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PARKINSON
BENEFITS OF PHYSICAL EXERCISE FOR INDIVIDUALS WITH PARKINSON’S
DISEASE
Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de Educação Física Bacharelado da Universidade do
Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel, 2019.
Orientador: Profª. Ana Cristina Mendes da Silva, Msc. Tubarão, 2019.
Acadêmico do curso de Educação Física Bacharelado da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul.
E-mail: fabiana.rosa@unisul.br.
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treatment combined with physical exercise can control and ameliorate the symptoms of PD, as
well as improve the quality of life of these individuals. It is up to the Physical Education
professional to identify the different characteristics of each individual and to assert their
performance in the treatment of PD.
1 INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez por James Parkinson
em 1817, a DP ocorre em uma pequena parte do cérebro chamada de substância negra. A DP
é uma enfermidade neurológica degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral
pessoas idosas. Essa doença é desencadeada pela perda de neurônios do Sistema Nervoso
Central (SNC) em uma região conhecida como substância negra, sendo estes neurônios
responsáveis pela produção e liberação da dopamina, um neurotransmissor importante
principalmente para o controle dos movimentos. Quando 70 a 80% da substância negra estão
deterioradas, ocorre uma grande redução dos níveis de dopamina na região dos núcleos da
base, desencadeando os principais sinais que são o tremor de repouso, a bradicinesia ou
lentidão dos movimentos, a acinesia ou rigidez muscular e a hipocinesia ou diminuição da
amplitude de movimentos, além das alterações posturais e na marcha (MENESES; TEIVE,
2003). Como consequência dessa desordem motora, indivíduos com a DP apresentam
desequilíbrio postural, diminuição das capacidades funcionais e alta incidência de quedas
(CHRISTOFOLETTI et al., 2006).
As células do nosso cérebro morrem o tempo todo, entretanto na DP esse
decréscimo acontece mais rapidamente. Muitos pesquisadores tentam sugerir respostas para
essa degeneração desordenada. Dentre as possibilidades estão o envenenamento do meio
ambiente (principalmente os pesticidas utilizados em zonas rurais), o uso desordenado de
determinados medicamentos que podem desencadear a perda das células dopaminérgicas, a
diminuição de substâncias protetoras no cérebro, bem como as causas genéticas (OXTOBY;
WILLIANS, 2000).
A DP é de difícil diagnóstico e na maioria das vezes já está presente há muito
tempo antes da sua descoberta definitiva. O diagnóstico da DP é realizado por exclusão,
utilizando testes motores e não motores específicos para este fim. Em alguns casos são
realizados exames de neuroimagem, como tomografia computadorizada, ressonância
magnética, dentre outros, a fim de certificarem-se de que o indivíduo não possui nenhuma
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1.1 METODOLOGIA
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através desta pesquisa pode-se verificar que grande parte dos estudos apresentam
benefícios dos exercícios físicos aos pacientes com DP, descrevendo as metodologias de
exercícios físicos que proporcionaram melhoras relacionadas à qualidade de vida, a melhora
no desempenho da marcha e do equilíbrio, ao desenvolvimento da força muscular, ao controle
postural e aumento da amplitude de movimento das principais articulações, dentre outras que
auxiliam indivíduos com DP. Considerando que a DP é uma doença progressiva, a
manutenção das funções avaliadas já seria importante para os pacientes, tornando os
resultados observados, principalmente em períodos longos como o de oito meses de
intervenção, ainda mais significativos. Além disso, a maioria desses estudos sustenta a
hipótese de que é possível retardar a progressão dos sintomas da DP a partir de práticas
regulares de exercícios físicos, melhorando a qualidade de vida dessa população.
Na maioria dos estudos, a intervenção foi aplicada em uma frequência de 2 a 3
vezes por semana. Entretanto estudos com apenas uma vez por semana também mostram
resultados positivos, indicando que os programas devem ser propostos com frequência de 1 a
3 vezes por semana, dependendo do exercício proposto e da condição física dos indivíduos.
O estudo de CONCEIÇÃO e TANAKA (2015) apresentaram uma análise dos
efeitos do exercício físico combinado com o exercício respiratório sobre os aspectos motores,
a capacidade respiratória e a função cognitiva em um indivíduo com a DP. O indivíduo
apresentava diagnóstico clínico da DP idiopática, sendo sua principal queixa a diminuição da
capacidade respiratória. O treinamento físico foi realizado duas vezes por semana, 45 minutos
por sessão, sendo distribuídos da seguinte forma: aquecimento na esteira, alongamentos
dinâmicos, exercícios musculares em suspensão, desenvolvidos em isometria, exercícios
musculares localizados. Já o programa de exercício respiratório contemplava seis exercícios,
com 15 minutos totais para serem desenvolvidos. A combinação de exercício físico com o
respiratório totalizou uma hora de duração, o programa consistia em dois meses de
treinamento, período que corresponde à metade da intervenção, realizaram-se as avaliações
para verificar possíveis benefícios do programa em curto período de tempo. O protocolo de
treinamento se estendeu para mais dois meses, totalizando quatro meses de intervenções.
