluidificarassecreções;segundotol
erânciaeseapolipneaéligeira.
2. Seapresentarvômitos,hidrata-
seporviaparenteraldeacordocomaindicaçãomédica;
3. Aplicarmedidasantitérmicassehouverfebre;
4. Vigiarestreitamenteossinaisvitaisparadetetaralteraçõesetomarmedidas;
5. Administraroxigêniohúmidosehouverdificuldaderespiratória,tendoemcont
asuasprecauções.
6. Sefornecessário,aspirarsecreçõespreviamenteparafazermaisefetivootrat
amento.
7. Observaçãoestritaparadetectarsignosesintomasdecomplicações(tossem
antida,febre,tiragemintercostal,cianose,irritabilidade,vômitosecalafrios).
8. Manteraopacientesemisentadoparareduziradispnéia.
9. Favorecerperíodosdedescansoentreascomidasparareduzirocansaço.
10. Proporcionarcomidassuplementares,atrativas,freqüentes,poucocopiosas
paradiminuirapressãoabdominalsobreodiafragma.
11. Realizardrenagemposturalsenecessário.
12. Cumprirestritamenteotratamentomédico
13. Brindareducaçãosanitáriarelacionadacom:
 Lavarasmãosregularmente 
 Evitarfumar 
 Nãoingerirálcooldemodoexagerado 
 Evitarocontatocomindivíduosdoentes 
 Manterumadietasaudável 
 Promoverexercício 
 Descansardemodoregular 

MALÁRIACEREBRAL
AMaláriaCerebralhumanaéamanifestaçãomaisgraveeprincipalcausadeóbitosem
criançasmenoresdecincoanoseprimíparasvivendoemáreaendêmica,formandoos
principaisgruposderisco.Estasíndromeapresentaumapatogénesecomplexa,send
odefinidacomoumaencefalopatiadifusapotencialmentereversívelquesecaracteriz

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apelaalteraçãovariáveldoseuníveldeinconsciência,devendoseravaliadodeacordo
comaescaladecomadeGlasgow;temnosangueperiféricoformasassexuadasdepla
smódiofalciparumeforamexcluídasoutrascausasdeencefalopatia,alémdecrisesco
nvulsivasquepodemounãocursarcomopaciente.

Sinaisesintomas:convulsãogeneralizadaseguidadeperdadeconsciência,distúrb
iosdecomportamento(bizarro),confusão,delírio,comportamentoestereotipadotais
comoaprotusãodalíngua,queprogridemrapidamenteparaocoma,disfunçãoCerebr
al(agitaçãopsicomotora,delírio,discursoincoerente,confusão,alteraçãodocompor
tamento,estupor),disfunçãohepática(icterícia)Asconvulsõessãocomuns,tantonos
adultoscomonascrianças.
MétodosdeDiagnóstico
 AnalisedesanguegotasespessasouPesquisadeplasmódium
 Testerápidodemalária
Complicações
 Icterícia
 Convulsões
 Coma
 Insuficiênciarenal,hepática,cardíacaeacometimentopulmonar
TRATAMENTO/CUIDADOSDEENFERMAGEMDAMALÁRIAGRAVE
1-Peranteasuspeitaclinica,deveráproceder-
seaevacuaçãorápidaeprecoce,paraumnívelmaisdiferenciadooudereferência.
2-TratarpreferencialmenteemUnidadedeCuidadosIntensivos.
3-
Prevenir,detectaretratarrapidamenteascomplicações(convulsões,hipertermiaehi
poglicemia).
4-Restabeleceroequilíbriohidroelectrolíticoeácido-básico;
5-
Garantircuidadosespeciaisdeenfermagem(permeabilizaçãodasviasaéreas,mant
erodoenteemdecúbitolateral,medidasanti-
escaras,balançohídrico,monitorizaçãodosparâmetrosvitais,medidasanti-
térmicas,medidasdeassépsia);
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6-
Monitorizaçãodohematócrito,hemoglobina,glicémia,ureia,creatinina,electrólitos(
Na+,K+),E.C.G.,P.V.Ceparasitémia;
7-
Providenciarumacessovenosoadequadoparaadministrarterapêuticadeurgênciae
manterahidrataçãodopaciente;
Monitorizaroucontrolarossinaisvitais;
8-
Seodoenteestiveremcoma,prosseguircomentubaçãodasviasaéreaseadministrar
O2;
9-Seconvulsões,dministraranticonvulsivantesparapararasmesmas;

10-Cumprirestritamenteotratamentoeindicaçõesmédicas.

TratamentoEspecíficodaMaláriaGrave
11-ArtesunatoEV(Tratamentodeeleição)ouIM,2.4mg/kgEV/
IMàs0h,às12heàs24hecontinuar;2.4mg/kgEV/IMdiariamenteatéao6.ºdia.
(Totalde7dias);emcrianças<20Kgutilizar3mg/kgporpesocorporalpordose;
12-ArteméterIM(ampolasde80mg);Adultos–
160mgno1ºdiaecontinuarcom80mgdurante6diasIMoupassaràviaoralcomArtemét
er+Lumefantrina
13-Quinino-ViaEndovenosa;Dosedeataque:15a20mgsal/Kg/
dose,diluídaem5a10ml/
Kgdesoluçãosalinaouglicosadaisotónica(depreferênciaaglicosadaa5%ou10%)m
áximo500ml,acorrerdurante4horas-42gotas/minuto.
Obs.:Nãodeveserutilizadaadosedecarganasgrávidas,devidoaoefeitohiperinsulin
émicodaQuinina,queagravaaindamaisahipoglicemia.
AQuininadeveassociar-seàseguinteterapêutica:
Tetraciclina-250mgde6/6horas,v.o.,durante7diasouDoxiciclina-
100mgde12/12horas,v.o.,durante5diasouClindamicina-Adultos10mg/
kgdepesocorporalde12/12horas,durante7dias
Obs:nãoadministrartetraciclinaoudoxiciclinaàsgrávidas.

DIABETEMELLITUS
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Adiabetemillitusjáeraconhecidaantesdaeracristã.NopairodeEbersdescobertonoE
gipto,correspondenteaoseculoXVantesdecristo.Surgequandoopâncreasnãoprod
uzinsulinasuficienteeoaçúcarficacirculandonosanguesemserabsorvido.Onívelde
glicosenosangueaumenta(Hiperglicemia),excreçãodeglicosenaurinaàmedidaqu
eahiperglicemiaaumenta.
Coceito:éumaenfermidadedeetiologiamúltipladosistemaendôcrino-
metabólicacaracterizadaporhiperglicemiacrónicacomtranstornodometabolismod
ecarbohidrato,lípidoseproteínascausadopeladeficiêncianasecreçãodeinsulinapo
rdestruiçãodascélulasbetasdopâncreasoupelainativaçãodasuaacção.
Classificaçãodadiabetemelitus:
TipoI(Diabetejuvenilouinsulinodependente):Ocorreabruptamentedeficiênciadein
sulina,desencadeadaempessoascommenosde20anos.

