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Semestre I
Formanda
Turma 13
Ciências Médicas
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................................3
1.1.Objectivos..........................................................................................................................................3
1.1.1.Objecivo Geral............................................................................................................................3
1.1.2.Objectivos especificos.................................................................................................................3
2.História da tuberculose............................................................................................................................4
3.Bactéria Mycobacterium Tuberculose......................................................................................................5
3.1.Caracteristicas da bactéria Mycobacterium Tuberculose..................................................................5
3.2.Factores de risco................................................................................................................................6
3.2.1.Factores de risco exógenos.........................................................................................................6
3.2.2.Factores de risco endógenos......................................................................................................6
3.3.Fisiopatologia....................................................................................................................................7
3.3.1.Processo patogénico...................................................................................................................7
3.4.Sintomas da tuberculose...................................................................................................................8
3.5.Exames auxiliares e diagnóstico da tuberculose..............................................................................10
3.5.1.Diagnóstico diferencial.............................................................................................................11
3.6.Prevenção á bacteria mycobacterium.............................................................................................12
4.Conclusão...............................................................................................................................................14
5.Referências bibliográficas.......................................................................................................................15
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1.Introdução
Mycobacterium tuberculosis é a bactéria responsável por uma das doenças infecciosas mais
antigas e persistentes conhecidas pela humanidade: a tuberculose. Desde os tempos antigos até os
dias atuais, a tuberculose continua a ser um desafio significativo para a saúde global, afetando
milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. Esta bactéria, muitas vezes referida como o
"bacilo da tuberculose", possui características únicas que contribuem para sua capacidade de
causar doença e resistir aos métodos de tratamento convencionais. Nesta pesquisa, explorei em
detalhes a Mycobacterium tuberculosis, incluindo sua estrutura, ciclo de vida, patogenicidade e o
diagnóstico, tratamento e prevenção da tuberculose. Ao compreendermos melhor essa bactéria e
sua relação com a doença que causa, podemos avançar na luta contra a tuberculose e suas
consequências devastadoras para a saúde pública em escala global.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objecivo Geral
1.1.2.Objectivos especificos
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2.História da tuberculose
Pré-história: Há evidências de que a tuberculose pode ter existido desde os tempos pré-históricos.
Esqueletos de múmias egípcias, por exemplo, exibem sinais de lesões ósseas causadas pela
tuberculose.
Idade Antiga: Registros históricos antigos, incluindo textos médicos gregos e romanos,
mencionam sintomas que parecem se assemelhar à tuberculose. No entanto, a doença era
frequentemente confundida com outras condições pulmonares.
Séculos XVIII e XIX: Durante o século XVIII e XIX, a tuberculose foi uma das principais
causas de mortalidade na Europa e nas Américas. Ela era conhecida como "peste branca" devido
à palidez dos pacientes e à devastação que causava. A falta de entendimento sobre a doença
levou a muitos mitos e estigmas associados a ela.
Século XX: Durante o século XX, houve avanços significativos no tratamento da tuberculose,
com a introdução de múltiplas drogas que ajudaram a combater a resistência bacteriana. No
entanto, a doença ainda persiste em muitas partes do mundo, especialmente em regiões onde há
pobreza, superpopulação e acesso limitado a cuidados de saúde.
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3.Bactéria Mycobacterium Tuberculose
O Mycobacterium é um gênero de bactérias, com mais de 190 espécies identificadas até o
momento. Uma das espécies mais conhecidas dentro deste gênero é o Mycobacterium
tuberculosis, que causa a tuberculose em seres humanos. Estas bactérias são caracterizadas por
sua parede celular espessa e lipídica, que as torna resistentes a muitos agentes antimicrobianos e
contribui para sua capacidade de sobreviver por longos períodos no ambiente.
O Mycobacterium tuberculosis geralmente afeta os pulmões, mas pode se disseminar para outras
partes do corpo, como os rins, ossos, sistema linfático e sistema nervoso central. Quando a
tuberculose afeta os pulmões, os sintomas comuns incluem tosse persistente, febre, sudorese
noturna, perda de peso e fadiga. Se não for tratada adequadamente, a tuberculose pode ser fatal.
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Aeróbico: O Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria aeróbica, o que significa que requer
oxigênio para crescer e se reproduzir.
3.2.Factores de risco
Factores de risco Podemos dividir em factores de risco exógenos e endógenos:
Ambiente compartilhado: aglomeração em casa/salas com pouca venlação, tais como quartéos,
cadeia, enfermarias. Aspectos sócio-económicos como a pobreza, baixa alfabetização, entre
outros. Casas/cadeias/enfermarias bem ventiladas reduzem o risco de transmissão da TB;
O o grau de infecciosidade do caso: indivíduos com escarros que contêm bacilos Ácidos Álcool
Resistentes (BAAR) visíveis ao microscópio (baciloscopia positiva), com doença pulmonar
cavitária, apresentam uma grande probabilidade de transmitirema infecção em relação aos que
não possuem BAAR visíveis (baciloscopia negativa).
