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CURSO DE AUXILIAR EM VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

IMPACTO CURSOS E TREINAMENTOS ESPECÍFICOS LIVRES DO BRASIL


CNPJ: 25.398.889/0001-38

NOÇÕES BASICAS DE DOENÇAS


PARASITÁRIAS

Maryenis Rodrigues

Março de 2022
DOENÇAS PARASITÁRIAS

ENFERMIDADES PARASITÁRIAS OU PARASITOSES

HEMOPARASITOSES
HEMOPARASITOSES
LEISHMANIOSES
LEISHMANIOSES
COCCIDIOSES COCCIDIOSES
HELMINTOSES
HELMINTOSES
ECTOPARASITOSES
OUTRAS PROTOZOOSES ECTOPARASITOSES

OUTRAS PROTOZOOSES
HEMOPARASITOSES

Anaplasmoses

Babesioses

Ehrlichioses

Tripanosomoses

Micoplasmoses Hemotrópicas

Hepatozoonose Canina

Cytauxzoonose Felina
EHRLICHIOSES (ERLIQUIOSE)

Uma doença rickettsial dos ruminantes, é


uma das mais importantes de bovinos na
África.

E. ruminantium afeta bovinos, ovinos,


caprinos e búfalos. Pode infetar alguns
biungulados silvestres, com ou sem sinais
clínicos.
EHRLICHIOSES (ERLIQUIOSE)

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

2 a 3 semanas (14 dias em


pequenos ruminantes e 18 dias em
SINAIS CLÍNICOS bovinos).

Caso superagudo - Caracterizada por morte súbita, pode ser acompanhada por
convulsões terminais, precedida por um breve intervalo de febre, dificuldade
respiratória grave, hiperestesia e lacrimejamento. Diarreia também foi relatada em
alguns animais.
A forma aguda da doença - Os sinais iniciais incluem febre repentina, anorexia,
falta de apetite, membranas mucosas congestas e sinais respiratórios como tosse
úmida, estertores e respiração rápida, que podem progredir para dispnéia.
EHRLICHIOSES (ERLIQUIOSE)
Diarreia, que pode ser profusa e/ou hemorrágica.
Sinais neurológicos geralmente ocorrem nos animais
afetados; geralmente incluindo movimentos de
mastigação, protrusão de língua, blefaroespasmo e
andar em círculos, muitas vezes até movimentos em
marcha.
Podem apresentar rigidez com tremores musculares.
Alguns podem se tornar agressivos ou ansiosos.
À medida que a doença progride, os sinais
neurológicos tornam-se mais graves, podendo
apresentar convulsões.

FORMA SUBAGUDA - com sinais mais brandos, com


febre prolongada, tosse e falta de coordenação motora
discreta.
EHRLICHIOSES (ERLIQUIOSE)

TRATAMENTO

As tetraciclinas são eficazes no estágio


inicial da doença.

As sulfonamidas também têm atividade


contra E. ruminantium mas são menos
eficazes
TRIPANOSOMOSES

MAL DAS CADEIRAS – SURRA – DOENÇAS DAS ANCAS

Trypanosoma evansi
No Brasil, tem sido registrado casos na região do
centro-oeste, sendo o agente detectado em animais
silvestres como capivaras, guaxinins e quatis e em
animais domésticos como bovinos e cães.

Ampla distribuição geográfica - equinos, camelos,


caprinos, ovinos, suínos, cães, gatos, búfalos,
elefantes, capivaras, quatis, antas, veados,
pequenos roedores silvestres e humanos.
TRIPANOSOMOSES
SINAIS CLÍNICOS

Febre intermitente; Anemia; Conjuntivite;


edema de membros e partes ventrais do corpo;
perda de pelos; emagrecimento progressivo;
inapetência e, ocasionalmente, hemorragias na
câmara anterior do olho.

Estágio Crônicos – Fracos; Palidez de


mucosas, ocasionalmente ictéricos,
linfadenomegalia superficial e incoordenação
motora com paralisia dos membros posteriores
TRIPANOSOMOSES

TRANSMISSÃO
Moscas hematófagas - pertencem aos gêneros
tabanus, porém insetos dos gêneros
Stomoxys, Haematopota e Lyperosia.

O principal vetor é o Tabanus importunus.

