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INSTITUTO DE GESTÃO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE (IGCS)

Gripe

Bernardete Bernardo Lopes

Angoche, Dezembro
2023
Instituto De Gestão De Ciências De Saúde (IGCS)

Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do Meio (TMPSM)

Turma: P4

Bernardete Bernardo Lopes

Gripe

Trabalho de caracter avaliativo do curso de


Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do
Meio, 2o ano, que tem como tema Gripe a ser
apresentado no estágio integral Rural,
asuperisora:
Tec. Samira Das Neves Gaita

Angoche, Dezembro
2023
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. Gripe ...................................................................................................................... 5
3. Historial do surgimento da Gripe no Mundo ......................................................... 5
4. Epidemias da Gripe no Mundo .............................................................................. 6
5. Principais sinais e Sintomas .................................................................................. 7
6. Grupos Suscetíveis para a infeção ......................................................................... 7
7. Causas e classificação das Gripes .......................................................................... 8
8. Principais formas de Transmissão ......................................................................... 8
9. Principais fatores de Risco .................................................................................. 10
10. Tipos de Influenza ........................................................................................... 10
10.1. Influenzavirus A ........................................................................................... 11
10.2. Influenzavirus B ........................................................................................... 11
11. Classificação da Gripes .................................................................................... 11
12. Diagnóstico da gripe ........................................................................................ 12
13. Tratamento da Gripe ........................................................................................ 12
14. Complicações ................................................................................................... 13
15. Medidas de Prevenção ..................................................................................... 14
16. Medidas de Controlo ........................................................................................ 14
17. Conclusão......................................................................................................... 16
18. Referencias Bibliográficas ............................................................................... 17
1. Introdução
A gripe e uma duma infeção víria ou viral (causada por vírus Influenza) que atinge
o sistema respiratório - nariz, garganta e pulmões. O nosso sistema imunitário (sistema
de defesa) numa situação normal deve produzir anticorpos para combater a infeção.
Quando já existem anticorpos, sinal de que já ocorreram infeções no passado, o nosso
organismo deverá responder de uma forma mais eficaz. Contudo, os vírus estão em
constante mudança, com novas estirpes surgindo regularmente, O termo influenza, ou
"influência", tem origem no termo homónimo italiano e faz alusão à causa da doença, já
que inicialmente se pensava que a gripe era devida a influências astrológicas, A gripe é
geralmente transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, os quais propagam
partículas que contêm o vírus. A gripe pode também ser transmitida por contacto direto
com excrementos ou secreções nasais de aves infetadas, ou através de contacto com
superfícies contaminadas, A gripe pode ser propagada através de três principais vias de
transmissão: por transmissão direta (quando um indivíduo infetado liberta muco
diretamente para os olhos, nariz ou boca de outra pessoa); por via aérea (quando um
indivíduo inala as partículas produzidas pela tosse ou espirro de outro infetado); e através
da transmissão entre mãos e olhos, ou mãos e nariz ou mãos e boca, não só através de
superfícies contaminadas como por contacto pessoal direto, como um aperto de mão.
2. Gripe
A influenza (gripe) é uma infeção viral dos pulmões e das vias aéreas causado por um dos
vírus da gripe.

Trata-se duma infeção vírica ou viral (causada por vírus Influenza) que atinge o
sistema respiratório - nariz, garganta e pulmões. O nosso sistema imunitário (sistema de
defesa) numa situação normal deve produzir anticorpos para combater a infeção. Quando
já existem anticorpos, sinal de que já ocorreram infeções no passado, o nosso organismo
deverá responder de uma forma mais eficaz. Contudo, os vírus estão em constante
mudança, com novas estirpes surgindo regularmente.

Imagem do vírus da Gripe observado no Laboratório

3. Historial do surgimento da Gripe no Mundo


O termo influenza, ou "influência", tem origem no termo homónimo italiano e faz
alusão à causa da doença, já que inicialmente se pensava que a gripe era devida a
influências astrológicas.

A evolução da medicina levaria mais tarde a uma alteração de significado para


"influência do frio", ou influenza del freddo. O termo "gripe" tem origem no francês
grippe, usado pela primeira vez em 1694.

