Você está na página 1de 25

Doenças Microbianas que

afetam o sistema nervoso

Raiva, Tétano, Botulismo e Menigite


O que é?

• Também conhecida como hidrofobia e uma doença infeciosa


aguda (tem curso acelerado) que constantemente leva a morte
de pessoas vítimas do vírus. Sendo capaz de comprometer
Raiv gravemente o sistema nervoso central, causando um grande
inchaço no cérebro.
a
Trata-se de uma zoonose (doença que pode ser transmitida do
animal para o homem). Ela afeta os mamíferos de modo geral.
Clico de transmissão
da Raiva
Transmissão em humanos
Para que a pessoa adquira a raiva será através de contato com animais infectados com o vírus em determinadas
ações do animal te transmitir será através de mordidas, arranhões ou até mesmo contato com a saliva do
animal infectado.

Transmissão em animais?
• A raiva em animais ela tem três tipos de ciclos de transmissão;
• Urbano- representados por cães e gatos que adquirem o vírus principalmente de animais silvestres com o
contato de mordidas e sangue contaminado;
• Rural- representados por bovinos, suínos, caprinos que adquirem os vírus de forma mais geral com os
morcegos hematófagos (os que se alimentam de sangue) e não hematófagos;
• Silvestres- representados por raposas, guaxinins, primatas e principalmente morcegos.

• Sintomas da raiva em humanos


• No início, são sintomas inespecíficos, que podem ser confundidos com os de uma infecção banal: mal-estar,
febre baixa, dor de cabeça e de garganta, falta de apetite, vômitos e desconforto gastrointestinal. Podem
surgir, ainda, formigamento, ardência ou coceira no local da mordida ou arranhadura.
• Irritabilidade (sentimento de frustração ou raiva que elas sentem por coisas corriqueiras ou triviais do dia a
dia.
• Período de incubação geral: E determinado de certa forma que o período incubação e de 20 a 45 dias,
Sintomas da raiva em animais
• Raiva canina: O período de incubação é, em geral, de 15 dias a dois meses. Na fase prodrômica os animais
apresentam mudança de comportamento, escondem-se em locais escuros ou mostram uma agitação inusitada.
Após 1 a 3 dias, ficam acentuados os sintomas de excitação. O cão se torna agressivo, com tendência a morder
objetos, outros animais, o homem, inclusive o seu proprietário, e morde-se a si mesmo, muitas vezes
provocando graves ferimentos. A salivação torna-se abundante, uma vez que o animal é incapaz de deglutir sua
saliva, em virtude da paralisia dos músculos da deglutição. Há alteração do seu latido, que se torna rouco ou
bitonal, em virtude da paralisia parcial das cordas vocais. Os cães infectados pelo vírus rábico têm propensão de
abandonar suas casas e percorrer grandes dis tâncias, durante a qual podem atacar outros animais,
disseminando, desta maneira, a raiva. Na fase final da doença, é frequente observ ar convulsões generalizadas,
que são seguidas de coordenação motora e paralisia do tronco e dos membros.

• A forma muda se caracteriza por predomínio de sintomas do tipo paralítico, sendo a fase de excitação
extremamente curta ou imperceptível. A paralisia começa pela musculatura da cabeça e pescoço; o animal
apresenta dificuldade de deglutição e suspeita-se de “engasgo”, seu proprietário tenta ajudá-lo, expondo-se
à infecção. A seguir, vêm a paralisia e a morte.
• Podem apresentar outros tipos de raiva: muda, intestinal e furiosa.
• Raiva felina: Na maioria das vezes a doença é do tipo furioso, com sintomatologia (estudo ou interpretação
de sintomas ou sinais observados) semelhante à raiva canina.
• Período de incubação: Pode demorar variando em uma semana ou até alguns meses. De forma geral e 2
meses para a manifestação d os primeiros sintomas
⦁ Espasmos (quando um nervo e estimulado ou danificado)
⦁ Tremores
⦁ Desorientado
⦁ Isolamento
⦁ Salivação excessiva
⦁ Fotofobia (aversão a luz)
⦁ Convulsões (atividade elétrica anormal em algumas áreas do cérebro);

Observação: Especial atenção deve-se dar a outras sintomatologias que podem ocorrer quando a raiva em cães
e gatos for transmitida por morcegos, fato que vem ocorrendo em algumas regiões do país.

