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INSTITUTO MEDIO POLITECNICO SÃO JOÃO

PATOLOGIA NA GRAVIDEZ

TEMA: TUBERCULOSE

4º GRUPO

DISCENTES: DOCENTE:

Fátima Felismino Nº 13 Elsa Victor

Florinda Frank Nº 15

Ivone Eduardo Nº 20

Nersa Eugénio Nº 25

Nenita Francisco Tomas Nº 26

Sónia Almeida Rajabo Nº 30

Lichinga, Novembro de 2023


Índice
Introdução............................................................................................................................. 3
Tuberculose...........................................................................................................................4
Quadro clinico.......................................................................................................................4
Diagnostico........................................................................................................................... 5
Complicações da tuberculose................................................................................................6
Conduta de Enfermagem da Tuberculose:.............................................................................7
Tratamento da tuberculose.................................................................................................... 7
Conclusão..............................................................................................................................9
Bibliografia......................................................................................................................... 10
Introdução
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis. Embora seja uma doença que tem afligido a humanidade há milênios, a
tuberculose ainda é um problema significativo de saúde pública em todo o mundo. Neste
trabalho, exploraremos em detalhes o conceito da tuberculose, o quadro clínico da doença,
métodos de diagnóstico, possíveis complicações, a conduta de enfermagem, as estratégias
de tratamento e, por fim, uma conclusão que destaca a importância contínua de combater
essa doença.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis. Ela afeta principalmente os pulmões, mas pode se manifestar em outros
órgãos, levando a uma ampla gama de manifestações clínicas. A tuberculose é transmitida
de pessoa para pessoa por via aérea, quando indivíduos infectados tossem, espirram ou
falam, liberando partículas que contêm a bactéria no ambiente. Essa doença é uma ameaça
global à saúde pública e é caracterizada por sintomas como tosse persistente, febre
vespertina, suores noturnos, perda de peso e fraqueza. O diagnóstico envolve avaliação
clínica, testes de escarro, radiografias de tórax e cultura bacteriana. A tuberculose requer
tratamento com antibióticos por um período prolongado para erradicar a infecção.

Organização Mundial da Saúde (OMS): A OMS define a tuberculose como uma doença
infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Ela é transmitida de pessoa
para pessoa através do ar e afeta principalmente os pulmões, mas também pode se
manifestar em outros órgãos.

Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC): Segundo os CDC, a tuberculose é


uma infecção bacteriana contagiosa que pode afetar qualquer parte do corpo, mas que mais
comumente ataca os pulmões. É uma doença séria que pode ser fatal se não for tratada
adequadamente.

Ministério da Saúde (Brasil): O Ministério da Saúde do Brasil define a tuberculose como


uma doença infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, causada pelo
Mycobacterium tuberculosis. Ela é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar, quando
indivíduos infectados tossem, espirram ou falam.

Dicionário Médico: Em termos médicos, a tuberculose é definida como uma infecção


bacteriana crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta os pulmões, mas
também pode se manifestar em outras partes do corpo. Ela é caracterizada por sintomas
como tosse crônica e debilitação geral.

Quadro clinico
A tuberculose pode apresentar uma variedade de manifestações clínicas, que podem variar
com base no estado imunológico do paciente, na forma da doença e na presença de outras
condições médicas. Abaixo estão vários quadros clínicos possíveis da tuberculose:
Tuberculose Pulmonar Clássica: A forma mais comum da tuberculose é a tuberculose
pulmonar, que se manifesta com sintomas como tosse crônica, febre, suores noturnos, perda
de peso e fraqueza. Os pacientes podem ter tosse produtiva com escarro contendo sangue.

Tuberculose Pulmonar Assintomática: Alguns pacientes com tuberculose pulmonar


podem ser assintomáticos, o que significa que não apresentam sintomas evidentes, mas
ainda são portadores da infecção. Isso é mais comum em pessoas com sistema imunológico
forte.

