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INTRODUÇÃO

A tuberculose, tornou-se uma situação de grande preocupação por parte dos


ministérios da saúde de vários países, quer sejam subdesenvolvidos, em via de
desenvolvimento, assim como países considerados desenvolvidos. Devidas as grandes
repercussões que ela tem causado nas pessoas que constantemente estão envolvidas no uso de
substâncias que são consideradas como agentes responsáveis pelo desenvolvimento de
doenças cardiopulmonares como é o caso da tuberculose.

A tuberculose é uma das doenças infecciosa que acomete inúmeras pessoas com uma
incidência maior para os homens, e com uma maior capacidade de produtividade de infecção
na fase adulta, sendo assim a tuberculose é uma das doenças infecciosas com maior taxa de
mortalidade a nível mundial (BASNET, 2009).

Segundo Hijjar (2005), cerca de um terço da população mundial está infectada com
M. tuberculosis, sendo que os níveis mais alarmantes desta doença são encontrados
principalmente em algumas regiões da África, Leste do Mediterrâneo e Sudeste da Ásia.

A prevalência da doença apresenta uma maior incidência de infecção nas áreas de


grande concentração populacional e em condições socioeconómica e saneamento precário nos
países com um nível de desenvolvimento muito baixo, porém Angola é um dos países
globalmente considerado com maior incidência de doenças infecciosas, onde a tuberculose
representa uma prioridade de saúde pública, com maior taxa de infecção pelo VIH e formas
multirresistentes (CUAMM, 2017).

Portanto, o relatório da OMS, sobre a tuberculose, Angola atingiu todas as metas


relacionadas á incidência, prevalência, e mortalidade por tuberculose. Mas este cenário que
Angola apresenta não difere muito do sistema de saúde caracterizado pelo continente africano
(World Health Organization, 2016)
1.1. PROBLEMÁTICA
De acordo com a equipa editorial de conceitos (2011), problema é definido como
sendo uma determinada questão ou um determinado assunto que requer uma solução. A nível
social trata-se de um assunto particular que, uma vez resolvido, se torna benéfica para
sociedade.

A tuberculose é uma doença de saúde pública que vem causando um desequilíbrio imenso na
saúde das pessoas afectadas, matando muitas pessoas e deixando diversas famílias em luto
fazendo com que o governo gaste muito dinheiro em medicamentos, dinheiro esse que serviria
para a construção de diversas infra-estruturas para o desenvolvimento do país.

Sendo assim, surgiu-nos a necessidade de nos perguntarmos:


Qual é prevalência da tuberculose em pacientes adultos assistidos na área de tisiologia
do Centro de Saúde Ana Paula (Viana I) Iº Trimestre de 2023.

1.2. JUSTIFICATIVA

Tendo em conta que a tuberculose é uma doença infecto-contagiosa e um grande


problema de saúde pública, principalmente na década de 80, agravando-se bastante nos
últimos anos, causando assim inúmeras mortes em indivíduos de variadas faixas etárias e
géneros, provocando um desequilíbrio emocional, financeiro nas populações afectadas,
impossibilitando o desenvolvimento do país, e é por esse motivo que, sentimos a necessidade
de estudar a prevalência da tuberculose de modos a ajudar na prevenção e minimizaçãodo alto
nível de casos de pacientes com a tuberculose registados em diversos hospitais e centros
médicos da nossa capital.

1.3. OBJECTIVOS DE ESTUDO


De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 202), o objectivo relaciona-se com o
conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos quer dos eventos, quer das ideias estudadas.
Desta feita vejamos os objectivos traçados:

1.3.1- Objectivo geral


Compreender prevalência da tuberculose em pacientes adultos assistidos na área de
tisiologia do Centro de Saúde Ana Paula (Viana I).

1.3.2- Objectivo específico


• Reconhecer o perfil sociodemográfico destes pacientes (idade, estado civil, o género,
a situação financeira, o local de habitação);

• Apontar os fatores de risco e as características clínicas da tuberculose;

• Citar as complicações da tuberculose em pacientes adultos;

• Identificar a prevalência da tuberculose em pacientes adultos assistidos na área da


Tisiologia do Centro de Saúde Ana Paula (Viana I);
1.4. Formulação das hipóteses
De acordo com Gil (2008), hipóteses é toda preposição testável que pode ou não
solucionar um determinado problema.
 A má nutrição, está na base do aumento da prevalência da tuberculose em adultos;
 O contacto directo com indivíduos infectados ou locais infectados, está na base do
desenvolvimento da tuberculose e aumento da sua prevalência;
 O uso constante de drogas como tabaco e bebidas alcoólicas, está na base da
prevalência da tuberculose em adultos.
 A exposição dos adultos em lugares cheios de poeiras e fumos de automóveis está na
base da tuberculose e da sua prevalência.
CAPÍTULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição de termos e conceitos

2.1.1- Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afecta prioritariamente os


pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas, são causados por uma bactéria
peculiar que se chama Mycobacterium tuberculoses ou bacilos de koch (em homenagem ao
alemão Robert Koch, o descobridor da causa da doença em 1882). É uma bactéria alongada
com forma de salsicha de dimensões muito pequena (OMS, 2008).

2.1.2- Prevalência

Refere-se ao número de casos existentes de uma doença em um dado momento dentro


de uma população (MEDRONHO, 2005, FERREIRA,1995).

2.1.3- Doença

É um conjunto de sinais e sintomas específicos que afectam um ser vivo, alterando o


seu estado normal de saúde (OMS, 2000).

2.1.4- Tisiologia

É a área da unidade hospitalar responsável pelo tratamento de pacientes com


tuberculoses.

2.2- Fundamentos teóricos

Tuberculose é uma doença granulomatose causada por infecção com algumas espécies
de microbactérias dependendo da porta de entrada da infecção e do grau de disseminação
hematógena e podendo afectar muitos órgãos e sistemas do corpo (BANNISTER, et al 2000,
p. 404).

O bacilo de koch é uma bactéria de metabolismo lento. Por essa razão, tudo é muito
mais lento na tuberculose do que nas outras infecções dos pulmões, podem decorrer meses
entre o contágio e o aparecimento da doença, quando não havia forma de tratamento para a
tuberculose os doente definhavam ao longo de vários meses e até mesmo hoje, quando
iniciamos o tratamento temos de manter durante seis meses, pelo menos, tudo muito lento.
(BANNISTER, et al 2000).

As intervenções mais eficazes para o controlo da tuberculose são as que melhoram as


condições de vida do paciente com tuberculose. As reduções da infecção devida a M.bovis
foram conseguidas em muitos países por uma combinação de testes e tratamentos do gado,
bem como de pasteurização do leite.

2.2.1- Contexto Histórico da tuberculose

No mundo

A tuberculose é uma doença infecciosa que está presente na vida do homem desde a
antiguidade. Desde 8.000A.C. foram descobertos vestígios da doença em esqueletos humanos
na Alemanha. Mas foi somente a partir do século XIV e XV, que os médicos começaram a
investigar o contágio da tuberculose na região que hoje é a Itália e diante dessas descobertas
passaram a observar a necessidade de isolar os objectos dos doentes que em muitos casos
eram queimados para impedir a disseminação da doença para outros indivíduos sadios.
(KRITSKI,2000 apud CARDOSO; CAMPOS, 2006).

Durante o século XIX a epidemia da tuberculose se alastrou de tal forma que a doença
tornou-se conhecida como o mal do século, mas neste mesmo período foram feitas
descobertas importantes na tentativa de reverter essa situação. (NORONHA, 2003).

