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Universidade Lurio

Lic. Em Enfermagem Geral


Cadeira de Clínica Médica

Elementos do grupo: Doenças provocadas


1. Crimilde Pedro Nhamoneque
por bactérias
2. Cristiana Basilio Felizardo

3. Ezequiel Abilio

4. Flora José Vinte

5. Justino Juliano Salimo


Docente:
6. Maria Lurdes Lopes Mussa Alícia Borrero Fernandez

7. Olga António Jorge


Epidemiologia

As doenças bacterianas são causadas por diferentes tipos de bactérias e podem


ser transmitidas de várias maneiras, incluindo contacto directo, ingestão de
alimentos ou água contaminados e picadas de insectos.

O tratamento depende da bactéria envolvida, mas geralmente envolve


antibióticos prescritos por um médico. A escolha do antibiótico depende da
sensibilidade da bactéria ao medicamento.
Meningite bacteriana

Segundo Dias, Felipe Moreira; s.af (2007) A meningite bacteriana é uma

inflamação das leptomeninges que envolvem o Sistema Nervoso Central. Essa

patologia, que possui diversos agentes etiológicos, apresenta-se na forma de

síndrome, com quadro clínico grave. Entre as principais bactérias que causam a

meningite, estão a Neisseria meningitis e Streptococcus pneumoniae.


• A transmissão ocorre através das vias aéreas por meio de gotículas, sendo a
corrente sanguínea a principal rota para as bactérias chegarem à barreira
hematoencefálica e, a partir dessa, até as meninges.

• Atualmente existem vários métodos de diagnóstico preciso, onde a cultura de


líquido cefalorraquidiano (LCR) é o método padrão ouro.

• Ademais, a melhora na qualidade do tratamento com beta-lactâmicos e a maior


possibilidade de prevenção, devido à elevação do número e da eficácia de vacinas,
vem contribuindo para redução dos casos da doença e de sua gravidade. Porém,
apesar desses avanços, ainda há um elevado número de mortalidades e sequelas
Características de meningite bacteriana

Nos países em desenvolvimento, as meningites bacterianas caracterizam um grave


problema de saúde pública, por sua alta mortalidade, alta prevalência (especialmente em
crianças) e seqüelas muitas vezes irreversíveis. Tais características exigem um profundo
conhecimento de sua fisiopatologia e identificação de sinais e sintomas precoces para que
o diagnóstico e tratamento melhorem este panorama (CAMPÉAS; CAMPÉAS, 2003).
Qualquer bactéria pode causar meningite bacteriana, porém avaliações mostram que os
maiores responsáveis pelas meningites bacterianas são Haemophilus influenzae,
Streptococus pneumoniae e Neisseria meningitidis. Na seqüência, tem-se estreptococo do
grupo B e a Listeria monocytogenes. Agentes como enterobactérias e estafilococos
acometem pacientes onde há deficiências no sistema imunológico, como na fase inicial ou
final da vida (DAVIS, 2003; MACHADO; GOMES, 2003).

Os tipos de bactérias que provocam a meningite estão relacionados com a faixa etária. Nos
recém-nascidos, os estreptococos e os bacilos gram-negativos são os principais causadores
da meningite. Na criança até cinco anos, predominam o Haemophilus Influenzae, o
pneumococo e o meningococo. Dos cinco anos até a fase adulta predominam o
meningococo e o pneumococo (CARVALHANAS; BRANDILEONE; ZANELLA, 2005).
Classificação de meningite

 Meningite meningocócica – de ocorrência mundial, apresenta alta gravidade. Causada


pelo meningococo Neisseria meningitidis, um patógeno respiratório que causa
infecções endêmicas e epidêmicas.

 Meningite causada pelo Haemophilus Influenzae – doença comum, prevalecendo em


lactentes e crianças menores de cinco anos. Mais de 50% dos casos ocorrem em
crianças menores de 2 anos e 90% deles em crianças menores de 5 anos. Em países
onde a vacinação contra esta bactéria é generalizada, a incidência é desprezível, mas
continua sendo uma doença importante nos demais países.
 Meningite pneumocócica – causada pelo pneumococo Streptococcus pneumoniae,
preocupa pela freqüência e alta taxa de letalidade e morbidade (20 a 30% de morbidade
e 10% de mortalidade). Estas infecções predominam nos primeiros anos de vida e são
freqüentemente acompanhadas por infecções pulmonares, otites e sinusites. Apesar da
resistência bacteriana à penicilina, a letalidade pode ser reduzida com imunização,
usando vacinas conjugadas contra os sorotipos mais freqüentes;