Tuberculose Extrapulmonar: Além dos pulmões, a tuberculose pode afetar outros órgãos,
levando a uma variedade de sintomas, dependendo do órgão afetado. Por exemplo, a
tuberculose óssea pode causar dor nas articulações, enquanto a tuberculose meníngea pode
levar a dores de cabeça, rigidez no pescoço e confusão.

Tuberculose Disseminada (Miliar): Em casos raros, a tuberculose pode se disseminar por


todo o corpo, levando a uma ampla gama de sintomas, incluindo febre, sudorese profusa,
falta de ar e fraqueza.

Tuberculose Multirresistente (MDR-TB) e Extensivamente Resistente (XDR-TB):** Em


situações em que o tratamento não é adequado ou é interrompido, a tuberculose pode
desenvolver resistência aos medicamentos. MDR-TB e XDR-TB são formas resistentes da
doença que são difíceis de tratar, exigindo medicamentos de segunda linha e prolongando o
tratamento.

Diagnostico
O diagnóstico da tuberculose envolve uma combinação de métodos clínicos, radiológicos e
laboratoriais para confirmar a presença da infecção. Aqui estão vários métodos de
diagnóstico da tuberculose:

Teste de Escarro: Um dos métodos mais comuns é o teste de escarro. O paciente é


solicitado a tossir e expelir escarro, que é examinado para a presença da bactéria
Mycobacterium tuberculosis. Este teste é frequentemente realizado quando há sintomas
respiratórios.
Radiografia de Tórax: As radiografias de tórax podem mostrar anormalidades nos
pulmões, como cavidades, infiltrados ou lesões que sugerem tuberculose pulmonar. Isso é
uma parte importante do diagnóstico, especialmente em conjunto com outros testes.

Testes de Tuberculose Latente: Testes como o Teste Tuberculínico (Mantoux) e o Teste


de Liberação de Interferon-Gama (IGRA) são usados para identificar a tuberculose latente,
na qual a bactéria está presente, mas o paciente não apresenta sintomas ativos.

Biologia Molecular (PCR): A reação em cadeia da polimerase (PCR) pode detectar o DNA
da Mycobacterium tuberculosis no escarro ou em outros espécimes. É uma técnica sensível
e específica.

Cultura Bacteriana: A cultura bacteriana envolve o crescimento das bactérias em meios


de cultura especializados. Isso permite a confirmação da presença da bactéria e a
determinação da sensibilidade aos antibióticos.

Complicações da tuberculose
A tuberculose, quando não tratada adequadamente, pode levar a várias complicações,
algumas das quais podem ser graves. Aqui estão algumas das complicações mais comuns
da tuberculose:

Disseminação da Infecção: A tuberculose não tratada pode se disseminar de um órgão


para outro, levando a uma forma mais grave da doença conhecida como tuberculose miliar.
Isso ocorre quando as bactérias se espalham pelo corpo através da corrente sanguínea,
afetando diversos órgãos.

Insuficiência Pulmonar: Em casos graves de tuberculose pulmonar, a função pulmonar


pode ser prejudicada, levando à insuficiência respiratória. Isso pode exigir suporte
respiratório, como ventilação mecânica.

Abscessos Pulmonares: A tuberculose pode causar a formação de abscessos nos pulmões,


que são coleções de pus. Essas cavidades podem romper, levando a complicações
adicionais.

Tuberculose Extrapulmonar: Em algumas situações, a tuberculose pode afetar órgãos


fora dos pulmões, como os rins, ossos, articulações, cérebro e meninges. As complicações
variam de acordo com o órgão afetado e podem incluir insuficiência renal, danos
articulares, meningite tuberculosa e outros problemas.

Tuberculose Multirresistente (MDR-TB) e Extensivamente Resistente (XDR-TB): A


resistência a medicamentos é uma complicação significativa. Quando os pacientes não
aderem ao tratamento ou recebem tratamento inadequado, as bactérias podem desenvolver
resistência a medicamentos. MDR-TB e XDR-TB são formas resistentes da doença que são
difíceis de tratar e podem levar a complicações graves.