Em 1882, Robert Koch isolou-o agente etiológico da tuberculose e essa


descobertasignificou um passo importante para a humanidade no combate a doença, bem
como no conhecimento acerca da enfermidade. Através dessa descoberta foi possível
direccionar metas eficazes no tratamento da tuberculose, apesar de neste período ainda não ser
observado avanços terapêuticos significativos partir do século XIX as medidas terapêuticas se
restringiam ao tratamento higieno-dietético, na qual cura do doente era espontânea, quando
este estava em condições favoráveis. (boa alimentação, repouso, clima da montanha, etc.).
Além destas medidas viu-se a necessidade da criaçãode sanatórios e preventórios para auxiliar
na cura da doença. (FUNDO GLOBAL, 2009).

No Brasil, ao longo do século XX, foram implementadas as políticas de controlo da


tuberculose que ficaram sob a responsabilidade das instituições estatais e filantrópicas que
agiam de forma distinta. (FUNDO GLOBAL, 2009). Várias tentativas foram aplicadas no
tratamento de combate a doença, mas todas fracassaram, somente a partir da década de 1940
com a implementação dos tuberculostáticos (estreptomicina), no tratamento da tuberculose,foi
possível obter sucesso no combate a doença e redução da mortalidade por TB.

Na década de 1960os esquemas terapêuticos medicamentosos começaram a ser


implementados de forma efectiva e padronizada. Inicialmente no ano de 1964,foram
utilizados o esquema padrão dos medicamentos (SM+ INH+ PAS) com duração de 18 meses.
Em 1965 esse esquema foi reduzido para 12 meses. E desde 1979 o esquema foi estabelecido
com duração de 6 meses (RMP+ INH+ PZA), permanecendo até hoje esse período de
duração. (RUFFINO-NETTO, 2002).

Conforme Ruffino-Netto (2002), “95% dos casos de tuberculose ocorrem em países de


terceiro mundo, onde acontecem também 98% dos óbitos.”

Embora se conheça a causa da tuberculose, bem como a forma de diagnóstico e tratamento da


doença, ela ainda continua como uma epidemia de difícil controlo. É necessário buscar
medidas efectivas para solucionar o problema partindo da “busca activa dos sintomáticos
respiratórios e seus contactos, diagnóstico precoce e tratamento adequado aos indivíduos
contaminados.” (BRASIL, 2010).

História da Tuberculose em Angola

O número de mortes por tuberculose preocupa as autoridades angolanas. O país já


encomendou medicamentos urgentes para tratar a doença. Os especialistas estão preocupados
com as muitas pessoas que abandonam o tratamento.

Angola tem medicamentos e laboratórios para tratar a tuberculose, mas a doença é atualmente
a terceira maior causa de mortalidade no país. O alerta é de Vita Vemba, consultor do
Programa de Controlo, Prevenção e Combate à Tuberculose.

“Ela nunca ocupou esse lugar no passado. Já esteve em décimo lugar, mas rapidamente está a
galgar essa supremacia na mortalidade dos angolanos”, afirmou Vemba que defende ainda
mais ações e intervenções em relação a tuberculose.

Angola deu recentemente “luz verde” à compra urgente de fármacos para tratar a doença. E,
insiste Vita Vemba, há “laboratórios suficientes” para o diagnóstico e as condições
necessárias para os pacientes.
“Hoje temos laboratórios de baciloscopia em vários centros de saúde. Com Unidades de
Tratamento (UT) e Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDT) conseguimos tratar os
pacientes junto à sua zona de residência, evitando que percorram longas distâncias para
encontrar tratamento adequado”, disse.

Mesmo assim, Angola é um dos 30 países do mundo com mais casos de tuberculose. Segundo
dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o país registou 325 casos por 100 mil
habitantes, em 2021. Estima-se 51 mortes por 100 mil habitantes.

Na última década, tem havido uma tendência decrescente de casos, mas, segundo Margareth
António, do Departamento de Informação, Educação e Comunicação do Ministério da Saúde,
ainda há muita gente a abandonar o tratamento antes do tempo.“A taxa de abandono do
tratamento foi de 17%.”

No ano passado, só na província do Kwanza-Sul, houve 273 casos de abandono do


tratamento, num total de 4.667 casos registados de tuberculose. E uma taxa de abandono de
5%. É preocupante, afirma a chefe do Departamento de Saúde Pública, Tatiana
Lunga.“Porque sabemos que a tuberculose é uma doença oportunista, que afeta pessoas com
sistema imunológico (em baixo), que já possuem outras doenças como o HIV/SIDA e outras”,
explicou Lunga.

De acordo ainda com a chefe do Departamento de Saúde Pública de Angola, as causas do


abandono prendem-se com os doentes de baixa renda, que não têm uma alimentação
equilibrada, “porque os medicamentos são muito fortes e, sem alimentação, desistem do
tratamento.”

2.2.2- Tipos de tuberculoses

A tuberculose é altamente contagiosa e pode ser facilmente transmitida pelo ar, saliva
ou a partir do contacto directo com outros tipos de secreções corporais contaminados. A
doença é considerada grave e pode afectar diferentes órgãos do corpo.
Alguns tipos de tuberculose são:
 Tuberculose extrapulmonar: acomete outros órgãos do corpo que não sejam os
pulmões.
 Tuberculose pleural: esse tipo atinge uma membrana do pulmão conhecida como
pleura. Alguns dos sintomas podem ser, dor na região do tórax, falta de ar e água na
membrana pleural.
 Tuberculose ganglionar: comum nas pessoas com vírus VIH, ela afecta
principalmente os gânglios (linfonodos) da região do pescoço Tuberculose óssea –
Acomete a região da coluna vertebral e pode causar dores na região das costas.
Quando não é tratada correctamente pode causar alterações no sistema neurológico.
 Tuberculose urinária: esse tipo de tuberculose requer cuidados rápidos, para evitar
que asituação se agrave e cause insuficiência renal.

2.2.4- Sinais e sintomas da tuberculose

De acordo com Dr., António Costa (2020), os sinais e sintomas da tuberculose são
apontados os seguintes:

• Tosse forte e frequente por mais de duas semanas;

• Expelimento de catarro;

• Catarro com presença de sangue;

• Febre, embora o paciente com TB, tenha a febre associada;

• Dor no peito ou dor com respiração ou tosse;

• Falta de ar;

• Cansaço;

• Fadiga;

• Perda de apetite;

• Perda de peso involuntária;

• Rouquidão ou dor de garganta;

• Suor nocturno;

• Arrepios;
No começo da doença, podemos identificar alguns sintomas iniciais: febre (temperatura
corporal elevada), perda de peso inexplicada, suores nocturnos ou tosse persistente, que
pode variar de acordo com vários fatores. No entanto, estes sinais esintomas podem resultar
de outras doenças pulmonares, ou que afecte outros órgãos. Perante estes primeirossintomas
deve procurar o seumédico pneumologista (especialista em pneumologia) com urgência.
A tuberculose também pode afectar outras partes do corpo para além do pulmão.
Incluem-se os rins, coluna vertebral ou cérebro.
Denomina-se por tuberculose extrapulmonar quando a doença ocorre fora dos
pulmões, conforme veremos deseguida. Os sinais e sintomas na tuberculose extra-pulmonar
variam de acordo com a fisiopatologia do órgão envolvido.

2.2.3- Factores da tuberculose

O agente etiológico(agente causador) da tuberculose é o bacilo de koch(nome


científico da bactéria mycobacterium tuberculose), que se propaga de pessoas para pessoa
através de gotículas microscópicas liberadas para o ar, essas gotículas podem ser libertadas
para o ar quando alguém com forma activa de tuberculose não tratada, fala, espirra, ri ou
canta.