TipoII(insulinonãodependente):émuitomaiscomumqueotipoI,ocorreempessoass
uperiora35anosecomexcessodepeso.Éproduzidacomoconsequênciadadiminuiç
ãodaproduçãodeinsulina,eascélulasalfasficammenossensíveisainsulina.Oaltoní
veldeglicosenosanguepodesercontrolado:PordietaExercício,Reduçãodepeso.
TipoIIIgestacionalaumentodaproduçãodehormônio,principalmentedolactogenio
placentário,alémdashormonasestrogénio,progesteronapelaplacenta(órgãoanex
odagravidez)queinactivamaacçãodainsulinadandolugarahiperglicêmiagestacion
al.
Sinaissintomas
 Poliúria
 Podipsia
 Polifagia
 Percadepeso,mudançadehumor,náuseasevómitos.
 Pruritogeneralizado,fraqueza,fadiga,nervosismo
 Outrossintomasquelevantamasuspeitaclínicasão:fadiga,fraqueza,letargia
,pruridocutâneoevulvar,balanopostiteeinfecçõesderepetição.
N.B:Níveisnormaisdeglicémia:70-110mg/DL

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Complicações:cetoacidosediabética,cegueira,comahiperosmolar,hipoglicemias
,amputação,arterosclerose,problemas,renais,dermatológico,neurológico,metabó
lico,danodaretina.

AtemáticasobreaD.Mébastantealargada,e,nestaconformidadesegue-
seumaabordagemmaispormenorizadadopontodevistadasurgênciaseemergência
s.Destapatologiadofórumendócrino-
metabólicaconvémressaltarque,ascomplicaçõesmencionadasanteriormente,ace
toacidosediabética,ahiperglicémiaehipoglicémiasãoenventosmaisfrequente
scomqueosdiabéticossedeparamaolongodasuavidaequecomfrequêncialevamos
portadoresasolicitarassistênciaaosserviçosdeurgência.

HIPOGLICÉMIA
Constituiumaurgênciamédicaendócrinamaisfrequenteaqualsecaracterizaporníve
lnormalmentebaixodeglicosenosanguegeralmenteabaixode70mgdl;devidoaogra
ndenúmerodepacientediabéticosubmetidosàterapêuticahipoglicemia.
Emprimeirolugar,sãoosmecanismosfisiológicosdecontraregulaçãoehomeostasia
daglicosequecontribuemparaarápidacorreçãodahipoglicemia.Namaioriadoscaso
s,ocorpovairestaurarosníveisdeaçúcarnosangue.Quandoresultaemcomageralm
enteéporqueosníveisdeglicosenosanguebaixarame,istodevesea;
Causas:
 Dosedeexcessivadeinsulina,
 Álcoolduranteahipoglicemia,
 Osexercíciosesgotaramoestoquedeglicogéniodocorpo
Manifestaçõesclinicas
 Tremores,ansiedadeenervosismo
 Palpitações,taquicardia,sudorese,calor,palidez,frio,
 Pupiladilatada.
 Fomeronconabarriga(borborigmo)
 Náuseas,vómitosdesconfortoabdominal
 Alteraçõesdehumor,depressão,medodemorrer
 Irritabilidadeeagressividadeefúria
 Letargia,delírio,amnesiaevisãodupla(diplopia)

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 Convulsõesfocalougeneralizada.

Prevençãodahipoglicemia
 Diminuiroconsumodeaçúcarbranco,álcooledealimentospreparadodefarin
hadetrigo.
 Fazer4refeiçõesdiária
 Evitarbebidasalcoólicas
 Nãopularrefeições
 Fazerexercíciosfísicosdeformaregularemoderada
 Diminuirstressdiário

HIPERGLICEMIA:éacaracterísticamaiordadiabetesmellitus,sendoasuafrequênci
aelevadanestapopulaçãodedoentes.Esta,secaracterizaporníveiselevadosdeglic
osenacorrentesanguínea(acimade110mg/DL).

CETOACIDOSE:Acetoacidosediabéticaéumacomplicaçãopotencialmenteletal,c
omíndicesdemortalidadeentre5e15%.Osprincipaisfatoresprecipitantessão:infecç
ão,omissãodaaplicaçãodeinsulina,abusoalimentar,usodemedicaçõeshiperglice
mianteseoutrasintercorrênciasgravescomoAVC,infartooutrauma.

Quadroclínico:polidipsia,poliúria,enurese,hálitocetônico,fadiga,visãoturva,náus
easedorabdominal,alémdevômitos,desidratação,ealteraçõesdoestadomental.Es
sequadropodeseagravar,levandoacomplicaçõescomochoque,distúrbiohidro-
eletrolíticoeinsuficiênciarenal.

TRATAMENTOECUIDADOSDEENFERMAGEMEMPACIENTESCOMD.M
MedidasGerais
1-
Instruiraospacientessobreasintomatologiadahipoglicemiataiscomo:sudorese,cef
aléia,palpitação,tremoresparaadetençãoetratamentoprecoceparaevitarcomplica
ções;
2-
Devemcarregarconsigocarboidratosdeabsorçãorápida(tabletesdeglicose,geldegl
icose,balas,bombons).

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3-
DiabéticosdotipoIdevemsertreinadosnoautomonitoramentodaglicemiacapilarbe
mcomodaautoadministraçãodainsulina.
4-
Colheramostrasparaosseguintesexamescomplementares:Glicemiadejejum,Hem
oglobinaglicada,Colesterol,Creatininaséricaemadultos,Examedeurina,Proteinúri
a,Corposcetônicos,entreoutros.
5-Administrarinsulinasegundoorientaçõesmédicas;
6-
Manteromonitoramentoestritodosníveisdeglicosenosangueedeterminaraconduta
aseguirsegundoprotocolomédico;
7-Orientardietabaixosniveisdeaçúcar;
8-
Brindareducaçãoparaasaudeencaminhadaà:evitarosedentarismo,promoveraprá
ticadeexercíciosfísicos,calçarsapatosfolgados,evitaralcoolismo,alternaromapain
sulínico,entreoutros.
Fármacosparaotratamentodahiperglicemiadodiabetestipo2:
9-
AdministrarMetformina500mga2,550gr,fracionadaem1a3vezesaodia,nasrefeiçõ
es.
10-
AdministrarGlibenclamida2,5mga20mg,1a2vezesaodia,nasrefeições.2,5mga20
mg,1a3vezesaodia,nasrefeições.
Instruçõesparatratamentodahipoglicemia.
11-
Administrar10a20gdecarboidratodeabsorçãorápida;repetirem10a15minutossen
ecessário.
12-
Seopacientenãoconseguirengolir,nãoforçar:injetarglucagon1mgSCouIM(criança
s<3anos,dar½dose);Senãoforpossível,colocaraçúcaroumelembaixodalínguaoue
ntreagengivaeabochechaelevaropacienteimediatamenteaumserviçodesaúde;

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13-
NosserviçosdeUrgências,sepersistiremsinaisdehipoglicemiagrave,administrargl
ucagonSCouIMou20mLdeglicosea50%;
14-
Canalizarumaveiaeadministrarglicosea10%atérecuperarplenamenteaconsciênci
aouglicemia>60mg/dL;

DOENÇASDIARREICASAGUDAS
Asdoençasdiarreicasagudas(DDA)éumasíndromecausadapordiferentesagent
esetiológicos(bactérias,víruseparasitas),cujamanifestaçãopredominanteéoaume
ntodonúmerodeevacuações,comfezesaquosasoudepoucaconsistência.Emalgun
scasos,hápresençademucoesangue.Podemseracompanhadasdenáusea,vômito
,febreedorabdominal.Nogeral,éauto-
limitada,comduraçãode2a14dias.Asformasvariamdesdelevesatégraves,comdesi
drataçãoedistúrbioseletrolíticos,principalmentequandoassociadasàdesnutrição.
Agentesetiológicos
Asprincipaiscausassão:Infeciosas(Vírus,Bactérias,Parasita).
Nãoinfeciosas(Intolerânciaalactoseeglúten,alergias,ingestãodemasiadadealgu
nsalimentos,laxanteseantiácidos,entreoutras);
Formasdetransmissão
Transmissãoindireta:Ingestãodeáguaealimentoscontaminadosecontatocomobj
etoscontaminados(ex.:utensíliosdecozinha,acessóriosdebanheiros,equipament
oshospitalares);
Transmissãodireta:Pessoaapessoa(ex:mãoscontaminadas)edeanimaisparaas
pessoas.Osmanipuladoresdealimentosevetores,comoasmoscas,formigasebarat
as,podemcontaminar,principalmente,osalimentoseutensílios.Locaisdeusocoletiv
o,taiscomoescolas,creches,hospitaisepenitenciáriasapresentammaiorriscodetra
nsmissão.