Síndrome de Lise Tumoral: Esta é uma complicação rara que pode ocorrer durante o
tratamento da tuberculose com terapia medicamentosa. Ela envolve a rápida destruição de
células bacterianas, liberando substâncias tóxicas na corrente sanguínea.

Cirrose Hepática Tuberculosa: A tuberculose hepática é uma complicação rara que pode
levar à cirrose hepática. Isso pode resultar em disfunção hepática e problemas relacionados,
como ascite e encefalopatia hepática.

Lesões do Sistema Nervoso Central: A tuberculose pode afetar o sistema nervoso central,
levando a meningite tuberculosa, que é uma inflamação das membranas que cobrem o
cérebro e a medula espinhal. Isso pode resultar em danos neurológicos graves.

Conduta de Enfermagem da Tuberculose:


Os enfermeiros desempenham um papel vital no cuidado de pacientes com tuberculose.
Isso inclui educação sobre a prevenção da transmissão, administração de medicamentos sob
supervisão, monitoramento de efeitos colaterais, incentivo à adesão ao tratamento e
fornecimento de apoio emocional durante todo o tratamento. Os enfermeiros desempenham
um papel crítico na prevenção de surtos e na garantia do tratamento eficaz da tuberculose.

Tratamento da tuberculose
O tratamento da tuberculose envolve um regime de medicamentos antimicrobianos
específicos para combater a infecção bacteriana causada pela Mycobacterium tuberculosis.
Os regimes de tratamento podem variar com base na forma da doença, na resistência a
medicamentos e na resposta do paciente.

Tratamento Padrão para Tuberculose Sensível a Medicamentos (TB-SM): O


tratamento padrão para a tuberculose envolve a administração de uma combinação de
antibióticos, como isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Esses medicamentos
são geralmente tomados diariamente por um período mínimo de 6 a 9 meses.

Tratamento para Tuberculose Latente: Para pacientes com tuberculose latente, o


tratamento pode envolver a administração de isoniazida sozinha por um período de 6 a 9
meses. Isso ajuda a prevenir a progressão para tuberculose ativa.

Tratamento para Tuberculose Multirresistente (MDR-TB): MDR-TB é resistente a pelo


menos isoniazida e rifampicina, os dois principais medicamentos usados no tratamento
padrão. O tratamento de MDR-TB é mais complexo e envolve a combinação de
medicamentos de segunda linha, que têm mais efeitos colaterais e um período de tratamento
mais longo, geralmente de 18 a 24 meses.

Tratamento para Tuberculose Extensivamente Resistente (XDR-TB): XDR-TB é ainda


mais resistente e difícil de tratar. O tratamento geralmente envolve uma combinação de
medicamentos de segunda linha menos eficazes, e o prognóstico é frequentemente
desfavorável.

Tratamento de Tuberculose Extralumonar: O tratamento de formas extrapulmonares de


tuberculose pode variar com base na localização da infecção. Por exemplo, a tuberculose
óssea pode exigir cirurgia para drenagem de abscessos e o uso de medicamentos
antibióticos.
Conclusão
A tuberculose permanece como um desafio constante para a saúde global. É uma doença de
importância histórica e atual que afeta milhões de pessoas a cada ano. No entanto, avanços
na prevenção, diagnóstico e tratamento continuam a ser feitos. É essencial que os esforços
de controle da tuberculose sejam ampliados e que sejam tomadas medidas para prevenir a
propagação da doença e garantir o tratamento adequado de todos os pacientes. À medida
que pesquisadores e profissionais de saúde trabalham juntos, podemos esperar uma
melhoria significativa na luta contra a tuberculose e uma redução na sua incidência em todo
o mundo.
Bibliografia
1. World Health Organization (WHO). Tuberculosis. Available in:
www.who.int/tb/publications/global_report/en/index.html.

2. II Consenso Brasileiro de tuberculose. Diretrizes Brasileiras para tuberculose 2004.


Jornal Brasileiro de Pneumologia 2004;30(1):1-56.

3. Mandell GL, Bennett JE, Dolin R. Mandell’s principles and practice of infectious
diseases. 6. ed. Elsevier, 2005.

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