O morcego Desmodus rotundus é considerado


um vetor importante, onde os parasitas podem
se multiplicar e sobreviver por um longo
período.
TRIPANOSOMOSES

TRATAMENTO
Drogas tripanocidas como
Acetazato de Diminazeno,
Cloreto de Isometamídio,
Quinapiramina, Suramina ou
Cimelarsanmas
MICOPLASMOSES HEMOTRÓPICAS

Agente Etiológico - Gêneros


de Mycoplasma spp. , sendo o mais comum
o Mycoplasma haemofelis

O parasita se adere as hemácias, gerando


resposta imune do hospedeiro levando a
quadros de anemia hemolítica.
MICOPLASMOSES HEMOTRÓPICAS
SINAIS CLÍNICOS

Apatia, fraqueza, anorexia, mucosas pálidas,


icterícias.

Fase aguda - Infecção inicia-se com a fase


aguda e os sinais clínicos neste período se
manifestam de maneira leve, inaparentes.
fase de recuperação e fase crônica.
O diagnóstico se dar pela avaliação do
esfregaço sanguíneo onde pode evidenciar
o M. haemofelis em eritrócitos. A confirmação
do diagnóstico também pode ser por meio de
PCR.
MICOPLASMOSES HEMOTRÓPICAS

TRATAMENTO

Antibióticos, preferencialmente o uso de


Doxiciclina, Tetraciclina, Oxitetraciclina,
Enrofloxacina, Corticóides e Fluidoterapia.

A transfusão de sangue é realizada quando


houver anemia grave.
A terapia com corticoide suprime a hemólise
imunomediada e a doxiciclina é efetiva contra o
parasito.
HEPATOZOONOSE CANINA

Agente Etiológico -
Protozoários Hepatozoon
canis e Hepatozoon americanum

No Brasil, a H. canis.

O protozoário é encontrado nas


células de defesa do organismo,
além de apresentar predileção por
fígado e rins.
HEPATOZOONOSE CANINA
TRANSMISSÃO

Rhipicephalus sanguineus - Alcançando


regiões como os gânglios linfáticos, a medula
óssea, o fígado, os músculos, o baço, dentre
outros

SINAIS CLINICOS

Pode ser Leve - poucos sinais clínicos;


Aguda - Podendo até levar o animal ao óbito.
Sintomas mais comuns: Febre, anorexia, perda
de peso, descarga ocular, sinais de debilidade
crônica e fraqueza dos membros posteriores
HEPATOZOONOSE CANINA

TRATAMENTO

Anti-inflamatórios para aliviar a


dor muscular e diminuição da
febre.

Antianêmico e suplementos
vitamínicos;

Graves – Transfusão de
Sangue
CYTAUXZOONOSE FELINA

Agente Etiológico - protozoário


do gênero Cytauxzoon

Foi descrita inicialmente em


ruminantes, porém tem maior
relevância para felinos selvagens
e domésticos
CYTAUXZOONOSE FELINA
TRANSMISSÃO

Carrapatos na América do Norte;


América do Sul, Europa e Ásia os vetores são
ainda desconhecidos

SINAIS CLINICOS

Muito debilitado, pois os parasitas comprometem o


sistema vascular de órgãos essenciais como
pulmões, fígado, baço, rins e cérebro.

Na fase tecidual da doença o protozoário se


desenvolve nos macrófagos, fazendo-os revestir o
interior das veias de quase todos os órgãos.
CYTAUXZOONOSE FELINA

TRATAMENTO

Combinação terapêutica de atovaquona


associada à azitromicina tem
demonstrando bons resultados.

Restrição do acesso de gatos domésticos


em áreas arborizadas que possuam a
presença de carrapatos e no uso de
repelentes-acaricidas
LEISHMANIOSES
LEISHMANIOSES TEGUMENTAR AMERICANA - LTA

Agente Etiológico -
Trypanossomatidae, gênero
Leishmania

No Brasil, 10 espécies já foram


descritas, sendo que sete podem
afetar o homem e animais
LEISHMANIOSES
TRANSMISSÃO

Fêmeas de Lutzomyia spp., pertencentes à


família Psychodidae, subfamília Flebotominae.