A doença pode ter sido levada da Europa para a América durante a colonização
do continente, já que em 1493, pouco depois da chegada de Cristóvão Colombo,
praticamente toda a população indígena das Antilhas foi dizimada por uma epidemia
semelhante à gripe.
O primeiro registo credível de uma epidemia de gripe descreve um surto ocorrido
1580, que teve início na Rússia e se espalhou para a Europa através de África. Só em
Roma forammortas 8000 pessoas e várias cidades espanholas foram quase dizimadas. Ao
longo dos séculos XVII e XVIII ocorreram várias pandemias esporádicas, a maior das
quais ocorrida 1830-1833 e que infetou cerca de um quarto das pessoas expostas ao vírus.

4. Epidemias da Gripe no Mundo


O surto mais conhecido e mortífero foi a pandemia de gripe espanhola (tipo A e
subtipo H1N1, ocorrida entre 1918 e 1919. Não é possível determinar com precisão o
número de mortos, mas as estimativas apontam entre 50 e 100 milhões de pessoa.

Em Portugal terão morrido cerca de 120 mil pessoas. Esta pandemia foi descrita como o
"maior holocausto médico na História" e pode ter sido responsável pelo mesmo número
de mortos da Peste Negra. Este número de mortes foi provocado por uma taxa de infeção
extremamente elevada de 50% e da extrema gravidade dos sintomas, os quais se suspeita
terem sido provocados por tempestades de citocinas. De facto, os sintomas de 1918 foram
tão atípicos que inicialmente a gripe foi diagnosticada como dengue, cólera ou febre
tifoide.

A epidemia de gripe espanhola de 1918 foi verdadeiramente global, chegando inclusive


ao Ártico e a ilhas remotas no oceano Pacífico. A doença atipicamente grave matou entre
2 e 20% das pessoas infetadas, ao contrário das epidemias típicas, cujataxa de mortalidade
é de apenas 0,1%. Outra característica invulgar desta pandemia foi ter morto
principalmente jovens adultos, uma vez que mais de metade das mortes ocorreu em
indivíduos entre os 20 e 40 anos. Este facto é invulgar, uma vez que a gripe é mortal
sobretudo em crianças com menos de dois anos ou em idosos com mais de 70 anos.
Desconhece-se a mortalidade total desta pandemia, mas estima-se que 2,5% a 5% da
população mundial tenha morrido.

A cada inverno, dezenas de milhões de pessoas contraem gripe e o número de


mortes é superior a alguns centenas de milhares. No entanto, até mesmo nos países
desenvolvidos o número preciso de pessoas afetadas é incerto, uma vez que as autoridades
de saúde não têm por prática distinguir quem efetivamente morre da gripe ou quem morre
de uma doença semelhante à gripe.

A maior parte das pessoas fica doente apenas durante uma semana, embora os
mais idosos apresentam maior risco de morrer devido à doença. Até mesmo pessoas
plenamente saudáveis podem contrair a doença e em qualquer idade podem ocorrer
complicações graves. As pessoas com mais de cinquenta anos, crianças muito novas e
pessoas de qualquer idade com doenças crónicas são mais suscetíveis a complicações
como pneumonia, bronquite, sinusite e otite.

5. Principais sinais e Sintomas


Os sinais e sintomas comuns da gripe incluem:

 Febre acima de 38 C;
 Dores musculares;
 Calafrios e suores;
 Dor de cabeça;
 Tosse seca persistente;
 Fadiga e fraqueza;
 Congestão nasal;
 Perda de olfato e do paladar;
 Dor de garganta.

Inicialmente, a gripe pode parecer um resfriado comum (ou constipação) com coriza
(escorrência nasal e nariz entupido), espirros e dor de garganta.

Mas os resfriados geralmente desenvolvem-se lentamente, enquanto a gripe tende


a surgir subitamente. Existe uma clara diferença na severidade da sintomatologia entre a
gripe e o resfriado comum. Apesar do resfriado comum ser um incómodo, geralmente
cursa com sintomas mais ligeiros, como uma temperatura corporal mais baixa do que na
gripe.

Os sintomas de gripe podem ter início de forma súbita um ou dois dias após a
infeção. Geralmente, os primeiros sintomas são calafrios ou uma sensação de frio, embora
a febre seja também comum nesta fase, com temperaturas entre os 38 e os 39 °C. Muitas
pessoas sentem-se de tal forma doentes que se sentem comprometidas a ficar de cama por
vários dias, com dores ao longo de todo o corpo que se agravam nas costas e pernas.

