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No âmbito do módulo Higiene e Sanidade Animal I iremos abordar o tema sobre uma zoonose à nossa
escolha, a Raiva.
● Sobre o que é;
● O seu agente patogénico;
● Ciclos epidemiológicos;
● Transmissão;
● Diagnóstico;
● Sintomas;
● Tratamento;
● Cuidados a ter;
● Prevenção.
O que é a raiva?
A raiva é uma doença que acomete mamíferos, e que pode ser transmitida ao Homem, sendo portanto,
uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto para o ser humano como para os animais.
Esta envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução da doença.
Todos os mamíferos são suscetíveis à doença, sendo que a imunidade pode ser adquirida através da
vacinação.
Agente patogénico
- Vírus do gênero Lyssavirus
- Família Rhabdoviridae.
Resiste a:
- dessecação;
- congelamento e descongelamento;
- pH entre 5 e 9.
É sensível a:
- Confusão mental;
- Desorientação;
- Agressividade;
- Alucinações;
- Dificuldade de deglutir;
- Paralisia motora;
- Espasmos musculares;
- Salivação excessiva.
Uma vez iniciados os sintomas neurológicos, o paciente evolui para o óbito em 99,99% dos casos.
A evolução da raiva pode ser dividida em 4 partes:
1) Incubação – O vírus propaga-se pelos nervos periféricos lentamente. Desde a mordida até o
aparecimento dos sintomas neurológicos costuma haver um intervalo de 1 a 3 meses. Mordidas na
face ou nas mãos são mais perigosas e apresentam um tempo de incubação mais curto.
2) Pródromos – São os sintomas não específicos que ocorrem antes da encefalite. Em geral, é
constituído por dor de cabeça, mal-estar, febre baixa, dor de garganta e vômitos. Podem haver
também dormência, dor e comichão no local da mordida ou arranhadura.
- Médicos veterinários;
- Biólogos;
- Agrotécnicos;
- Pessoas que trabalham em laboratórios de virologia;
- Pessoas que trabalham com animais silvestres;
- Pessoas envolvidas na captura e estudo de animais suspeitos de raiva;
- Pessoas que vão viajar para áreas onde ainda não há controle da raiva nos animais.
A vacina contra raiva é administrada em três doses, nos dias 0, 7 e 28. Duas semanas após o fim da
vacinação deve-se colher sangue para avaliar se houve resposta imunológica, com produção adequada
de anticorpos.
Esta pode ser administrada por via subcutânea ou intramuscular. A região glútea, não costuma ser
usada, pois resulta em níveis mais baixos de anticorpos que o desejado.
Profilaxia pós-exposição
A profilaxia pós-exposição é aquela que é feita somente após o indivíduo ter sofrido uma mordida de
um mamífero.
Existem vários esquemas de tratamento profilático, envolvendo vacinas e imunoglobulinas.
Dependendo da gravidade da lesão, o esquema pode incluir até 10 dias seguidos de vacinações diárias
mais a administração de imunoglobulina. Todo paciente agredido por animais deve procurar um posto de
saúde o mais rápido possível para receber orientações sobre o tratamento.
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva: