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Instituto Politécnico Lomar

Técnica de Medicina Geral

Semestre I

Formanda

Graça Armando Bolafo

Turma 13

Ciências Médicas

Bactéria Mucabaterum tuberculose

Formador: dr. Gaspar Ferrão Nhakaka

Chimoio, Abril de 202

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Índice
1.Introdução................................................................................................................................................3
1.1.Objectivos..........................................................................................................................................3
1.1.1.Objecivo Geral............................................................................................................................3
1.1.2.Objectivos especificos.................................................................................................................3
2.História da tuberculose............................................................................................................................4
3.Bactéria Mycobacterium Tuberculose......................................................................................................5
3.1.Caracteristicas da bactéria Mycobacterium Tuberculose..................................................................5
3.2.Factores de risco................................................................................................................................6
3.2.1.Factores de risco exógenos.........................................................................................................6
3.2.2.Factores de risco endógenos......................................................................................................6
3.3.Fisiopatologia....................................................................................................................................7
3.3.1.Processo patogénico...................................................................................................................7
3.4.Sintomas da tuberculose...................................................................................................................8
3.5.Exames auxiliares e diagnóstico da tuberculose..............................................................................10
3.5.1.Diagnóstico diferencial.............................................................................................................11
3.6.Prevenção á bacteria mycobacterium.............................................................................................12
4.Conclusão...............................................................................................................................................14
5.Referências bibliográficas.......................................................................................................................15

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1.Introdução
Mycobacterium tuberculosis é a bactéria responsável por uma das doenças infecciosas mais
antigas e persistentes conhecidas pela humanidade: a tuberculose. Desde os tempos antigos até os
dias atuais, a tuberculose continua a ser um desafio significativo para a saúde global, afetando
milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. Esta bactéria, muitas vezes referida como o
"bacilo da tuberculose", possui características únicas que contribuem para sua capacidade de
causar doença e resistir aos métodos de tratamento convencionais. Nesta pesquisa, explorei em
detalhes a Mycobacterium tuberculosis, incluindo sua estrutura, ciclo de vida, patogenicidade e o
diagnóstico, tratamento e prevenção da tuberculose. Ao compreendermos melhor essa bactéria e
sua relação com a doença que causa, podemos avançar na luta contra a tuberculose e suas
consequências devastadoras para a saúde pública em escala global.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objecivo Geral

 Compreender a bactéria Mycobacterium Tuberculosis.

1.1.2.Objectivos especificos

 Explicar a história da tuberculose;


 Conceituar bactéria mycobacterium tuberculose;
 Mensionar as caracteristicas da bactéria mycobacterium tuberculose;
 Descrever os factores de risco;
 Estabelecer a fisiopatologia da bactéria mycobacterium tuberculose;
 Distiguir os sintomas;
 Identificar os exames auxiliares e diagnósticos da tuberculose;
 Mensionar as formas de prevenção á bacteria mycobacterium.

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2.História da tuberculose
Pré-história: Há evidências de que a tuberculose pode ter existido desde os tempos pré-históricos.
Esqueletos de múmias egípcias, por exemplo, exibem sinais de lesões ósseas causadas pela
tuberculose.

Idade Antiga: Registros históricos antigos, incluindo textos médicos gregos e romanos,
mencionam sintomas que parecem se assemelhar à tuberculose. No entanto, a doença era
frequentemente confundida com outras condições pulmonares.

Séculos XVIII e XIX: Durante o século XVIII e XIX, a tuberculose foi uma das principais
causas de mortalidade na Europa e nas Américas. Ela era conhecida como "peste branca" devido
à palidez dos pacientes e à devastação que causava. A falta de entendimento sobre a doença
levou a muitos mitos e estigmas associados a ela.

Descoberta do Agente Causador: Em 1882, o cientista alemão Robert Koch identificou o


Mycobacterium tuberculosis como o agente causador da tuberculose, um marco crucial na
compreensão e no tratamento da doença.

Desenvolvimento de Tratamentos: Após a descoberta de Koch, foram desenvolvidos tratamentos


para a tuberculose, incluindo sanatórios para isolamento de pacientes, bem como terapias com
drogas como a estreptomicina e a rifampicina.