Embora a tuberculose seja uma doença contagiosa, a sua propagação (contagio de


outra pessoa) não é fácil de acontecer. A tuberculose é transmitida por pessoa com quem
mantém contacto diário (alguém com quem vive ou trabalha) mais facilmente.

A maioria das pessoas com tuberculose activa que teve tratamento adequado com
fármaco durante pelo menos duas semanas já não é contagiosa.

As pessoas com um sistema imunológico enfraquecido são mais sucessíveis de serem


infectadas, um sistema imunológico saudável muitas vezes consegue combater com sucesso
as bactérias da tuberculose. Algumas doenças podem enfraquecer o sistema imunológico,
como por exemplo, o número de casos de tuberculose vem aumentando drasticamente devido
á disseminação do HIV, o vírus que causa a SIDA. A infecção pelo VIH deprime o sistema
imunológico tornando mais difícil o combate contra as bactérias. Como resultado, as pessoas
com VIH são mais propensas a contrair tuberculose e a evoluir de doença lenta para activa do
que as pessoas que não estão infectadas pelo VIH (ANTÓNIO SANTOS OM 40936).

2.2.4- Principais factores de riscos da tuberculose


Diversos fatores podem comprometer a resposta imune e facilitar o adoecimento,
sendo os mais conhecidos: extremos de idade (neonatos e idosos), desnutrição, diabetes,
infecção pelo VIH, neoplasias, imunodepressão por uso de medicações (uso crónico de
corticóides, imunodepressores), tabagismo e etilismo (COURA, 2005; DYE et al., 2009;
COKER et al., 2006; FERREIRA et al., 2005).

Os fatores sociais merecem destaque, pois são determinantes para o adoecimento por
TB. Locais onde a população vive em graus extremos de pobreza e má nutrição apresentam
incidências elevadas de TB (DYE et al., 2009; COKER et al., 2006, GRANGE et al., 2009;
SANTOS et al., 2007).

Dentre os principais factores da tuberculose destacam-se os seguintes:

 Idade
Existem grandes diferenças na incidência da TB relacionadas à idade. Teoricamente,
estas disparidades podem ser atribuídas a diferenças no risco de infecção e no risco de
desenvolver doença após a da infecção. A tendência, normalmente observada, de aumento da
incidência da doença com o avanço na idade pode ser parcialmente explicada pelo aumento
cumulativo da prevalência da infecção tuberculosa. Os adolescentes e adultos jovens parecem
estar especialmente propensos à progressão da infecção latente para doença clínica
(COMSTOCK et al.,1974; STEAD; LOFGREN, 1983), semelhante as crianças com cerca de
10 anos de idade. Já as variações relacionadas com o estágio de maturidade não explicam o
aumento constante da incidência de TB em adultos até aos 60 anos de idade (STEAD;
LOFGREN, 1983).

Há diferença na distribuição etária da TB em diferentes partes do mundo. Em países


desenvolvidos a TB ocorre predominante nos indivíduos idosos relacionada a uma reactivação
da doença latente frente à imunossupressão causada pela idade. Em países menos
desenvolvidos a população mais acometida é de adultos jovens, reflectindo uma transmissão
recente (WHO, 2009). Em pacientes idosos a mortalidade é maior, associada principalmente
às dificuldades no diagnóstico precoce da doença e à presença de outras comorbidades
(VYNNYCKY; FINE, 1997).

 Sexo
De acordo com dados da OMS, a prevalência de TB é maior nos pacientes adultos do
sexo masculino (WHO, 2009). Em recente revisão, Neyrolles e Quintana-Murci (2009)
avaliaram as possibilidades desta preferência da doença em relação ao sexo. Dentro deste
contexto, não se pode ignorar outros prováveis fatores mais relacionados ao sexo masculino, e
que também interagem na infecção pelo M. tuberculosis como o abuso de álcool e tabaco, uso
de drogas e exposição ocupacional a agressores inalantes. Em alguns estudos, o sexo
masculino permaneceu como factor de risco independente para a doença no adulto, mesmo
quando ajustado para estas demais variáveis citadas, sugerindo a existência de outros fatores
específicos (NEYROLLES; QUINTANA-MURCI, 2009; FALAGAS et al., 2007;
BORGDORFF et al., 2000).

Uma provável explicação para esta maior prevalência pode estar relacionada às
variações hormonais entre os sexos. Primeiramente pela preferência da TB ao sexo masculino
ser evidenciada predominantemente nos adultos em idade reprodutiva. E após, pela
demonstração da interferência do sistema imune em resposta aos hormónios sexuais, sendo o
estrogénio conhecidamente um indutor de produção de interferon gama, ativação macrofágica
e maior produção de células “natural killer” (SHINDO et al., 2002).

Outro factor relacionado, ainda em fase de investigação, é a diferença sexo-específica


da arquitectura genética. Alguns estudos acharam provável correlação entre polimorfismos de
genes específicos e susceptibilidade à TB, incluindo um estudo brasileiro. Todavia, não foi
possível evidenciar um loco genético predominante de susceptibilidade, além de desprezarem
a grande variabilidade genética entre as diferentes regiões (MILLER et al., 2004).

Há ainda a variabilidade nutricional e constitucional entre os sexos. A deficiência de


ferro pode ser um factorprotector na TB, uma vez que ele é um nutriente primordial para o
desenvolvimento da microbactéria. A extrusão do ferro do vacúolo microbiano é relacionada
como um mecanismo da resposta imune inata (GOBIN et al., 1996; LOUIS; BOELAERT.,
1999). Em modelos animais o uso excessivo de ferro aumenta a susceptibilidade de infecção
pela microbactéria (GANGAIDZO et al., 2001).

Uma vez que mulheres em idade fértil de países subdesenvolvidos e em


desenvolvimento têm maior prevalência de deficiência de ferro em relação ao sexo masculino,
este seria um provável factorprotector. Além disso, a vitamina D tem relação já demonstrada
como cofactor imunitário antibacteriano, e é conhecido seu efeito sinérgico com o estradiol
(NASHOLD et al., 2009).

Por fim, a variabilidade constitucional entre os sexos, ainda em fase de especulação,


são as alterações anatómicas das vias aéreas superiores do sexo feminino, incluindo alterações
funcionais e histológicas que sofrem acção dos hormônios e da idade (HOLMES et al., 1998;
WILKINSON et al., 2000).

 Condições socioeconómicas
As condições socioeconómicas da população exposta têm sido associadas à incidência
da TB (DYE et al., 2009; ENARSON et al., 1989; CANTWELL et al., 1994). Apesar destas
análises se basearem em estudos ecológicos, tendo como base de análise os censos
populacionais (DYE et al., 2009; ENARSON et al., 1989) ou os códigos postais
(CANTWELL et al., 1994), as diferenças encontradas têm forte associação e torna provável
uma relação causal. As condições de baixo nível socioeconómico tendem a originar situações
habitacionais sobrelotadas, o que, por sua vez, com a ocorrência de um caso, propicia um
aumento na transmissão do bacilo, resultando numa maior prevalência da infecção
tuberculosa, com o respectivo aumento da incidência da doença (KUEMMERE;
COMSTOCK, 1967). A pobreza pode também reduzir o acesso aos serviços de saúde,
prolongando o período de transmissibilidade e aumentando o risco de infecção entre os seus
contactos (HINMAN et al., 1976).

Essa realidade é perceptível quando se avalia a diferença de incidência e óbitos


relacionados à TB entre países desenvolvidos e os em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.
Segundo dados da OMS, a Ásia é responsável por 55% e a África por 33% de todos os casos
mundiais; as Américas, Europa e regiões do leste mediterrâneo contribuem pelas menores
fracções destes valores. Na taxa de incidência, entre os 15 países com as mais elevadas taxas,
13 estão na África, fato este muito associado ao elevado número de pacientes vivendo com o
vírus do VIH.