Como prevenir?
No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível.
Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.
Profilaxia antirrábica humana
O Ministério da Saúde adquire e distribui às Secretarias Estaduais de Saúde os imunobiológicos necessários para
a profilaxia da raiva humana no Brasil: vacina antirrábica humana de cultivo celular, soro antirrábico humano e
imunoglobulina antirrábica humana.

Profilaxia Pré-Exposição
A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva,
durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como:
• Médicos Veterinários; biólogos; profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva;
estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica e áreas afins;
• Pessoas que atuam na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação, pesquisas, investigações
ecopidemiológicas, identificação e classificação de mamíferos: os domésticos (cão e gato) e/ou de produção
(bovídeos, equídeos, caprinos, ovinos e suínos), animais silvestres de vida livre ou de cativeiro, inclusive
funcionário de zoológicos;
• Espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em áreas de risco.

Profilaxia Pós-Exposição
Em caso de possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente
abundante e sabão ou outro detergente, pois essa conduta diminui, comprovadamente, o risco de infecção. É
preciso que seja realizada o mais rápido possível após a agressão e repetida na unidade de saúde,
independentemente do tempo transcorrido.
Estrutura
do Vírus:
Diagnóstico da raiva em humanos
• Em pacientes com raiva as formas que temos de diagnosticar são as seguintes
• Coletas de múltiplas amostras como pele, saliva, córnea, tecido cerebral, liquor (um fluido corporal límpido e incolor com baixo
teor de proteínas e células presentes nas cavidades do cérebro e na medula espinhal) e outras para que seja feito um
diagnostico;
• Dosagem de anticorpos séricos contra a raiva;
• Ressonâncias magnéticas;

Diagnósticos animais
• Cães, Gatos e em geral
• Infelizmente de forma completa só possível diagnosticar após a morte do animal, por meio de exames no tecido cerebral.

Prevenções
VACINA EM HUMANOS
• É composta de vírus inativados cultivados em células vero, e não há relatos de eventos adversos graves. Por se tratar de uma
doença 100% letal, não há contraindicação para aplicação. A vacina pode ser administrada para pessoas de todas as idades.

VACINA EM ANIMAIS
• No caso da raiva, devem ser vacinados bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos de até 12 meses de idade
• A vacina antirrábica é obrigatória para cães e gatos. Cachorros devem receber a primeira dose aos 6 meses de idade, ou de aco
rdo com a recomendação do médico veterinário responsável. Geralmente é ministrada uma semana após a primeira dose da
óctuplo e o reforço deve ocorrer anualmente.
• Agente etimológico
A doença, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero
Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV) e, como os vírus pertencentes a esta família, possuem RNA de fita
simples, polaridade negativa, linear, não segmentado, da mesma forma que os representantes das outras famílias
da Ordem Mononegavirales (Filoviridae, Paramyxoviridae, Bornaviridae).

Na família Rhabdoviridae existe um grande número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados
(mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus.

Esta família possui três gêneros que infectam mamíferos:


• Vesiculovirus: vírus da estomatite vesicular e vírus a ele relacionados;
• Lyssavirus: vírus da raiva e aparentados ao vírus da raiva;
• Ephemerovirus: vírus da febre efêmera dos bovinos.

Além destes três gêneros, há outros três: Novirhabdovirus (que infectam peixes) e Cytorhabdovirus e
Nucleorhabdovirus (que infectam plantas e invertebrados).
• O tétano é uma doença grave causada por uma exotoxina
produzida pela bactéria Clostridium tetani, que causa
espasmos musculares dolorosos e pode ser fatal.