SINAIS CLINICOS

Pequena lesão eritemato-papulosa no local da


picada do vetor, onde ocorre a multiplicação do
protozoário no interior dos macrófagos.
Posteriormente forma-se um nódulo que dá
origem à úlcera. A lesão possui formato
arredondado, com bordas elevadas e
infiltradas, podendo ser única ou múltipla,
dependendo do número de picadas
LEISHMANIOSES

TRATAMENTO

Não há, até o momento, nenhum


tratamento eficaz para LTA em cães, visto
que o animal permanece reservatório do
parasito.

Notificação aos Serviço de Inspeção –


Agencia de Defesa e Secretaria de Saúde

Tratamento Usual - Antimoniato de Meglumina por 45 dias


Alopurinol por 90 dias
LEISHMANIOSES
LEISHMANIOSES VISCERAL – LV (Calazar ou Barriga d’agua)
Agente Etiológico - Leishmania
sp.: Ordem Kinetoplastida, Família
Trypanosomatidae

A diferença entre a LTA e a LV é que,


na LV, os parasitos ou macrófagos
parasitados podem se expandir e
promover infecção em órgãos
distantes como fígado, baço, medula
óssea.
LEISHMANIOSES

SINAIS CLINICOS

Os sinais clínicos podem


demorar de meses a anos para
se manifestar após a infecção.
Após a infecção a manifestação
clínica pode iniciar como uma
lesão cutânea e, posteriormente,
disseminar-se sistemicamente
LEISHMANIOSES

TRATAMENTO

Não há, até o momento,


nenhum tratamento eficaz
para LVC.

RECOMENDAÇÃO
Eutanásia dos cães com dois
testes sorológicos positivos.
COCCIDIOSES

Toxoplasmose
Neosporose
Sarcocistoses
Isosporoses
Eimerioses
COCCIDIOSES

NEOSPOROSE AGENTE ETIOLÓGICO -


Protozoario Neospora caninum

Principal causa de abortos em


bovinos em vários países.

TRANSMISSÃO

Cão para o bovino - ingestão de


oocistos - transmissão transplacentária
COCCIDIOSES
NEOSPOROSE SINAIS CLINICOS
O diagnóstico pode ser realizado através
da observação dos sinais clínicos comuns a infecção.

O aborto ou nascimento de animais infectados, com


ou sem sinais clínicos, pode se repetir em futura
prenhez e esse deve ser um sinal de alerta ao
produtor.

Recém-nascidos - apresenta sinais clínicos como:


Membros posteriores e/ou anteriores flexionados; ou
hiperestendidos; Incoordenação dos movimentos;
Diminuição do reflexo patelar; Perda da consciência;
Olhos esbugalhados; Assimetria dos olhos.
COCCIDIOSES
NEOSPOROSE

PREVENÇÃO
Realização de testes para
verificar se temos animais
positivos e atestados negativos
da doença em animais vindos
de outras propriedades.

Evitar que cães ingiram restos


placentários e carne de
TRATAMENTO
animais mortos nas
propriedades da região. Sulfonamidas ou Pirimetamina e Clindamicina
COCCIDIOSES
SARCOCISTOSES

Esporocistos de Sarcocystis hominis

Bovinos, ovinos e suínos são considerados os principais hospedeiros


intermediários.

SINTOMAS

Febre, anorexia, prostração, palidez das mucosas, corrimento nasal e ocular,


dispnéia, salivação, podendo causar a morte
COCCIDIOSES

SARCOCISTOSES

SINAIS CLÍNICOS

Varia de acordo com o grau de infecção.

Na fase aguda da infecção - febre, anorexia,


palidez das mucosas, corrimento nasal e
ocular, dispnéia, salivação, prostração
intensa levando ao decúbito, com opstótomo,
rápido emagrecimento, alopecia, perda da
vassoura da cauda, prostração e morte.
COCCIDIOSES
TRATAMENTO

Não existe tratamento eficaz para a infecção, seja no hospedeiro


intermediário ou no definitivo.
COCCIDIOSES

ISOSPOROSES - protozoários do gênero Isospora - Infecção das


células da parede do intestino, destruindo os tecidos onde se aloja,
resultando em um quadro de diarreia característico da doença.