COMPLICAÇÕESDADIARREIA
 Desidrataçãoporperdasdelíquidosseguidosdeperdadeeletrólitos(sódio,p
otássio,magnésio,cloreto)

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 Choquequepodeaparecerrapidamenteempacientescomdiarreiamaisinten
sa(p.ex.,pacientescomcólera),jovens,idososoudebilitados.
DESIDRATAÇÃO(alteraçõesequilíbriohídricoeletrolítica)
Adesidrataçãoéumestadodediminuiçãodovolumedeliquidoeeletrólitosdoorganis
mo(águaesais).
Águatemsidoconsideradaumindispensávelpoisaproximadamente50a70%dopes
ocorporaltotaldeumcompõe-
sedeaguaeseussolutos,enquanto70a80%dopesocorporaltotaldacriançaentãosi
milarmenteemumacondiçãoliquida.Osistemaliquidodesempenhaumpapelessênc
ianoorganismo.Assuasfunçõessão:
 Transportedeoxigénioenutrientesparacélulasearemoçãodosseusprodutos
residuaiscatabólico;
 Regulaçãodadistribuiçãodeáguaemtodoocorpo;
 Reguladordoestadoeletroquímiconecessário.
Causas
Muitascondiçõespodemcausarperdasdefluidorápidoecontínuo,levandoadesidrat
ação:
 Perdasgastrointestinais
 Perdaspelapele
 Baixoaporte
 Perdasrenaiseoutras
CLASSIFICAÇÃODADESIDRATAÇÃO:Deacordocomoscomponentes(electrolit
os)perdidos,adesidrataçãoclassifica-
seem:DesidrataçãoHipertônica,Hipotônica,eIsotónica.Paramelhorcompreensãof
az-senecessáriorecorreraumionograma.
Ionograma:Estudodaconcentraçãodeeletrólitosemsangue.

Valores normais:
Sódio: 130-145 meq/l ou mmol/l
Potássio: 3.2- 5.5 meq/l ou mmol/l
Cloro: 95-105 meq/l ou mmol/l

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DesidrataçãoHipertônica:Équandoaperdadeáguaémaiorqueadeeletrólitos,oNa
estaporcimade145mEq/l,freqüentementeestudadacomohipernatremia.
DesidrataçãoHipotônica:ÉquandoseperdemaseletrólitosqueáguaoNaestápordebaix
ode130mEq/l,freqüentementeestudadacomoHiponatremia.
 DesidrataçãoIsotónica:Refere-
seàperdaproporcionaldeáguaeeletrólitos,aquioNaestáentre130e145mEq/l
Manifestaçõesclínicas
Oquadroclínicodependedograudedesidrataçãoqueapresenteopaciente;deacord
oaissoseclassificaem:
Desidrataçãoleveeamoderada;podecausar:
 Bocasecaepegajosa,
 Sonolênciaoucansaço,sede,
 Diminuiçãodaproduçãodeurina,
 Poucaounenhumalágrimaaochoraremcrianças
 Peleseca,cefaleia,prisãodeventreetonturasouvertigens
Desidrataçãograveouseverapodecausar:
 Sedeextrema,olhosafundados;
 Preguiçaextremaousonolência;
 Irritabilidadeeconfusãomentalemadultos;
 Boca,peleemembranasmucosasmuitoseca;
 Poucaounenhumamicçãotodaurinaqueéproduzidaseráescuradoqueonor
mal;
 Pelesecaemurchasemelasticidade;
 Embebeselactentesfontanelaafundadasoudeprimidas;
 Pressãoarterialbaixa,febre,lagrimasausentes;
 Respiraçãorápida,taquicardia,taquipneia;
 Delírioouinconsciênciaincluindocoma.
Tratamento/cuidadosapacientescomDiarreia;desidratação
PlanoA.(acautelaradesidratação)
1-Oferecermaislíquidoqueohabitual(sucodefrutassemaçúcar);
2-Oferecersaiderehidrataciónoralporcadadiarrea.
3-Observareidentificarsignosdedesidratação.

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PlanoB.(existedesidrataçãoligeiraoumoderada).

4-
Esquemaderehidrataçãooralcada15minutoslogoquehidratecontinuarcomPlanoA
.

PlanoC.(desidrataçãograve).
5-Canalizarveiaeadministrarsoluçõesparenterais;
6-
Manteraalimentaçãonormalparafavoreceracicatrizaçãodaslesõesproduzidasnamuc
osaintestinaleacautelaradesidratação;
7-AdministrarSROparasubstituirasperdasdeáguaeeletrólitos;
8-Tersemprepresenteafolhadebalançohidromineral;
9-Mantercontroleestritodonúmerodasdeposiçõeseaqualidadedasmesmas;
10-Vigiarestadodehidratação;
11-Preparaçãoecontroledastiradeamostrasdeexamesdelaboratório.
12-
ApoioEmocionalaopacienteefamiliarlhesexplicandotodasecadaumadasaçõesquev
ãoserexecutadas;

13-Solicitarexamesespecíficosecomplementares,quandonecessários.

14-
Encaminharoscasosgravesparaaunidadedesaúdedereferência,respeitandoosflu
xoslocaisemantendo-seresponsávelpeloacompanhamento.

15-
Notificarossurtosdedoençadiarreicaagudaesolicitar,juntoàvigilânciaepidemiológi
cadomunicípio,suainvestigação.
ESTADODECHOQUE
Choque:éumadepressãodosistemacardiorrespiratório,quesurgenasequenciade
umadiminuiçãoseveradodébitocirculatórioatodasasparedesdoorganismoespecia
lmenteaosórgãosvitais.
(coração,pulmõesecérebro).Éoestadoqueresultadaincapacidadedeproversangu
esuficienteparaosórgãos.
Classificação
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 Choquehipovolémicoehemorrágico
 Choquecardiogénico,
 Choqueanafilático,
 Choqueséptico
 Choqueneurogénico
 Choquetraumático
Causas
 Perdalíquida(desidratação)ousangramento
 Traumatismo
 Cardiopatiagrave
 Infecçãosevera
 Queimaduragrave
 Outras
Sinaisesintomasdoestadodechoque
 Agitação
 Perdadeconsciência
 Pelepálida,húmidacomsudoresefria
 Sedeintensa
 Pulsorápidoefraco
 Respiraçãorápida
 Hipotensãoarterial
Condutaaseguiremestadodechoque
1. Oxigenoterapiasobmáscaraemtodoscasos;
2. Controloimediatodahemorragia;
3. Imobilizaremcasodetraumatismos;
4. Canalizarumaveiaprofundaefazerareposiçãoimediatadavolêmia
5. Administrartransfusãosanguíneaemcasosnecessários;
6. Posicionaravítimadeacordocomacausadechoque;
(decúbitodorsalcomosmembrosinferioreselevadosnamaioriadoscasos).
7. Monitorizarossinaisvitais
8. Administrarumasondavesical
9. Medirdiuresehorária
10. Nãoadministrarlíquidosoumedicamentospelaboca;
11. Aqueceropacientecobrindo-o
12. Seguirindicaçõesmédicasrelativasaotratamentodacausadechoque.