Tétano
Agente etimologico
Clostridium tetani é uma bactéria gram-
positiva, são anaeróbios estritos e
pertencem ao gênero Clostridium,
produzem esporos que são importantes
para sua sobrevivência, o que lhes
permite resistir a condições aeróbicas.
Sintomas
• O tétano não é uma doença transmissível de humano para humano, a transmissão geralmente ocorre através da
contaminação de uma ferida na pele ou mucosas, o período de incubação (tempo antes do aparecimento dos
sintomas da infecção) é curto: uma média de 5 a 15 dias, pode mas variam entre 3 e 21 dias.
• Tratamento
• No tratamento, são utilizados antibióticos, relaxantes musculares, sedativos, imunoglobulina antitetânica e, na falta
dela, soro antitetânico.
• Prevenção
• A melhor forma de se proteger contra o tétano é com a vacinação. O cuidado imediato da ferida também pode
ajudar a prevenir a infecção.
• A melhor forma de prevenir o tétano é com a vacina. O Ministério da Saúde recomenda para o calendário básico:
• Três doses da vacina pentavalente (2, 4 e 6 meses de idade);
• Dois reforços com a vacina DTP (aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade);
• Em adultos, um reforço a cada 10 anos com a vacina dupla adulto (dT);
• Para gestantes, aplicar a cada gestação uma dose de dTpa, a partir da 20ª semana.
• A série histórica mostra que entre 1990 a 2019 redeziu os casos de tetano. No entanto, a letalidade da doença
ainda é alta no Brasil, ficando entre 30% a 40%. Entre 2013 a 2014, 70% dos casos concentraram-se no grupo com
faixa etária de 30 a 69 anos de idade. Ocorrendo nas categorias de aposentado-pensionistas, trabalhador
agropecuário, seguido por trabalhador da construção civil (pedreiro), estudantes e donas de casa.
Estrutura do
virus:
O que é o botulismo
• O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa,
Botulismo causada pela ação de uma potente toxina produzida pela
bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas fezes
humanas ou de animais e nos alimentos. A doença pode levar à
morte por paralisia da musculatura respiratória.
O nome Clostridium botulinum deriva
precisamente da palavra latina
botulus (salsicha), e foi atribuído após
várias investigações terem relacionado
surtos de botulismo com a ingestão de
enchidos e molhos com carne.
Estrutura do
virus:
Existem 4 tipos epidemiológicos de botulismo:o botulismo dos ferimentos, e o.

• Botulismo Infantil: causado pela ingestão de esporos que germinam e produzem a toxina no intestino;
• Botulismo Alimentar: causado pela ingestão de alimentos contaminados com toxinas pré-formadas
• Botulismo dos ferimentos: (o mais raro), causado pela contaminação de uma ferida com esporos do
microrganismo que germinam e produzem a toxina;
• Botulismo de classificação indeterminada: que é semelhante ao botulismo infantil mas ocorre no adulto.

• Agente etimologico
• Nome Científico: Clostridium Botulinum
• Classificação: Espécie
• Classe: Clostridia
• Família: Clostridiaceae
• Espécie: C.Botulinum
• Filo: Firmicutes
• Género: Clostridium
Diagnósticos
• Existem 2 tipos de diagnóstico, laboratorial e diferencial.

• Diagnóstico laboratorial: É baseado na análise de amostras clínicas e de amostras bromatológicas (casos de


Botulismo alimentar). Os exames laboratoriais podem ser realizados por várias técnicas, sendo a mais comum
a detecção da toxina botulínica por meio de bioensaio em camundongos. Em casos de Botulismo por
ferimentos e Botulismo intestinal, realiza- se também o isolamento de C. botulinum por meio de cultura das
amostras. Esses exames são feitos em laboratório de referência nacional e a seleção de amostras de interesse,
oportunas para o diagnóstico laboratorial, varia de acordo com a forma do Botulismo. Em geral, deve-se
coletar soro e fezes de todos os casos suspeitos no início da doença.

• Diagnóstico Diferencial: Síndrome de Guillain-Barré, síndrome de Muller-Fisher (variante da síndrome de


Guillain-Barré) e miastenia gravis. Além dessas, existem outras doenças menos comuns, mas que também
devem ser consideradas no diagnóstico diferencial: doença de Lyme, neuropatia diftérica, neuropatias tóxicas
alimentares, neuropatia por metais pesados e agentes industriais e outros quadros neurológicos e/ou
psiquiátricos (meningoencefalites, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, transtornos
conversivos, hipopotassemia, intoxicação por atropina, beladona, metanol, monóxido de carbono,
fenotiazínicos e envenenamento por curare.
Sintomas
• – Dores de cabeça;
• – Vertigem;
• – Tontura;
• – Sonolência;
• – Visão turva;
• – Visão dupla;
• – Diarreia;
• – Náuseas;
• – Vômitos;
• – Dificuldade para respirar;
• – Paralisia da musculatura respiratória, de braços e pernas;
• – Comprometimento de nervos cranianos;
• – Prisão de ventre;
• – Infecções respiratórias.