Apesar de vários estudos reforçarem a associação entre e baixo nível socioeconómico,


em alguns tal associação não foi encontrada. Schoeman e colaboradores (1991), na África do
Sul, analisaram escolaridade, emprego e condições gerais de habitação, não encontrando
associação com TB (SCHOEMAN et al., 1991). Coetzee e colaboradores (2004), também na
África do Sul, não encontraram associação entre aglomeração e TB.

 Raça
Nos Estados Unidos, têm sido estudadas com especial cuidado as diferenças de risco
existentes entre as minorias étnicas. Com a disponibilidade desta informação, verificou-se que
estas comunidades apresentam uma incidência de TB maior do que a população de raça
branca não hispânica (RIEDER et al., 1989). A literatura tem mostrado resultados
contraditórios quanto à associação entre cor não branca e TB. Stead e Lofgren (1983)
encontraram um risco duas vezes maior para TB em adultos da raça negra do que em adultos
da raça branca.

No Brasil, além de número maior de negros, há também maior prevalência da doença


em indígenas (MARQUES et al., 2003). Hoge e colaboradores (1994), estudando crianças
escolares, não encontraram risco mais elevado para TB em crianças de raça negra. Isto leva a
pensar que o efeito da cor não branca sobre a TB não se deve totalmente às condições
socioeconómicas adversas. Parece haver um componente genético na cor não branca, além do
componente social, que acarreta um maior risco entre essas pessoas para TB (COOPER et al.,
1984).

Uma das possíveis explicações para o risco genético da cor é o fato de que,
historicamente, essas pessoas entraram em contacto com a doença TB posteriormente aos da
cor branca e, portanto, não teriam adquirido a mesma resistência (COOPER et al., 1984;
BASTA et al., 2006).

 Estado nutricional

Existem relatos de que o déficit nutricional afeta o sistema imunológico, e juntamente


com a deficiência de vitaminas e minerais elevam o risco do desenvolvimento da TB. Em
países europeus a mortalidade por TB aumentou rapidamente durante a Primeira Guerra
Mundial, e esta relação foi justificada pela queda acentuada de ingestão calórica
(STRACHAN; MAXWELL, 1995). Pessoas com baixo peso (índice de massa corpórea <
18,5 Kg/m²) têm um risco maior para TB comprovado em diversos estudos (GUPTA et al,
2009; ALBUQUERQUE et al., 2009; TVERDAL, 1986).

Recente artigo de revisão associou a obesidade ao maior risco de desenvolvimento de


infecções, principalmente virais e bacterianas. A regulação do sistema imunológico depende
de um estado nutricional adequado e a obesidade pode acarretar em maior risco de
desenvolvimento de doenças, entre elas, a tuberculose. Estudos com cobaias obesas
demonstraram redução resposta imunológica de células T, macrófagos e linfócitos B com
maior susceptibilidade a infecções (KARLSSON; BECK, 2010). Outro estudo, no entanto,
aponta a obesidade como um factor protector para TB em idosos (LEUNG et al., 2007).

A dieta vegetariana foi reconhecida como um factor de risco para a TB em um estudo


de caso-controle, no qual se identificou uma tendência aumentada no risco concomitante com
a diminuição do consumo de carne ou peixe. A maior probabilidade de risco foi encontrada
nos lactovegetarianos. Neste contexto, foi recomendado que suplementos de vitamina D
poderiam ser particularmente importantes em indivíduos com TB e pouco expostos a luz solar
(STRACHAN; MAXWELL, 1995). O metabólitoativo da vitamina D, a 1,25-hidroxivitamina
D3, estimula a maturação e activação dos monócitos e macrófagos humanos. Também já foi
demonstrada a sua actividade inibidora da multiplicação de bacilos virulentos nos macrófagos
(CROWLE et al., 1987). Foi levantada a hipótese de algumas das características dos casos de
TB entre imigrantes no Reino Unido (particularmente a frequência dos casos de TB
extrapulmonar) estarem relacionadas, parcialmente, com o deficit em vitamina D (DAVIES,
1985).

Outro factor importante relacionado ao estado nutricional e o desenvolvimento da TB,


é o relato recente da influência do nível de leptina para as manifestações da TB pulmonar
(BUYUKOGLAN et al., 2007). Leptina, também conhecida como proteína OB, é um
hormônio produzido principalmente por adipócitos, mas também expresso no hipotálamo,
ovário e placenta que regula a ingestão de alimentos e o gasto energético. Nos seres humanos,
os níveis circulantes de leptina são elevados na obesidade e são regulados pelo jejum,
alimentação e as mudanças de peso (AUWERX;STAELS., 1998; JANECKOVA, 2001;
MANTZOROS, 1999).

Além de exercer um papel na regulação do balanço energético, a leptina também


regula funções endócrinas e imunes (FAGGIIONIet al., 2002; MATAREZE, 2000). A relação
entre TB pulmonar e leptina não é completamente compreendido, entretanto, estudos têm
mostrado que os níveis de leptina são suprimidos em pacientes tuberculosos e que
provavelmente, os baixos níveis de leptina podem contribuir para o aumento da
susceptibilidade à infecção e recuperação de lesões em pacientes com sequelas da TB
(BUYUKOGLANet al., 2007).

 Hábitos de vida
Quantos aos hábitos de vida, podemos apresentar alguns hábitos muito comuns que
tem sido considerado como fatores que contribuem para o desenvolvimento e propagação da
tuberculose em diferentes pessoas, levando em conta o lugar e situação socioeconómicas
destas. Desta feita destacam-se os seguintes:
 Tabagismo
A relação entre tabagismo e TB é discutida há muito tempo, porém ainda controversa.
Dois estudos caso-controle realizados na Inglaterra avaliaram a relação entre o tabagismo e o
risco de TB (LOWE, 1956; EDWARDS, 1957) e evidenciaram que a probabilidade de se
adoecer com TB eleva com o aumento no número de cigarros fumados (EDWARDS, 1957).
Em Xangai outro estudo mostrou que a incidência de TB era maior em fumantes do que em
não fumantes, mesmo após ajuste para a idade, sexo, tipo de trabalho, história de contato e
zona de residência (YUet al., 1988).

Apesar desses vários relatos da associação entre TB e tabagismo, é difícil avaliar se


esta relação é aleatória ou tem um efeito causal. Em recente meta-análise os autores
encontraram forte evidência entre TB e tabagismo; moderada evidência para TB e exposição
secundária ao tabagismo (tabagismo passivo) e tabagismo e retratamento de TB; e baixa
evidência entre tabagismo e TB-infecção e mortalidade associada à doença. Não há dados
suficientes para afirmar que o tabagismo leve a um atraso no diagnóstico ou possa alterar a
positividade da baciloscopia ou ainda, ocasionar maior severidade e resistência das cepas nos
casos da doença (SLAMAet al., 2007).

 Etilismo
O abuso do álcool vem sendo considerado importante fator de risco para TB, uma vez
que alguns estudos mostraram uma forte associação entre uso abusivo de álcool (ou desordem
relacionada ao uso do álcool) e o desenvolvimento da TB (COKERet al., 2006; MENEZES et
al., 1998). Em alguns estudos o alcoolismo foi considerado o fator mais importante na
transmissão recente da doença (DIELet al., 2002; VERVERet al., 2004). Recente artigo de
revisão que avaliou a associação do consumo do álcool com TB, evidenciou forte associação
entre uso abusivo de álcool e TB com risco relativo estimado de 2,94 (REHMet al., 2009).

É conhecido o impacto do abuso de álcool sobre o sistema imune, o que pode, em


parte, justificar a maior incidência da doença nessa população. Além disso, há fatores sociais
e nutricionais envolvidos nessa correlação, o que altera não somente o risco para infecção,
mas também a resposta à terapêutica. Foi evidenciado que nessa população é maior o número
de abandono, multidroga resistência e toxicidade aos medicamentos. Baseado nesta revisão,
em torno de 10% dos casos de TB mundialmente são atribuídos ao uso de álcool (REHMet
al., 2009).

 Uso de drogas ilícitas


Uso de drogas ilícitas é fator importante na epidemiologia da TB em países
desenvolvidos e em desenvolvimento (PUNNOTOKet al., 2000; VAN RIE et al.,2005; VAN
DER WERFet al., 2006; MATTOSet al., 2006; VRIES; VANHEST, 2006; TRANet al., 2007.
Embora a incidência de TB em países industrializados tenha diminuído ao longo da última
década, a incidência da doença vem aumentando em populações urbanas, incluindo usuários
de drogas (VAN DER WERFet al., 2006).

O uso de drogas tem sido associado com uma maior prevalência de infecção latente
(MARKOWITZ et al., 1993; MATHUR; CLAUDHARY, 1996) e incidência de
TBativa(FRIEDMANet al., 1996; KEIZERet al., 2000), principalmente com o uso de drogas
injetáveis e derivados opióides (MATHUR; CLAUDHARY, 1996; WHO, 2008). Estudos in
vitro mostram o efeito deletério do uso de drogas ao sistema imune (WHO, 2008;
HALL;SOLOWH, 1998; NELSON et al., 1995).

Embora as implicações clínicas desses estudos permaneçam obscuras (KAPADIAet


al., 2005), o uso de drogas é frequentemente associado a uma série de fatores
epidemiológicos, incluindo o tabagismo, falta de moradia, uso abusivo de álcool e
encarceramento, que confere risco adicional de desenvolvimento da doença (NELSON et al.,
1995; DROBNIEWSKIet al., 2005). Juntos, esses fatores podem contribuir para a maior
propensão dos usuários de drogas ao desenvolvimento da TB (WANG et al., 2006;
HÉRNANDEZ-GARDUÑOet al., 2004).

A alta prevalência de TB latente e períodos mais longos de infectividade neste grupo


podem ainda contribuir para o aumento das taxas de transmissão da TB entre usuários de
drogas. Estudos envolvendo epidemiologia molecular da TB e busca de contatos demonstram
isolados que compartilham padrões idênticos, refletindo transmissão recente (CHIN et al.,
1998; FERNANDEZ DE LA HOZ et al., 2001; ALLAND et al., 1994).

Os efeitos fisiológicos do uso de drogas, juntamente com o meio ambiente e


comportamentos de risco dos usuários de drogas, podem contribuir para a alta prevalência de

TB entre usuários de drogas. Além do maior risco para aquisição da infecção, usuários de
drogas também respondem menos ao tratamento, com duração maior de positividade no
escarro e maior mortalidade associada à doença (DEISS et al., 2009).

 Fatores relacionados à imunidade do hospedeiro


HIV/AIDS
A infecção pelo HIV é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento da TB
descrito nas últimas décadas. A epidemia de AIDS facilitou o ressurgimento da TB, a partir da
década de 80, quando o início da epidemia de HIV/AIDS coincide com o aumento no número
de notificações dos casos de TB nos Estados Unidos e Europa, e a interação M. tuberculosis –
HIV foi considerada a principal causa (CANTWELL et al., 1994). Na África existe uma
sobreposição importante das duas doenças. Em alguns países o número de novos casos de TB
e AIDS é muito superior a outras partes do mundo (WHO, 2009).

Como foi demonstrado em um estudo europeu, o risco de TB em portadores do HIV


com reação tuberculínica igual ou superior a 5 mm, correlaciona-se com o número de
linfócitos CD4 (ANTONUCCI et al., 1995). De Cock e colaboradores (1992), revisaram a
relação existente entre grau de imunossupressão e manifestação da TB. No decurso da
infecção pelo HIV, a TB pulmonar é uma forma frequente, com o agravamento da
imunossupressão e, passam a ser mais frequentes as formas ganglionares e serosas (pleural,
peritoneal e pericárdica), seguidas pela TB meníngea. Com uma contagem muito baixa de
CD4, é frequente a TB disseminada (DE COCK et al., 1992).

 Secundária a uso de medicações

O uso de corticóides (dose equivalente a 15mg/dia ou mais de prednisona por 1 mês),


e antagonistas de factor de necrose tumoral (anti-TNF) é acompanhado por um aumento no
risco de TB activa (LIOTÉ, 2008; LONG; GARDAM, 2003). A administração de corticóides
em pacientes com TB latente exige observação e profilaxia, dada a possibilidade de ocorrer
reativação da doença (LIOTÉ, 2008; LONG, GARDAM, 2003).

Pacientes transplantados em uso de imunossupressores têm maior risco de evoluir com


TB e outras infecções por microbactérias. O efeito principal é o bloqueio a resposta imune e
celular efetiva ao controle da doença (GÓMEZ-REINO et al., 2007).

 Diabetes mellitus
A associação entre diabetes mellitus e TB vem sendo relatada há algumas décadas. Em
um estudo realizado nos anos 40, na Filadélfia, a incidência foi de 8,4% nos diabéticos e de
4,3% em trabalhadores industriais não diabéticos (BOUCOT et al., 1952). Na Suécia, Silwer e
Oscarsson (1958) diagnosticaram TB pulmonar em 3,4% dos seus diabéticos, e 0,88% num
grupo de controle da população geral. Depois de ajustado para a idade e o sexo, o risco
relativo estimado foi de 3,6. Opsahl e colaboradores (1961) encontraram uma incidência da
doença, entre os diabéticos, três vezes superior à da população geral.

A diabetes se correlaciona positivamente com o aumento do índice de massa corporal,


enquanto o risco de TB se correlaciona negativamente, conduzindo a uma potencial
subvalorização do risco de TB nos diabéticos, se não for feito o devido ajuste em relação ao
peso corporal (TVERDAL, 1986).
Recente estudo caso-controle realizado na Indonésia revelou forte associação entre
diabetes e TB, especialmente na população jovem e não obesa moradora da área urbana
(ALISJAHBANA et al., 2006). Outro autor evidenciou que em pacientes diabéticos há maior
proporção de formas atípicas da doença, porém com mortalidade semelhante à população
geral. Sugere-se que a diabetes mellitus deprima a resposta imunológica, que por sua vez,
facilita a infecção com M. tuberculosis ou progressão para doença sintomática (TATAR et
al., 2009).

 Silicose
Já foi reconhecido que a TB é frequente nos mineiros e nas pessoas com silicose
(BARBOZA et al., 2008; WATERNAUDE et al., 2006; MORGAN, 1979). Westerholm e
colaboradores (1986) mostraram que existe 30 vezes mais chance do desenvolvimento de TB
entre pessoas com silicose quando comparados a um grupo controle. Num longo estudo de
seguimento dos mineiros de ouro na África do Sul, o risco relativo para a TB foi de 2,8 para
homens com silicose, comparado com o de homens sem silicose. Cerca de 45% dos pacientes
com doença mais grave foram afetados pela TB, em 7 anos de seguimento, o que corresponde
a um risco anual de infecção de 6,3% (COWIE, 1994).

Desconhece-se o mecanismo exacto que leva a predisposição, entretanto a


possibilidade da inactivação aerofágica pela fagocitose dos cristais de sílica, bem como as
alterações funcionais e estruturais das vias aéreas, pode explicar tal associação (BARBOZA
et al., 2008).

