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MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

Prof. Endrigo Adonis


ENDRIGO ADONIS

FINALIDADES

 Sedação do animal;
 Redução do estresse, irritabilidade e agressividade;
 Redução dos efeitos indesejáveis de outros fármacos anestésicos;
 Prevenir ou reduzir a incidência de vômitos;
 Aliviar a dor;
 Potencializar os agentes anestésicos injetáveis e voláteis.
ENDRIGO ADONIS

PRINCIPAIS GRUPOS FARMACOLÓGICOS

 Fármacos anticolinérgicos
 Fármacos tranquilizantes (outrora, tranquilizantes maiores)
 Fármacos ansiolíticos (outrora, tranquilizantes menores)
 Agonistas alfa-2 adrenérgigos
 Hipnoanalgésicos: Opióides
 Hipnóticos.

(MASSONE, Flávio. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e Técnicas - Textos e Atlas, 6ª edição. Guanabara
Koogan, 09/2011. VitalBook file)
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FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS
 Sistema cardiovascular: aumento da frequência cardíaca e
aceleração da condução atrioventricular;
 Sistema respiratório: diminuição das secreções em geral e
broncodilatação;
 Sistema digestório: diminuição das secreções e motilidade
gastrointestinal;
 Olho: dilatação da pupila;
 Sistema nervoso central: estado de torpor e confusão
mental.
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FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS
ATROPINA (SULFATO DE ATROPINA)
 Alcalóide natural extraído da planta Atropa beladona;
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FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS
ATROPINA (SULFATO DE ATROPINA)

 Bloqueia a acetilcolina nas terminações pós-ganglionares das


fibras colinérgicas do SNA;
 É destruída por hidrólise no fígado (atropina esterase);
 Parte é excretada, intacta, pelo rim;

 Contraindicado em equinos e ruminantes;


 Uso em pequenos animais (0,02-0,04mg/Kg – IV, IM, SC);
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FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS
GLICOPIRROLATO

 Maior duração de ação e menor tendência a causar taquicardia


excessiva em comparação à atropina;

 Não difunde através das barreiras hemotoencefálica e


placentária;

 Uso em pequenos animais (5 a 10μg/Kg – IV, IM, SC).


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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES

São todos os produtos que, além de tranquilização e


sedação, causam acentuada depressão do SNC, agindo na
substância reticular mesencefálica, inferindo, assim, sobre o
ciclo de sono e vigília do paciente.
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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DA FENOTIAZINA

No SNC antagonizam com as neurotransmissões


dopaminérgicas, bloqueando os receptores pré e pós-
sinápticos ao efeito da dopamina.
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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DA FENOTIAZINA

 Sistema cardiovascular: vasodilatação periférica, com perda de


regulação vasomotora e consequente hipotensão; Redução do
hematócrito e da concentração de hemoglobina (dilatação
esplênica);
 Sistema respiratório: diminuição das secreções em geral;
 Sistema digestório: diminuição das secreções e antiemético;
 Temperatura: causam hipotermia.
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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DA FENOTIAZINA
ACEPROMAZINA
 Tranquilização de cães para transporte (efeito prolongado – 10h);
 Potencializa a analgesia induzida por opióides em cães/
antiemético;
 Efeitos indesejáveis: Redução da pressão arterial e hipotermia;

 Uso em pequenos animais (0,03 - 0,1mg/Kg – IV, IM, SC ou


1mg/Kg - VO).
 Não ultrapassar a dose máxima de 3mg;
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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DA FENOTIAZINA
CLORPROMAZINA

 Efeito antiemético mais potente que as demais fenotiazinas;

 Uso em pequenos animais (0,2-0,5mg/Kg – IV, IM, SC);

 Não ultrapassar a dose máxima de 25mg;


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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DA FENOTIAZINA
LEVOMEPROMAZINA (Metotrimeprazina)

 Potencializa os efeitos analgésicos com a morfina;

 Uso em pequenos animais (0,2 – 0,5mg/Kg – IV, IM, SC);

 Não ultrapassar a dose máxima de 25mg;


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FÁRMACOS TRANQUILIZANTES
DERIVADOS DAS BUTIROFENONAS

 Mecanismo de ação semelhante aos fenotiazínicos: age sobre a


formação reticular mesencefálica, diminuindo a atividade
motora e induzindo tranquilização;
 Efeito antiemético;
 Reduz pressão arterial (vasodilatação periférica).