Diversas são as origens dessa deficiência respiratória ocasionada na DP, como flexão do
tronco e cifoescoliose, que juntamente com uma acentuada rigidez muscular, artrose e
bradicinesia dificultam a expansão torácica, restringindo a passagem do ar. Em relação á
combinação entre exercício físico e respiratório, os resultados obtidos no presente estudo
apontaram uma melhora no desempenho do indivíduo no teste de equilíbrio. Na escala de
equilíbrio funcional de Berg, a pontuação máxima é de 56 pontos, e quanto mais altos os
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resultados obtidos, melhor o equilíbrio do indivíduo, que atingiu respectivamente, escore 55,
56, 55 nas avaliações pré, durante e pós-intervenção. O resultado dos aspectos respiratórios
foi através do teste de cirtometria que tem como objetivo encontrar o índice de amplitude (IA)
de cada um dos pontos torácicos, na altura da prega axilar com Pré: 5,5 cm; Intermédio: 6,0
cm; Pós: 5,0 cm; na região do apêndice xifoide com Pré: 11,0 cm; Intermédio: 8,0 cm; Pós:
10,5 cm; e na linha da cicatriz umbilical com Pré: 3,5 cm; Intermédio: 3,5 cm; Pós: 1,5 cm.
Acreditava-se que, com a prática regular dos exercícios, os resultados seriam superiores aos
iniciais, contudo percebeu-se que o indivíduo diminuiu a prática de exercícios físicos
(natação), atividade que vinha desenvolvendo paralelamente à pesquisa, mas durante o
período da pesquisa acabou optando por praticar somente os exercícios contidos neste
protocolo de treinamento. Já os resultados do aspecto cognitivo o indivíduo alcançou 29
pontos nas três avaliações, indicando que não se encontrava em estado de demência, não
havendo comprometimento cognitivo.
Já o estudo de LIMA et al. (2017) apresentaram os efeitos do treinamento
resistido sobre os sintomas depressivos, parâmetros físicos e funcionais de um homem com
DP. O indivíduo estava no estágio 3 da DP segundo a Escala de Estágios de Incapacidades de
Hoehn e Yahr, além disso ele apresentava hipertensão, diabétes mellitus tipo 2 e baixa visão,
sintomas motores da DP : tremor em repouso, rigidez muscular, bradicinesia e postura
curvada, sintomas depressivos como: tristeza, irritabilidade, fadiga, apatia, desanimo, perda
de apetite, perda de peso, perda de interesse por atividades de lazer, pessimismo, dificuldades
em conciliar o sono e pensamento suicida. Dessa forma decidiu-se aplicar a Escala de
Hamilton para Depressão (HAM-D), com o propósito de investigar a gravidade dos sintomas
depressivos. O indivíduo apresentava elevado descondicionamento da musculatura
esquelética, dificuldade para andar e levantar da cadeira, e não conseguia realizar flexão do
quadril direito. A avaliação física foi realizada medindo-se a força de pressão manual com o
auxílio de um dinamômetro (Saehan), a flexibilidade no Banco de Wells e a resistência
aeróbia (marcha estacionária). Ele também foi submetido a testes funcionais como: sentar e
levantar de uma cadeira e locomover-se pela casa, o teste de equilibrar-se em uma perna só e
a velocidade máxima de andar (teste de 6 metros). No intuito da reabilitação da força e
funcionalidade, foi prescrito um protocolo de treinamento resistido, que abrangeu os
principais grupos musculares e articulações, sendo estes: o levantamento terra, remada
unilateral, supino vertical, panturrilha em pé e abdominal infra. Foram realizadas duas sessões
semanais de treinos em dias alternados, durante vinte semanas, cada sessão com duração
média de 30 minutos. A carga de treinamento foi ajustada para garantir um esforço
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agilidade das pernas após o treino de marcha evidenciou melhora em três dos cinco
indivíduos, os quais antes do treinamento apresentavam comprometimento moderado com
fadiga precoce e retardo do movimento (Grau2) e, em seguida demonstraram leve
desaceleração do movimento e / ou redução da ADM (Grau1). Dois dos cinco indivíduos
mantiveram o mesmo grau de dificuldade antes e após o treino de marcha. A análise do
parâmetro marcha (UPDRS) evidenciou que quatro indivíduos obtiveram algum grau de
progressão após o treinamento. Esses, antes do treinamento, andavam com dificuldade,
apresentavam passos curtos, festinação ou propulsão (Grau2) e após o mesmo, andaram
devagar, no entanto não havia a presença de festinação ou propulsão (Grau1). Apenas um dos
cinco indivíduos não mostrou melhora deste parâmetro. O último parâmetro da UPDRS
avaliado, estabilidade postural, no presente estudo, não evidenciou modificação com o treino
de marcha. Todos os voluntários avaliados apresentaram algum grau de retropulsão, mais com
recuperação espontânea (Grau1), antes e após o treino de marcha. De modo geral, todos os
voluntários foram capazes de completar o percurso de marcha em menor tempo na presença
de pistas visuais. No entanto, quando essas pistas eram removidas, o tempo de marcha
apresentou aumento significativo (P<0,05). O treino de marcha com a utilização de pistas
visuais pode ser um recurso útil para melhorar o status motor geral dos indivíduos com a DP.