 Doença renal crónica


Já foi demonstrado na literatura que pacientes com insuficiência renal crónica ou em
hemodiálise têm um risco aumentado de TB (ANDREW et al., 1980; BELCON et al., 1982).
Neste grupo de doentes estima-se que a incidência seja de 10 a 15 vezes superior à da
população em geral. A provável causa é a imunossupressão causada pela uremia, bem como
os déficits nutricionais como deficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo (LEE et al.,
2009; MITCHISON; ELLARD, 1980).

 Cirurgia gástrica

A gastrectomia tem sido associada a uma mortalidade elevada de TB. Os primeiros


relatos da associação de TB e cirurgia gástrica prévia surgiram nos pacientes pós-ressecção
gástrica por úlcera péptica (SNIDER JUNIOR, 1985). Este é um procedimento pouco
utilizado actualmente, porém as cirurgias bariátricas podem levar a risco semelhante
(YOKOYAMA et al., 2004). Poucos estudos avaliaram as causas para este aumento do risco,
sem dados concretos até o momento, entretanto acredita-se que esta associação esteja
vinculada ao déficit nutricional a que ficam expostos os pacientes submetidos aos
procedimentos.

Cuidados de enfermagem diante da tuberculose

 Melhora do padrão respiratório;


 Controle da dor;
 Nível de desconforto;
 Tolerância a atividade;
 Nível de Fadiga;
 Conservação de energia;
 Repouso;
 Resposta à ventilação mecânica;
 Estado respiratório: permeabilidade das vias aéreas;
 Controle de riscos comunitários: doenças contagiosas;

Monitoramento da resposta ao tratamento:

BAAR de escarro mensal: se BAAR positivo no final do segundo mês de tratamento ou se


voltar a positivar após negativação, solicitar cultura para teste de sensibilidade.

 Avaliação clínico-laboratorial mensal, focando evolução da doença e possíveis efeitos


colaterais.

2.2.5-Diagnóstico da tuberculose

O diagnóstico da tuberculose é sugerida pelas típicas características gerais por sinais e


sintomas localizados, a confirmação do diagnóstico que nem sempre é fácil, pois há
relativamente poucas microbactérias na lesão primária e estão englobadas no granulama.
Poucos casos de tuberculose primária têm um exame positivo de expetoração.

Durante o exame físico, o seu médico pneumologista (especialista em pneumologia)


irá verificar se os nódulos linfáticos estão aumentados. O médico, através de um estetoscópio,
irá auscultar atentamente os sons que os pulmões emitem, enquanto o doenterespira. A
ferramenta de diagnóstico mais frequentemente utilizada para a tuberculose é a prova de
Mantoux,embora os exames de sanguesejam comuns. Uma pequena quantidade deuma
substância chamada PPD tuberculina é injectada logo abaixo da pele do antebraço. Após 48 a
72 horas, uma enfermeira verificará o braço para avaliar a reação no local da injecção.
Enduração e elevação significam que provavelmente existirá uma infecção portuberculose. O
tamanho da reacção determina se os resultados do teste são significativos.

2.2.6-Tratamento da tuberculose

O tratamento deve ser iniciado, sem esperar pela confirmação bacteriológica. É


habitual começar com uma terapêutica quádrupla, incluindo isoniazida, rifampicina,
pirazinamida e etambutol. A estreptomicina não atravessa a barreira hemato-encefálica e não
é uma substância de primeira linha, na meningite tuberculosa. (BARBARA A. BANNISTER
E NORMAN T. BEGG, 2014, P.419)

Ainda nesta senda, Barbara A. Bannister e Norman T. Begg, (2014, p.419), afirmam
que a inflamação da granulomatosa da tuberculose causa facilmente lesões vasculares e
neurológicas especialmente se ocorrer fibrose. Portanto, devem ser administrados
corticosteroides, durante as primeiras duas a quatro semanas de tratamento. Uma dose típica
seria prednisolona, 40 mg por dia, durante os primeiros 7-14 dias e depois reduzindo a medida
que a febre for resolvendo. Os corticosteroides também podem auxiliar a melhoria, se
estiverem presentes anomalias neurológicas, quando tratamento for iniciado.

Desde que um tratamento antituberculoso eficaz seja administrado


concomitantemente, não tem efeitos adversos sobre a tuberculose. Os ensaios com
quimioterapia, em cursos de pequena duração, não foram completados para a meningite
tuberculosa. Habitualmente, o tratamento é prosseguido durante, pelo menos, um ano,
dependendo da rapidez e da eficácia da resposta.

O tratamento da tuberculose é um processo lento. Em média, a duraçãodo tratamento é


consideravelmente superior quando comparada comoutras infecções bacterianas ou infecções
víricas (por vírus).

Bannister e Begg, (2014, p.421), continuaram dizendo que, o tratamento antibiótico


deve ser administrado pelo menos entre seis a nove meses.
A selecção dos fármacos a usar, o tempo de tratamento e eventuais procedimentos dependem
da idade, das morbilidades, da possível resistência aos fármacos, da forma de tuberculose
(latente ou activa) e da localização da infecção no organismo. Se o diagnóstico for de
tuberculoselatente, talvez seja necessário tomar apenas um tipo de medicamento contra a
tuberculose. Na tuberculoseactiva, particularmente se estivermos perante uma estirpe
resistente, o doente deverá fazer a toma de vários tipos de fármacos (medicação) ao mesmo
tempo.

2.2.6.1.Medicamentos mais utilizados para o tratamento da tuberculose

Os medicamentos (ou fármacos) utilizados para tratar a tuberculose com maior


frequência são:
 Isoniazida;
 Rifampicina;
 Etambutol;
 Pirazinamida;
 Estreptomicina;
 Amicacina;
 Capreomicina
 Tobramicina;
 Ciprofloxacina
 Protionamida
 Claritromicina

De forma a simplificar o tratamento existe o coxcip 4, comprimido contendo dose fixa


combinada destes 4 fármacos. No entanto, este fármaco não está disponível em Portugal.
Existem casos em que a tuberculose émultirresistente aos “antibióticos habituais”. Nestes
casos, a tuberculose é uma doença grave, pois as bactérias desenvolveram resistência aos
“antibióticos habituais”, necessitando de uma combinação de antibióticos chamados
fluoroquinolonas e medicamentos injectáveis (injecção), como amicacina, kanamicina ou
capromicina. Geralmente, este tratamento medicamentoso é realizado durante 20 a 30 meses.
Uma série de novos medicamentos estão a ser analisados no tratamento da tuberculose
humana: Bedaquiline, Linezolide, …

2.2.7 Prevenção

O ministério da saúde ao longo dos anos implementou programas derastreio e


tratamento da tuberculose, essencialmente nos CDP (Centros de Diagnóstico Pneumológico).
O objectivo foi rastrear a população, de modo a diagnosticar precocemente a doença e
proceder ao seu tratamento atempado.
Este programa nacional de controlo da tuberculose conseguiu impedir que a
tuberculose se tornasse num grave problema de saúde pública, diminuindode forma
significativa os novos casos de infecções em Portugal. Neste momento 18% dos novos casos
são em indivíduos nascidos fora de Portugal. No nosso país, a epidemiologia da tuberculose
tem sido favorável, pois assistimos a uma redução do número de novos casos nos últimos
anos.
Em 2016 a taxa de incidência em Portugal foi de 18 / 100 000 habitantes. Deste
modo, desde Junho de 2016 que a vacina contra tuberculose (vacina BCG) deixou de fazer
parte do plano nacional de vacinação à nascença, ficando reservada, apenas, para alguns
grupos de risco. Uma forma eficaz de prevenção é o tratamento da tuberculose latente. O seu
médico pneumologista pode aconselhá-lo a tomar medicamentos para prevenir ou evitar a
tuberculose activa.
O único tipo de tuberculose contagiosa é a variedade activa, quando afecta os pulmões.
Uma forma de profilaxia da tuberculose consiste no tratamento da tuberculose latente
evitando que se torne activa e se transmita a outra pessoa. A tuberculose activa é contagiosa,
daí que o doente com tuberculose pulmonar deva tomar algumas medidas para evitar o
contágio de outros indivíduos.
Nas primeiras semanas de tratamento pode ser contagioso, por isso deve: Ficar em
casa. Não vá trabalhar ou à escola. Deve dormir num quarto sozinho durante as primeiras
semanas de tratamento da tuberculose activa; Ventilar os espaços.
Os germes de tuberculose disseminam-se mais facilmente em pequenos espaços
fechados onde o ar não circula. Se não estiver demasiado frio, abra as janelas; Usar uma
máscara cirúrgica quando estiver na presença de outras pessoas, principalmente nas primeiras
três semanas de tratamento.
CAPITULO III: METODOLOGIA DE ESTUDO