 Meningite estafilocócica – o estafilococo raramente causa meningite, mas pode ocorrer


como resultado de furúnculos no rosto, de infecção estafilocócica em outras partes do
corpo ou ainda como uma complicação da trombose do seio cavernoso, de um abscesso
epidural ou subdural, ou de procedimentos cirúrgicos.
 Meningite estreptocócica – com baixo índice de incidência, esse tipo de
meningite ocorre como secundária a algum foco séptico, principalmente nos seios
nasais ou mastóideo. 70% das meningites bacterianas causadas em crianças com
menos de um mês de idade é causada pelos estreptococos do grupo B;

 Meningite tuberculosa – de evolução lenta, este tipo de meningite é muito


comum em crianças e recém-nascidos que residem em regiões com alto índice de
tuberculose.
Tuberculose pulmonar

De acordo com Kozakevich, G. V., & Silva, R. M. da. (2016). A tuberculose é uma
das doenças mais antigas da humanidade, causada por bactérias pertencentes ao
complexo Mycobacterium tuberculosis. Segundo a OMS, cerca de 100 milhões de
pessoas são infectadas pelo M. tuberculosis a cada ano e, nos países
subdesenvolvidos, entre 30% e 60% dos adultos estão infectados. Dos infectados,
8 a 10 milhões desenvolverão a doença durante a vida, sendo que cerca da metade
apresentará formas contagiantes.
O quadro completa-se com três milhões de óbitos conhecidos e determinados, anualmente.
O bacilo da tuberculose é transmitido por inalação de gotículas infecciosas dispersas no ar
por um paciente infectado através da tosse, do espirro e da fala. A tuberculose é uma
doença prevalente desde os primórdios da humanidade, apesar de dispor de tratamento
desde a década de 60, ela ainda é considerada muito preocupante para a saúde pública.

Classificada como uma das cinco doenças que demandam mais atenção, desde 2003 o
Ministério da Saúde manteve o assunto presente em diversos programas, como: Mais
Saúde, Programação das Acções de Vigilância em Saúde, Pacto pela Vida, entre outros
(PILLER, 2012).
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico envolve exames de imagem (raio-X de tórax), testes de escarro e,


em alguns casos, cultura de Mycobacterium tuberculosis.

Sintomas: Os sintomas podem incluir tosse persistente, febre, sudorese noturna,


perda de peso, fadiga e dor no peito.
Sendo considerado o método mais importante para diagnóstico e controle, a
metodologia utilizada é a técnica de Ziehl-Neelsen, que consiste em fixação do
esfregaço de escarro em chama na lâmina. O próximo passo é a coloração (corante
fucsina fenicada) e o aquecimento até ocorrer a liberação de vapores.

Em seguida é feita a lavagem da lâmina em água corrente e a descoloração é


realizada com solução álcool-ácido durante 90 segundos. É feita outra lavagem com
água corrente e procede-se com o contraste (corante verde malaquite). A secagem é
realizada com papel filtro e o exame é feito por microscopia com objectiva de
imersão de 1.000x (COELHO et al, 2008).
A análise microscópica é firmada após a leitura de 100 campos e o resultado é liberado em
“cruzes”, de acordo com o número de bacilos encontrados. Para maior fidedignidade do
exame a melhor coleta das secreções pulmonares deve ser feita no início da manhã devido ao
acúmulo das mesmas nos brônquios e da traqueia, provenientes do muco-ciliar (Ministério da
Saúde e da Segurança Social, 2013).

Cultura para micobactéria

A cultura do escarro é o padrão ouro para diagnóstico da tuberculose pulmonar porque requer
menor número de bacilos no material para ser positiva, permitindo também, testar a
sensibilidade a quimioterápicos e antibióticos. A colheita do escarro deve ser feita em frasco
estéril, de boca larga e com tampa de rosquear, em momentos de tosse produtiva profunda,
com volume mínimo de 5ml (superintendência de políticas de atenção integral à saúde, 2010).
O método pode ser feito em meio de cultura sólido Löwenstein-Jensen que permite
melhor visualização das colônias e permite contagem das mesmas, mas a
desvantagem é o tempo de crescimento, que varia entre duas ou três semanas. Já a
cultura em meio líquido Middlebrook possui maior concentração de nutrientes,
resultando em cultura positiva entre cinco e quinze dias, mas não é possível a
quantificação e colônias e são propícios para contaminação.