Prevenção da contaminação
Assegurar a destruição dos esporos ou prevenir a produção de toxinas. A correta utilização das temperaturas de
processamento térmico e de refrigeração e a manutenção de valores de pH e de aw adequados. Em alguns tipos
de produtos a adição de nitritos ou de outros conservantes é uma barreira adicional.
• A meningite é um processo inflamatório das meninges que
envolvem as duas membranas cerebrais (pia-máter e aracnoide)
e o líquido cefalorraquidiano (LCR), podendo ser causado por

Meningite diversos fatores, infecciosos ou não.(1) O processo inflamatório


não infeccioso pode ser desencadeado por substâncias químicas
ou tumores.(2) As de origem infecciosa, causada por bactérias e
vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde
pública, devido à sua maior ocorrência.
A meningite fúngica é mais comum em
pessoas com comprometimento da
imunidade.

A meningite eosinofílica é transmitida


por moluscos (caramujos, lesmas) e
crustáceos (caranguejos, camarões).

A meningite bacteriana e a meningite


viral são as mais preocupantes por sua
gravidade e pela capacidade de causar
surtos.

São mais frequentes em determinadas


épocas do ano: no inverno, a meningite
bacteriana é mais comum. No verão, a
meningite viral é mais frequente.
Dado
s
• Na Bahia, em estudo prévio, foi verificado que a enfermidade acomete sobretudo, indivíduos nos dois
primeiros anos de vida4, e entre as seqüelas encontradas, déficit auditivo tem sido considerado uma das
principais manifestações tardias.Segundo informações da vigilância epidemiológica do Hospital Couto Maia
(HCMaia), centro de referência para tratamento de doenças infecciosas na cidade de Salvador, meningites em
geral são a mais freqüente causa de internamento e destas a etiologia piogênica é identificada em 60% dos
casos. Como na população de lactentes com meningite internados no HCMaia em 1997, 39,3% tiveram alta
hospitalar com anormalidades no exame neurológico, é possível que as seqüelas tardias sejam freqüentes5.
Em estudo prospectivo realizado no HCMaia, com o objetivo de identificar variáveis preditoras de letalidade
e morbidade de pacientes com meningite bacteriana aguda, complicações neurológicas agudas foram
observadas em 58% dos casos6. Entretanto, este estudo não traz informações acerca da evolução, freqüência
e gravidade dos transtornos auditivos após a alta hospitalar.
Sintomas
Os sintomas de meningite bacteriana variam com a idade, mas consistem principalmente de febre, cefaléia,
fotofobia, vômitos, nível alterado de consciência, purpúrico e petéquias. Rigidez de nuca pode estar presente em
crianças com mais de 2 anos de idade. Alterações de consciência e convulsões prolongadas geralmente
comprometem a proteção das vias aéreas.

Tratamento
O tratamento da meningite é feito de acordo com o tipo da doença. No caso da meningite viral, por exemplo, são
prescritos medicamentos apenas para o alívio dos sintomas. As meningites bacterianas, fúngicas e eosinofílicas são
combatidas com medicamentos específicos.

Prevenção
Existem também vacinas para prevenir alguns tipos de meningite. No caso de pessoas que tiveram contato com
pacientes com meningite por Haemophilus influenzae, a indicação é a quimioprofilaxia, tratamento que consiste na
ingestão preventiva de medicamentos prescritos por médico.
Outras maneiras de prevenir a doença são:
• evitar aglomerações;
• manter os ambientes ventilados;
• manter a higiene ambiental;
• seguir o calendário de vacinação.
Agente etimologico
Reino:Bacteria
Filo:Proteobacteria
Classe:Betaproteobacteria
Ordem:Neisseriales
Família:Neisseriaceae
Género:Neisseria
Espécie: N. meningitidis

Você também pode gostar