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HEMORRAGIAOUSANGRAMENTO:
Ahemorragiaéaperdadesanguedosistemacirculatórioparadentrodascavidadeso
utecidosdopróprioouparaforadele,devidoalaceraçãoourupturadosvasossanguíne
os.Agravidadeémedidapelaquantidadedevelocidadedesangueextravasado.Essa
perdadesanguepodeocasionaroestadodechoquecomoconsequênciaelevaravíti
maamorte
TiposdeHemorragia:Ahemorragiaédivididaeminternaeexterna.Hemorragiaex
terna:Ahemorragiaexternadivide-seemarterial,venosaecapilar.
 Nahemorragiaarterialosangueévermelho-
vivoeaperdaépulsátilcomoseosanguefosseinjectadocomcertapressão,ess
etipodehemorragiaégravepelarapidezcomqueaperdadesangueseprocess
a.
 Ashemorragiasvenosassãoreconhecidaspelosanguevermelhoescuroeap
erdaédeformacontínuaecompoucapressão.Sãomenosgravesqueashemor
ragiasarteriais.Porémdemorandonotratamentopodeocasionarsériascompl
icações.
 Ashemorragiascapilaressãopequenasperdasdesangue,emvasosdepeque
nocalibrequerecobremasuperfíciedocorpo.
Causasahemorragiadeve-
sealaceraçãoourupturadevasossanguíneos,comextravasamentodesangueparao
interiordopróprioorganismoouparaforadele.
SinaisesintomasGeraisdehemorragia:palidez,sudorese,agitação,pelefriafraqu
eza,pulsofracoerápido,baixapressãoarterialesede.
ClassificaçãodaHemorragiadeacordoaovolumeperdido
HemorragiaclasseI-caracteriza-
seporvolumeperdidoaté15%,em70kgcorrespondentea750ml.Ossinaisesintomas
sãomínimosapenasumleveaumentodafrequênciacardíaca.
 Asmedidasdeintervençãoincluemasderepouso,
 Hidrataçãodopacienteevitaminoterapia.
HemorragiadaclasseII-caracteriza-
seporvolumede15a30%,em70kgcorrespondeem750mla1500ml
Sinaisesintomas:Taquicardia-
FC≥100bpm,taquipneia,diminuiçãodapressãodopulso(pulsofinoeleve),diminuiçã
odadiureseepalidez.
Asmedidasdeintervençãoincluemreposição.
 Reposiçãocomcristaloides;
 masalgunspoucoscasospodemnecessitardesangue

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HemorragiadeclasseIII-Caracteriza-
seporvolumede30a40%em70kgequivalea1500mla2000ml

Sinaisesintomas:ahemorragiadaclasseIIIapresentasinaisclássicosdeHipoperfu
são.Diminuiçãodoníveldeconsciência,palidezsudoresepelefria.

Asmedidasdeintervenção

 primeirolugarareanimaçãocomcristaloides,masmuitodestespacientesnãor
esponderãosatisfatoriamenteeprovavelmentenecessitarãodetransfusões
sanguíneas.

HemorragiaclasseVI-Caracteriza-
seporvolumedemaisde40%em70kgequivaleamaisde2000ml.

Sinaisesintomas-
esteéomaiorgraudesangramento,istoéopacienteficasemsangueeapresenta:
 Palidezintensa
 Taquicardiaextremamarcada
 Hipotensãoarterial
 Dificuldadeparaperceberapulsação
 Debitourináriopróximodezero.
 Perdatotaldeconsciência
Medidasdeintervenção

 Estespacientessemprerequeremparaalémdoscristaloides,também,transfu
sõessanguíneasecirurgiaurgenteparagarantirasobrevivência.

Tratamentodashemorragias:chama-
sehemostasiaaoconjuntodemanobrasquevisamconterahemorragia.Paraissopo
de-seadoptaralgumasmedidas:
1. Deteroudiminuirosangramento.Elevararegiãoacidentada.Diminuiemesmo
estancapequenashemorragiasnosmembroseemoutraspartesdocorpopord
ificultarachegadadofluxosanguíneo.
2. Tamponamento;obstruçãodofluxosanguíneocomasmãosoucomumpanoli
mpoougazeesterilizado,fazendo-
seumcurativocompressivo.Éomelhormétododeestancarhemorragiassejap
equenasmédiasougrandes;

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3. Compressãoarterial–
comprimirasgrandesartériasqueirrigamaregiãoafectadafazdiminuirofluxos
anguíneo.
4. Torniquete-
éumamedidaextremaaserusadaapenasquandoasanterioresnãoderamres
ultado.Consisteemaplicarumafaixadeconstriçãoaummembroacimadoferi
mentodemaneiratalquepodeserapertadaatedeterapassagemdosangueart
erial.
5. Canalizarumaveiaprofundaefazerareposiçãodavolêmia;
6. Preveniroestadodechoque,administrartransfunsõessenecessario;
DOENÇASCARDÍACASOUCORONÁRIAS

OcoraçãoédefinidoporAristótelescomoasededaalmaedasemoçõesdesdeaantigui
dadecomoórgãoespecial.Seumórgãoemnossocorponecessitadesaúdeedeserefi
ciente,estedeveserocoração.Éumórgãoqueefetuaomaiortrabalho.Écomoumabo
mbadeacçaodupla.Osangueévida,quandoocoraçãonãofuncionaadequadamente
,acirculaçãosanguíneaéinterrompidaeamorteéaconsequência.Asduasmanifesta
çõesdedoençacoronáriasão:
1-
Anginadopeito:éumadorqueseproduzcomoresultadodafaltatemporáriodeoxigé
nioaomúsculodocoração,devidoaumadasartériascoronáriasnãoforneceraquantid
adenecessáriadesangue.Adorébreve,emgeraldura1a3minutosedesaparececom
orepousooutomandocomprimidodenitroglicerinasublingual.
Causas:Estresse,Trabalhofísicoexcessivoapósumarefeiçãopesada,Estreitamen
todasartériascoronárias,Pressãoalta,Febre.

Sintomas:Dornotórax,apertooupressãoDificuldadederespirarFraqueza,tonturae
transpiração.

2-Infartoagudodomiocárdio:Caracteriza-
sepelamorteounecrosedeumapartedamusculaturamiocardicadevidoausênciaou
deficiênciadofluxosangueoxigenadoatravésdosvasoscoronários,originandohipox
iasteciduais,isquemiaeposteriormentenecrose.
Causais:arterosclerose,emboliaarterial,artrite,traumatorácico,

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Factoressderisco:hipertensãoartéria,tabagismo,lipoproteínadealtaoubaixaden
sidadeefatorespsicológicoeemocional,obesidadeehipotiroidismo.
SinaiseSintomas:Podedesencadear-
seemrepousoouexercício,nãosealiviacomodescanso,mudançadeposiçãoounitroglice
rina,alivia-
secomousodeopiáceos(morfina),medoesensaçãodemorteiminente,pelefria,pálidaes
uarenta,excitaçãopelador,desconfortotorácicosemelhanteaangina.Adorasvezesseir
radiaparabraços(principalmenteesquerdooupescoço)Dorepigástrica,adorpodeseas
sociaravômitos,sudorese,ansiedade,inquietaçãoefaltadear.

