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DOENÇAS INFECCIOSAS DE GRANDES ANIMAIS intervalo de 30 dias.

Animais só são liberados depois de


dois testes negativos seguidos. Animais positivos são
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
eutanasiados e todos os animais contactantes tem que
Guia de trânsito animal – resenha (identificação do novamente fazer os testes.
animal) + negativado pra AIE e MORMO
Infectado → suscetível
Testes feitos a cada 30, 60, 180 dias (mas varia
Para que ocorra a infecção de um animal infectado
dependendo do local)
para um animal suscetível deve ocorrer transferência
Animais positivados: laboratório primeiro notifica a sanguínea, seja por fômites, iatrogenia ou o principal:
ADAGRI e depois o dono picada de insetos hematófagos (tabanídeos)

É uma doença que com notificação obrigatória em caso Susceptível á: hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio,
de suspeita → EUTANASIA compostos fenólicos orgânicos, clorexidina

Febre dos pântanos, febre petequial dos cavalos, febra No brasil temos casos de AIE em todos os estados
das montanhas
O vírus não tem preferencia por raça, sexo ou idade
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral Transmissão:
crônica, causada por um vírus da família Retroviridae,
gênero Lentivirus, limitada a equinos, asininos e Vetores são insetos hematófagos
muares, caracterizada por episódios periódicos de
• Tabanídeos (tabanus sp.)
febre, anemia hemolítica, icterícia, depressão, edema
• Moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans)
e perda de peso. A AIE gera embargos ao trânsito de
equídeos, além de interferir nos eventos esportivos Obs: os mosquitos hematófagos permanecem
equestres, assumindo assim uma relevância infectantes por 30 minutos a quatro horas, podendo
econômica considerável. percorrer uma distância máxima de 183 metros. De
É uma doença transmissível e incurável forma que o trânsito de animais não necessita ser
interrompido após essa distância, a investigação é feita
ETIOLOGIA dentro desse raio, geralmente dentro das propriedades

Vírus da anemia infecciosa equina Iatrogênica – transfusão, agulhas, freios e esporas


Vírus de RNA, envelopado Secreções e excreções – colostro, leite, saliva e sêmen
Família: Retroviridae Transplacentária
Gênero: Lentivirus (doenças transmissíveis e PATOGENIA
incuráveis)
Replicação viral
Afeta: equideos
Morte dos fagócitos
Caracterizada por uma infecção persistente
Deposição de C3 em hemácias e plaquetas
Transmissão: picadas de tabanídeos (Tabanus sp.) e
moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) sendo Como ocorre: após a entrada do lentivirus no
estes apenas vetores mecânicos. organismo através da picada do mosquito hematófago
infectado, o vírus → absorção e penetração nos
EPIDEMIOLOGIA macrófagos e monócitos. Uma vez dentro dessas
Cosmopolita células, o RNA fica no citoplasma e faz um processo de
transcrição reversa, fazendo seu próprio dna de fita
Grande número de animais não testados facilita a dupla e insere esse dna no dna da célula.
difusão
Essas células começam a produzir rna viral, que causa
Equídeo infectado = principal fonte da doença intensa resposta inflamatória, que não surte efeito
(não contém a disseminação). O vírus continua viável,
Logo, sempre que tem um equídeo infectado, a
se replicando e se disseminando para todos os
investigação é acerca de onde o animal esteve e que
tecidos/órgãos/regiões do organismo.
equideos tiveram cuidado. Testagem duas vezes com
Obs: células infectadas pelo pro-vírus acabam levando • Estresse e má nutrição – manifestação dos
a uma hiperproliferação de linfócitos T e a consequente sintomas
liberação de mediadores químicos, o que vai causar o • Ciclos recorrentes de viremia
desenvolvimento de lesões imunomediadas (ex: ➔ Febre, anorexia, leucopenia, anemia,
ligação do C3 nas hemácias) no organismo. trombocitopenia, hemorragia,
glomerulonefrite, letargia, emagrecimento...
E a anemia?
DIAGNÓSTICO
Ela ocorre principalmente pela hemólise imuno
mediada → produção de anticorpos contra proteínas A fase aguda da negativa na sorologia → não deu
da superfície viral que estão ligadas nas hemácias tempo de ocorrer a soroconversão. Por isso os testes
são refeitos em 30 dias no caso de resultado negativo.
Também pode ocorrer pela inibição da eritropoiese por
citocinas liberadas pelos macrófagos e monócitos O diagnóstico clinico é pouco eficaz → grande número
infectados. de animais assintomáticos

A vida das hemácias, que era de 130 dias, acaba por Laboratorial – imunodifusão em gel de agarose
diminuir para apenas 40 dias. Dessa forma o corpo
• Teste de Coggins
necessitaria de uma maior eritropoiese, que no caso foi
• Padrão Ouro!!
inibida
Esse teste deve ser feito em laboratório cadastrado
A trombocitopenia ocorre por mecanismos
pelo MAPA
semelhantes aos da anemia
Validade de 60 dias (180 dias em estabelecimento
O período de infecção é de 3 a 70 dias (2 a 4 semanas)
controlado)
SINAIS CLINICOS
TRATAMENTO
Síndrome febril que pode ser:
NÃO EXISTE
• Aguda Combate à doença direcionado para a profilaxia
• Subaguda
• Crônica Doença de notificação compulsória

Assintomática (o grande problema para a Isolamento da propriedade


epidemiologia! Isso é uma característica das
Eutanásia
lentiviroses)
Exames – intervalo de 30 dias, consecutivos
Na forma aguda:

• Febre intermitente (39° a 41°)


• Anorexia, depressão, fraqueza
• Hemorragia e petéquias
• Anemia leve a moderada (não dá tempo de
desenvolver a anemia forte)
• Edema ventral – interfere na capacidade
respiratória

Resultado:

• Infecção inaparente
• Cronificação
• Fatal → óbito entre 10 e 30 dias

Na forma crônica:

• Períodos febris de 1 a 7 dias, seguindo normal


por semanas

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