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MV, MSc MARIA ALESSANDRA MARTINS DEL BARRIO

PUC-MG POÇOS DE CALDAS


FCAV UNESP - JABOTICABAL

LEISHMANIOSE
VISCERAL EM
FELINOS
• Doença parasitária zoonótica
• Protozoário intracelular obrigatório
• Transmitida por vetor
• Estudos aprofundados
• Doença tropicais negligenciadas

LEISHMANIOSE VISCERAL
promastigotas

amastigotas

Leishmania infantum (chagasi)


Lutzomya sp
Transmissão
Resistência à infecção? Relatos
Fatores de risco para a infecção
Resultados controversos

MBE grau IV

Lesões cutâneas
Post mortem

LEISHMANIOSE VISCERAL EM FELINOS (LV) - 1912


Papel do gato doméstico:
hospedeiro acidental ou reservatório?
Gatos podem se infectar e não
desenvolver a doença que, quando
ocorre apresenta caráter, geralmente
crônico.

O sangue periférico proporciona


infecção do vetor.

Co-habitam com outros indivíduos em


áreas endêmicas.

Não melhoram sem tratamento.


Soroprevalência: 0 a 68.5 %
Molecular (DNA): 0 a 60.7 %

Prevalência
Resposta
celular

Th1
CD4+

Mácrófagos Th2

Soares et al. (2016) - Journal of Feline Medicine and Surgery 18(6)

Resposta
humoral

Patofisiologia
Baixo título Alto título
Imunidade celular Imunidade celular
Baixa carga parasitária Alta carga parasitária

Infectado
Assintomático Doença grave
___________ não
Doença autolimitante
autolimitante
• Inflamação granulomatosa

• Hipersensibilidade III
(humoral intensa, não protetora)

Deposição de imunecomplexos
• Dermatopatias nodulares e ulcerativas
(cabeça e pescoço)
• Lesões mucocutâneas 50%

• Linfadenopatias

• Oftalmopatias (30%)
• Uveíte
• Lesões granulomatosis 
Panoftalmite
• Blefarite
• Conjuntivite Apresentação Clínica
• Anorexia - Perda de peso – Letargia - Febre
• Esplenomegalia
• PU/PD, Proteinúria, DRC
• Hepatomegalia, icterícia
• Dispnéia, Secreção Nasal Crônica
• Gengivoestomatite granulomatosa (1/4*)
• Êmese, diarreia
• Alterações hematológicas
• Abortamento

Comprometimento visceral (sistêmico)


• Hemograma: Anemia arregenerativa
• Pancitopenia pode ocorrer
• Bioquímica e UPC!
• Proteinograma: hiperglobulinemia e
gamopatia

• Coinfecções, principalmente por Retrovírus


(FIV ou FeLV), tornam a interpretação
duvidosa
Avaliação Laboratorial
Parasitológico
 Citológico, histopatológico, IMHQ
 Linfonodos, baço, medula óssea, pele*
PCR
Sorologia (Quantitativo x Qualitativo)
 RIFI (imunofluorescência indireta)
 ELISA 1:80
 DPP
Diagnóstico
Pennisi et al. Parasites & Vectors (2015)
• 55 gatos dermatopatas (abril 2008 – novembro 2009)
• Pesquisa parasitológica, sorológica, imuno-histoquímica
• 27/55 (49%) com LV confirmada
• 10/27 (37%) citologia de linfonodo
• 14/27 (51,9%) ELISA X 6/27 (22,2%) RIFI x 5/27 (18,5%) Ambos
• 6/55 (10,9%) FIV
• 5/6 (83,3%) LV
Alopurinol: 10 mg/kg bid OU 20mg/kg sid (6-12 meses)
MEDICAMENTO DE FUNDO

Antimoniato de meglumina???
 5 a 50 mg/kg ou 375 mg/ gato cd24h SC
 Medicina Baseada em Evidências grau 4
 Estudos de segurança???
 Doença sistêmica grave ou imunossupressão
 Nefropatas!!!

Tratamento
Melhora clínica - lesões cutâneas: “O uso de
enrofloxacina em associação com alguma droga anti-
leishmania pode ser indicado no protocolo
terapêutico da LVC”.
“Os resultados obtidos com marbofloxacina na dose
de 2mg/kg sid por 28 dias, parecem encorajadores e
podem oferecer uma alternativa para o tratamento
da LVC.”
150.000UI/kg de Espiramicina + 25mg/kg Metronidazol sid
• Dermatopatias • Nefropata
• Nefropata
• Oftalmopatias
brandas a moderadas • Nefropata
• Nefropata
• Imunocompetentes • Imunossuprimido
• Nefropata
Prognóstico
Profilaxia
Parasites & Vectors (2015) 8:302

Journal of Feline Medicine and Surgery (2013) 15, 638-42

Journal of Feline Medicine and Surgery (2016) 18 (6), 435-42

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