O aprimoramento dos parâmetros cinemáticos da marcha parece ser sustentado por período
prolongado, mesmo quando os indivíduos são privados dessas pistas visuais.
O estudo de COSTA (2013) teve por objetivo verificar os efeitos do método
Pilates na qualidade de vida de um indivíduo idoso de 76 anos, diagnosticado há 10 anos com
a DP. Antes do protocolo de treinamento de Pilates, foram realizados testes como a Escala de
Hoehn e Yahr para verificou que o indivíduo se encontrava no estágio 4 da DP, foram
aplicados outros testes como a escala de Equilíbrio de Berg que consistia em avaliar o
equilíbrio estático e dinâmico do idoso, aplicou-se também o teste de força de membros
inferiores – FMI que consistia em sentar e levantar na cadeira o maior número de vezes em 30
segundos, e o teste de sentar e alcançar sem banco, para avaliar a flexibilidade deste
indivíduo. Depois de realizados os testes acima, foram utilizados o seguinte protocolo de
exercícios: o idoso foi submetido a vinte sessões do método Pilates, com duração em média
de 50 minutos à uma hora e frequência semanal de duas a três vezes, de acordo com a
disponibilidade do mesmo. Os exercícios do protocolo foram: Cadilac – série de mobilidade
da coluna em flexão; Cadeira – série para fortalecer latíssimo do dorso e tríceps em isometria;
Solo e Bola – série para relaxamento muscular. Quanto à pontuação da Escala de Berg
verificou-se que o idoso alcançou 40 pontos (71%) antes da aplicação do protocolo de
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exercícios de Pilates e após as vinte sessões, aumentou para 51 pontos (91%). O teste de força
de membros inferiores, de sentar e levantar-se da cadeira em 30 segundos, contando o número
de repetições, teve aumento significativo entre as avaliações. No primeiro dia, o indivíduo
conseguiu um total de 17 repetições e no último dia aumentou para 21 o número de
repetições. Para a realização das atividades cotidianas, essa variável é fundamental. Já com o
teste de sentar e alcançar sem banco (SASB), a flexibilidade no primeiro dia foi de 18 cm e
aumentou para 23 cm na última avaliação após o término da aula de Pilates. Observa-se que o
Método Pilates foi uma alternativa na reabilitação deste idoso com a DP, porque demonstrou a
melhora de equilíbrio, da flexibilidade nas articulações e postura, proporcionando satisfação
ao praticante que deseja obter melhoria na qualidade de vida. O método Pilates, não retarda a
progressão da DP, porém previne complicações secundárias como a perda da força muscular,
redução na amplitude de movimentos, hipotensão e osteoporose induzida pela inatividade
(RIBEIRO et al., 2009).
O estudo de REIS et al. (2015) teve como objetivo verificar os efeitos da
hidroginástica em variáveis espaços temporais relacionadas a macha de uma portadora da DP.