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3.3.Fisiopatologia
Quando um indivíduo susceptível inala as partículas do ambiente contendo o Bacilo de koch,
uma parte destes (< 10%) alojam-se nas vias respiratórias terminais, onde se activa a resposta
imunitária. Os macrófagos fagocitam os bacilos impedindo o seu desenvolvimento, ou os bacilos
multiplicam-se e matam o macrófago. Mais macrófagos aparecem e formam o granuloma – lesão
primária de Ghon (contendo linfócitos, macrófagos que evoluem para células epitelióides e
células gigantes do tipo Langhans), que neutralizam os bacilos, formando na parte central da
lesão, a necrose caseosa. O complexo de Ghon é uma nóculo calcificado com um gânglio
linfático associado no pulmão.
Na maioria dos indivíduos a imunidade faz a contenção do foco infeccioso. Sendo TB latente. A
infecção pode permanecer controlada pelo sistema imune de forma indefinida (é o que
chamamos foco latente). Uma parte dos indivíduos pode produzir a reactivação do foco latente
após um período variável (meses até muitos anos) levando à aparição de TB secundária ou pós-
primária. Alguns indivíduos, e particularmente crianças.
3.3.1.Processo patogénico
Inalação do Bacilo: A transmissão da tuberculose ocorre quando uma pessoa saudável inala
gotículas respiratórias contendo o Mycobacterium tuberculosis, liberadas no ar quando uma
pessoa com tuberculose ativa tosse, espirra, fala ou canta. Essas gotículas podem conter bactérias
vivas da tuberculose.
Resposta Imune: O sistema imunológico reconhece a presença das bactérias e inicia uma
resposta imune para tentar combater a infecção. No entanto, as bactérias do Mycobacterium
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tuberculosis têm a capacidade de resistir à resposta imune e se multiplicar dentro dos
macrófagos, células do sistema imunológico.
3.4.Sintomas da tuberculose
Principais sintomas: Febre, Emagrecimento, Sudorese, Tosse produtiva há mais de 2 semanas e
Astenia (FESTA).
Febre – A febre é um dos sintomas mais comuns da tuberculose, seja na forma pulmonar
ou na tuberculose de outros órgãos. Em geral, a febre é alta, acima dos 38ºC, diária e com
predomínio no final do dia, chamada de febre vespertina. Nos idosos, porém, a
tuberculose pode surgir sem febre.
Suores noturnos – Outro sintoma de tuberculose muito comum. Além da febre vespertina,
também é habitual os pacientes apresentarem suores noturnos. Em alguns pacientes com
tuberculose, os suores noturnos podem ocorrer mesmo sem a presença da febre.
Tosse – A tosse é o sintoma mais comum da tuberculose pulmonar, mas não costuma
estar presenta nas outras formas de tuberculose. Um paciente com tuberculose urinária ou
gastrointestinal, por exemplo, só apresentará tosse se também tiver tuberculose pulmonar
ativa.
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A tosse da tuberculose pulmonar é crônica, com duração de semanas. Geralmente inicia-
se como uma tosse seca, agravando-se ao longo dos dias, podendo evoluir para uma tosse
purulenta, com expectoração amarelo-esverdeada.
A tosse com catarro da tuberculose difere da tosse da pneumonia por ser um quadro mais
arrastado, que evolui durante semanas.
Expectoração com sangue – Com o passar dos dias, a expectoração purulenta pode se
transformar em expectoração sanguinolenta, que recebe o nome de hemoptise. O catarro
com sangue é um sintoma típico da tuberculose em fases mais avançadas.
Falta de ar e cansaço – A falta de ar é um sintoma comum da tuberculose pulmonar e
ocorre geralmente em fases mais avançadas, quando o acometimento do pulmão já é
extenso. A falta de ar no início do quadro ocorre apenas durante o esforço, porém, com a
evolução da infecção, surge mesmo em repouso.
Dor torácica – A dor na região torácica é outro sintoma comum da tuberculose pulmonar.
Ela pode surgir por vários motivos, desde a lesão do pulmão pela própria tuberculose,
quanto pelo esforço causado pela tosse crônica, ou mesmo pelo acometimento da pleura
pela infecção, que se caracteriza por uma dor que surge durante a respiração profunda,
chamada de dor pleurítica.
A dor torácica nos casos de infecção pulmonar pela tuberculose costuma ser na região das
costas, geralmente do lado do pulmão mais acometido.
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Linfonodos aumentados – O aparecimento de um ou mais linfonodos aumentados e
palpáveis pelo corpo é um sintoma típico da tuberculose ganglionar.
O exame do linfonodo revela uma massa endurecida e bem aderida. Em cerca de 70% dos
casos o gânglio surge na região do pescoço. Outros locais onde costumam surgir
linfonodos na tuberculose ganglionar são a região das axilas, acima da clavícula, no
cotovelo ou na virilha. Exames radiológicos conseguem identificar linfonodos
aumentados em regiões mais profundas, como na cavidade abdominal e no mediastino
(região dentro do tórax).
Dor óssea – A tuberculose óssea costuma se manifestar como uma dor nos ossos,
principalmente dor lombar, por acometimento das vértebras da coluna pela infecção
(chamado de mal de Pott).