Com o crescimento das colônias, a confirmação é feita por microscopia na avaliação


do aspecto morfológico característico, que consiste em grupamentos em cordas de
aspecto rugoso (BENTO et al, 2011).
Prova tuberculínica

Sua utilização é de grande valia para diagnóstico de infecções latentes, tendo capacidade
de medir a resposta imune celular a antígenos de derivados proteicos da solução
tuberculínica. É aplicado 0,1ml do reagente no antebraço esquerdo do paciente e a leitura
é realizada após 48 ou 72 horas, se apresentar reação inflamatória compatível com 5mm
ou mais sugere-se o resultado positivo em indivíduos não-vacinados e reação inflamatória
compatível com 10mm ou mais sugere-se resultado positivo em indivíduos vacinados.

Há ressalvas com falsos positivos em casos de vacinação, imunodepressão ou em casos de


infecção por outras micobactérias (acervo de recursos educacionais em saúde, 2015).
Tratamento

A tuberculose pulmonar é tratada com antibióticos, geralmente uma combinação


de medicamentos, como isoniazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida. O
tratamento é geralmente administrado por um período mínimo de seis meses.

O tratamento de sucesso é diretamente proporcional a medicamentos adequados,


doses corretas e uso por tempo suficiente com supervisão na tomada dos
medicamentos, que devem ser ingeridos em jejum.
A supervisão na ingestão dos medicamentos é um dos meios encontrados para fazer
com que o paciente siga o tratamento indicado, evitando a persistência bacteriana e
a resistência da micobactéria às drogas. Os medicamentos utilizados são:

 Rimfampicina, Isoniazida e Pirazinamida e a dosagem varia de acordo com o


ciclo evolutivo da doença e o peso do paciente (Manual técnico para controle da
tuberculose, 2002).
Consequências relacionadas ao abandono do tratamento

Além dos pacientes terem que se locomover a unidade de saúde para tomada das
medicações, sabe-se que os tratamentos com antimicrobianos causam efeitos colaterais
demasiados e muitas vezes trazem grandes desconfortos ao paciente, que são utilizados
como desculpa para abandono do tratamento. Relatos comprovam que os maiores efeitos
são:

 Náuseas, vómitos, edema no local da injeção, febre, cheiro desagradável sentido durante
o período e grande risco de desenvolver doença hepática (MENDES e
Prevenção

A vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) é liofilizada e é obtida de uma cepa


viva do Mycobacterium bovis. A vacina é feita no primeiro mês de vida da
criança e tem como principal função diminuir as chances de desenvolver formas
graves de tuberculose, porém a mesma não é muito útil para prevenção de
tuberculose pulmonar (FIOCRUZ, 2014).
O que pode ser feito é evitar o contacto com pessoas contaminadas, manter-se em
locais ventilados e com entrada de luz solar.
O diagnóstico é de grande valia para identificação de pacientes contaminados que
estejam em período de latência, visto que, o mesmo pode transmitir a doença para
pessoas que tenham entrado em contacto com seus aerossóis, assim pode-se prevenir
infecções ativas e disseminação do bacilo (Ministério da Saúde, 2019).
Tuberculose vesical (geniturinária)

Epidemiologia: A tuberculose vesical é uma forma rara de tuberculose extrapulmonar que


afeta a bexiga. Ela ocorre quando as bactérias da tuberculose se espalham para a bexiga a
partir de outras partes do corpo.

Sintomas: Os sintomas podem incluir dor na bexiga, aumento da frequência urinária, sangue
na urina, dor abdominal e desconforto pélvico.

Diagnóstico: O diagnóstico geralmente envolve exames de imagem, como ultrassonografia


ou tomografia computadorizada, e análise de amostras de urina.
Tratamento: O tratamento envolve o uso de antibióticos específicos para tuberculose,
semelhantes ao tratamento da tuberculose pulmonar. A duração do tratamento pode variar,
mas geralmente é de seis meses a um ano.
Tuberculose óssea
 Epidemiologia: A tuberculose óssea é outra forma de tuberculose extrapulmonar que afeta os
ossos. É mais comum em crianças e em adultos jovens.
 Sintomas: Os sintomas incluem dor óssea crônica, deformidades ósseas, fraqueza, limitação de
movimento e, em alguns casos, abscessos.
 Diagnóstico: O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como radiografias e
ressonância magnética, e, às vezes, pela análise de amostras de tecido ósseo.
 Tratamento: O tratamento da tuberculose óssea também envolve antibióticos específicos para
tuberculose e pode durar de seis meses a um ano. Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia
para drenar abscessos ou corrigir deformidades.
Difteria

De acordo com Perci, R. D. (2008). Difteria. Akrópolis - Revista De Ciências Humanas Da


UNIPAR, 3 (9). A difteria é uma doença infecciosa aguda e mortal quando na tratada. É
causada pelo bastonete recto Gram Positivo, “ Corynebacterium diphteriae”.