TratamentoecuidadosdeEnfermagem

1. Administrarsedativosdiazepam,atéquecureazonalesionada.
2. Repousonoleitoemposiçãodefowler,
3. Controledosparâmetrosvitais:detectarpresençadealteraçãonatensãoarteri
al(hipotensãoouhipertensão),assimcomoaalteraçãonafreqüênciaeoritmor
espiratório.
4. AdministrarOpiáceo:morfinaparadiminuiradoreaansiedade.
5. Realizartratamentotrombolítico:comousodaestreptoquinasarecombinante
provocarumalisis(trombólisis)oudestruiçãodocoágulo,comoobjetivodeob
terumapermeabilidadecoronária.
6. Oxigenoterapiaporcateternasal,paramelhoraraoxigenaçãodomúsculocard
íaco,
7. Administraraspirinade250mgimportanteparapreveniraformaçãodemaistro
mbosoucoágulossanguíneosereduziramortedoIAM.
8. Controleestritodadestilaçãodainfusõesparaevitaroaumentodavolemiaque
comprometaacongestãosistêmicaepulmonar.

ACIDENTEVASCULARCerebral
AcidenteVascularCerebral:ouderramecerebral,éumaneuropatiaqueocorrequan
doháumaobstruçãoourompimentodosvasosquetransportamsangueaocérebropro
vocandoaparalisiadaáriacerebralqueficousemcirculaçãosanguíneaadequada.Éu
maurgênciamédicamaisfrequenteenvolvendooSNC.Éainterrupçãosúbitadosupri
mentodesanguecomnutrienteseoxigênioparaocérebro.OCérebrorecebe15%dofl
uxodesanguedocorpo,emborarepresentemenosde3%damassacorporal;pornãoa

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presentarreservadeenergiaounutrientes,necessitadesuprimentosanguíneoconst
ante.
Classificação:oAVCclassifica-seemisquémicoehemorrágico.
Derramecerebralhemorrágico:éoresultadodaobstruçãodevasossanguíneoscer
ebraisquandohárompimentodeumvasocerebral,ocorrendoumsangramentoemalg
unspontosdosistemanervoso,causandouminfartocerebral.
DerrameCerebralisquémico:éaquelequesedáquandoháumaobstruçãodaartéri
a,impedindoapassagemdeoxigénioparaascélulascerebrais,quemorrem.Aobstruç
ãodaarteirapodeacontecerporumtrombo,queéumcoágulodesanguequeseforman
aparededovasosanguíneo.Aneurismacerebraléoresultadodeumahemorragiaden
trodocrânio,nocérebroouemvoltadele
Etiologia

1- Trombóticaquederivadearteriosclerosedasartériascerebrais.Ocorrecomu
mentenabifurcaçãodasartériascarótidasnopescoço;
2- Emboliaqueéaobstruçãodeumvasoporfragmentosdetrombosougordurad
eoutraspartesdocorpo,rterioscleroseemvasocerebral
Nota:ODerrameCerebralpodeserevitado•ReconhecereAgirmedianteosFatoresd
erisco,mudaroestilodevida,paraevitarArteriosclerosecarotídeaObservações:proc
urarorientaçãomédica,paraTratamentocirúrgicoemcasodeDerramepréviosinaliza
dopordoresdecabeçasentinela.

Sintomas:Perdadesensibilidade;Perdadeforçamuscularnametadedocorpo(hemi
plegiaouparaplegia);Perdadaconsciência;Formigamentos;Dordecabeçaintensae
súbita;perdadacoordenaçãomotoraeequilíbrio,desviodacomissuralabial,entreout
ros.

Tratamentofarmacológico
1. Terapêuticaantitrombótica:administraçãodeantiagreganteplaquetário(ácid
oacetilsalicílico);
2. Brindarfisioterapiamotoraerespiratória;

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3. Manterahidrataçãodopaciente;
4. Providenciararealizaçãodosexamescomplementares(TAC,electrocardiogr
ama,Oximetria,hemogramaetc.);
5. Brindaroxigenoterapia;
6. Iniciarheparinização;
7. Mudançanoshábitosalimentaresdurantearecuperação;
8. Avaliaroestadoneurológicodopaciente(escaladecomadeGlasgow);
9. Seguircondutaanti-hipertensivadeacordocomprotocolomédico;

UrgênciaseEmergênciasHipertensivas
Ahipertensão,éumaelevaçãopersistenteoumantidadaspressõessangüíneassistól
icas,diastólicasouambas;porissoodiagnósticodestaafecçãoéeminentementeclíni
coeserealizamedianteacomprovaçãonopacientedecifraselevadasdeP.A;Ahiperte
nsãopodedefinir-secomoatensãoArterialsuperiora140/90mmHg.
AcriseHipertensivaéumacomplicaçãodaHTA;eladefine-
secomosendoumaseveraelevaçãodapressãosangüínea,usualmentecompressãodia
stólicasuperiora120mmHg,associadaaiminentesriscosparaopaciente.
Éumproblemaclínicocomumealcançapertodo30%detodasasemergênciasmédica
squeseapresentamnosdepartamentosdeemergência.
Classificação
 UrgênciaHipertensiva.
 EmergênciaHipertensiva
AsUrgênciashipertensivasconsistemnaascensãomaisoumenosagudadascifra
sdetensãoarterial,massemnenhumarepercussãonosórgãosbrancos.Odescidada
pressãoarterialdevefazer-
seem24horas.Amedicaçãopodeserporviaoralegeralmentenãorequerdeinternam
entohospitalar.
NaUrgênciaHipertensivaaelevaçãodaLHAnãorevesteperigoiminente,maspodem
converter-seemEmergênciassenãosetrataremnoprazode“horas”.
Cifrasdereferência:
 Cifratensionalessistólicasentre210e220mmHg.
 Cifratensionalesdiastólicamaioresde120mmHg.
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Manifestaçõesclínicas:Cefaléia,confusãomental,sonolência,transtornosvisuais,co
nvulsões,déficeneurológico,nâuseas,vômitosepalpitações.

CuidadosdeEnfermagem
1.Colocaraopacienteemrepouso,sentadooudeitado(segundoascondiçõesdopaci
ente).
2.Medirosparâmetrosvitais,fazendoênfasenatensãoarterial.
3.Brindarapoiopsicológicoapacienteefamiliares,peloaltograudeansiedadequeest
espodemter,transmitiraopacienteconfiançaesegurança.
4.Realizaroexamefísicoparaevidenciarpossíveiscomplicações,fazendoênfaseno
neurológico,respiratórioeCardiovascular.
5.RealizarECGparadetectarmudançasnopadrãoelétrico.
6.Administraraterapêuticafarmacológicadeurgência(específicasegundoopacient
e).
7.Avaliarrespostaàterapêuticaeasmedidasgerais.
Tratamentofarmacológico
Captopril:administra-
seporv.o.25mgsublingual(repetiraos30min,nãodarmaisde50mg).Iníciodesua
ação:aos15a30min20-30min

Nifedipina:administra-seporv.o.10mgc/30min(até3dose).Iníciodesuaação:v.
o.de15-30min.
 Nitroglicerina:administra-seporv.o.2sublinguaisaoinício,repetir1comp.c/5-
10min.Nãopassarde4comp.
 Furosemida:administra-sedoseúnicaporviai.m.de20a40mg.