O sujeito da pesquisa foi uma idosa de 68 anos de idade e atualmente se encontrava no estágio
1,5 da evolução da DP. Como instrumento de medida se utilizou o sistema de reconstrução
tridimensional de movimento Digital Motion Analysis System (DMAS) 5.0 da SPICAtek®
,composto por quatro câmeras digitais, da marca DALSA-CCD CA-D4, com resolução de
1024x1024 pixels, à 40 quadros por segundo (fps). Para a análise da cinemática da marcha,
medidas durante o ciclo do andar foram monitorada, para as medidas de tempo e distância
relacionadas aos seguintes eventos: 1 – toque inicial do pé no solo; 2 – saída do pé esquerdo
do solo; 3 – toque inicial do pé esquerdo no solo e 4 – saída do pé direito do solo. Com base
na definição destes eventos, variáveis espaciais e temporais foram determinadas, sendo que as
variáveis dependentes (espaço-temporais) analisadas foram: TAD-D e TAD-E (tempo de
apoio duplo direito e esquerdo), TBD e TBE (tempo de balanço direito e esquerdo), TAS-D e
TAS-E (tempo de apoio simples direito e esquerdo), TTC (tempo total de ciclo), CPD e CPE
(comprimento de passo direito e esquerdo), CPASS (comprimento de passada), LP (largura da
passada), CAD (cadência) e V (velocidade). Os dados cinemáticos da marcha foram obtidos
através da digitalização dos pontos de interesse (tornozelos direito e esquerdo – maléolos
laterais das fíbulas), demarcados com fita reflexiva nos respectivos acidentes ósseos,
representando os eixos articulares dos tornozelos do indivíduo. Para a realização tanto do
tratamento quanto da coleta de dados limitou-se as seguintes variáveis de controle:
medicação, ½ comprimido de Prolopa® 200/50mg três vezes ao dia (ao acordar, no almoço e
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no jantar); atividades físicas terrestres. Para a coleta propriamente dita, foram registradas
imagens referentes a seis ciclos completos da marcha (adotou-se o toque do pé direito no solo
como ponto de partida de cada ciclo) em cada coleta. O tratamento (exercícios de
hidroginástica), variável dependente, foi realizado durante um período de quatro meses, três
vezes por semana, com duração de 45 minutos por sessão. Os exercícios localizados e globais
intervalados foram realizados tanto com auxílio de implementos (flutuadores, bastões, etc.)
quanto livres. Utilizou-se estatística descritiva, bem como, após normalização dos dados
(Shapiro-Wilk), estes foram comparados com o teste “t” de Student para amostras
dependentes, com p<0,05. Verificou-se que houve diferença significativa, entre o pré e pós-
teste, nas variáveis TAD-E (p=0,047) e TP-D (p=0,007). Ao comparar as variáveis espaciais
no pré e pós-teste, verificou-se diferença significativa apenas nas variáveis CTC (p=0,005) e
CP-D (p=0,011). Com relação às variáveis V e CAD não foram encontradas diferenças
significativas ao se comparar o pré e pós-teste. Tanto no pré (p=0,013) quanto no pré-teste
(p=0,033) foram observadas diferenças significativas entre os comprimentos dos passos
direito e esquerdo do indivíduo. De maneira geral pode-se afirmar que a intervenção realizada
não contribuiu para possíveis alterações na marcha do indivíduo estudado, haja vista que em
algumas variáveis observou-se uma tendência à evolução do quadro clínico, enquanto em
outras se observou o contrário. Sendo assim, supõe-se que o período de intervenção não foi
suficiente para o estabelecimento/comprovação dos resultados efetivos dos exercícios físicos
(hidroginástica) sobre variáveis motoras responsáveis pela marcha. Sugere-se a realização de
estudos experimentais com efetivos controles dos efeitos da hidroginástica na marcha de
indivíduos portadores da DP.