3.1- Tipo de estudo

Para a realização do nosso trabalho, usaremos o estudo descritivo transversal, e será


apresentada com uma abordagem quali-quantitativo. Segundo Silva e Menezes (2000), “a
pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou fenómeno
ou estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de
colecta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de
levantamento”.

3.2- Local de estudo:

O estudo será realizado no Centro de Saúde Ana Paula (Viana I) Iº Trimestre de 2023,
localizado município de Viana, bairro Viana I.

3.3- População em estudo


A população em estudo foi, os prontuários de todos os pacientes da Tisiologia do
Centro de Saúde Ana Paula. Desta feita, ao invés de seguir o parâmetro comum ou frequente
quanto a estruturação da recolha de dados, que consiste em citar primeiramente o universo da
pesquisa e posteriormente extraindo-se uma amostra a partir dela, nesta pesquisa, utilizou-se
os prontuários ao invés de pacientes. Logo, foi necessário recolher todos os prontuários dos
pacientes assistidos nesta área para permitir escolher a nossa amostra.

3.3.1. Amostra
Amostra é parte da população ou do universo seleccionada de acordo com uma regra
ou plano (NETEMO, 2021, p.39).

Para o nosso trabalho a amostra selecionada foi de 25 prontuários dos pacientes


assistidos na área da Tisiologia do Centro de Saúde Ana Paula (Viana I).

3.5: Critério de inclusão e de exclusão

Para o nosso estudo foram incluídos 25 prontuários dos pacientes assistidos na área da
tisiologia no Centro de Saúde Ana Paula (Viana I), somente da fase adulta, e não incluídos os
restantes prontuários que embora tenham alguns dados relacionados aos outros prontuários
também possuem dados que deviam interferir na nossa interpretação.

3.6- Procedimentos éticos

Apôs a aprovação do projeto de pesquisa a direcção do Instituto Técnico Privado de


Saúde Planalto Wetu dirigiu a carta de solicitação de pesquisa à direção do hospital Geral de
Luanda que foi alvo da nossa pesquisa para manter o anonimato no momento da pesquisa,
tivemos o cuidado de fazer a leitura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

3.7- Procedimento de recolha de dados

Os dados foram recolhidos através de ficha de recolha de dados (inquérito).

3.8- Processamento de dados

Após a recolha, os dados foram processados no programa informático, Windows,


utilizando Microsoft Word para a elaboração do texto, Microsoft Excel para a elaboração das
tabelas e o Microsoft Power Point para apresentação dos resultados em forma de tabela.

3.9- Principais variáveis


De acordo com Vianello (2011), outro método de estudo é a definição das variáveis a
serem investigadas. Definidas com clareza e de modo operacional, essas variáveis descrevem
as características daquilo que se deseja medir. Variáveis são classificadas em duas que são,
dependentes e independentes.

3.9.1- Variável dependente


 A variável dependente do nosso trabalho foi a prevalência da tuberculose.

CAPÍTULO IV. APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS


RESULTADOS DO TRABALHO DE PESQUISA

Tabela nº 1. Distribuição das amostras quanto as idades.

Distribuição de amostra
de acordo com a idade Fr %
21 – 25 7 28
26 – 30 4 16
31 – 35 7 28
36 – 40 4 16
41– 45 1 4
46 – 50 1 4
52 1 4
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquerito.

Interpretação: Distribuição de amostra de acordo com a idade, pode se constatar os seguintes


resultados:

 As idades foram distribuidas num intervalo de 5, dentre estas apresentam-se as


seguintes, de 21-25, com a frequencia de 7, e perfazendo a percentagem de 28%.
 De seguida o intervalo de 26-30, com a frequência de 4, e a percentagem de 16%.
 Continuando, o intervalo de 31-35, com a frequência de 7, e a percentagem de 28%.
 E o intervalo de 36-40, com a frequência de 4, e a percentagem de 16%.
 E o intervalo de 41-45, com a frequência de 1, e a percentagem de 4%.
 O intervalo de 46-50, com a frequência de 1, e a percentagem 4%.
 E por ultimo, a idade registrada foi 52, com a frequência de 1 e a percentagem de
4%

Logo, podemos constatar que de acordo com a idade os intervalos que apresentaram maior
frequência foram os seguintes:

 O intervalo de 21-25, apresentando a frequência de 7, e a percentagem de 28%.


 O intervalo de 31-35, apresentando a frequência de 7, e a percentagem de 28%.

Tabela nº2. Distribuição das amostras quanto ao gênero:

Distribuição de amostra
de acordo com genero fr %

Masculino 13 52%
Femenino 12 48%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquerito.

Interpretação: Distribuição de amostra de acordo com o gênero, pode se constatar os


seguintes resultados:

 Os gêneros foram distribuidos por Masculino e Femenino, dentre estas apresenta-se o


gênero Masculino, com a frequencia de 13, e perfazendo a percentagem de 52%.
 De seguida o gênero Femenino, com a frequência de 12, e a percentagem de 48%.

Logo, podemos constatar que de acordo com o gênero, o gênero que apresenta a maior
frequência foi o seguinte:

 O gênero Masculino, apresentando a frequência de 13, e a percentagem de 52%.


Tabela nº3. Distribuição das amostras quanto ao estado cívil.

Destruição da amostra
de acordo com o estado Fr %
civil
Solteiro 21 84%
Casados 4 16%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: Distribuição de amostra de acordo com o estado cívil, pode se constatar os


seguintes resultados:

 Os estados cívis foram distribuidos por Solteiros e Casados, dentre estas apresenta-se
o estado cívil Soltero, com a frequencia de 21, e perfazendo a percentagem de 84%.
 De seguida o estado cívil Casado, com a frequência de 4, e a percentagem de 16%.

Logo, podemos constatar que de acordo com o estado cívil, o que apresenta a maior
frequência foi o seguinte:

 O estado cívil, apresentando a frequência de 21, e a percentagem de 84%.


Tabela nº4. Distribuição das amostras de acordo com a situação financeira.

Distribuição da amostra
de acordo com a situação Fr %
financeira
Boa 7 28%
Má 18 72%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito

Interpretação: Distribuição de amostra de acordo com a situação financeira, pode se


constatar os seguintes resultados:

 As situações financeiras foram distribuidos por Boa e Má, dentre estas apresenta-se a
situação financeira Boa, com a frequência de 7, e perfazendo a percentagem de 28%.
 De seguida a situação financeira má, com a frequência de 18, e a percentagem de
72%.

Logo, podemos constatar que de acordo com a situação financeira, o que apresenta a maior
frequência foi o seguinte:

 A situação financeira má, apresentando a frequência de 18, e a percentagem de 72%.


Tabela nº5. Distribuição das amostras quanto a morada.