URGÊNCIASEEMERGÊNCIASHIPERTENSIVAS
caracteriza-
seporconstataçãodecifraselevadasdetensãoarterialdiastólicasuperiora120-
140mmhg)comrepercussõesorgânicasaníveldealgunsórgãosalvos:
 Cérebro:cefaléia,obnubilación,vírgula,convulsões,isquemiatransitivaoudefinit
iva,hemorragiacerebral.
 Vista:visãoimprecisa,pontosluminososoucintilantes.

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 Coração:Insuficiênciaventricularesquerda,comousemedemaagudodopulmão
,dortorácica(angina).
 Rim:Podemhaverproteinuriaeelevaçãodacreatininaplasmática.
NotratamentodaemergênciaHipertensivaapressãosangüíneadevediminuir-
seimediatamente(menosde1hora)paraevitaraprogressãodascomplicaçõesparadano
smaissérioseaviautilizadaépreferentementeaparenteralatravésdeumacessovenoso
profundocomumseguimentoestreito.
QuadroClínico
PressãoArterial:Usualmente>220/140mmhg,hemorragiasnaretina,papiledema,cefal
éia,confusão,sonolência,estupor,perdavisual,convulsões,déficeneurológico,coma,in
suficiênciacardíacacongestiva,proteinuria,oliguria,náuseasevômitos.
CuidadosdeenfermagemnaemergênciaHipertensiva
Medidasgerais.
1.Deitaraopaciente.
2.Administraroxigêniosenecessidade.
3.Canalizarveiaperiférica,nãosedeveperdertemponaabordagemprofunda
4.Aplicarterapêuticafarmacológicasegundoprotocoloespecífico
5.Medirosparâmetrosvitais,fazendoênfasenatensãoarterial.
4.Brindarapoiopsicológicoapacienteefamiliares,peloaltograudeansiedadequeest
espodemter,transmitiraopacienteconfiançaesegurança.
6.Realizaroexamefísico,enfatizarnoneurológico,cardiorrespiratorioevascular.Éim
portantearealizaçãodofundodeolho.
7.RealizarECGparadetectarmudançasnopatrãoelétrico.
8.Avaliarrespostaàterapêuticaeasmedidasgerais.
9.Transladarquanbtoantesaopacienteparaumaunidadesdeurgênciasoudeterapia
intensiva.
Tratamentofarmacológico
1. Vasodilatadores(E.V.)
2. Nitroprusiatodesódio;
(Hipotensordeurgência)ampolasquecontêm50mg,dissolve-se1ampem2-
3mLdedextrosaa5%;logoseacrescentaestasoluçãoa250-
1000mLdedextrosaa5%.

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3. Nitroglicerina:(vasodilatadorarterialevenoso);Ampolasde5mg/
5mLeAmpolasde50mg/10mL,Aerossol0,4mgpulsação,Comprimidos0,4mg.
Viasublingual:0,4mgcada5-10minaté3-4vezes.

EDEMAAGUDODOPULMÃO
InsuficiênciaVentricularEsquerda(EdemaAgudodoPulmão):Éaacumulaçãodelí
quidosnosalvéolosporumaclaudicaçãodascavidadesesquerdasdocoraçãoprovoc
andoumadispnéiadegravidadeimpressionante
b

Fisiopatologia:NoEAPcardiogênico,odesiquilbrioentreovolumesistólicodoventrí
culodireitoeesquerdoeaveno-
constriçãohipoxiacontribuemparaumaumentodapressãohidrostáticanoscapilares
pulmonares.Oresultadoéatransudaçãodelíquidoparaointerstíciopulmonarcausan
dodispneiaintensaeabrupta,tossecomexpetoraçãoabundantetaquipneia,cianose
eextremidadesfriasesudoréticas.Podehaverhistóriapréviadehipertensão,insuficiê
nciacardíaca,cardiopatiaisquémica,arritmias,miocarditesedoençasvalvares.
Quadroclínico:

Ocomeçodoquadroestáacostumadoaserabruptoerecentementenoturno,começa
comtaquipnea,tosse,asveiasdopescoçosedistendem,aumentaaansiedadeeinqui
etação,expectoraçãoabundante,hemoptoica,espumosaquepodeserprecedidadet
osseincessanteecontínua,opacienteexpressaqueseafogaemsuasprópriassecreç
ões.
Examescomplementares:
NasuspeitadeEAPdeve-sesolicitar:eletrocardiograma(ECG),raio-
Xdetóraxouecografiapulmonarecoletadeexameslaboratoriaisparaseidentificarco
ndiçõesclínicasresponsáveispeloquadroquenecessitemdeintervençãoimediata.
Complicações
 ChoqueCardiogénico
 EnfarteAgudoDoMiocardio
 Derrameetamponamentocardáco
 Episódiostromboembolíticos.
CONDUTAETRATAMETO
Tratamentonãofarmacológico

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 Diminuirvolumecirculantetotal
 Melhorarintercambiorespiratório
Tratamentofarmacológico
Digitálicos/
cardiotónicos:digoxinaedigitoxina(aumentamaforçacontrátildomiocardioedimin
uiaFReaexcitabilidadecardíaca)
Vasodilatadores:Nitroprusiatodesódico(éumfármacovasodilatadorarterialeveno
so,hipotensordeurgência,diminuiaresistênciaperiférica,oretornovenoso,eaufmen
taaFC.
Opeáceos:Morfina:éoprimeiromedicamentoquesedeveadministrarnoedemaagu
dodopulmão,jáquediminuioretornovenoso,calmaaansiedade.Apresentação:Amp
olasde1mLaos1%(10mg)e2%(20mg
Broncodilatadores:aminofilina(broncodilatadora,vasodilatadoraediurética).Apr
esentação:Ampolasde240mgem10mL.

Diuréticos:Furosemida(diuréticopotentedeaçãorápidaecurtaduração);Apresent
ação:Ampolasde20mgem2mL.

CUIDADOSDEENFERMAGEM

1.Colocaraopacientesentadocomospésparadebaixo(posiçãode45graus)oudepé
seseuestadoopermite,parareduziroretornovenoso;
2.Brindarapoiopsico-emoncionalaopaciente,paraacautelaransiedade;
3.Manterboaventilaçãoesenecessárioaplicaroxigenoterapia;
4.Instalarumaviavenosaparacumprirtratamentodeurgência;
5.Administrarmorfinaporviaendovenosasegundocritériomédico;
6.Administraroxigêniopormáscaraa6L/min.
7.Valorarfunçãorespiratória(freqüência,ritmo,ruídospulmonaresepresençadecia
nose)cada10min;
8.Ajudaradiminuirassecreçõesbronquiais;
9.Controlar,estritamente,adestilaçãoegotejodasinfusões;
10.Administrarmedicamentosbroncodilatadores,diuréticos,vasodilatadoresecard
iotónicos,segundocritério;
11.Realizarcontrolehemogasométrico;
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12.Retirarvestimentadesnecessária;
13.Medirdiuresecomfreqüência;
14.AplicarMonitorcardíaco;
15.Monitoraratensãoarterialacada10min.
16.Controlarevalorarosparâmetrosvitais.
17.Terpreparadoocarrodeparadacardiorespiratória;