6. Grupos Suscetíveis para a infeção


 Crianças com menos de cinco anos de idade; crianças com menos de dois anos de
idade têm um risco particularmente elevado
 Adultos com mais de 65 anos de idade.
 Residentes em lares de idosos e outras instalações similares.
 Pessoas com sistema imunitário enfraquecido.
 Pessoas com distúrbios clínicos crônicos (principalmente os que afetam o coração,
os pulmões, os rins, o fígado ou o sistema imune) ou diabetes mellitus.
 Pessoas com obesidade extrema (índice de massa corporal [IMC] de 40 ou mais).
 Mulheres no segundo ou terceiro trimestre de gravidez e até duas semanas após o
parto.
 Pessoas com distúrbios que aumentam o risco de sufocamento com secreções
orais, como acidente vascular cerebral ou outros distúrbios que causem fraqueza
transtornos convulsivos.

7. Causas e classificação das Gripes


A gripe é causada por três tipos de vírus influenza: Tipo A, Tipo B e o Tipo C.

Os vírus Tipo A (conhecida por Gripe A ou gripe das aves), cujos hospedeiros naturais
são as aves aquáticas selvagens, pode dar origem a surtos entre as aves ou sofrer pequenas
mutações que o fazem “saltar” para outras espécies, dando origem a pandemias. Destes
destacam-se pela sua gravidade em termos de taxa de letalidade:

 H1N1 causador da Pneumónica ou gripe Espanhola em 1918/19 e a Gripe Suína


em 2009;
 H2N2 causador da Gripe asiática em 1957/58 e a gripe Russa em 1989/90;
 H3N2 causadora da gripe de Hong-Kong em 1968/69.

Os vírus tipo B atinge essencialmente a espécie humana e é menos comum que o tipo A.
Este tipo de vírus sofre menos mutações e consequentemente adquire mais imunidade nas
populações, reduzindo o seu potencial para causar pandemias. Os vírus tipo C, é uma
forma menos comum, infeta seres humanos, cães e porcos e por vezes provoca formas
graves e surtos locais.

8. Principais formas de Transmissão


As gripes são transmitidas de pessoa para pessoa diretamente ou através de objetos
contaminados.

A gripe é geralmente transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, os


quais propagam partículas que contêm o vírus. A gripe pode também ser transmitida por
contacto direto com excrementos ou secreções nasais de aves infetadas, ou através de
contacto com superfícies contaminadas. A gripe pode ocasionalmente levar ao
aparecimento de pneumonia, tanto viral como bacteriana, mesmo em pessoas bastante
saudáveis.

Os vírus da gripe estão em constante mudança, com novas estirpes que surgem
periodicamente. Se alguém já teve gripe no passado, o seu corpo já produziu anticorpos
para combater essa estirpe específica do vírus. Se os futuros vírus da gripe forem
semelhantes aos que se encontrou antes, seja por ter a doença ou por ser vacinado, esses
anticorpos podem prevenir a infeção ou diminuir a sua gravidade.

Uma pessoa contaminada com o vírus da gripe torna-se contagiosa para outra
pessoa no dia anterior ao aparecimento dos primeiros sintomas, e permanece contagiosa
por mais cinco a seis dias. Os dias de maior risco de contágio são o segundo e terceiro
dias posteriores à infeção. A quantidade de vírus libertado aparenta estar relacionada com
a temperatura da febre; quanto mais alta a temperatura, maior quantidade de vírus é
libertada. As crianças são muito mais infeciosas do que os adultos e libertam o vírus até
duas semanas após a data de Infeção.

A gripe pode ser propagada através de três principais vias de transmissão: por
transmissão direta (quando um indivíduo infetado liberta muco diretamente para os olhos,
nariz ou boca de outra pessoa); por via aérea (quando um indivíduo inala as partículas
produzidas pela tosse ou espirro de outro infetado); e através da transmissão entre mãos
e olhos, ou mãos e nariz ou mãos e boca, não só através de superfícies contaminadas como
por contacto pessoal direto, como um aperto de mão.

Uma vez que os vírus da gripe sobrevivem fora do corpo, também podem ser
transmitidos pelo contacto com superfícies contaminadas como notas bancárias,
maçanetas de portas, interruptores elétricos e outros objetos domésticos.

O tempo de sobrevivência do vírus em determinada superfície depende das


características dessa superfície. O vírus é capaz de sobreviver um ou dois dias em
superfícies duras e não porosas como plástico ou metal; cerca de quinze minutos em
lenços de papel secos; e apenas cinco minutos na pele.