Século XX: Durante o século XX, houve avanços significativos no tratamento da tuberculose,
com a introdução de múltiplas drogas que ajudaram a combater a resistência bacteriana. No
entanto, a doença ainda persiste em muitas partes do mundo, especialmente em regiões onde há
pobreza, superpopulação e acesso limitado a cuidados de saúde.

Atualidade: A tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública global. A


Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de um quarto da população mundial
esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis, embora a maioria das pessoas não
desenvolva a doença ativa. O tratamento adequado e o controle da tuberculose são desafios
contínuos enfrentados pela comunidade médica e de saúde pública.

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3.Bactéria Mycobacterium Tuberculose
O Mycobacterium é um gênero de bactérias, com mais de 190 espécies identificadas até o
momento. Uma das espécies mais conhecidas dentro deste gênero é o Mycobacterium
tuberculosis, que causa a tuberculose em seres humanos. Estas bactérias são caracterizadas por
sua parede celular espessa e lipídica, que as torna resistentes a muitos agentes antimicrobianos e
contribui para sua capacidade de sobreviver por longos períodos no ambiente.

A tuberculose, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é transmitida principalmente pelo ar.


Quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta, pequenas gotículas contendo as
bactérias podem ser lançadas no ar. Outras pessoas podem se infectar ao inalar essas gotículas. A
transmissão ocorre especialmente em ambientes fechados e lotados, onde há uma maior
concentração de gotículas respiratórias.

O Mycobacterium tuberculosis geralmente afeta os pulmões, mas pode se disseminar para outras
partes do corpo, como os rins, ossos, sistema linfático e sistema nervoso central. Quando a
tuberculose afeta os pulmões, os sintomas comuns incluem tosse persistente, febre, sudorese
noturna, perda de peso e fadiga. Se não for tratada adequadamente, a tuberculose pode ser fatal.

3.1.Caracteristicas da bactéria Mycobacterium Tuberculose


As características do Mycobacterium tuberculosis, a bactéria que causa a tuberculose, incluem:

Forma bacteriana: O Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria em forma de bastonete, o que


significa que tem uma forma alongada e cilíndrica.

Parede celular espessa: Uma das características distintivas do Mycobacterium tuberculosis é a


sua parede celular espessa e rica em lipídios. Essa parede celular contribui para a resistência da
bactéria a condições adversas e agentes antimicrobianos.

Ácido-resistência: A parede celular lipídica do Mycobacterium tuberculosis confere à bactéria


uma resistência única aos ácidos, permitindo que ela sobreviva em condições ácidas, como o
ambiente do estômago.

Crescimento lento: O Mycobacterium tuberculosis cresce muito lentamente em cultura, o que


pode dificultar o diagnóstico e o tratamento da infecção.

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Aeróbico: O Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria aeróbica, o que significa que requer
oxigênio para crescer e se reproduzir.

Patogenicidade: O Mycobacterium tuberculosis é altamente patogênico para os seres humanos,


causando a doença conhecida como tuberculose.

Periódo de ecubação: O período de incubação da tuberculose, que é o tempo decorrido entre a


infecção inicial pelo Mycobacterium tuberculosis e o aparecimento dos sintomas da doença,
pode variar consideravelmente de pessoa para pessoa. Em média, o período de incubação da
tuberculose é de cerca de 2 a 12 semanas após a exposição à bactéria.

3.2.Factores de risco
Factores de risco Podemos dividir em factores de risco exógenos e endógenos:

3.2.1.Factores de risco exógenos

Distância e duração do contacto: as gotículas menores (<5 a 10 μm de diâmetro), podem


permanecer suspenas no ar durante varias horas até serem naladas por outro indivíduo
susceptível. O sol, através dos seus rais ultra violetas, mata o bacilo em 5 minutos;

Ambiente compartilhado: aglomeração em casa/salas com pouca venlação, tais como quartéos,
cadeia, enfermarias. Aspectos sócio-económicos como a pobreza, baixa alfabetização, entre
outros. Casas/cadeias/enfermarias bem ventiladas reduzem o risco de transmissão da TB;

O o grau de infecciosidade do caso: indivíduos com escarros que contêm bacilos Ácidos Álcool
Resistentes (BAAR) visíveis ao microscópio (baciloscopia positiva), com doença pulmonar
cavitária, apresentam uma grande probabilidade de transmitirema infecção em relação aos que
não possuem BAAR visíveis (baciloscopia negativa).