Distribuição das amostra


de acordo com a morada Fr %
Vila de viana 8 32%
Ponte partida 2 8%
11 de Novembro 1 4%
Sanzala 4 16%
Luanda Sul 6 24%
Vila Nova 1 4%
4 de Abril 1 4%
Boa Esperança 2 8%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito.

Interpretação: Distribuição de amostra de acordo com a morada, pode se constatar os


seguintes resultados:

 As moradas foram distribuidas pelos seguintes bairros, Vila de Viana, Ponte Partida,
11 de Novembro, Sanzala, Luanda Sul, Vila Nova, 4 de Abril e Boa Esperança,
dentre estas, Vila de Viana, corresponde a frequencia de 8, e perfazendo a
percentagem de 32%.
 De seguida Ponte Partida, com a frequência de 2, e a percentagem de 8%.
 Continuando, 11 de Novembro, com a frequência de 1, e a percentagem de 4%.
 E Sanzala, com a frequência de 4, e a percentagem de 16%.
 E Luanda Sul, com a frequência de 6, e a percentagem de 24%.
 Vila Nova, com a frequência de 1, e a percentagem 4%.
 4 de Abril, com a frequência de 1 e a percentagem de 4%.
 E por último, Boa Esperança com a frequência de 2, e a percentagem de 8%.

Logo, podemos constatar que de acordo com a morada o bairro que apresentou a maior
frequência foram os seguintes:

 Vila de Viana, apresentando a frequência de 8, e a percentagem de 32%.


 Luanda Sul, apresentando a frequência de 6, e a percentagem de 24%.

Tabela nº 6. Distribuição das amostras quanto aos principais factores de rísco.

Distribuição das amotras


de acordo com os Fr %
principais factores de
risco
Estado Nutricional 0 0%
Hábitos de Vida 17 68%
Doenças sistêmicas 0 0%
Imunidade do hospedeiro 0 0%

Condições 8 32%
socioeconómicas
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito.

Interpretação: Distribuição de amostra quanto aos principais factores de risco, pode se


constatar os seguintes resultados:

 Os principais factores de risco foram distribuidos pelos seguintes factores de riscos,


Estado Nuticional, Hábitos de Vida, Doenças Sistêmaticas, Imunidade do hospedeiro
e Condições Socioeconómias, dentre estas, Estado nutricional, corresponde a
frequencia de 0, e perfazendo a percentagem de 0%.
 De seguida temos os hábitos de vida, com a frequência de 17, e a percentagem de
68%.
 Continuando, doenças sistêmicas, com a frequência de 0, e a percentagem de 0%.
 E Imunidade do hospedeiro, com a frequência de 0, e a percentagem de 0%.
 E por último, condições socioecónomicas com a frequência de 8, e a percentagem de
32%.

Logo, podemos constatar que de acordo com os principais factores de risco, os factores de
risco que apresentram as maiores frequências foram os seguintes:

 Hábitos de vida, apresentando a frequência de 17, e a percentagem de 68%.


 Condições socioecónomicas, apresentando a frequência de 8, e a percentagem de
32%.

Tabela nº 7. Distribuição das amostras quanto aos tipos de diagnósticos da tubercuose

Distribuição da amostra
quanto aos tipos de diagó Fr %
stico da tuberculose
Radiografia do tórax 10 40%
Cultura ecoloração álcool- 0 0%
ácido resistente
Teste cutânio 0 0%
tuberculinico(TCT)
Ensaio de liberação de 0 0%
gama interferon(IGRA)
Teste de amplificação de 0 0%
ácido nucleico(NAAT)
Exame de escarros 15 60%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito.

Interpretação: Distribuição de amostra quanto aos tipos de diagnósticos da tuberculose, pode


se constatar os seguintes resultados:

 Os tipos de diagnóstico da tuberculose foram distribuidos da seguinte maneira,


Radiografia do toráx, Cultura ecoloração álcool-ácido resistente, Teste cutâneo
tuberculinico(TCT), Ensaio de libertação de gama interfeon(IGRA), Teste de
amplificação de ácido nucleico(NAAT), Exame de escarro, dentre estas, Radiografia
do toráx, corresponde a frequencia de 10, e perfazendo a percentagem de 40%.
 De seguida temos Cultura ecoloração álcool-ácido resistente, com a frequência de 0,
e a percentagem de 0%.
 E Teste cutâneo tuberculinico(TCT), com a frequência 0, e a percentagem 0%.
 Continuando, Ensaio de liberação de gama interferon(IGRA) , com a frequência de 0,
e a percentagem de 0%.
 E Teste de amplificação de ácido nucleico(NAAT), com a frequência de 0, e a
percentagem de 0%.
 E por último, Exame de escarros com a frequência de 15, e a percentagem de 60%.

Logo, podemos constatar que de acordo com os tipos de diagnóstico da tuberculose, os tipos
que apresentram as maiores frequências foram os seguintes:

 Radiografia do toráx, apresentando a frequência de 10, e a percentagem de 40%.


 Exame de escarro, apresentando a frequência de 15, e a percentagem de 60%.
Tabela nº8. Distruição das amostras quanto as complicações da tuberculose.

Distribuição das Fr %
amostras quanto as
complicações da
tuberculose
Dor lombar e rigidez 5 20%
muscular.
Problemas hepaticos 2 8%
renais.
Colapso do pulmão e 5 20%
acumulo de puiz na pleura
Dispneia ,tacpneia. 3 12%
Desnutrição severa. 10 40%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquérito.

Interpretação: Distribuição de amostra quanto as complicações da tuberculose, pode se


constatar os seguintes resultados:

 As complicações da tuberculose foram distribuidas da seguinte maneira, Dor lombar


e rigidez muscular, Problemas hepaticos renais, Colapso do pulmão e acumulo de
puiz na pleura, Dispneia e tacpneia, Desnutrição severa, dentre estas, Dor lombar,
corresponde a frequencia de 5, e perfazendo a percentagem de 20%.
 De seguida temos Problemas hepaticos renais, com a frequência de 2, e a
percentagem de 8%.
 Continuando, Colapso do pulmão e acumulo de puiz na pleura, com a frequência de
5, e a percentagem de 20%.
 E Dispneia e tacpneia, com a frequência de 3, e a percentagem de 12%.
 E por último, Desnutrição severa, com a frequência de 10, e a percentagem de 40%.

Logo, podemos constatar que de acordo com os tipos de diagnóstico da tuberculose, os tipos
que apresentram as maiores frequências foram os seguintes:

 Dor lombar e rigidez muscular, apresentando a frequência de 5, e a percentagem de


20%.
 Colapso do pulmão e acumulo de puiz na pleura, apresentando a frequência de 5, e a
percentagem de 20%.
 E Desnutrição severa, apresentando a frequência de 10, e a percentagem de 20%.
Tabela nº9. Distribuição das amostras de acordo com a Prevalência da tubercuose.

Distribuição das
amostras de acordo com Fr %
a prevalencia da
tuberculose
Casos novos 8 32%
Casos antigos 17 68%
Total 25 100%
Fonte: Ficha de inquerito.

Interpretação: Distribuição de amostra quanto a prevalência da tuberculose, pode se


constatar os seguintes resultados:

 A prevalência da tuberculose foi distribuida da seguinte forma, Casos novos e Casos


antigos, dentre estas, Casos novos, corresponde a frequência de 8, e perfazendo a
percentagem de 32%.
 De seguida temos os Casos antigos, com a frequência de 17, e a percentagem de
68%.

Logo, podemos constatar que de acordo com a prevalência, a prevalência que apresentram a
maior frequência foi a seguinte:

 Casos antigos, apresentando a frequência de 17, e a percentagem de 68%.

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