No entanto, no caso do vírus se encontrar protegido por muco, pode sobreviver


durante períodos mais longos; por exemplo, até 17 dias em notas bancárias. Os vírus da
gripe das aves são capazes de sobreviver indeterminadamente quando congelados.
9. Principais fatores de Risco
Fatores que podem aumentar o risco de desenvolver gripe ou suas complicações incluem:

 Idade - A influenza sazonal tende a atingir crianças menores de 12 meses de idade


e adultos com 65 anos ou mais.
 Condições de vida ou trabalho - Pessoas que moram ou trabalham em instalações
com muitos outros residentes, como casas de repouso ou quartéis militares, têm
maior probabilidade de desenvolver a gripe.
 Pessoas hospitalizadas também correm maior risco;
 Sistema imunológico enfraquecido - Tratamentos de cancro, drogas anti rejeição,
uso prolongado de esteroides, transplante de órgãos, cancro de sangue ou HIV /
AIDS podem enfraquecer o sistema imunológico. Todas estas situações podem
facilitar o surgimento da gripe e também pode aumentar o risco de desenvolver
complicações;
 Doença crónica - Doenças crónicas, incluindo doenças pulmonares como asma,
diabetes, doenças cardíacas, doenças neurológicas ou de desenvolvimento
neurológico, uma anomalia das vias aéreas e doenças renais, hepáticas ou
sanguíneas, podem aumentar o risco de complicações da gripe;
 Uso de aspirina por menores de 19 anos - Pessoas com menos de 19 anos que
realizam terapia com aspirina por um longo período correm o risco de desenvolver
a síndrome de Reye se infetadas com influenza;
 Gravidez - As mulheres grávidas têm maior probabilidade de desenvolver
complicações da influenza, principalmente no segundo e terceiro trimestres de
gestação. Mulheres com até duas semanas de pós-parto também têm maior
probabilidade de desenvolver complicações relacionadas com a influenza;
 Obesidade - Pessoas com índice de massa corporal (IMC) de 40 ou mais
apresentam risco aumentado de desenvolverem complicações resultantes da gripe.

10. Tipos de Influenza


Os vírus da gripe são classificados no grupo dos vírus ARN e correspondem a três dos
cinco géneros da família dos ortomixovírus:

 Influenzavirus A
 Influenzavirus B
 Influenzavirus C
10.1.Influenzavirus A: Este género tem apenas uma espécie, o Influenzavirus A. As
aves aquáticas selvagens são o hospedeiro natural de uma grande diversidade de
vírus de gripe A. Ocasionalmente, estes vírus são transmitidos para outras
espécies e podem dar origem a surtos devastadores em aves de criação ou
desencadear pandemias de gripe humana.

Os vírus do tipo A correspondem aos peptógenos mais virulentos entre os três


tipos de vírus da gripe e estão na origem das formas mais graves da doença. Os vírus da
gripe A podem ser divididos em diferentes serotipos em função da resposta dos anticorpos
a estes vírus.

10.2.Influenzavirus B: Este género tem também apenas uma espécie, o


Influenzavirus B, o qual infeta quase exclusivamente seres humanos e é menos
comum do que o vírus da gripe A. Os outros únicos animais que se sabe serem
suscetíveis à infeção de gripe B são as focas e os furões.

Este tipo de vírus sofre mutação a um ritmo duas a três vezes mais lento do que a
gripe A. No entanto, o vírus da gripe B ainda sofre mutação suficiente para que não seja
possível adquirir imunidade vitalícia. Devido ao reduzido ritmo de alterações antigénicas
e à sua limitada gama de hospedeiros, não ocorrem pandemias de gripe B.

10.3.Influenzavirus C: Este género tem também apenas uma espécie, o


Influenzavirus C, o qual infeta seres humanos, cães e porcos, provocando por
vezes formas graves da doença e epidemias locais. No entanto, a gripe C é menos
comum do que os outros tipos e geralmente provoca apenas casos moderados em
crianças.