3.2.2.Factores de risco endógenos

Destaca-se a imunodepressão (HIV/SIDA, desnutição, diabetes, neoplasias malignas, alcoolismo,


corticoterapia prolongada, crianças menores de 5 anos, grávidas, idosos, entre outras.

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3.3.Fisiopatologia
Quando um indivíduo susceptível inala as partículas do ambiente contendo o Bacilo de koch,
uma parte destes (< 10%) alojam-se nas vias respiratórias terminais, onde se activa a resposta
imunitária. Os macrófagos fagocitam os bacilos impedindo o seu desenvolvimento, ou os bacilos
multiplicam-se e matam o macrófago. Mais macrófagos aparecem e formam o granuloma – lesão
primária de Ghon (contendo linfócitos, macrófagos que evoluem para células epitelióides e
células gigantes do tipo Langhans), que neutralizam os bacilos, formando na parte central da
lesão, a necrose caseosa. O complexo de Ghon é uma nóculo calcificado com um gânglio
linfático associado no pulmão.

Na minoria dos casos em que os macrófagos não funcionam, a reacção de hipersensibilidade do


tipo tardio ocasiona lesão tecidual, formando-se cavidades. Nos estágios iniciais da infecção os
bacilos são transportados no interior dos macrófagos até aos linfónodos regionais, tendo acesso a
corrente sanguínea e disseminação para todo o corpo.

Na maioria dos indivíduos a imunidade faz a contenção do foco infeccioso. Sendo TB latente. A
infecção pode permanecer controlada pelo sistema imune de forma indefinida (é o que
chamamos foco latente). Uma parte dos indivíduos pode produzir a reactivação do foco latente
após um período variável (meses até muitos anos) levando à aparição de TB secundária ou pós-
primária. Alguns indivíduos, e particularmente crianças.

3.3.1.Processo patogénico

Inalação do Bacilo: A transmissão da tuberculose ocorre quando uma pessoa saudável inala
gotículas respiratórias contendo o Mycobacterium tuberculosis, liberadas no ar quando uma
pessoa com tuberculose ativa tosse, espirra, fala ou canta. Essas gotículas podem conter bactérias
vivas da tuberculose.

Infecção Primária nos Pulmões: Após a inalação, as bactérias do Mycobacterium tuberculosis


chegam aos pulmões e se alojam nos alvéolos pulmonares, onde podem começar a se multiplicar.

Resposta Imune: O sistema imunológico reconhece a presença das bactérias e inicia uma
resposta imune para tentar combater a infecção. No entanto, as bactérias do Mycobacterium

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tuberculosis têm a capacidade de resistir à resposta imune e se multiplicar dentro dos
macrófagos, células do sistema imunológico.

Formação do Complexo de Ghon: Em muitos casos, o sistema imunológico é capaz de conter a


infecção primária, formando o que é conhecido como Complexo de Ghon, uma área de
inflamação e fibrose nos pulmões. Nesse estado, as bactérias podem permanecer latentes, sem
causar sintomas.

Reativação da Infecção: Em algumas pessoas, especialmente aquelas com sistema imunológico


enfraquecido, as bactérias do Mycobacterium tuberculosis podem se tornar ativas novamente
após um período de latência, levando ao desenvolvimento da tuberculose ativa. Isso pode ocorrer
semanas, meses ou até anos após a infecção primária.

Propagação da Infecção: Se as bactérias do Mycobacterium tuberculosis se tornarem ativas


novamente nos pulmões, elas podem se espalhar para outras áreas do corpo, como os rins, ossos,
sistema nervoso central, entre outros, causando a disseminação da doença.

