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Epidemiologia e Patologias: Tuberculose

Alexandre Maciel do Carmo


Sala:Enf 32
Basta o doente tossir, bocejar, espirrar ou mesmo cantar para que o ar ao seu redor se
encha da bactéria causadora da tuberculose, Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch
consegue viver até 24 horas suspenso no ar antes de entrar no pulmão de alguém,
abalando o infectado até sua morte caso não seja tratado.
Agora que já sabemos da facilidade na transmissão da mesma, iremos abordar outros
aspectos da doença, e após, o fator epidemiológico (como se encontra o quadro desta
doença atualmente no mundo ao nosso redor, na prática).

Bacilo da Tuberculose: bacilo de Koch, é uma espécie de bactéria patogênica do gênero


Mycobacterium e o agente causador da maioria dos casos de tuberculose (TB).
Descoberta pela primeira vez em 1882 por Robert Koch, M. tuberculosis tem uma camada
incomum de cera em sua superfície celular (principalmente ácido micólico), o que torna as
células impermeáveis à coloração de Gram. Técnicas de detecção de ácido-resistência são
usadas. A fisiologia do M. tuberculosis é altamente aeróbica e exige elevados níveis de
oxigênio. Principalmente um agente patogênico do sistema respiratório de mamíferos, MTB
infecta os pulmões. Os métodos de diagnóstico mais utilizados para a tuberculose são o
teste tuberculínico, baciloscopia do escarro (técnica de Ziehl-Neelsen) e radiografias do
tórax

Tipos de Tuberculose: A tuberculose pulmonar e a extrapulmonar, “A diferença é que a


pulmonar afeta os pulmões, enquanto a extrapulmonar também atinge outros locais, como
pleura, gânglios, meninges, intestino e sistema osteoarticular.

Sintomas: Os principais sintomas são tosse (que pode ser acompanhada de sangue), febre,
emagrecimento, perda de apetite e sudorese noturna, porém complicações causadas pela
mesma com o tempo acaba por ampliar a área dos sintomas (extrapulmonar) com dores
nos órgãos afetados pelo bacilo de koch.

Diagnóstico: O exame de escarro auxilia a equipe hospitalar na identificação, o material é


avaliado em laboratórios. Em 2019, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o teste
rápido molecular (TRM-TB), que é realizado da mesma forma, mas dá o resultado em cerca
de duas horas, após isso, inicia-se o tratamento medicamentoso com dois meses de
rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Todas essas substâncias são combinadas
em apenas um comprimido, que é ingerido diariamente Em sequência, são receitados
apenas rifampicina e isoniazida durante quatro meses.

A vacina do bacilo Calmette–Guérin (BCG): é a vacina usada na prevenção da tuberculose


em países onde a tuberculose ou a lepra são comuns, é recomendada a administração de
uma dose em bebês saudáveis o mais cedo possível após o nascimento, com o é feito aqui
no Brasil.

Tuberculose no passado: Desde o século XIX, o tratamento higieno-dietético prevaleceu


como terapêutica para a tuberculose, ou seja, acreditava-se que a cura do doente acontecia
quando se dispunha de boa alimentação, repouso e podia-se viver no clima das montanhas,
este último considerado um fator fundamental no tratamento.
Epidemiologia: A tuberculose ainda é um grande problema de saúde pública e vem
preocupando autoridades da área de saúde. Embora a taxa de incidência venha diminuindo,
a mortalidade ainda é muito alta, principalmente nos casos de tuberculose/ HIV. A
tuberculose está diretamente relacionada a determinantes sociais, fato que vem envolvendo
os governos com ações intersetoriais para a redução da vulnerabilidade em saúde da
população. No Brasil, 57 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo, com 71 mil casos
novos em 2010 e uma incidência de 37,2/100.000 habitantes. O número de casos em
homens é o dobro daquele em mulheres. Populações vulneráveis e vivendo em grandes
cidades apresentam taxas de incidência maiores do que a média da população geral.
Chama a atenção a população carcerária, com taxas 25 vezes maiores que a população
geral, os portadores de HIV/AIDS, com taxas 30 vezes maiores, e indivíduos vivendo em
ruas, com taxas 67 vezes maiores.
Bibliografia:

(Tuberculose: a calamidade negligenciada)


https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/H8k7CjYqqxXbVJYwptQmwpb/?format=pdf&lang=pt
Epidemiology of Tuberculosis
http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2012/
n_01/02.pdf
Tuberculose entre 2007 e 2016:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/casos-confirmados-de-tuberculose
Tuberculose, informações extras:
https://super.abril.com.br/saude/o-mal-dos-seculos-a-tuberculose/
Veja Saúde:
https://saude.abril.com.br/medicina/tuberculose-o-que-e-sintomas-tipos-tratamentos-e-
como-e-a-transmissao/
Plural Planos saúde:https://www.pluralsaude.com.br/dicas-e-noticias/dia-mundial-da-
tuberculose-o-que-podemos-aprender-com-ele/

(Grupo Alexandre e Katielly)

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