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ESCOLA TÉCNICA PROFISSIONALIZANTE SINDSAÚDE

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ALINE GREICE BARROSO DE BRITO, CINTIA SANTOS BARBOSA, ELISÂNGELA


BRASIL DA SILVA, KÉTELINE LOHANE DE FREITAS, PÁRMENAS PIMENTA
PINTO, QUEITIANE MENDES MOURA, YORRANA INÁCIO RODRIGUES

INFLUENZA

PORTO VELHO – RO
2021
ALINE GREICE BARROSO DE BRITO, CINTIA SANTOS BARBOSA, ELISÂNGELA
BRASIL DA SILVA, KÉTELINE LOHANE DE FREITAS,PÁRMENAS PIMENTA
PINTO, QUEITIANE MENDES MOURA, YORRANA INÁCIO RODRIGUES

INFLUENZA

Trabalho apresentado à Escola Técnica


Profissionalizante Sindsaúde referente á disciplina
de Biossegurança nas Ações de Enfermagem

Professara Aline Ezati

PORTO VELHO-RO

2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................1
2. CONCEITO GERAL...........................................................................................................................1
3. FISIOPATOLOGIA DA INFLUENZA....................................................................................................2
4. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INFLUENZA (GRIPE)?.......................................................................3
5. COMO ESSE VÍRUS É TRANSMITIDO?.............................................................................................4
5.1. Transmissão direta:................................................................................................................4
5.2. Transmissão indireta:.............................................................................................................5
5.3. Por quanto tempo as pessoas doentes podem transmitir o vírus?.........................................5
6. DIAGNÓSTICO.................................................................................................................................5
7. TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS...............................................................................................................6
7.1. Cultura viral............................................................................................................................6
7.2. Testes de imunofluorescência................................................................................................6
7.3. Testes rápidos para detecção de antígenos............................................................................6
7.4. Testes de ácido nucleico.........................................................................................................7
8. INFLUENZA - CINCO CUIDADOS NA ENFERMAGEM........................................................................7
9. CONSIDERAÇÕES............................................................................................................................8
10. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................9
11. ANEXO ÚNICO-ROTA DE CONTÁGIO.........................................................................................10
1. INTRODUÇÃO
O vírus Influenza é um patógeno respiratório humano que causa
infecções sazonais e endêmicas e pandemias periódicas. No século XX, a pior
pandemia registrada foi em 1918 que matou aproximadamente milhões de pessoas
em todo o mundo. É um vírus envelopado de RNA de cadeia simples de sentido
negativo segmentado. Os principais sintomas causados por este vírus são
caracterizados por um início súbito de febre alta, dor de cabeça, coriza, tosse e
inflamação das vias respiratórias que persistem por 7 a 10 dias.

2. CONCEITO GERAL
A gripe ou Influenza é uma infecção causada pelo vírus Influenza. Este
vírus foi isolado em humanos, pela primeira vez, em 1933, e a partir daí foi possível
desenvolver a primeira vacina contra a gripe. Em 1942, foi desenvolvida a segunda
vacina contra gripe, uma vacina bivalente, após a descoberta de outro tipo de vírus
Influenza.
Com o avanço da tecnologia foi possível determinar que o vírus Influenza
sofria muitas mutações e novas vacinas foram desenvolvidas. Esses avanços
também permitiram um diagnóstico preciso com a identificação do vírus, que antes
era identificado apenas com sinais e sintomas.
As infecções pelo vírus Influenza humano são sazonais e têm uma
distribuição mundial. A gripe ocorre em surtos no inverno, acometendo pessoas de
todas as idades, sendo mais graves em crianças e idosos. Os sintomas são bem
característicos como início súbito de febre alta, mal-estar, dores musculares que
persistem por 7 a 10 dias, podendo variar conforme a idade e as condições de
saúde do indivíduo.
Crianças e adultos também podem apresentar diarreia e dor abdominal,
junto com sintomas respiratórios.
Hoje, existem muitas vacinas contra Influenza, fabricadas com o vírus
inativado, para cada ano. Algumas são fabricadas por grandes indústrias
farmacêuticas, e outras por empresas menores. A maioria das vacinas são
produzidas em ovos embrionados, inativadas e purificadas.

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No Brasil, o Instituto Butantan fabrica a vacina Influenza trivalente
(fragmentada e inativada), destinadas às campanhas de vacinação contra a gripe
realizadas pelo Ministério da Saúde.

3. FISIOPATOLOGIA DA INFLUENZA
A gripe é uma das infecções respiratórias agudas mais comuns na
humanidade e uma das mais contagiosas por via aérea. É causada por diferentes
vírus, dentre eles o A, B, C e D.

Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de influenza


concomitantemente (exemplo: influenza A (H1N1)pdm09, influenza A (H3N2) e
influenza B). Os vírus influenza são vírus RNA da família Orthomyxoviridae,
envelopados, altamente transmissíveis e mutáveis. Como dito, existem quatro tipos
de vírus da influenza/gripe:

Tipo A: são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres


humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias
desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos
pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com
as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a
Neuraminidase (NA ou N). A função da H é facilitar a entrada do vírus na célula,
enquanto da N é facilitar a sua saída após a replicação viral. Dentre os subtipos de
vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de
maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem animal
também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1),
A(H7N9), A(H10N8),A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

Tipo B: infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B


podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens
B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.

