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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO

ANA CAROLINA KLECHEN VELOSO

RESENHA DE ARTIGO
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

JUIZ DE FORA; MG
2023
RESENHA
A leishmaniose é uma doença de caráter endêmico presente em todo o mundo, causada
por um parasita chamado de leishmania infantum e transmitida pela fêmea do mosquito do
gênero lutzomya e phlebotomus. É uma doença de grande importância principalmente em
cães por ser o reservatório do parasita podendo então transmitir a homens e outros animais
através da picada do mosquito, por isso, é necessário um rápido diagnostico a fim de
romper o ciclo de vida logo no inicio.
A leishmaniose apresenta uma grande variabilidade por isso dificulta seu diagnostico
sendo diferentes sinais clínicos de acordo com o grau de infestação e imunidade do animal,
logo seu diagnostico é feito por meio do histórico do animal seguido de diferentes exames
patológicos e sorológicos sendo eles RIFE, ELISA, PCR, testes rápidos e observação direta
do protozoário.
Escolher o melhor tratamento para o animal é extremamente difícil, pois é um tratamento
longo e de alto custo, considerando que muita das vezes as condições em que o animal se
encontra o tratamento se torna invalido e o proprietário opta em não querer e se funcionar
o animal continuara sendo reservatório, portanto é necessária uma prevenção para diminuir
os indicies dessa doença controlando primeiramente o vetor para proteção desses animais.
Por outro lado a animais que desenvolvem bem e tutores que optam pelo
desenvolvimento do tratamento que é o caso de um cão da raça Boder Collie que foi a uma
clinica com queixa de lesões com crostas, eritema e hiperqueratose, sua pele estava
escamosa e havia muitas falhas nos pelos e com dificuldade em se locomover e tratado por
diferentes veterinários como artrite.
Na consulta o tutor conta que o animal foi tratado por antibioticoterapia, antianêmicos,
corticóides e imunossupressores e não havia um sinal satisfatório e apesar de alimentação
com ração e comidas caseiras estava anoréxico e que o animal mantinha acesso a rua
convivendo com outros animais assintomáticos e que o animal possuía vacinação e
vermífugo em dia e no exame físico foi alertado a dificuldade em se locomover junto a
dificuldade respiratória, dermatite descamativa , alopecia na cauda , epistaxe unilateral e
diferentes lesões pelo corpo.
Para diagnostico foi pedidos algum exame vindo que já suspeitavam de leishmaniose
sendo eles o hemograma completo, bioquímico, raspado de pele para pesquisar fungos e
ácaros, cultura de fungos, RIFE para doenças do carrapato e ELISA para leishmaniose.
Os resultados obtidos foram:

Hemograma foi apresentado anemia, leucopenia bastonetes aumentados e


trombocitopenia.
Bioquímico apresentou hipoalbuminemia, creatinina diminuída e os demais valores
normais.
Raspado de pele o resultado foi positivo a fungos e negativo a ácaros.
Cultura de fungos foi positiva para canidada spp.
No RIFE os resultados foram reagente para erliquia.
ELISA foi positivo para leishmania spp.

O animal apresentou dificuldade de locomoção sendo ate diagnosticado por


outros veterinários como artrite foi prescrito tramadol ( 3mg/kg por 10 dias 3 vezes
ao dia) e para as infecções secundarias foram prescritos protetor gástrico ,
antibiótico , suplementos vitamínicos a base de acido fólico , vitamina B12 e ferro .
Para tratamento da leishmaniose que foi classificada como estagio 2 devido a
seus sinais clínicos foi prescrito miltefosina ( 2mg/kg por 28 dias 1 vez ao dia ),
mesmo o remédio diminuindo muito a carga do parasita o animal continua sendo um
reservatório e seus sinais clínicos podem voltar . Alem de o animal fazer uso
continuo da coleira e inseticidas para prevenção e controle da doença necessitando
de acompanhamento freqüente ao veterinário.

Esse trabalho pretendeu entender melhor a leishmaniose visceral, possibilitando e


amplificando os debates sobre a dificuldade em se diagnosticar e cuidar de animais
portadores da doença, devido à uma grande variabilidade de sinais clínicos, além
de um conflito com o tratamento que é extremamente difícil.
Perante isso foi visto que a semiologia do sistema tegumentar ajudou a
desenvolver melhor bom diagnóstico da doença , com uma boa anaminese ,
exames laboratoriais e um melhor tratamento.

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