Você está na página 1de 8

Doença

de
Parkinson
ANATOMIA & FISIOLOGIA HUMANA

Nome: Thiago Henrique de Vale Amaral


Datas de aulas: 22 e 23 de Abril de 2023

Santa Helena – MA
24/04/2023
SUMÁRIO

1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que é?

2 . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Causas

3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sintomas

4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Diagnósticos

5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tratamentos
O que é a doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson foi descoberta há mais de 200 anos e é a


segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso
central mais frequente no mundo, ficando atrás da Doença de Alzheimer. Sua
causa ainda é desconhecida: apenas 15% dos casos têm histórico familiar. Por
isso, a maioria dos cientistas acredita que seja causada por uma combinação
complexa de fatores genéticos e ambientais.

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde,


no Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com a doença e, no mundo, são
cerca de 4 milhões de casos. Com a estimativa de que 1% da população acima
de 65 anos tenha Parkinson e com o aumento da expectativa de vida e o
envelhecimento da população, os casos devem dobrar no Brasil até 2040.
O Parkinson é um distúrbio do movimento progressivo (avança com o
tempo) e degenerativo, já que causa um declínio contínuo das células produtoras
de dopamina na região encefálica conhecida como substância negra. Com a
redução da dopamina, que ajuda na realização dos movimentos voluntários do
corpo de forma automática, o paciente vai perdendo a capacidade de controlar
ou iniciar o movimento.

Entre os sintomas motores que podem tornar as atividades da vida


cotidiana desafiadoras estão: tremor, movimentos lentos, rigidez, instabilidade
postural, passos aleatórios e problemas de dicção. E, mesmo que a doença de
Parkinson seja um transtorno do movimento, os sintomas não motores podem
ter um impacto muito grande na qualidade de vida, entre eles: diminuição do
olfato, depressão ou problemas de humor, dor, insônia, disfunção da bexiga ou
do intestino e fadiga.
Esse conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de
síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. Doenças diferentes e causas muito
diversas podem produzir essa síndrome parkinsoniana. Entretanto, a principal
causa dessa síndrome é a própria Doença de Parkinson, em aproximadamente
70% dos casos.
Os demais casos relacionam-se a enfermidades ou condições clínicas
nas quais os sintomas são semelhantes, porém outras características estão
presentes e a história clínica e a evolução vão ajudar no diagnóstico diferencial.
Portanto, quando um médico faz menção ao parkinsonismo ou síndrome
parkinsoniana, ele não estará necessariamente se referindo à Doença de
Parkinson. Uma causa importante de parkinsonismo secundário é o uso de
certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens,
tonturas e doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão). A
importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente
reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.
Causas

Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam


morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas
pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem
muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim,
acabam por manifestar os sintomas da doença.
Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda
progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o
empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais
de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores
podem ser genéticos ou ambientais. A Doença de Parkinson ocorre por causa
da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada
substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz
as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da
dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.
Sintomas

Os principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora


(bradicinesia), a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e
tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e
geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro
e, finalmente, o desequilíbrio. Estes são os chamados “sintomas motores” da
doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição
do olfato, alterações intestinais e do sono.
A história de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num
aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar
arrastando os pés, postura inclinada para frente. O tremor afeta os dedos ou as
mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num
lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro. O
tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é
chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o
tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica
nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O
tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve
como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o


parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma
das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais
tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se,
vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre diminuição do tamanho da letra). Outros
sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; redução
da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir,
depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.
Diagnostico

O diagnóstico é clínico e geralmente é feito após o paciente procurar um


neurologista com sintomas iniciais, como: movimentos mais lentos, tremores nas
extremidades das mãos e diminuição do tamanho das letras ao escrever. Se
necessário, o médico poderá também indicar exames como a SPECT-Scan
(tomografia por emissão de fóton único), para verificar a quantidade de dopamina
no cérebro. São essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos
sinais e sintomas descritos. O profissional mais habilitado para tal interpretação
é o médico neurologista, que é capaz de diferencia esta doença de outras que
também afetam involuntariamente os movimentos do corpo. Os exames
complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética etc., servem
apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais. O exame de
tomografia computadorizada por emissão de fóton-único para quantificar a
dopamina cerebral (SPECT-Scan) pode ser utilizado como uma ferramenta
especial para o diagnóstico de doença de Parkinson, mas é, na maioria das
vezes, desnecessário, diante do quadro clínico e evolutivo característico.
Tratamentos

A doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas


respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses
medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente
a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença.
Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal
enfermidade, ou até que surjam tratamentos mais eficazes. Ainda não existem
drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva
a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Há
diversos tipos de medicamentos antiparkinsonianos disponíveis, que devem ser
usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da
doença, garantindo, assim, melhor qualidade de vida e independência ao
enfermo. Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas
da doença de Parkinson, que devem ser indicadas caso a caso, quando os
medicamentos falharem em controlar tais sintomas. Tratamento adjuvante com
equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular.
O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia,
suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a
qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da
doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com
qualidade, por muitos anos. Deve ser tratada, não apenas combatendo os
sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se
curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário
do restante do organismo, as células não se renovam. Por isso, nada pode ser
feito diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra.
A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e,
em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas
elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito
importante para os que têm problemas com a fala e com a voz.
Não há como prevenir a doença de Parkinson com os recursos
disponíveis atualmente. Embora hoje seja possível identificar indivíduos com alto
risco de conversão para Parkinson, por exemplo, portadores assintomáticos de
genes patogênicos, as estratégias medicamentosas e com outras terapias
alternativas ainda não se mostraram eficazes para prevenir a progressão da
doença.

Você também pode gostar