A tuberculose óssea não é uma forma muito comum e a dor costuma ser apenas leve a
moderada no início do quadro. Se não houver febre e perda de peso, o médico não
costuma (nem deve) suspeitar inicialmente de tuberculose nos pacientes com queixas de
dor na coluna. A radiografia da coluna costuma ser normal nas fases inciais, sendo
necessária a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética para o
diagnóstico precoce.
A bactéria geralmente se aloja em um dos rins e provoca dor na região lombar associado
a pus e sangue na urina, às vezes de forma microscópica, só detectável pelos exames de
laboratoriais de urina. Se não tratada a tempo, leva a destruição dos rins.
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RX do tórax – pode evidenciar: derrame pleural, linfadenopatia intra-torácica, lesão cavitária,
lesão de Ghon, infiltrado pulmonar na zona média ou inferior do pulmão, ou padrão miliar.
Cultura – da expectoração ou outras amostras biológicas, porém leva mais tempo para o
resultado (6 a 8 semanas). Mantoux – pode ser positivo ou negativo
Teste de HIV – para confirmar o estado imunológico do paciente. É importante oferecer o teste
de HIV a todos os pacientes com tuberculose, como forma de, se positivo, oferecer outros
pacotes de cuidados de saúde.
3.5.1.Diagnóstico diferencial
Pneumonia por Pneumocistis jiroveci (PPC): manifesta-se geralmente com tosse seca e
dispneia de esforço progressiva durante várias semanas. Apresenta boa resposta ao tratamento
com doses altas de cotrimoxazol e prednisolona.
Sarcoma de Kaposi pulmonar: na prática o diagnóstico diferencial pode ser difícil, porque
ambas patologias são comuns nos pacientes imunodeprimidos e muitas vezes os casos de Kaposi
pulmonar sobre-infectam e o paciente desenvolve um quadro clínico semelhante ao da
tuberculose com febre, expectoração hemoptóica, prostração, perda de peso. Em geral, nos casos
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sem sobre-infecção a tosse costuma ser seca, mais hemoptise é possível. Um exame físico
generalizado pode detectar lesões de Kaposi em outros órgãos (sobretudo pele e mucosas) e
levantar o nível de suspeita. Quando há derrame associado, este é geralmente sanguinolento.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC): na presença de tosse seca de longa duração, com
dispneia paroxística nocturna e baciloscopia negativa, deve-se suspeitar de ICC. Os sinais e
sintomas cardiovasculares como ortopneia, palpitações, congestão venosa sistémica, edema dos
membros inferiores, PVJ aumentado orientam para o diagnóstico da ICC.
Bronquiectasias: na prática pode ser difícil diferenciar um caso de bronquiectasia com sobre
infecção duma tuberculose pulmonar, uma vez que nestes casos associados à tosse crónica, o
paciente apresenta expectoração que pode ser hemoptóica. Uma história detalhada, com
descrição dos antecedentes de doença, evolução do quadro clínico em causa é de extrema
importância. A baciloscopia e cultura de BK são negativas. O raio X do tórax as diferem.
Evite o Contato com Pessoas Infectadas: Evite o contato próximo com pessoas que têm
tuberculose ativa ou outras infecções causadas por Mycobacterium. Isso é especialmente
importante se você tiver um sistema imunológico enfraquecido.
Ventilação Adequada: Certifique-se de que os ambientes internos onde você passa tempo tenham
boa circulação de ar. Isso é particularmente importante em locais lotados ou fechados.
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Evite o Consumo de Alimentos Não Pasteurizados: Certifique-se de que os alimentos,
especialmente laticínios, estejam adequadamente pasteurizados antes do consumo, pois o
Mycobacterium pode estar presente em alimentos não pasteurizados.
Promova um Ambiente Limpo e Higiênico: Mantenha áreas de trabalho, casas e espaços públicos
limpos e higienizados regularmente para reduzir a presença de bactérias e outros patógenos.
Vacinação: Embora a vacina BCG ofereça alguma proteção contra a tuberculose, sua eficácia
pode ser variável. Verifique com seu médico se a vacinação é recomendada para você,
dependendo de sua idade, histórico médico e exposição potencial ao Mycobacterium.
Evite Fumar: Fumar tabaco aumenta o risco de desenvolver tuberculose ativa e outras doenças
respiratórias. Parar de fumar pode ajudar a reduzir esse risco.
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4.Conclusão
A tuberculose, uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, continua sendo
um desafio de saúde pública global, mesmo com os avanços na medicina e nas políticas de
saúde. Nesta pesquisa, exploramos a complexidade da relação entre Mycobacterium tuberculosis
e tuberculose, destacando sua história, transmissão, sintomas, prevenção e tratamento.
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5.Referências bibliográficas
Smith I. Mycobacterium tuberculosis Pathogenesis and Molecular Determinants of Virulence.
Clin Microbiol Rev. 2003;16(3):463–96. 6.
Daniel TM. Captain of Death: the story of tuberculosis. NY: University of Rochester Press;2006
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