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ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA MARCHA DE PACIENTES ACOMETIDOS

COM DOENÇA DE PARKINSON

Geovana Beatriz Guilherme de Freitas Silva1;Hilary Andrade e Silva; Estela de Fátima Sousa Cunha2
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Ivanna Tricia Gonçalves Fernandes4

RESUMO
Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa de caráter crônico e progressivo.
Ela compromete os núcleos da base que exercem uma função importante na execução dos movimentos
voluntários, causando um impacto devastador na funcionalidade e qualidade de vida das pessoas. Os pacientes
acometidos com essa doença, podem apresentar um quadro clínico característico de desequilíbrio resultante da
perda de dopamina, rigidez, tremores em repouso e instabilidade postural. Em casos mais graves podem
apresentar hipocinesia e até a acinesia, levando o paciente a ter dificuldade para iniciar e frear movimentos
simples. Essa doença pode ocorrer devido a degeneração das células localizadas no cérebro em uma região
denominada substância negra. Estudos relatam que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos são vítimas da Doença de Parkinson.
Estudos mostram que existem diversas terapias que podem atuar na reabilitação da marcha desses pacientes
como a hidroterapia, realidade virtual, levodopa e a fisioterapia convencional. Objetivo: Essa revisão tem como
objetivo investigar o efeito de diferentes terapias na reabilitação da marcha de pacientes acometidos com Mal de
Parkinson. Metodologia: Esse estudo trata-se de uma revisão de literatura sobre a Doença de Parkinson, onde
foram utilizadas bases de dados como, Brasil Scientific Eletronic Libary Online (SciELO), Nacional Center for
Biotechnology Information (PubMed) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Através das palavras
chaves, Physiotherapy, March, Parkinson. Os critérios de exclusão utilizados foram, artigos publicados antes do
ano 2013, e artigos que os idiomas que não fossem português ou inglês. Resultados: Os estudos sobre realidade
virtual, hidroterapia, e fisioterapia convencional na reabilitação de pacientes com Doença de Parkinson,
mostraram efeitos positivos e significativos na reabilitação da marcha desses pacientes e consequentemente,
fortalecimento dos músculos, equilíbrio, melhora no tônus muscular e outros. Pacientes com DP também fazem
uso de medicamentos específicos para essa patologia. O medicamento levodopa é um dos mais conhecidos.
Estudos apontam sua eficácia, porém relatam que seus efeitos colaterais são fortes como intolerância
gastrintestinal, alterações psiquiátricas, hipotensão ortostática e seu uso prolongado pode ocasionar problemas
de flutuações do rendimento motor e discinesias, trazendo ainda mais prejuízo a saúde do paciente. No entanto,
o medicamento é a primeira ideia de tratamento desses pacientes. Pois, a DP é a deficiência no neurotransmissor
dopamina. E o medicamento age no objetivo de devolver essa funcionalidade. Porém, devido a desordem
motora que essa patologia causa, se faz necessário o uso da fisioterapia, seus métodos coadjuvantes e o uso de
medicamentos. Tendo em vista que somente a fisioterapia irá devolver a funcionalidade motora desses pacientes
e melhorar a qualidade de vida. É importante enfatizar que essa patologia é irreversível e ainda não foi

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Discente Geovana Beatriz Guilherme de Freitas Silva
2
Discente Estela de Fátima Sousa Cunha
3
Discente Francisco Edson da Silva Godim
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Doscente Ivanna Tricia Gonçalves Fernandes
descoberto um método de cura definitiva. A junção desses métodos de tratamento tem ação no controle da
doença e melhora na qualidade de vida. Conclusão: Desta maneira, podemos afirmar que há muitas
possibilidades para o tratamento de pacientes com a Doença de Parkinson. Os pacientes fazem o uso de
medicamentos, porém, a fisioterapia é indispensável na reabilitação da marcha desses pacientes.

Palavras-Chaves: Fisioterapia; Marcha; Parkinson.

Referências:

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disease. Jama neurol, v 70, fev. 2013. Disponível em:
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