BERTOLDI, SILVA e NAVEGA (2013) apresentaram um estudo que teve como
objetivo avaliar o efeito do fortalecimento muscular no equilíbrio, mobilidade e qualidade de
vida em indivíduos com DP. Fizeram parte deste estudo nove indivíduos com diagnóstico
médico de DP, classificados entre os estágios 1 e 3 da Escala de Hoehn & Yahr Modificada,
que caracteriza incapacidade leva a moderada. Os indivíduos eram capazes de deambular de
forma independente, não apresentavam outra doença neurológica associada e não sofreram
modificações no tratamento medicamentoso durante a participação no estudo. Para análise dos
resultados era necessário que o voluntário frequentasse pelo menos 75% das sessões, sendo
que todos os voluntários tiveram frequência maior que a estabelecida. Antes e depois do
término do programa de fortalecimento proposto, os indivíduos passaram por avaliações do
equilíbrio, da mobilidade funcional e da qualidade de vida. Para a avaliação do equilíbrio foi
utilizada a Escala de Equilíbrio de Berg. Para a avaliação da mobilidade funcional, foi
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utilizado o teste Timed Up and Go (TUG), nele é analisado o tempo gasto pelo indivíduo para
se levantar de uma cadeira com braços, andar por uma distância de três metros e retornar à
cadeira. Maiores valores de tempo representam maior risco de quedas. A avaliação da
qualidade de vida foi realizada pelo Parkinson’s Disease Questionnaire (PDQ-39) do Health
Services Research Unit, da Universidade de Oxford, validado para o inglês e adaptado para o
português do Brasil em 2005, que compreende 39 itens que podem ser respondidos com cinco
opções diferentes de resposta: “nunca”; “de vez em quando”; “às vezes”; “frequentemente”;
“sempre” ou “é impossível para mim”. Já o teste de determinação de carga máxima, todos os
voluntários passaram por um dia de adaptação dos exercícios no dia anterior ao início do
teste. Os exercícios foram para os seguintes grupos musculares: flexores de joelho,
quadríceps, adutores do quadril, abdutores do quadril, peitorais, bíceps braquial e tríceps. Para
cada voluntário, foi realizado o teste de determinação de 1RM em dois grupos musculares de
membros alternados (superiores e inferiores), de cada lado do corpo (direito e esquerdo), por
dia, havendo um intervalo de descanso entre eles de 30 minutos. O programa de atividade
física foi realizado duas vezes na semana, por 12 semanas, com sessões de uma hora de
duração, em um local próprio para prática de atividade física. Para cada um dos grupos
musculares, foram realizados em cadeia cinética aberta com o uso dos seguintes aparelhos de
mecanoterapia: Flexores e extensores do joelho – mesa flexoextensora; Abdutores e adutores
do quadril – cadeira adutora/abdutora; Adução horizontal do ombro – máquina para supino;
Flexores do antebraço – aparelho para rosca direta e Extensores do antebraço – halteres. Na
primeira, segunda e terceira quinzena, os voluntários treinaram com 30, 40 e 50% da carga
alcançada no teste de uma repetição máxima (1RM), respectivamente. Nas semanas
subsequentes, a carga trabalhada foi de 60% da 1RM. Para a reavaliação final da força
muscular de cada voluntário, após o término do programa de treinamento, foi realizado o teste
de 1RM. Ao final de cada mês de treino, os voluntários foram submetidos novamente ao teste
de 1RM, e o valor absoluto de carga de treino foi reajustado. Após o programa de
fortalecimento muscular, os indivíduos apresentaram melhora no equilíbrio (p=0,008) e na
qualidade de vida (p=0,013). A mobilidade funcional não sofreu influência do treinamento
proposto (p=0,19). O programa de treinamento se mostrou eficiente, já que foi capaz de
aumentar a força em todos os grupos musculares trabalhados. Vale ressaltar que é de extrema
importância manter e/ou aumentar a força muscular em indivíduos com DP, pois, segundo
SCANDALIS et al., (2001), a diminuição da força muscular ocorre de forma efetiva no
parkinsoniano. A fraqueza decorrente da DP leva os indivíduos à insegurança na realização de
atividades, limitando-os às atividades estritamente necessárias, gerando maior atrofia
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apresentou aumento após os primeiros quatro meses de exercício físico, mais sem manutenção
do aumento após oito meses de exercício físico (p<0,05) voltando ao nível do pré-teste. A
amplitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo apresentou aumento após quatro meses
de exercício físico, com manutenção dos valores após oito meses (p<0,04). De forma geral, os
resultados confirmaram a hipótese do estudo, indicando que após oito meses de exercício
físico houve melhora na amplitude de movimento articular de pacientes com DP. O programa
multimodal de exercício físico trouxe como resultados das amplitudes articulares: Flexão
Quadril – Pré-Teste 86º; Pós-Teste I 87º; Pós-Teste II 88º; Flexão de joelho – Pré-Teste 104º;
Pós-Teste I 103º; Pós-Teste II 101º. Pode-se concluir que o programa multimodal de exercício
físico de oito meses foi eficiente em melhorar a amplitude de movimento articular de
pacientes com DP. Os benefícios do exercício físico, para essa capacidade física, foram
independentes do gênero e da severidade da DP.
Foram encontrados poucos estudos que façam uma relação direta entre Exercício
Físico e Doença de Parkinson dentro do contexto da Educação Física, mais parece haver uma
tendência em acreditar que o exercício físico regular é benéfico para indivíduos com a DP,
sendo capaz de amenizar alguns sintomas da doença como a redução da capacidade de
realizar algumas atividades diárias devido à rigidez muscular e articular, a bradicinesia ou
lentidão dos movimentos e a instabilidade postural. Pode-se dizer que o exercício físico não
cura a DP, mais aliado ao tratamento medicamentoso pode amenizar e diminuir a progressão
dos sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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