Tipo C: infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos


frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos
significativas à saúde pública, não estando relacionado com epidemias.

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Tipo D: foi identificado pela primeira vez em 2011, isolado nos Estados
Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar e
causar a doença em humanos.

De acordo com a virulência dos vírus circulante por ano, o número de


hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção
primária, mas também pelas infecções secundárias, como as pneumonias adquiridas
na comunidade de etiologia bacteriana. O período de incubação dos vírus influenza é
geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro.

4. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INFLUENZA (GRIPE)?

Clinicamente, os sintomas da gripe (influenza) iniciam-se com febre, em


geral acima de 38°C, seguida de dor muscular e de garganta, prostração, cefaleia e
tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de 3 dias. Os
sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. 

Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais


evidentes e mantêm-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre.

Adulto - O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade

Criança - A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o


achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os
quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.

Idoso - quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros


sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Os demais sinais e sintomas da gripe (influenza) são habitualmente de


aparecimento súbito, como:

 Calafrios
 Mal-estar

3
 Cefaleia
 Mialgia
 Dor de garganta
 Dor nas juntas
 Prostração
 Secreção nasal excessiva
 Tosse seca

Podem ainda estar presentes na gripe (influenza) os seguintes sinais e


sintomas:

 Diarreia.
 Vômito.
 Fadiga.
 Rouquidão.
 Olhos avermelhados e lacrimejantes.

5. COMO ESSE VÍRUS É TRANSMITIDO?

O vírus é transmitido por gotículas respiratórias que entram no corpo


penetrando nas mucosas de olhos, nariz ou boca.

Isso pode acontecer de duas formas: por transmissão direta pessoa a


pessoa ou indireta pelas mãos ou produtos contaminados.

As gotículas respiratórias são partículas muito pequeninas que medem


menos que 5 μm (não podem ser vistas a olho nu) e saem do corpo do doente a
través de tosse, espirro ou fala.

5.1. Transmissão direta:

Quando o doente fala, as gotículas podem chegar até um metro de


distância, já quando espirra, elas podem chegar até 2 metros.

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Anexo único- Rota de Contágio

5.2. Transmissão indireta:


Quando a pessoa tosse cobrindo a boca com as mãos, ou passa as mãos
na boca, estas gotículas ficam nas mãos dos doentes e passam para objetos e
superfícies quando o doente os toca com as mãos sujas.

As gotículas podem ficar viáveis (capazes de infectar) nestas superfícies


ou objetos por até 72 horas.

Nesse período, qualquer pessoa que tenha contato irá se contaminar com
o Vírus, mesmo que o doente já não esteja mais ali.

5.3. Por quanto tempo as pessoas doentes podem transmitir o vírus?


O tempo de transmissão varia de acordo a idade e imunidade da pessoa.

Crianças começam a transmitir o vírus 24 horas antes de apresentar


qualquer sintoma, e até 2 semanas após a última febre, já adultos, começam a
transmitir cerca de 12 a 24 horas antes dos sintomas até 5 a 7 dias após a última
febre as pessoas com imunidade baixa podem transmitir ainda por mais tempo.

6. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico laboratorial da influenza é uma importante ferramenta para
a saúde pública e se tornou o fator fundamental para a prevenção, contenção,
vigilância e manejo terapêutico de pacientes. Neste contexto, há muitos métodos
laboratoriais que permitem a identificação dos vírus influenza circulando nas
comunidades.

As abordagens diagnósticas utilizadas para a identificação do vírus


incluem a cultura de vírus, a detecção  de  antígenos  virais,  como  os  testes  de
imunofluorescência e os métodos de teste de ácido nucleico.

 A sensibilidade e especificidade de um teste diagnóstico para influenza


pode variar de acordo com o laboratório que aplica determinada técnica, com o tipo
de teste utilizado e/ou o tipo de espécime analisado.

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Como os testes laboratoriais para o diagnóstico de influenza apresentam
limitações que podem levar a resultados equivocados, os seus achados devem ser
interpretados em conjunto com o histórico clínico do paciente.

7. TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS

7.1. Cultura viral

O isolamento viral é uma técnica altamente sensível e muito útil para o


diagnóstico de infecções virais, quando utilizado com espécimes clínicos de boa
qualidade. O padrão ouro para a detecção laboratorial do vírus influenza continua
sendo a cultura de isolamento. O vírus pode ser cultivado em cultura de células e em
ovos embrionados.

É amplamente aceita a tese de que o isolamento de vírus em ovos


embrionados/culturas de células com sua posterior identificação por técnicas
imunológicas ou genéticas ou por microscopia eletrônica é o método padrão para o
diagnóstico viral.

De um modo geral, a maior vantagem apresentada pelo método de


isolamento do vírus é o fato de ele amplificar o vírus do espécime original e torná-lo
disponível para uma posterior caracterização antigênica e genética, bem como para
o teste de suscetibilidade a drogas, caso seja necessário.