DESMAIOS:perdadeconsciênciatemporária,diminuiçãosignificativaouinterrupçã
omomentâneadofluxosanguíneoparaocérebro.PodeserporEmoçõesfortes(medo
,angústia,surpresa),Hipoglicemia,Calorexcessivo,Anemiaousangramentovolum
osoemudançabruscadeposição;antecedidosde:Tontura,Fraquezaounáuseas(enj
oo),enxergarpequenospontosbrilhantes,PalidezcadavéricaeCansaço.
Condutaaseguir:
 Colocaravítimadeitadadebarrigaparacima,comospésligeiramenteelevado
s.
 Conversarcomela,orientando-aparaquerespireprofundaelentamente.
 Permaneceraoladodavítimapara,emcasodeperdadaconsciência,fazeraav
aliaçãodasviasaéreas,darespiraçãoedacirculação;
 Afrouxartodaaroupadavítimaparaqueacirculaçãosanguíneaserestabeleça
semdificuldade.
 Avaliarcomfrequênciaoestadoneurológicodopaciente.
Diferenciardesmaiodehisteria,cujossinaissão:Tremorpalpebral;Geralmenteocor
requandohápessoaspróximas;Aquedaéestudadaesedáemlocalquenãolheoferec
eperigo;Apresentarespiraçãoprofundaesuspirosa,nãomelhoracomasmedidasem
pregadasparafacilitarairrigaçãocerebral.

VERTIGENS:Éasensaçãoemqueavítimaparecegiraremtornodosobjetosouosobj
etosemtornodela.Avítimapodeterzumbidosechegaratéasurdez,náuseasevômitos
,porémparecesemprelúcida.
Causas:
 Lesõescerebrais;
 Traumatismonocrânioencefálico;
 Hemorragiascerebrais;
 Distúrbiohormonal;
 Problemasdecirculação;
 Jejumprolongado;

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Manifestações:Sensaçãoqueestácaindoemumgrandeabismo,Náuseasevômito
s,Presençadeconsciência,Angústia
Conduta:
 Colocaravitimadeitadadebarrigaparacima(emdecúbitodorsal),mantendoa
cabeçasemtravesseiroouqualqueroutroapoio.
 Impedirqueavítimafaçaqualquermovimentobrusco,sobretudocomacabeça
.
 Afrouxartodaaroupadavítimaparaqueacirculaçãosanguíneaserestabeleça
semdificuldade.
 Animaravítimacompalavrasconfortadoras.

CÂIMBRAS:refere-
seaDormuscularrepentinacomcontraçãoinvoluntária(espasmo)damusculaturaen
volvida.

Causadapor:Distúrbiosdosnervos,desidratação,exercíciosvigorosos,diminuição
dofluxodesangueparaosmúsculos,deficiênciadecálcio,potássioesódio(saisminer
ais)

SinaiseSintomas:Muitador,cansaço,espasmomuscularforte

Conduta:

 Alongaromúsculoenvolvidonosentidoopostodoespasmo;
 Massagemlevenolocal;
 Hidrataçãoabundante.

ALERGIASAreaçãoalérgicaécausadaporumantígeno

SinaiseSintomas:Vermelhidão,Inchaçodapele(rostoepescoço),Coceiraeirritaçã
ogeneralizada,Tontura,Faltadearoudificuldadepararespirar(respiraçãorápidaeof
egante),Calor

Causas:Medicamentos,Picadasdeinsetos,Contatocompólen,Poeira,Fumaça,Alg
unscorantes.

Conduta;retiraroagentecausadordaalergia,observaravítima,Emcasodedificuldad
erespiratóriaprocurarauxíliomédicoimediatamente

INTOXICAÇÃOEENVENENAMENTO
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HistóricodasIntoxicações•CrescenteimportânciaematendimentosdeUrgênciapoi
sascriançassãoasmaisacometidas.

VENENO:substânciaque,quandoinalada,absorvida,aplicadanapeleouproduzida
peloorganismo,emquantidadesrelativamentepequenas,provocalesãonoorganis
modevidoasuaaçãoquímica.

ManifestaçõesClínicas
 Doresintensas,sensaçãodequeimaçãonabocaegarganta;
 Deglutiçãodolorosaouincapacidadeparadeglutir;
 Vômitos;
 Destruiçãodamucosaoral.
Aspetosgeraisdotratamento
 Tentardescobriranaturezadoveneno;
 Manterasviasaéreaspermeáveis;
 AdministrarO2;
 ProcederarespiraçãoartificialS/N;
 Colheramostrasdesanguearterial;
 Façacateterismovesicaldedemoraparamonitoraradiurese;
 Verifiquedepressãoneurológica;
 Considerealavagemgástricaouprovoquevômitosconformeaindicaçãodofa
bricantedoproduto;
 pode-
seoferecerleite,seopacienteconseguirdeglutir,apósaingestãodeumveneno
corrosivo.

VENENOSCORROSIVOSTIPOS:
Corrosivoácido:sulfatoácidodesódio,desinfetantesdebanheiro,ácidoacético,áci
dosulfúrico,ácidooxálico,ácidofluorídrico,iodetoenitratodeprata;
Corrosivoalcalino:osmaiscomunssãoohidróxidodesódio(detergenteseclareado
res),detergentesenxaguadores,carbonatodesódio(sodacaustica),amoníacoehip
ocloritodesódio.
ManifestaçõesClínicas
 Doresintensas,sensaçãodequeimaçãonabocaegarganta;
 Deglutiçãodolorosaouincapacidadeparadeglutir;
 Vômitos;
 Destruiçãodamucosaoral.

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TratamentodeEmergência:pode-
seoferecerleite,seopacienteconseguirdeglutir,apósaingestãodeumvenenocor
rosivo;
N.B:Nãosedeveinduzirvômitonestescasos;

Venenosnãocorrosivos/TratamentodeUrgência:
 Induzirovômito;
 Façalavagemgástrica;
 Instruaafamíliaparatrazerumaamostradovenenoaohospital.
Venenosinalados
 PorMonóxidodeCarbonoPrincípiosBásicos:
 Oefeitodomonóxidodecarbonoconsisteeminutilizarahemoglobinacomocar
readordeO2;
 Omonóxidodecarbonoprovocalesãoporhipoxia;
 HistóriadeexposiçãoaoCOjustificatratamentoimediato.
TratamentodeEmergênciaVenenosinalados(CO)
Objetivareverterahipoxiacerebralemiocárdica;
 AceleraraeliminaçãodoCO.
 Administreoxigênioa100%;

ENVENENAMENTOPORCONTACTO
 Lavarbemapelecomágua;
 Deixaraáguafluirsobreapeleenquantoseremovemasroupas;
 Esfregarvigorosamenteapelecomágua.