3.4.Sintomas da tuberculose
Principais sintomas: Febre, Emagrecimento, Sudorese, Tosse produtiva há mais de 2 semanas e
Astenia (FESTA).

 Febre – A febre é um dos sintomas mais comuns da tuberculose, seja na forma pulmonar
ou na tuberculose de outros órgãos. Em geral, a febre é alta, acima dos 38ºC, diária e com
predomínio no final do dia, chamada de febre vespertina. Nos idosos, porém, a
tuberculose pode surgir sem febre.
 Suores noturnos – Outro sintoma de tuberculose muito comum. Além da febre vespertina,
também é habitual os pacientes apresentarem suores noturnos. Em alguns pacientes com
tuberculose, os suores noturnos podem ocorrer mesmo sem a presença da febre.
 Tosse – A tosse é o sintoma mais comum da tuberculose pulmonar, mas não costuma
estar presenta nas outras formas de tuberculose. Um paciente com tuberculose urinária ou
gastrointestinal, por exemplo, só apresentará tosse se também tiver tuberculose pulmonar
ativa.

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A tosse da tuberculose pulmonar é crônica, com duração de semanas. Geralmente inicia-
se como uma tosse seca, agravando-se ao longo dos dias, podendo evoluir para uma tosse
purulenta, com expectoração amarelo-esverdeada.

A tosse com catarro da tuberculose difere da tosse da pneumonia por ser um quadro mais
arrastado, que evolui durante semanas.

 Expectoração com sangue – Com o passar dos dias, a expectoração purulenta pode se
transformar em expectoração sanguinolenta, que recebe o nome de hemoptise. O catarro
com sangue é um sintoma típico da tuberculose em fases mais avançadas.
 Falta de ar e cansaço – A falta de ar é um sintoma comum da tuberculose pulmonar e
ocorre geralmente em fases mais avançadas, quando o acometimento do pulmão já é
extenso. A falta de ar no início do quadro ocorre apenas durante o esforço, porém, com a
evolução da infecção, surge mesmo em repouso.

A falta de ar também pode ser causada por acometimento da pleura do pulmão,


provocando derrame pleural (água na pleura) ou pneumotórax (ar na pleura).

O cansaço, por outro lado, é diferente da falta de ar e ocorre em qualquer forma de


tuberculose, sendo caracterizado por falta de forças, sensação de mal-estar, vontade de
ficar deitado o tempo todo e desânimo. O cansaço não é por acometimento pulmonar,
mas sim pelo quadro de infecção grave.

 Dor torácica – A dor na região torácica é outro sintoma comum da tuberculose pulmonar.
Ela pode surgir por vários motivos, desde a lesão do pulmão pela própria tuberculose,
quanto pelo esforço causado pela tosse crônica, ou mesmo pelo acometimento da pleura
pela infecção, que se caracteriza por uma dor que surge durante a respiração profunda,
chamada de dor pleurítica.

A dor torácica nos casos de infecção pulmonar pela tuberculose costuma ser na região das
costas, geralmente do lado do pulmão mais acometido.

 Perda de peso – A perda de peso e a falta de apetite ocorrem em todas as formas de


tuberculose. É comum o paciente se apresentar ao médico assustado com uma perda de 5
a10 quilos nas últimas semanas.

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 Linfonodos aumentados – O aparecimento de um ou mais linfonodos aumentados e
palpáveis pelo corpo é um sintoma típico da tuberculose ganglionar.

O exame do linfonodo revela uma massa endurecida e bem aderida. Em cerca de 70% dos
casos o gânglio surge na região do pescoço. Outros locais onde costumam surgir
linfonodos na tuberculose ganglionar são a região das axilas, acima da clavícula, no
cotovelo ou na virilha. Exames radiológicos conseguem identificar linfonodos
aumentados em regiões mais profundas, como na cavidade abdominal e no mediastino
(região dentro do tórax).

 Dor óssea – A tuberculose óssea costuma se manifestar como uma dor nos ossos,
principalmente dor lombar, por acometimento das vértebras da coluna pela infecção
(chamado de mal de Pott).