 DROPERIDOL e AZAPERONA.
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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS

Capaz de causar ação ansiolítica, anticonvulsivante,


miorrelaxante, hipnótico e amnésico, sem acentuada depressão
do SNC.

BENZODIAZEPINAS
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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS
BENZODIAZEPINAS

Atuam aumentando o tônus GABAérgico central.

 Sistema cardiovascular: empregado com segurança na MPA de


pacientes de alto risco com instabilidade circulatória;

 Sistema respiratório: Não interferem de forma significativa;


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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS
BENZODIAZEPINAS

 Bromazepam (Lexotan);  Flurazepam (Dalmane);


 Clorazepato (Tranxene);  Lorazepam (Lorax);
 Cloxazolam (Sepazon);  Medazepam (Nobrium);
 Clordiazepóxido (Librium);  Midazolam (Dormonid);
 Clonazepam (Rivotril);  Nitrazepam (Mogadon);
 Diazepam (Valium);  Oxazepam (Serax);
 Flunitrazepam (Rohypnol);  Oxazolazepam (Serenal).
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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS
BENZODIAZEPINAS

DIAZEPAM
 Veículo oleoso;
 Uso em pequenos animais (0,2 a 0,5mg/Kg – IV);
 Usado para antagonizar hipertonia muscular e
hiperexcitabilidade - Cetamina;

MIDAZOLAM
 Hidrossolúvel;
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FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS
BENZODIAZEPINAS

FLUMAZENIL
(Antagonista benzodiazepínico)
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AGONISTA ALFA-2 ADRENÉRGICO

Sedativos, analgésicos e miorrelaxantes.

 Sistema cardiovascular: 1º-hipertensão arterial e bradicardia; 2º-


hipotensão e bradicardia;
 Sistema respiratório: depressão respiratória;
 Sistema digestório: reduzem a motilidade intestinal (equinos:
vasoconstrição intestinal);
 Sistema reprodutor: contraindicados em final de gestação (efeito
semelhante à ocitocina);
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AGONISTA ALFA-2 ADRENÉRGICO


XILAZINA

 Efeito depressor sobre a função cardiovascular;


 Deve-se evitar seu emprego em animais idosos ou apresentando
evidências de doença cardíaca ou sistêmica;
 Cães e gatos: êmese;
 Reduzem drasticamente a quantidade de anestésicos para a indução
e manutenção anestésica.

 Antagonistas: IOIMBINA E ATIPAMEZOLE


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HIPNOANALGÉSICOS
Compostos derivados naturais ou sintéticos ópio, um alcaloide extraído da
planta Papaver somniferum (papoula)
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HIPNOANALGÉSICOS
OPIÓIDES

 Sistema cardiovascular: estabilidade cardiovascular, apesar de


poderem induzir bradicardia mediada por aumento do tônus vagal;
Pode ocorrer liberação de histamina induzida pela administração
intravenosa rápida (morfina e meperidina).
 Sistema respiratório: taquipnéia após administração em cães;
 Sistema digestório: êmese e defecação (morfina, hidromorfina);
constrição em aplicações por tempo prolongado
 Sistema urinário: retenção urinária (morfina).
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HIPNOANALGÉSICOS
MEPERIDINA

 Ação hipnótica discreta;


 Reduz a pressão venosa e arterial;
 Causa pouca depressão respiratória;
 É destruída rapidamente pelo fígado;
 Libera histamina;
 Por via intravenosa causa taquicardia e hipotensão;
 Reduz secreções salivares e brônquicas;
 Tem reduzido efeito espasmogênico gastrintestinal.
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HIPNOANALGÉSICOS
FENTANILA

 Potente ação analgésica e hipnótica;


 Exerce ação rápida por via IM;
 Causa discreta depressão respiratória;
 Tempo efetivo de 30min;
 Provoca queda da atividade motora;
 Não causa vômito;
 Relaxamento de esfíncteres, podendo correr defecação;
 Antídoto: Nalorfina.
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HIPNOANALGÉSICOS
TRAMADOL

 Causa alterações cardiovasculares;


 Rapidamente absorvido por via oral;
 Biotransformação hepática;
 Meia-vida de 35min;
 Período hábil analgésico de 3 – 7h;
 Eliminado pelo leite;
 Antagonista: Naloxona.
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HIPNÓTICOS
São produtos que promovem ou induzem sono, providos de ação
analgésica insignificante.

ETOMIDATO e HIDRATO DE CLORAL

 Ação fortemente hipnótica e ação indutora para anestesia volátil;

 Pouca alteração em nível cardiorrespiratório e hemogasométrico.


OBRIGADO

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