7.2. Testes de imunofluorescência

Os testes de imunofluorescência (IF) têm sido utilizados para a


identificação direta do vírus influenza em espécimes respiratórios que contenham
células esfoliadas. 

7.3. Testes rápidos para detecção de antígenos

Há testes rápidos comerciais que podem detectar os vírus influenza em


até 15 minutos. Alguns testes já estão aprovados para a utilização em ambiente
ambulatorial, enquanto outros devem ser usados em laboratórios clínicos com grau
moderado de complexidade. Estes testes rápidos diferem de acordo com o tipo de
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vírus influenza que podem detectar e se podem ou não fazer a distinção entre tipos
de influenza. Os diferentes testes podem detectar: 1) apenas os vírus da influenza A;
2) tanto os vírus da influenza A como da influenza B, mas não entre um e outro; 3)
tanto os vírus da influenza A e da influenza B e podem distinguir um do outro.

Os testes rápidos de diagnóstico são mais utilizados em hospitais e


instituições. Nestes lugares, eles podem facilitar o reconhecimento precoce da
influenza pela sua diferenciação de outras causas de febre em pacientes com
histórico clínico complexo (pacientes com imunidade comprometida, por exemplo).
Este procedimento faz com que se evite o uso inadequado de drogas
antibacterianas, gera discussões informadas acerca do isolamento de pacientes e
permite a sua alta em menor tempo. Além disso, os testes rápidos poderiam levar a
um reconhecimento precoce de surtos em instituições e a um uso mais eficaz de
estratégias de prevenção.

7.4. Testes de ácido nucleico

O teste de ácido nucleico mais comum para o diagnóstico da influenza é a


reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR), porém a
amplificação baseada na transcrição da sequência de ácidos nucleicos também tem
sido aplicada de forma eficaz. Estes testes são considerados sensíveis, específicos
e versáteis para o diagnóstico da influenza. 

A principal vantagem destes testes moleculares é a possibilidade de


apresentarem resultados no mesmo dia, sem qualquer comprometimento de sua
sensibilidade. No entanto, a coleta de espécimes clínicos para a cultura viral é
essencial, pois apenas isolados de cultura podem ser utilizados para a produção de
vacinas.

8. INFLUENZA - CINCO CUIDADOS NA ENFERMAGEM


A Enfermagem desempenha papel importante no decorrer da influenza H1N1,
visto que o primordial é a prevenção com a vacinação. Quanto às medidas de
precaução, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, orienta:

 lavagem frequente das mãos;

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 utilização de lenço descartável para higiene nasal, ao tossir/espirrar, cobrir
nariz e boca;
 evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou
espirrar;
 não tocar superfícies com luvas ou outro EPI contaminados ou com mão
contaminada;
 não circular dentro do hospital usando os EPIs, estes devem ser removidos
após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento;
 restringir a atuação de profissionais de saúde com doença respiratória aguda
na assistência ao usuário.

9. CONSIDERAÇÕES
Os vírus Influenza são uma ameaça à saúde, porque a forma rápida de
disseminação dificulta as estratégias de vacinação. Atualmente, dois subtipos do
vírus da Influenza A, o H1N1 e o H3N2 estão em circulação. As epidemias ocorrem
por causa da variação antigênica viral, proteção para essas cepas circulantes e o
grau de virulência desses novos vírus. É importante a conscientização das pessoas
com a prevenção para evitar problemas de saúde pública.

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10. REFERÊNCIAS
GATZKE, Fernanda. O VÍRUS INFLUENZA: REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA: The Influenza virus: narrative literature review. [S. l.], 2019.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/338464816_O_VIRUS_INFLUENZA_REVI
SAO_NARRATIVA_DA_LITERATURA. Acesso em: 1 jul. 2021.
FREITAS, Keilla. Influenza: Tudo O Que Você Precisa Saber. [S. l.], 1
abr. 2017. Disponível em: https://www.drakeillafreitas.com.br/h1n1-tudo-o-que-voce-
precisa-saber/. Acesso em: 1 jul. 2021.
GRIPE (influenza): causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e
prevenção. [S. l.], 27 nov. 2020. Disponível em:
https://labtestsonline.org.br/news/gripe-influenza. Acesso em: 1 jul. 2021.
RESUMO de Gripe (Influenza): epidemiologia, fisiopatologia,
diagnóstico e tratamento. [S. l.], 2021. Disponível em:
https://www.sanarmed.com/resumo-de-gripe-influenza-epidemiologia-fisiopatologia-
diagnostico-e-tratamento. Acesso em: 1 jul. 2021.
MELLO, Wyller. O papel do diagnóstico laboratorial da influenza. [S.
l.], março 2010. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S2176-62232010000100027&lng=pt&nrm=is&tlng=pt. Acesso
em: 1 jul. 2021.
IMAGEM,https://www.drakeillafreitas.com.br/h1n1-tudo-o-que-voce-
precisa-saber

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11. ANEXO ÚNICO-ROTA DE CONTÁGIO
https://www.drakeillafreitas.com.br/h1n1-tudo-o-que-voce-precisa-saber

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