TRANSMISSÃO TRATAMENTO

 Administração de antibióticos,
Água contaminada probióticos e outros medicamentos que
Alimentos contaminados tratem os demais sintomas.
 Os animais doentes devem ser mantidos
isolados.
COCCIDIOSES

EIMERIOSES
Protozoario Eimeria sp.

HOSPEDEIRO PARASITA
BOVINO E. bovis e E. zurernii
OVINO E. ahsata, E. bakuensis e E. ovinoidalis
CAPRINO E. arloingi, E. alijevi, E. hirci, E. christenseni e E.
ninakolhyakimovae
COCCIDIOSES

EIMERIOSES
SINTOMAS
Diarreia profusa sanguinolenta,
desidratação, anorexia, letargia, alta
mortalidade e redução do ganho de
peso.
Bezerros e Ovinos - parasitados pela E.
zuernii, podem apresentar sintomas
nervosos.
Caprinos - apresentam sede, sonolência
e pelos arrepiados.
COCCIDIOSES

EIMERIOSES

TRATAMENTO

Sulfamitidinas

Amprólio

Decoquinato

Antibióticos ionóforos

Toltrazuril.
HELMINTOSES

Gastrenterites parasitárias dos Animais Domésticos


Pneumonias Verminóticas
Fasciolose (Z)
Euritrematose
Equinococose/Hidatidose (Z)
Teníase/Cisticercose (Z)
Filarioses (Dirofilariose (Z), Dipetalonemose, Oncocercose)
Habronemose
Trichinelose (Z)
HELMINTOSES
PNEUMONIAS VERMINÓTICAS

Nematódeo Dictyocaulus viviparus

Os vermes adultos podem atingir oito


cm de comprimento. As fêmeas adultas
na traqueia e nos brônquios depositam
os ovos que eclodem quase que
imediatamente. As larvas de primeiro
estágio são expectoradas, deglutidas e
eliminadas nas fezes
HELMINTOSES
PNEUMONIAS VERMINÓTICAS
SINTOMAS

Alteração na respiração
Secreção nasal
Tosse seca
Apatia e perda de apetite
Sinais que geralmente aparecem combinados.
Casos graves podem ser confundidos clinicamente com pneumonias
intersticiais.
HELMINTOSES
PNEUMONIAS VERMINÓTICAS

TRATAMENTO

Sulfóxido de albendazol
Ivermectina
ECTOPARASITOSES

 Míiases (Dermatobiose, Gasterofilose, Oestrose, Bicheiras)


 Ixodidoses
 Sarnas (Z)
 Tungíase
 Pulgas
 Piolhos
ECTOPARASITOSES

SARNAS
ECTOPARASITOSES

 Tungíase
 Pulgas
 Piolhos
OUTRAS PROTOZOOSES

TRICHOMONOSE BOVINA

Protozoário flagelado denominado


Tritrichomonas foetus (T.foetus)

Transmissão do macho para a


fêmea através da monta ou pelo uso
de sêmen contaminado
OUTRAS PROTOZOOSES

TRICHOMONOSE BOVINA

SINTOMAS  Aborto;
 Placentite;
 Inflamação do sistema reprodutivo;  Estação de nascimentos
 Vaginite moderada; prolongada;
 Endometrite;  Infertilidade;
 Esterilidade temporária;  Repetição de cio em intervalos
 Piometrite; aumentados e irregulares;
 Salpingite;  Diminuição na produção por
 Cervicite; repetição de cios e abortos;
 Inflamação do útero;  Descargas uterinas ou vaginais;
 Morte do embrião.
OUTRAS PROTOZOOSES

TRATAMENTO

O dimetridazole por via oral é


altamente eficaz, entretanto
são necessários 5 dias de
tratamento
OUTRAS PROTOZOOSES

GIARDÍASE (Z)

Protozoário Giardia spp

Giardia duodenalis (G. intestinalis e G. lamblia)


OUTRAS PROTOZOOSES
GIARDÍASE (Z)

TRATAMENTO
Metronidazol (com excessão de fêmeas prenhes)
Tinidazol
Fembendazol
Albendazol
Furazolidona
Nitazoxamida
Sulfadiazina (Associada)
Maryenes Rodrigues
Auxiliar em Veterinária e Zootecnia
(95) 9 9174-5678

DÚVIDAS

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