11. Classificação da Gripes


 Gripe aviária: Os sintomas de gripe em aves podem variar e não ser específicos.
Uma infeção de gripe aviária com baixa patogenicidade pode-se manifestar
apenas através da pequena redução na produção de ovos ou perda de peso, em
conjunto com doença respiratória pouco intensa. Uma vez que estes sintomas
pouco graves dificultam o diagnóstico de campo, o rastreio de gripe aviária exige
a análise em laboratório de amostras de aves infetadas. Na atualidade, a estirpe
HPAI A (H5N1) é uma doença aviária e não existem evidências que sugiram que
seja transmitida de forma eficaz para o ser humano. Em praticamente todos os
casos, os indivíduos infetados tinham tido contacto físico prolongado com as aves
infetadas.
 Gripe suína: provoca nos porcos febre, letargia, espirros, tosse, dificuldades
respiratórias e perda de apetite. Nalguns casos, a infeção pode provocar o aborto.
Ocasionalmente, é possível que ocorra a transmissão direta de um vírus entre
porcos e seres humanos. Em 2009, uma estirpe de vírus H1N1 de origem suína foi
a responsável pela pandemia de gripe do mesmo ano, mas não existem evidências
de que seja endémica em porcos (isto é, uma gripe suína de facto) ou de que tenha
sido transmitida de porcos para pessoas em vez de transmissão entre pessoas.

12. Diagnóstico da gripe


 Avaliação médica;
 Às vezes, exames em amostras de sangue ou secreções respiratórias;
 Às vezes, uma radiografia do tórax e medição dos níveis de oxigênio no sangue.

Em geral, as pessoas conhecem os sintomas da gripe e, visto que essa doença se manifesta
por epidemias, a pessoa que a apresenta ou seus familiares costumam diagnosticá-la
corretamente. A gravidade dos sintomas e a presença de febre alta e dores no corpo
ajudam a distinguir a gripe de um resfriado comum, especialmente quando a doença
ocorre durante um surto de gripe. É mais difícil identificar corretamente a gripe somente
pelos sintomas quando nenhum surto está ocorrendo.

 Os testes em amostras de secreções respiratórias podem ser usados para identificar


o vírus da gripe.
 Exames de sangue podem ajudar a determinar o grau de infeção da pessoa. Tais
testes são realizados principalmente quando as pessoas parecem muito doentes ou
quando um médico suspeitar de outra causa para os sintomas. Alguns testes
podem ser feitos no consultório do médico.
 Quando os médicos suspeitam que há pneumonia, geralmente tiram uma
radiografia do tórax e medem os níveis de oxigênio no sangue com um sensor
colocado no dedo (oximetria de pulso).

13. Tratamento da Gripe


Normalmente, o doente não precisará de nada mais do que repouso na cama e a
ingestão de muitos líquidos para tratar a gripe. Mas se a infeção for grave ou estiver em
maior risco de complicações, o médico pode prescrever um medicamento antiviral, como
oseltamivir, zanamivir, peramivir ou baloxavir. Esses medicamentos podem tratar a
doença num dia ou mais e ajudar a prevenir complicações graves.

Oseltamivir é um medicamento oral. O zanamivir é inalado por um dispositivo


semelhante a um inalador para asma e não deve ser usado por pessoas com certos
problemas respiratórios crónicos, como asma e doenças pulmonares. Os efeitos
secundários dos medicamentos antivirais podem incluir náuseas e vómitos. Esses efeitos
adversos podem ser reduzidos se o medicamento for tomado com alimentos.

A maioria das estirpes circulantes de influenza tornou-se resistente à amantadina


e rimantadina, que são medicamentos antivirais mais antigos que já não são
recomendados.

As pessoas com gripe são aconselhadas a evitar o consumo de álcool e tabaco e, se


necessário, tomar medicamentos como paracetamol para reduzir a febre e as dores
musculares associadas à gripe.

 As crianças e adolescentes com sintomas de gripe, particularmente febre, são


aconselhadas a evitar tomar aspirina durante a infeção, sobretudo no caso de gripe
B. A toma de aspirina pode levar à síndrome de Reye, uma doença hepática rara,
mas potencialmente fatal.
 Uma vez que a gripe é provocada por um vírus, os antibióticos não têm qualquer
efeito na infeção, a não ser que sejam prescritos especificamente para infeções
secundárias, como após o aparecimento de pneumonia bacteriana.
 Os medicamentos antivirais podem ser eficazes, mas algumas estirpes de gripe
são resistentes aos fármacos antivirais mais comuns e existem algumas
preocupações relativamente à qualidade da investigação.