A tuberculose óssea não é uma forma muito comum e a dor costuma ser apenas leve a
moderada no início do quadro. Se não houver febre e perda de peso, o médico não
costuma (nem deve) suspeitar inicialmente de tuberculose nos pacientes com queixas de
dor na coluna. A radiografia da coluna costuma ser normal nas fases inciais, sendo
necessária a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética para o
diagnóstico precoce.

 Sangue na urina – A tuberculose do sistema urinário costuma se apresentar como um


quadro de infecção urinária que não cura com os antibióticos tradicionais e não é
identificada pelas uroculturas.

A bactéria geralmente se aloja em um dos rins e provoca dor na região lombar associado
a pus e sangue na urina, às vezes de forma microscópica, só detectável pelos exames de
laboratoriais de urina. Se não tratada a tempo, leva a destruição dos rins.

3.5.Exames auxiliares e diagnóstico da tuberculose


Hemograma – variável, com alteração dos leucócitos ou não, anemia. Pode-se verificar uma
monocitose ou linfocitose, mesmo que os leucócitos totais estejam dentro dos parâmetros
normais. VS elevada

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RX do tórax – pode evidenciar: derrame pleural, linfadenopatia intra-torácica, lesão cavitária,
lesão de Ghon, infiltrado pulmonar na zona média ou inferior do pulmão, ou padrão miliar.

Baciloscopia – mandatório a sua execução (colecta de 2 amostras de expectoração, sendo a 1ª no


momento da consulta e a outra no dia seguinte) em todo paciente com tosse há mais de 2
semanas. Se a expectoração não estiver presente, pode-se induzir por inalação de solução de
cloreto de sódio hipertónica (3%) e posterior exame directo com coloração de Ziehl Neelsen
(‘bacilo de Koch’ ou ‘BK’) que pode mostrar os BAAR. Em pacientes HIV positivos, basta uma
baciloscopia positiva para se considerar Tuberculose. Em pacientes HIV negativos, é necessário
2 baciloscopias positivas. A positividade confirma o diagnóstico, mas a negatividade não exclui
o diagnóstico. A baciloscopia pode se efectuar em outras amostras biológicas (líquido pleural,
ascítico, etc).

Cultura – da expectoração ou outras amostras biológicas, porém leva mais tempo para o
resultado (6 a 8 semanas). Mantoux – pode ser positivo ou negativo

Teste de HIV – para confirmar o estado imunológico do paciente. É importante oferecer o teste
de HIV a todos os pacientes com tuberculose, como forma de, se positivo, oferecer outros
pacotes de cuidados de saúde.

3.5.1.Diagnóstico diferencial

 Pneumonias (bacteriana, viral, fúngica) e abcesso pulmonar: ao contrário da tuberculose nas


infecções pulmonares agudas como pneumonia e abcesso, o quadro clínico é brusco,
frequentemente com dispneia e dor torácica consideráveis. Em geral, apresentam expectoração
purulenta e o quadro clínico resolve-se com tratamento antibiótico empírico.

 Pneumonia por Pneumocistis jiroveci (PPC): manifesta-se geralmente com tosse seca e
dispneia de esforço progressiva durante várias semanas. Apresenta boa resposta ao tratamento
com doses altas de cotrimoxazol e prednisolona.

 Sarcoma de Kaposi pulmonar: na prática o diagnóstico diferencial pode ser difícil, porque
ambas patologias são comuns nos pacientes imunodeprimidos e muitas vezes os casos de Kaposi
pulmonar sobre-infectam e o paciente desenvolve um quadro clínico semelhante ao da
tuberculose com febre, expectoração hemoptóica, prostração, perda de peso. Em geral, nos casos

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sem sobre-infecção a tosse costuma ser seca, mais hemoptise é possível. Um exame físico
generalizado pode detectar lesões de Kaposi em outros órgãos (sobretudo pele e mucosas) e
levantar o nível de suspeita. Quando há derrame associado, este é geralmente sanguinolento.