A vacinação obrigatória prevista pelo calendário nacional de vacinação é a principal forma


de profilaxia. A utilização do meio de Loeffler e agar telurito, assim como as provas
bioquímicas, provas de Elek e o teste de Schick, são amplamente utilizados e com sucesso
diagnóstico clínico/laboratorial, sua notificação obrigatória e a vacinação contribuem para o
controle eficaz da doença.
Epidemiologia da Difteria:

 Transmissão: A difteria é transmitida principalmente de pessoa para pessoa por meio de


gotículas respiratórias, quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Também
pode ser transmitida por contacto directo com secreções ou objectos contaminados pela
bactéria.
 Prevalência: A difteria já foi uma doença comum, mas a vacinação em massa a tornou
rara em muitos países. A imunização eficaz é fundamental para prevenir a difteria.
 Grupos de Risco: Qualquer pessoa não imunizada é susceptível à difteria, mas crianças
pequenas e adultos mais velhos correm maior risco de complicações graves.
Sintomas da Difteria
Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dor de garganta, febre baixa,
fraqueza, amígdalas inchadas e uma membrana cinza ou branca que se forma na
garganta, conhecida como pseudomembrana. A pseudomembrana pode bloquear as
vias respiratórias, causando dificuldade respiratória grave.

Tratamento da Difteria:
Tratamento Médico de Emergência: A difteria é uma emergência médica devido ao
risco de obstrução das vias respiratórias. O tratamento começa com a administração
imediata de antitoxina diftérica para neutralizar a toxina produzida pela bactéria.
Antibióticos
 Antibióticos, como a penicilina ou a eritromicina, são administrados para eliminar a bactéria e
interromper a disseminação da infecção.

Isolamento

 O paciente com difteria deve ser isolado para evitar a disseminação da doença. Contactos
próximos também podem precisar ser avaliados e, se necessário, receber antibióticos
preventivos.

Cuidados de Suporte

 Em casos graves, os pacientes podem precisar de cuidados de suporte, como suporte


respiratório, hidratação e monitoramento cardíaco, devido às complicações potenciais da
toxina diftérica no coração e nos nervos.
Prevenção da Difteria

 Vacinação: A vacinação contra a difteria é parte integrante dos programas de


imunização em muitos países. A vacina DTP/DTaP (difteria, tétano e coqueluche
acelular) é administrada em várias doses durante a infância e é eficaz na
prevenção da difteria.
 Reforço: Reforços da vacina contra a difteria são recomendados em intervalos
regulares, geralmente a cada 10 anos, para manter a imunidade ao longo da vida.
 Higiene: Práticas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou
espirrar, também podem ajudar a prevenir a disseminação da doença.
Tétano

Tétano é uma intoxicação aguda provocada por uma neurotoxina produzida


por Clostridium tetani. Os sintomas são espasmos tónicos intermitentes dos
músculos voluntários. Os espasmos dos masseteres são responsáveis pelo nome
trismo.

O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com imunoglobulina humana para


tétano e suporte intensivo.
Para Larry M. Bush , MD, FACP, Charles E. Schmidt College of Medicine, Florida Atlantic
University; As bactérias podem ser classificadas de acordo com a necessidade de e a tolerância ao
oxigênio:

 Facultativas: crescem de modo aeróbio ou anaeróbio na presença ou na ausência de oxigénio.


