Você está na página 1de 2

Leishmaniose visceral canina : Relato de caso

Ana Luiza Teixeira Amado Jorge Médica Veterinária,- MG Brasil.

Laiane Cintra Alves1, Bruna Gonzaga de Freitas1, Rodrigo Supranzetti de Rezende-Docente


Medicina Veterinária – MG Brasil.

Sabrine Morais dos Santos Residente Hospital Veterinário de Uberaba. – , Marcelo Coelho Lopes -
Mestrando em Patologia Animal, UFMG. – MG Brasil.

Stella Góis Barbosa -Médica Veterinária Proprietária da Clínica AmisVet de Uberaba. – MG Brasil.

Thaís Carneiro Abbiati1, Dilma Mendes de Freitas - Médica Veterinária - MG Brasil.

RESUMO:
A Leshmaniose Visceral Canina (LVC) popularmente conhecida como Calazar, é uma
doença infecciosa não contagiosa, transmitida aos cães e aos seres humanos. O contágio
ocorre pela inoculação do protozoário Leishmania infantum chagasi, pela picada do inseto
(Flebotomíneo) conhecido como mosquito palha . É de grande importância, zoonose, sendo
o cão seu maior reservatório no meio urbano e o homem. A forma promastigota ocorre como
vetor, amastigota. Imunidade do paciente e sua manifestação clínica, determinarão o grau de
infestação deste como hospedeiro. O diagnóstico envolve combinações de exames rápidos,
testes parasitológicos e sorológicos. Combate ao vetor e proteção de animais e pessoas
(repelentes, profilaxia). Relato de cão, raça Collie, 3 anos, peso 17 Kg, histórico de epistaxe
recorrente, alopecia periocular, lesões em narinas, seborreia seca na orelhas e região cérvico-
torácica, (Clínica Amis Vet). Queixa principal, lesões com presença de crostas, eritrema e,
na narina, região mentoniana, perilabial e ponta da orelha. Pele descamativa, principalmente
axilas, virilha e membros anteriores e posteriores, queda de pelos ao redor dos olhos e cauda.
Dificuldade respiratória, constipação e epistaxe unilateral. Exame clinico geral baixo escore,
sem alterações/palpação abdominal. Dificuldade de locomoção no exame físico, o exame
Elisa, confirmou o diagnóstico de LCV. Tratamento com miltefosina, ação especifica contra
a Leishmania infantum chagasi. A Mitelfosina permite inibe o crescimento promastigotas do
parasito e provoca a morte das formas amastigotas, resultando em elevada atividade
Leishmanicida. Pode se optar pelo método etiológico de identificação, através de exame
citológico de medula óssea, com posterior reação de cadeia polimerase (PCR) quantitativa
para mensuração da carga parasitária. Excelente recuperação. Imprescindível exames
complementares, nem todos os animais são sintomáticos, recomendado é o medicamento.
Melhora clínica, mesmo com a diminuição da carga parasitária, este não fica livre de ser um
reservatório. Hemograma completo, anemia normocítica, normocrômica, leucopenia,
bastonetes aumentados, trombocitopenia. Bioquímica (albumina, ALT, creatinina e uréia),
hipoalbuminemia, creatinina diminuída, e demais valores em referência, raspado de pele para
fungos e ácaros, cultura de fungos, RIFI para Erlichia e Babesia, positivo para fungos com
presença de hifas e resultado negativo para ácaros através da clarificação com hidróxido de
potássio, cultura fúngica postiva para Candida spp. Pelo método Sabouraud/Mycosel.
Hemoparasitas, negativo para Mycoplasma haemocanis – método Percoll, não reagente para
Babesia (IgG e IgM) com RIFI, reagente de IgG e não reagente para IgM, com RIFI. Exame
ELISA, reagente (IgG) para Leishmania spp. Sinais clínicos intensos, alterações
laboratoriais, Leishmaniose estágio II, animal oriundo de zona urbana, local de maior risco
de infecção. Miltefosina (2mg/Kg, SID, por 28 dias) e anti-hemético ondasterona
(1mg/Kg,BID). O principal objetivo e demonstrar que a leishmaniose é uma doença seria que
ataca humanos tambem sendo uma zoonose, tambem demostrar a forma de diagnostico e a
forma correta de tratar a doença pois as medidas de precauçao são simples e tomando a
forma certa o animal fica protegido. A leishmaniose não tem cura mas o tratamento da uma
qualidade de vida ao seu cão pois reduz o numero da carga parasitaria.
PALAVRAS-CHAVE: Zoonose ;Prevenção ;Leishmaniose

Você também pode gostar