 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): na presença de tosse seca de longa duração, com
dispneia paroxística nocturna e baciloscopia negativa, deve-se suspeitar de ICC. Os sinais e
sintomas cardiovasculares como ortopneia, palpitações, congestão venosa sistémica, edema dos
membros inferiores, PVJ aumentado orientam para o diagnóstico da ICC.

 Neoplasias (carcinoma do pulmão, carcinoma brônquico): factores de risco como tabagismo,


idade avançada, antecedentes de trabalho em minas estão geralmente presentes. O exame
radiológico permite identificar o tipo e localização da lesão.

Bronquiectasias: na prática pode ser difícil diferenciar um caso de bronquiectasia com sobre
infecção duma tuberculose pulmonar, uma vez que nestes casos associados à tosse crónica, o
paciente apresenta expectoração que pode ser hemoptóica. Uma história detalhada, com
descrição dos antecedentes de doença, evolução do quadro clínico em causa é de extrema
importância. A baciloscopia e cultura de BK são negativas. O raio X do tórax as diferem.

3.6.Prevenção á bacteria mycobacterium


Boa Higiene Pessoal: Lave as mãos regularmente com água e sabão, especialmente após tossir,
espirrar, usar o banheiro e antes de comer. Isso ajuda a prevenir a disseminação de bactérias e
outros patógenos.

Evite o Contato com Pessoas Infectadas: Evite o contato próximo com pessoas que têm
tuberculose ativa ou outras infecções causadas por Mycobacterium. Isso é especialmente
importante se você tiver um sistema imunológico enfraquecido.

Ventilação Adequada: Certifique-se de que os ambientes internos onde você passa tempo tenham
boa circulação de ar. Isso é particularmente importante em locais lotados ou fechados.

Use Máscaras Faciais: Se você trabalha em ambientes onde há risco de exposição ao


Mycobacterium, como hospitais ou clínicas de saúde, use máscaras faciais para ajudar a prevenir
a inalação de gotículas respiratórias que possam conter bactérias.

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Evite o Consumo de Alimentos Não Pasteurizados: Certifique-se de que os alimentos,
especialmente laticínios, estejam adequadamente pasteurizados antes do consumo, pois o
Mycobacterium pode estar presente em alimentos não pasteurizados.

Promova um Ambiente Limpo e Higiênico: Mantenha áreas de trabalho, casas e espaços públicos
limpos e higienizados regularmente para reduzir a presença de bactérias e outros patógenos.

Vacinação: Embora a vacina BCG ofereça alguma proteção contra a tuberculose, sua eficácia
pode ser variável. Verifique com seu médico se a vacinação é recomendada para você,
dependendo de sua idade, histórico médico e exposição potencial ao Mycobacterium.

Evite Fumar: Fumar tabaco aumenta o risco de desenvolver tuberculose ativa e outras doenças
respiratórias. Parar de fumar pode ajudar a reduzir esse risco.

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4.Conclusão
A tuberculose, uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, continua sendo
um desafio de saúde pública global, mesmo com os avanços na medicina e nas políticas de
saúde. Nesta pesquisa, exploramos a complexidade da relação entre Mycobacterium tuberculosis
e tuberculose, destacando sua história, transmissão, sintomas, prevenção e tratamento.

É evidente que Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria resiliente, capaz de persistir no


ambiente e no corpo humano por longos períodos, desafiando os esforços para erradicar a
doença. No entanto, ao entendermos melhor sua biologia e epidemiologia, podemos desenvolver
estratégias mais eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento.

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5.Referências bibliográficas
Smith I. Mycobacterium tuberculosis Pathogenesis and Molecular Determinants of Virulence.
Clin Microbiol Rev. 2003;16(3):463–96. 6.

Dorronsoro I, Torroba I. Microbiología de la tuberculosis. An Sist Sanit Navar. 2007;30(S2):67-


84. 7. Hijjar MA, Oliveira MJPR, Teixeira GM. A tuberculose no Brasil e no mundo. Bol
Pneumol San. 2001;9(2):9-16.

Daniel TM. Captain of Death: the story of tuberculosis. NY: University of Rochester Press;2006

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