INTOXICAÇÃOALIMENTAR:Podeocorrerporingestãodealimentosoubebidasco
ntaminadas.
TratamentodeEmergência
 Determinarafonteeotipodaintoxicaçãoalimentar;
 Oquefoiingerido;
 Sehouvevômitos;
 Seapresentoudiarreia;
 Seexistemsintomasneurológicos;
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 Seocorrefebre;
 MonitorizarSV

AFECÇÕESCIRÚRGICAS(ABDÔMEMAGUDOCIRÚRGICO)

Aexpressãoabdômemagudo,implicaoconceitodeumaemergênciamédicadeorige
mabdominal.
OabdômemAgudoCirúrgicocompreendeumgrupodesíndromes,causadosporumc
onjuntodeenfermidadesqueafetamosórgãosdacavidadeabdominal,quetêmcomo
sintomacomumador,queparasuasoluçãorequeremgeralmentedetratamentocirúr
gicodeurgência.
Classificaçãoclássica.
1.Síndromeperitoneal(peritonite);
2. Síndromeperforativo;
3.Apendicite
4.

Síndromehemorrágico,entreoutros.Destes,osmaisfrequentessão:Aperitonitee
Apendicite

1)SÍNDROMEPERITONEAL(PERITONITE)

Aperitoniteéainflamaçãodecorrentedeinfecçãoqueacometeoperitônio,tecidoquer
evesteaparedeinternadoabdómemerecobreamaioriadosórgãosabdominaiscomo
oestômago,intestinos,fígadoeobaço.Essainfecçãopodeserprovocadaporbactéria
soufungos.

Causas:Ainflamaçãoeinfecçãodoperitóneopodeacontecerporumavariedadedera
zões.Namaioriadoscasos,acausaéumaroptura(perforação)naparedeabdominal,
masadoençatambémpodesedesenvolversemquetenhahavidoumaropturabdomin
al,emborasejararo.Asmaiscomuns,incluem:procedimentosmédicoscomoadiálise
peritoneal,apendicite,presençadeúlceranoestômagooucolonperfurado,quepermi
teaentradadebactériasquepodemcausarinflamação,pancreatite,doençainflamató
riapélvica,cirrosehepáticaelesõesoutraumasnaregiões.

Oquadroclínico:Dorabdominal,sensibilidadenaregiãoabdominal,distençãoabdo
minal,Náuseasouvômitos,Anorexia,febre,diarreia,prisãodeventre,oligúria,desidr
atação,excessodecede,incapacidadedeevacuaroudesoltargasesefadiga.

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Examescomplementares:Hemoglobinaehematócrito,Leucograma,Radiografiadeabdô
mensimplesemvistasanteroposterior(AP)depé,deitadoelateraldeitado,Ultrasonografiaa
bdominal,Laparoscopiaeanálisedolíquidoperitoneal.

Tratamento.

1.

Aoiníciosesuspendeaviaoraleseprocedeàrestituiçãohidromineralporviaintrav
enosa.

Medicamentosparadiminuiroprocessoinflamatórioabdominal,

2. Medidasantitérmicaseanalgésicasparamelhoraroestadodopaciente.

3.

Antibioticoterapiadeamploespectro,inclusiveagérmenesanaeróbioséfundame
ntal.

4.

Otratamentodefinitivoécirúrgicoeatécnicaaempregardependedaafecçãoquep
resenteopaciente.

APENDICITEAGUDA
Éainflamaçãoagudadoapêndicececaldevidoafecalito,parasitae/
oucorpoestranhoqueoobstrui.Constituioabdômenagudocirúrgicomaisfrequente.
Aapendiciteagudaéumbomexemplodospontosmencionadosanteriormente,seudi
agnósticoéfundamentalmenteclínico.Alcançasuamaiorincidênciaentreos6e12an
os.

Característicasdaapendicite
Aapendicite,aqualqueridade,éumaenfermidadedinâmicaeprogressiva.Seoapênd
icenãoseextirparoportunamente,complica-
secomperfuração,peritonitislocal,logogeneralizada,septicemiaeeventualmente,
morte.
Aperfuraçãoéacomplicaçãomaisgravedaapendicite.Nãosesabeemquemomento
seproduz.Geralmenteéaceito,queocorreentre24e48horasdoiníciodossintomas.

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Quadroclínico:Dor:aoprincípioédetipocólicaComeçaemepigastrioesetransladaa
fossailíaca,ondesefazfixaedemaiorintensidade.
Desdeocomeço,adorpodeapresentar-
senafossailíacadireita.Omeninopequenoestáacostumadoaficá-
lamãonoumbigo,Anorexia,Náuseasevômitos:geralmenteseguemàdorecontêmre
stosalimentares,Febre:aparecehorasdepoisdecomeçadoador,émoderadaaoiníci
oesóelevadaemcasoscomplicadoscomperitonitisgrave.Dissociaçãodetemperatu
rarectoaxilarporcimade1°C,Freqüênciacardíacaelevada.Osvômitosgeralmentes
eguemàdorecontêmrestosalimentares.

Examescomplementares.
Emboraodiagnósticodaapendiciteagudaéeminentementeclínico,
indicam-seexamescomplementaresqueajudamaconfirmá-lo:
Hemogramacomdiferencial:apresentaleucocitosecomseparação
Rxsimplesdeabdômen
Ultra-somabdominal
Laparoscopiadiagnósticaeterapêuticaemcentrosespecializados
Urina:paradescartarsépsisurinária
RxdeAbdômemSimples:deve-
serealizaremdiferentesposicione(depé,supino,lateral)

Complicações:Entreasmaisfrequentesencontram:Peritonitis,SepsisdaFerida,S
hockSéptico,ObstruçãoIntestinal,Perfuraçãodoapêndices.
Tratamento
1. Sempreécirúrgico,pratica-seaapendicetomía.
2. Aantibioticoterapiaquecommaisfreqüênciaseempregaincluiascefalosporin
as,osaminoglucósidoseometronidazol,emesquemasdetratamentodiferent
es,segundoograudecomplicaçãoencontradonotransoperatorio.

CuidadosdeenfermagemnoPré-operatorio
1. Manterhidratação.

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2. Administrarantibióticosegundoindicação,noscasosderupturadoapêndice,g
eralmentesecombinamaminoglucósidoscomcefalosporina.
3. Seexisteestadotóxicoinfeccioso,deve-sevalorarpulso,temperaturaePVC.
4. Nãoadministraranalgésicosnemopiáceosquemascaremoquadroclínico.
5. Manterrepousoemcamaparaaobservação.
6. Colocarsondanasogástricaparaaspiraçãoelavagem.
7. Nãoadministrarpurgantesnemenemasporqueaumentamoperistaltismoepo
demcausarperfuração.
8. Checarexamescomplementares.
9. Canalizaçãodeveiaparaadministraraanestesiageral,transfusãodesangue,
plasmaemedicamentos.
10. Evacuaçãovesical.
11. Prepararapelecomoprofilaxiaàsinfecções.Lavadocomsuficienteágua,sabã
oeanti-séptico.
12. Trasladoaosalãocomahistóriaclínicaeosexamescomplementares.
13. Psicoterapiaparadiminuiraansiedadetantonopacientecomonosfamiliares.

Pós-operatório
1. Manterbalançoadequadodelíquidoseelectrólitos.
2. Aspiraçãogástricaatéqueapareçaaatividadeintestinal.
3. Vigiaraapariçãodecomplicações(infecções,geralmentesupuraciónpélvica)
.
4. Vigiarritmodiurético.
5. Vigiarfunçãorespiratóriaecardiovascular,paraacharsignosesintomasdesh
ock.
6. Manterviasaéreaspermeáveis.
7. Brindarcuidadoscomaferida.
8. Detectarestadodehemorragias.
9. Profilaxiacomantibióticos.
10. Administrarlaxantessuavesnãoemenemas.
11. Administraranalgésicossegundoindicaçãomédica.

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