14. Complicações
A gripe geralmente passa em uma ou duas semanas sem efeitos persistentes. Contudo,
Crianças e adultos que apresentam condições de alto risco podem desenvolver
Complicações como:

 Pneumonia;
 Bronquite;
 Crises de asma;
 Problemas cardíacos;
 Infeções dos ouvidos (otite).
A pneumonia é a complicação mais grave. Para adultos mais velhos e pessoas com
doenças crónicas, a pneumonia pode ser mortal.

15. Medidas de Prevenção


A prevenção consiste em:

 Vacinação anual para todas as pessoas a partir de 6 meses de idade (com raras
exceções)
 A prevenção é importante para todas as pessoas, mas principalmente para
profissionais de saúde e pessoas com alto risco de complicações da gripe.
 A vacina da gripe não é 100% eficaz, por isso também é importante tomar medidas
para reduzir a propagação da infeção, a saber:
 Evite multidões. A gripe espalha-se facilmente onde quer que as pessoas se
reúnam em creches, escolas, prédios de escritórios, auditórios e transportes
públicos. Ao evitar multidões durante o pico do período de gripe, reduzirá as
hipóteses de contrair a infeção;
 Cubra a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
 Para evitar contaminar as mãos, tussa ou espirre para um lenço de papel ou na
dobra interna do cotovelo;
 Se estiver doente, fique em casa por pelo menos 24 horas depois que a febre
baixar, para diminuir a probabilidade de infetar outras pessoas;
 Lave as mãos. Lavar bem as mãos com frequência é uma forma eficaz de prevenir
muitas infeções comuns. Ou use desinfetantes para as mãos à base de álcool, se
água e sabão não estiverem disponíveis

16. Medidas de Controlo


A Organização Mundial de Saúde recomenda que sejam vacinados contra a gripe
os grupos de risco, como crianças, idosos, prestadores de cuidados de saúde e pessoas
com doenças crónicas como por exemplo asma, diabetes, doenças cardiovasculares ou
tenham a imunidade comprometida.

Em adultos saudáveis, a vacina é pouco eficaz em reduzir a quantidade de


sintomas em determinada população, pois as evidências científicas apoiam a eficácia da
vacina em crianças com idade superior a dois anos.

Em pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica, a vacinação reduz eventuais


exacerbações, embora não esteja ainda claro se reduz exacerbações asmáticas. As
evidências apoiam também uma menor taxa de incidência das doenças semelhantes à
gripe em diversos grupos de pessoas com imunidade comprometida, como aquelas com
VIH/SIDA, cancro ou que foram submetidas a um transplante de órgãos.

Todas as pessoas a partir de seis meses de idade, com raras exceções, devem ser
vacinadas contra a gripe a cada ano. De uma forma geral, as pessoas devem proteger-se
do frio, ter um cuidado acrescido com a hidratação, fazer uma alimentação saudável e
equilibrada, rica em vitaminas C e Vitamina D.
17. Conclusão
Chegando ao fim deste rico trabalho podemos concluir que A gripe e uma duma
infeção víria ou viral (causada por vírus Influenza) que atinge o sistema respiratório -
nariz, garganta e pulmões. O nosso sistema imunitário (sistema de defesa) numa situação
normal deve produzir anticorpos para combater a infeção. Quando já existem anticorpos,
sinal de que já ocorreram infeções no passado, o nosso organismo deverá responder de
uma forma mais eficaz. Contudo, os vírus estão em constante mudança, com novas
estirpes surgindo regularmente, O termo influenza, ou "influência", tem origem no termo
homónimo italiano e faz alusão à causa da doença, já que inicialmente se pensava que a
gripe era devida a influências astrológicas, A gripe é geralmente transmitida por via aérea
através de tosse ou de espirros, os quais propagam partículas que contêm o vírus. A gripe
pode também ser transmitida por contacto direto com excrementos ou secreções nasais
de aves infetadas, ou através de contacto com superfícies contaminadas, A gripe pode ser
propagada através de três principais vias de transmissão: por transmissão direta (quando
um indivíduo infetado liberta muco diretamente para os olhos, nariz ou boca de outra
pessoa); por via aérea (quando um indivíduo inala as partículas produzidas pela tosse ou
espirro de outro infetado); e através da transmissão entre mãos e olhos, ou mãos e nariz
ou mãos e boca, não só através de superfícies contaminadas como por contacto pessoal
direto, como um aperto de mão.
18. Referencias Bibliográficas
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Bulário Eletrônico.
Relenza Glaxosmithkline Brasil Ltda. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/
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