 Microaerofílicas: exigem baixa concentração de oxigênio (tipicamente, 2 a 10%) e, em muitos
casos, alta concentração de dióxido de carbono (p. ex., 10%); crescem muito mal em
anaerobiose
 Anaeróbias obrigatórias: são incapazes de metabolismo aeróbio, mas exibem tolerância
variável ao oxigênio

Bactérias anaeróbias obrigatórias reproduzem-se em local de baixo potencial de oxirredução,


como no tecido necrótico e não vascularizado. O oxigênio é tóxico para elas.
EPIDEMIOLOGIA DO TÉTANO

 Trisansmsão: O tétano não é uma doença transmitida de pessoa para pessoa. Em vez disso, a
infecção ocorre quando as esporas do Clostridium tetani, que estão presentes no solo, na poeira
ou em fezes de animais, entram em feridas ou cortes na pele.
 Prevalência: O tétano é relativamente raro em países com programas de imunização eficazes.
No entanto, ainda é uma preocupação em áreas onde a imunização é inadequada.
 Grupos de Risco: Qualquer pessoa não imunizada que sofra ferimentos, queimaduras ou
lesões cutâneas é suscetível ao tétano. Pessoas não vacinadas, incluindo bebês e adultos não
imunizados, correm maior risco de contrair a doença.
Cólera

A cólera (CID A00.9) é uma doença infecciosa intestinal aguda causada pela
enterotoxina do Vibrio cholerae O1 ou O139. É de transmissão predominantemente
hídrica. As manifestações clínicas ocorrem de formas variadas, desde infecções
inaparentes ou assintomáticas até casos graves com diarréia profusa, podendo
assinalar desidratação rápida, acidose e colapso circulatório, devido a grandes perdas
de água e eletrólitos corporais em poucas horas, caso tais perdas não sejam
restabelecidas de forma imediata. Os quadros leves e as infecções assintomáticas são
mais frequentes do que as formas graves.
Etiologia

O agente etiológico da cólera é o Vibrio cholerae O1 toxigênico ou O139, bacilo


gram-negativo, com flagelo polar, aeróbio ou anaeróbio facultativo, isolado por
Koch no Egito e na Índia, em 1884, inicialmente denominado de Kommabazilus
(bacilo em forma de vírgula).

Transmissão da Cólera

A cólera é transmitida principalmente por via oral, através da ingestão de água ou


alimentos contaminados com a bactéria Vibrio cholerae. A contaminação da água é
uma das principais vias de disseminação da doença, especialmente em áreas com
acesso precário a água potável e saneamento básico.
Sintomas da cólera

Os sintomas da cólera podem variar de leves a graves, mas geralmente incluem


diarreia aquosa, vómitos, cólicas abdominais e desidratação. Em casos graves, a
desidratação pode levar a sintomas como pele enrugada, olhos afundados,
batimentos cardíacos acelerados e pressão arterial baixa.

Tratamento da Cólera

 Reidratação Oral: O tratamento fundamental da cólera envolve a reidratação


adequada para compensar a perda de líquidos. Soluções de reidratação oral (SRO)
contendo água, eletrólitos e açúcar são fundamentais para prevenir a desidratação.
 Tratamento com Antibióticos: Em casos graves, especialmente em áreas com
acesso limitado a cuidados de saúde, os antibióticos, como a azitromicina ou a
doxiciclina, podem ser administrados para reduzir a duração e a gravidade da
diarreia. No entanto, a reidratação continua sendo a pedra angular do tratamento.
 Isolamento: Pacientes com cólera devem ser isolados para evitar a disseminação
da doença.
 Vacinação: Existem vacinas contra a cólera disponíveis, que podem ser usadas
em situações específicas, como surtos em áreas de alto risco. No entanto, a
vacinação não substitui a importância da reidratação oral.
Prevenção

A prevenção da cólera é fundamental e inclui medidas como:

 Melhorar o saneamento básico e o abastecimento de água limpa.


 Promover práticas de higiene pessoal, como lavagem das mãos.
 Educar as comunidades sobre a transmissão e prevenção da cólera.
 Monitorar e responder a surtos de cólera prontamente, fornecendo cuidados
médicos e medidas de controlo de infecção.
Epidemiologia

Causada pela bactéria Vibrio cholerae e geralmente transmitida através da água ou alimentos
contaminados.

O tratamento principal é a reidratação oral ou intravenosa para combater a desidratação.


Antibióticos podem ser usados em casos graves.

 Prevalência: A cólera é endêmica em algumas partes do mundo, especialmente em regiões com


condições precárias de saneamento. No entanto, surtos também podem ocorrer em áreas onde a
doença não é endêmica, especialmente após desastres naturais ou conflitos que afetam o
fornecimento de água e saneamento.
 Grupos de Risco: Qualquer pessoa exposta à bactéria Vibrio cholerae, especialmente em áreas
com surtos, está em risco de contrair a cólera. Viajantes para áreas endêmicas também podem
estar em risco.
Obrigado pela atenção dispensada!!!

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